Broderagem (Segunda Temporada) - Cap 4: Verdades e consequências

Um conto erótico de Fmendes
Categoria: Homossexual
Data: 08/05/2021 20:09:00

- O que você ta fazendo comigo é covardia - meu treinador bufou ao meu ouvido, enquanto promovia os deliciosos sons de seu corpo colidindo contra minhas nádegas - Sabe que se alguém me pegar aqui, eu to ferrado.

Engraçado ele dizer essas coisas enquanto sequer cogitava em parar de meter. Como se o pau dele estivesse imantado em minha bunda e ele não conseguisse puxar.

Segurei o riso da travessura, e falei:

- Melhor gozar logo então. Daqui a pouco alguém pode entrar. - brinquei.

Naquela manhã, eu tinha vindo a faculdade decidido àquilo.

Já tinha um tempinho, após nossa primeira e única brincadeira, que tenho observado Wagner e em especial seu trato para comigo.

No geral, nada mudou Ele continuou sendo muito exigente e um tanto quanto impaciente para com as brincadeiras do time. Mas para além disso, ele evitava, quase que de forma fóbica, estar a sós comigo.

Notei também que ele se tornava menos tolerante ainda com piadas de cunho sexual, daquelas que os garotos sempre fizeram a respeito, que questionam a sexualidade dos outros. Wagner estava passando pelo clássico estágio da negação, que acomete 9 em cada 10 héteros que, por ventura, se arriscam em uma relação casual com outro homem.

Longe de me fazer sentir rejeitado ou usado, aquilo me divertiu bastante. Estava acostumado àquilo. Essa insegurança que a frágil masculinidade do mundo moderno impõe aos homens em geral. Era divertido ver ele me evitar como um vampiro evita alho. E com o passar dos dias, um desejo travesso foi me acometendo.

Pois se Wagner pensava que poderia me comer a hora que quisesse, que tudo dependia apenas de sua vontade, estava enganado. Eu tinha acordado com vontade de dar pra ele, e eu conseguiria. Tinha que admitir, não consegui tirar a nossa transa da cabeça. Fazia tempo que não saia com um cara que metia tão bem. Eu tinha clareza que o que sentia por ele estava mais próximo do fetiche, pois ter meu treinador me fodendo mecheu comigo. E sim, eu queria e iria repetir a dose quantas vezes quisesse. Se ele tinha problemas com isso, que aprendesse a se abrir ou procurasse um psicólogo.

Eu conhecia a rotina de Wagner e sabia que toda a quinta, as 9h, ele tirava seu tempo de folga para nadar na piscina, cujas aulas naquele dia só começavam na parte da tarde. Então, naquela quinta em especial, matei o último tempo da aula de Fundamentos e fugi para o vestiário, sentei no banco e simulei procurar algo na mochila. Quando meu treinador entrou, vesti minha melhor cara de sonso e fingi surpresa

- Oi. Chegou cedo hoje, treinador?

Wagner me olhou assustado, e tentou manter a compostura.

- Você ta fazendo o que aqui? Não tem aula?

- Hoje não - menti - aproveitei e vim treinar. Vou só jogar uma água no corpo antes.

E sem esperar resposta, fui me despindo. Onde estava, meu treinador ficou, de sunga, toalha e mochila nas mãos. Fiquei nu e então me voltei pra ele.

- Esqueceu o que ia fazer? - brinquei.

- Não, só... - e descartou o que ia dizer e foi para o banco, tentando não olhar pra mim.

Segurei o riso e fui para a ducha, deixei a porta propositalmente aberta e me lavei de costas o tempo todo.

Não me atrevi a olhar para trás, pois se o fizesse, acabaria rindo e estragaria a arapuca. Mas fui me lavando e nada aconteceu. E aquilo foi me intrigando.

Ele não foi embora, pois eu ouviria o som da porta, então o que?

Começou a me bater a curiosidade de olhar para trás, mas segurei firme. Não era possível que ele estivesse me ignorando. Teria eu superestimado minha capacidade? O tempo foi passando e a aflição aumentando. Mas então, enfim, escuto ele entrar e fechar a porta da cabine atrás de mim.

Sem falar nada e com uma certa brutalidade gostosa, me pôs contra a parede, segurou e levantou uma perna minha, e chegou metendo de uma vez .

- Ai - gemi, tomando cuidado para ele não ver meu rosto e o sorriso de triunfo que se formou nele. - O que é isso?

- Tu é foda, garoto. Gosta de atazanar o juizo dos outros. - acusou, enfiando aquele membro enorme de uma vez. Minhas pernas bambearam e eu me agarrei a parede.

Logo ele começou o movimento e os estalos preencheram o vestiário.

- Mas eu... Ah... Mas eu... Não fiz nada. Ai... Ai... Eu só.. estava tomando um banho - sorte que eu não dependia das artes cênicas, pois era um péssimo dissimulador.

- O que você ta fazendo comigo é covardia - meu treinador bufou ao meu ouvido, enquanto promovia os deliciosos sons de seu corpo colidindo contra minhas nádegas - Sabe que se alguém me pegar aqui, eu tô ferrado.

Engraçado ele dizer essas coisas enquanto sequer cogitava em parar de meter. Como se o pau dele estivesse imantado em minha bunda e ele não conseguisse puxar.

Segurei o riso da travessura, e falei:

- Melhor gozar logo então. Daqui a pouco alguém pode entrar. - brinquei.

Mas nossa, como ele metia bem. O ritmo, o impacto. A pegada firme em minha cintura. O pau era enorme, mas não machucava. Era um macho de respeito, eu tinha de admitir. Era delicioso estar ali, perna erguida, sentindo a água quente molhar o corpo enquanto sentia o entrar e sair gostoso de seu pau.

Wagner metia forte e veloz. Acho que estava tentando realmente gozar antes que alguém chegasse. Ele passou o braço por meu pescoço, me agarrando e me mantendo firme, para meter com mais pressão.

- Quer uma ajudinha, treinador? - ofereci, rindo.

Então, peguei seu braço musculoso e cravei os dentes em seu bíceps. Eu ainda me impressionava com tal efeito. Foi como se eu tivesse injetado adrenalina direto em sua corrente sanguínea. De repente, o ritmo triplicou e eu começei a ter arrepios no corpo. Manti os dentes firmes em sua carne, para não gritar. Meu pau babava, descontrolado.

Ele então, gozou. Cravou fundo e despejou tudo, me abraçando com força. Respirou fundo, soltando ar em minha nuca. Então me deu um forte tapa na bunda. Ardeu, mas eu gostei. Senti que ele queria descontar um pouco da raiva de não ter resistido. Eu ria de seu descontrole.

- Safado - acusou. E então, se dando conta onde estava, se apressou em sair e ir para o chuveiro ao lado. Me olhou com cara de suspeita, mas não foi capaz de esconder todo o sorriso de contentamento.

Saí do vestiario leve, rindo a toa

Em quinze dias, seria a grande final e como esperado, estávamos treinando arduamente. O time estava mais sincronizado do que nunca e os ânimos estavam lá em cima. Wagner dedicou um bom tempo a estudar os jogos do nosso adversário. Bolando estratégias. Com tanta pressão física e psicológica, logo, eu estava precisando de uma calibrada daquelas.

As aulas da manhã tinham acabado e na saída, encontrei com Pedro.

- Que cara é essa, Fábio? - perguntou assim que me viu - parece que aprontou.

- Eu? Nada não. - mas não conseguia tirar aquele sorriso traquinas do rosto.

Pedro desistiu de perguntar e fomos caminhando juntos pelo corredor, quando seu telefone toca. Ele pediu licença e se afastou para falar. Aproveitei e passei em uma barraca no campus e comprei um picolé. A foda tinha me dado sede. Quando Pedro voltou, ofereci um pra ele, o que recusou

- Aconteceu alguma coisa? - perguntei, pois o rosto dele demontrava profundo desgaste de repente.

- Nada... - falou em um muxoxo. Estava claramente chateado e eu não insisti. Uma vez que ele parecia não querer falar sobre o assunto.

Bem, pelo menos foi isso que eu pensei a princípio. Bastou alguns instantes de caminhada e ele solta como se a conversa em nenhum momento houvesse sido interrompida.

- Caralho, não sei o que eu faço - desabafou e eu fiquei me perguntando se falava comigo.

- Eu diria algo, se soubesse do que se trata - falei calmamente, enquanto terminava de limpar o palito do picolé.

- A Carla. Tá toda hora ligando, querendo voltar.

- Verdade, de fato dessa vez o término de vocês durou mais que o esperado. As coisas estão loucas - brinquei.

- Tô falando sério, Fábio - me chamou a atenção.

- Desculpa. Vou falar sério agora. - e joguei fora a embalagem - Mas me diz, você ainda gosta dela?

- Aí que tá, não tenho certeza. Sinto falta dela as vezes, mas... Só as vezes... Na maior parte, tô muito bem.

Eu pensei, então perguntei:

- Diz aí, a Carla foi sua única namorada?

- Desde os 13 anos.

- Nossa, isso é raro hoje em dia...

Ele esperou, parecendo ansioso pelo que eu tinha a dizer. Me perguntei quando, naquela nossa relação, eu havia me tornado alguma espécie de sábio para ele.

- Então - continuei, pois suas espectativas estavam me deixando nervoso - se me permite a sinceridade, eu acompanhei, nos pouco mais de um ano em que eu te conheco, vários de seus términos e reconciliações e... Bem... - pensei bastante, para dizer aquilo da forma menos agressiva - sempre me pareceu que os dois estavam era mais acostumados com a companhia um do outro do que propriamente apaixonados.

E sorri de forma como se tivesse pedindo desculpas

Pedro, entretanto, não pareceu ofendido ou magoado.

- Sabe... Acho que você está certo. Assim... Eu nunca tive minha vida de solteiro, sabe... Sempre fui caseiro. Eramos amigos na infância, nossos pais se conhecem e já eram amigos antes. Então foi tudo muito... Fácil sabe? Meio que arquitetado. Gosto dela, tenho tesão nela. Mas... Aquela paixão, sabe... Não sei quando senti pela última vez.

- Bem vindo a sua recém liberdade, amigo. - e bati em seu ombro.

Pedro riu, parecendo um pouco melhor.

- Vou te falar... As paradas que fiz nesses ultimos dias... Foram tipo .. caralho. Muito bom. Acho que nunca me diverti tanto. Com a rapaziada, com as meninas também,sabe? Um montão de mina me dando mole e eu... Agora que to aproveitando isso. Não queria parar, sabe? Queria me divertir. Mas ao mesmo tempo fico mal, pois parece que ela ta sofrendo.

- Sei. Sei sim... cara... Assim... Foi ela quem terminou, certo? Não foi a primeira vez... Acho que ela se acostumou a terminar contigo e esperar você correr atrás dela. Não to dizendo que não esteja sofrendo e tal, mas isso não é culpa tua. Você ta curtindo a vida de solteiro. Tu nunca teve isso. Assim, se permita, cara. Vai te fazer bem. Depois, se ela ainda estiver interessada e vocês perceberem que realmente se amam e não estão apenas acostumados um com o outro, têm tempo ainda. São jovens.

Pedro refletiu, parecendo ainda indeciso.

- Olha, já vi que não posso te deixar sozinho, tu vai acabar ligando pra ex. O que vamos fazer hoje pra te distrair?

Ele abriu um sorriso fraco e deu de ombros

- Sei lá, Fábio. Acho que não tô no clima

E nesse momento, como que por obra do destino, cruzo com Diogo e Vicente já no portal de saída do Campus.

- Graças aos céus - saldei - Os homens que eu precisava ver.

- O que houve? - Vicente se surprendeu

- Esse aqui ta tendo recaída e querendo voltar pra ex - acusei.

- Eu não falei isso - Pedro se defendeu.

- Que isso, cara. Faz isso não. Carla é a maior chata e tu tá tão mais legal depois que terminou. - Vicente largou o fato.

André olhou para o amigo, indignado.

- Mas é verdade, Pedrão - Russo emendou - Tu não podia fazer nada. Era só tu ta sozinho conosco ela ligava de cinco em cinco minutos. Tudo fazia chantagem emocional e você tinha de ir embora.

- Pera aí, quer fizer que vocês nunca gostaram da Carla? - perguntou sem acreditar.

- Não - respondemos os três em unissomo.

- Só respeitavamos sua escolha - Diogo concluiu

Pedro ficou em silêncio, surpreso. Riu então, descrente

- Inacreditável - Soltou.

- Fala a verdade, Pedro. Você mesmo não ta querendo. Ta fazendo por pena. Sente algo por ela, mas não é mais aquela paixão - incentivei.

Pedro pensou novamente e acredito que não encontrou contraargumentos, por isso decidiu se calar.

- Fazer o seguinte, baixei a nova temporada do Game of Trhones. - Diogo sugeriu - Vicente vai lá em casa hoje a noite. Ta calor, talvez role uma piscina. Vem vocês também.

- Gostei - incentivei. Estava doido pra assistir também e minha HBO tinha sido cancelada.

Ao fim, Pedro topou.

O dia passou sem mais surpresas e de noite, fomos. Diogo tinha uma casa otima, em um condomínio. Bem decorada, com piscina. Morava com os pais, mas estes passavam a maior parte do tempo fora. Como aquela noite.

Ao chegarmos, fomos logo zoando e confiscamos o celular dele. Pedro nem chiou. Acho que no fundo nem ele estava acreditando que seria capaz de não fraquejar.

Para tornar as coisas mais divertidas, fizemos um joguinho entre nós.

Para auxiliar Pedro, aquela seria uma noite sem celulares. Deixamos os quatro em cima da mesa e, quem pegasse, devia pagar uma prenda como punição.

Logicamente, o primeiro a pagar foi Pedro, que bastou ver o negócio piscando e já correu.

- Mas eu nem cheguei a abrir a mensagem - tentou se defender.

- Não interessa. Visualizou. Então a pizza hoje é por tua conta.

Ele chiou, mas pediu e pagou as duas pizzas. Aproveitamos e rachamos algimas cervejas pra acompanhar.

A série estava indo bem e conseguiu nos distrair, em especial nosso amigo Pedro, por um bom tempo.

O segundo a pagar prenda fui eu, mas porque recebi uma chamada de minha mãe e precisei atender.

Meus amigos acreditaram que a simples prenda não seria a bastante e decidiram começar a falar alto um bando de baboseiras enquanto eu falava com ela.

- Vem logo, Fábio. Agora que tô a vontade tu vai falar no telefone - Diogo liderou.

- Caramba, tava quase chegando lá - Pedro emendou.

Por sorte, minha mãe era bem mente aberta e sabia que eu só andava com gente louca. Então achou até graça.

- Está com seus amigos? - ela riu

- Sim. Estamos vendo série.

- Série? Ah tah kkkkk - Vicente soltou e minha mãe gargalhou do outro lado.

- Vem logo, cara, desliga isso. A galera tá esperando - Pedro

- Já fizemos fila aqui - Vicente.

- Todos os 11 - Diogo.

Eu já estava vermelho e minha mãe decidiu desligar. Confesso que fiquei em dúvida se ela estava ou não acreditando na palhaçada.

- Acho que já paguei a prenda, né? - informei quando voltei com o rosto corado.

- Claro que não. Aquilo foi só uma lição a mais - Pedro falou - até porque, foi você quem deu essa idéia idiota de noite sem celular

De fato, eu tinha sido o autor

- O que vamos pedir para o Fabio... - Vicente pensou.

Esperei. Estaria mentindo se não dissesse que fiquei preocupado com o que ia sair dali

- Eu tenho uma pergunta - Diogo sugeriu - e te sentencio a dizer a verdade.

Não entendi nada daquilo, então ri.

- E pra que tanta formalidade? Por que eu mentiria sobre algo?

Mas Diogo não respondeu e lançou logo a pergunta:

- Como você se sente com relação ao que aconteceu entre a galera no vestiário, depois do treino que fizemos só eu, Vicente, André, Guto e Alê?

Aquilo de fato me atingiu como um soco no peito e eu fiquei a princípio sem reação.

- E depois, como a coisa se desenrolou em nosso fim de semana em Angra? - Concluiu.

Pedro e Vicente, que até então olhavam para Russo sem entender, voltavam suas atenções para mim e pareciam verdadeiramente intrigados com minha resposta.

Acho que balbuciei alguma coisa, e Vicente me ajudou.

- Eu também gostaria de saber se forçamos alguma barra contigo... Se exageramos... Se...

- Se você guarda alguma mágoa? - Pedro finalizou

- Mágoa? Não... Não... Eu... Olha... - E olhei para o nada, achando graça de minha falta de ação - Só... Foi bom pra caralho - desabafei.

Mas minha confissão não causou o efeito que eu esperava. Não os deixou aliviados, e sim mais intrigados ainda. Eu decidi continuar.

- O problema foi o que me fez depois. Estar lá e ser... Na falta de uma palavra melhor: escurraçado. Foi muito bom. Digo... Cara, foi um prazer do caralho. Nunca tinha me permitido ser tratado assim e.. - e ri, sem graça - foi muito bom.

Dei mais uma golada na cerveja. Ia precisar de ajuda

- Só que conforme acabava eu... Me sentia estranho, sabe? Não violado, mas... Diminuido como homem. Me fez mal. E eu achei que jamais ia querer passar por isso de novo. Mas aí veio Angra e vocês... Chegavam em mim, me tomavam como se eu não fosse meu.. me usavam como bem entendidam e - meu rosto estava queimando de vergonha. Acho que nunca me abri assim, tão sinceramente, com ninguém. Tive de matar a cerveja numa só golada - caramba... Rs... Eu senti todo aquele tesão de novo e... Deixei.

Fiquei quieto, então. Tentando regular meu coração.

- Não sabia que estávamos te fazendo tanto mal... É que você gemia tanto que... - Pedro tentou se desculpar.

- Pessoal, relaxa. Vocês não fizeram nada. Tudo o que fizeram, eu permiti. Eu quis. E... Sim. Eu gostei... E sim, se eu voltasse no tempo faria de novo, pois serviu para eu aprender mais sobre mim mesmo. Eu... Eu só não quero mais fazer dessa forma. Eu não preciso mais fazer dessa forma.

Um minuto de silêncio. Percebi aos poucos suas expressões suavizando e só então me dei conta de como aquele caso havia se tornado um tabu para eles também.

Nesse momento, pelo menos, pude contar com Diogo para mais uma vez, suavizar a tensão que se formava.

- Já que esclarecemos... Queria saber então... Você que provou todos. Qual de nós mete melhor?

E deu aquele meio sorriso safado que eu tanto conhecia.

Sorte não estar bebendo naquela hora, pois com certeza me engasgaria.

- Pra isso, vocês vão ter de esperar eu cometer outro vacilo com o celular - avisei, desconversando.

- Ah, não. Tá tão legal brincar assim - Pedro se animou.

- E se mudarmos o jogo? Que tal verdade e consequência? Ninguém mais tá vendo essa coisa mesmo - Diogo desligou a televisão e se sentou no chão, colocando a garrafa vazia deitada. - E ai, topam?

- Sei lá, já somos adultos - Vicente resistiu.

- Medo de descobrirmos um segredo seu? - Diogo desafiou, com malícia nos olhos.

- Eu topo - Pedro se animou.

- Parece legal - Afirmei.

- E vamos acrescentar uma parada. - Diogo incluiu - Se qualquer um de nós aqui, souber que o outro está mentindo, tem o direito de esplanar e a pessoa não pode ficar bolada. É um pacto. De falarmos apenas a verdade.

- Blz. E quem mentir, nessas regras, além de exposto, vai pagar a consequência - completei.

- Curti - Pedro exaltou.

Vicente, de nós, foi o único que não se manifestou. Ele me olhou de esgoela umas três vezes e eu sabia o que se passava pela sua cabeça. Afinal, eu sabia de um segredo dele. Tinha prometido guardar tal segredo, mas se ele concordasse com as regras, estaria automaticamente me livrando do fardo.

Ao fim, ele respirou fundo e bebeu mais cerveja

- Tô dentro - anunciou, sentando-se no chão.

Então, todos seguimos.

Rolou a garrafa e a primeira apontou para Pedro, quem pergunta é Vicente.

- Pedrão, vamos perguntar de novo: já traiu a Carla alguma vez?

- Claro que não, cara - Pedro riu, como se ele tivesse falado algo absurdo.

- E a Valéria, quando quando tu tinha quinze anos? - Lembrou, com os olhos faiscando.

Pedro pareceu fazer força para puxar da memória, então seus olhos se arregalaram e ele tentou fazer pouco caso.

- Fala Sério, cara. Isso nem conta. Eu era muleque e foi só beijo. Nunca rolou sexo.

- Senhores, o que me dizem? - Vicente jogou a decisão para o restante.

- Carla era de acordo e sabia o que você estava fazendo? - perguntei.

- N... Não... Mas

- Já era amigo, a regra é clara: se a namorada não sabia, logo corno seria. - Diogo sentenciou.

- Mas eu nem lembrava disso quando respondi. - Tentou se defender.

- Olha, não discutimos essa parte das regras - relativizei - Mas também não interessa. Mentir é mentir, independente do motivo que levou a isso.

Vicente comemorou.

- Então Vicente, o que vai ser? - Diogo falou, ansioso - Já to cheio de pizza, mas se o André quiser comprar mais bebida, eu topo encher a cara.

Rimos.

- Não - Vicente tinha o ar malicioso, ele conhecia André a mais tempo. Já eram amigos antes de entrar na faculdade, então provavelmente tinha podres que poderia usar como armas. E estava com a expressão que jogaria pesado. - Pedro, meu amigo. Eu já tive o privilégio de ver você dançando no aniversário de debutante da Carla e acho que nossos amigos têm o direito de contemplar tamanho talento

O olhar de Pedro arrelagou no mesmo instante, seu rosto em profundo medo.

- Não... - gaguejou.

- Então... - Vicente o ignorou - seu castigo vai ser... Fazer um strip pra gente. Mas vai ter de dancar bastante. O objetivo aqui não é só fazer você tirar a rouoa.

Pedro parecia ser capaz de quebrar a garrafa e enfiar no coração do amigo naquele momento. Mas então, respirou fundo e bebeu toda a cerveja. Então, levantou e preparou.

- Espera, espera - Diogo pediu, pegando o celular - deixa eu por uma música.

E ligou, colocando uma boa batida eletrônica. Sentamos no sofá e esperamos.

Até então não achei que aquilo seria algo demais, porém a cena que se desenrolou, foi a manifestação máxima da vergonha alheia. Pedro era tão ruim de gingado que eu me senti constrangido como se fosse eu quem tivesse pagando a tarefa

Mas ele até que levou por cima. Uma pena que nem mesmo seu maravilhoso corpo sendo exposto fosse o bastante para causar excitação, pois o desempenho desastroso da dança eclipsava qualquer líbido.

No final, pegamos as carteiras e enfiamos o máximo de notas que conseguimos em sua cueca enquanto cantávamos hinos de incentivo.

Rimos bastante, eu até lacrimejei.

Embora deva admitir que, quando ele subiu em mim, gingando, e baixando devagar a cueca com a pélvis a centímetros de meu rosto ... Bem... Eu fiquei sim excitado.

Ao final da música, Pedro vira de costas para a plateia, tira a cueca. Ficando nu, com aquela bela bunda para a nossa visão.

Foi uma salva de palmas.

Pedro agradeceu e vestiu a cueca e as calças, ficando somente descalço e sem camisa.

- Meu amor, larga essa vida e vem comigo. Eu te dou o mundo - Diogo zoou e todos rimos. Até Pedro.

- Vamos logo continuar essa merda - Pedro mandou e olhou pra Vicente com vingança nos olhos.

A garrafa rodou e dessa vez, eu perguntaria pra Diogo

- Diogo, me diz. Você que é da putaria. Já se apaixonou por alguém? - soltei assim, quase sem pensar.

- Ah, Fábio. Fala sério. Que pergunta besta - Pedro criticou.

Diogo riu e pensou. Nesse momento todos olharam pra ele.

- Pera ai - Vicente se surprendeu - Tu já ficou gamado em alguém?

Pela primeira vez, o vi vermelho de vergonha.

- Posso ser sincero? - começou - Não sei.

Ficamos esperando para ver se ele completava, mas não. Aquilo era tudo.

- Ele parece sincero pra você? - Vicente me questionou.

Eu então o olhei bem e, a julgar pela expressão completamente sem graça dele, não tive como recusar.

- Acho que sim...

E assim, Russo se livrou da prenda.

Mais uma rodada, agora Vicente perguntaria pra mim.

- Fabio, meu querido. Você já sabe que a pergunta que vou fazer, ne? Fala aí. Qual foi sua melhor foda com alguém da rapaziada?

Eh, eu já esperava aquilo. Mas daquela vez eu estava mais desinibido. Talvez o álcool tivesse feito seu efeito, ou apenas o clima de cumplicidade fosse o bastante para me dar forças.

- Olha... É dificil escolher, mas... Acho que vou votar na vez que o Pedro e eu... Brincamos na praia.

Pedro, apesar de acanhado, estufou o peito em orgulho.

- E quando foi isso? - Vicente se alarmou

- Foi há uns meses. Marcamos geral de ir a praia, mas ninguém foi. Só eu e ele. Numa hora nos fomos pra uma parte isolada e eu... Bem... Ensinei a ele como chupar um cu. Algo que ele aprendeu de forma maestral. - reconheci. Acho que todos deveriam provar a linguada dele.

E completei um olhar de malicia para ambos, em especial para Vicente, que estremeceu.

- Eh, amigo. Tu deve ser bom - Vicente brincou, tentando esconder o quanto ficou mexido.

- Fábio só falou isso porque nunca transamos só nos dois - Diogo soltou de repente e nos assustamos

- Que isso, Russo. Fica putinho não. O papai aqui manda muito bem. Ou esqueceu quem é o homão da porra desse grupo - Pedro atiçou e Diogo deu de ombros

De fato ele estava com o orgulho ferido e foi engraçado isso.

Rodamos a garrafa novamente. Caiu para eu perguntar para Vicente. Na hora ele olhou pra mim com receio. Diogo, que sempre suspeitou que eu sabia de algo sobre ele, ficou eufórico.

Vicente olhou em volta, pareceu pensar e então, voltou a me encarar com convicção. E eu senti que algo mudou nele. Ele não demonstrava qualquer medo, qualquer receio.

- Vai, Fábio. Pergunta.

Eu hesitei. Pois sinceramente, não ia fazer a pergunta que ele estava pensando, pois mesmo que tivessemos nos proposto a isso, não achava certo o expor assim gratuitamente. Uma vez que já tinha dado minha palavra. Mas ao ver como ele me olhava decidido, me perguntei se afinal não era isso que ele estava querendo que eu perguntasse.

Lambi os lábios e pensei, deixando a tensão tomar conta do lugar e ver se ele fraquejaria. Mas não. Continuou me encarando, convicto. E eu tive certeza, ele queria que eu perguntasse. E tinha a suspeita de que ele mentiria. Não porque quisesse esconder a verdade por vergonha, mas porque queria o que viria depois de eu o revelar.

Então sorri e soltei.

- Me diz aí, que parte do corpo te dá mais tesão?

- Ora, meu pau, óbvio - falou com calma.

- E mesmo? Pois me lembro de uma vez que você disse, que ficou louco quando sua namorada brincou com seu cu. Teve outra vez, que você recebeu uma linguada lá e, em suas palavras " ficou de pau durasso".

Vicente se fez de sonso e falou tranquilamente.

- Falei, é?... Que coisa.

- Sim. E também teve aquela vez em que eu te peguei no meu quarto e te fiz gozar enquanto dedava teu rabo.

Diogo e Pedro ficaram quietos diante da revelação.

- Acho que você mentiu, Vicente - acusei com tranquilidade.

Meu amigo conteve o sorrisinho que se formava e esperou a sentença.

- Acho que tá na hora de você mostrar pra ele o que te ensinei, Pedro - e apontei para Vicente. Pedro esfregou as mãos em contentamento.

Os olhos de Diogo brilharam, mas ficou calado, lambendo os lábios.

- Vicente, por favor, fica de joelhos ali no sofá. Deixa o Pedro te mostrar o beijo grego dele.

Vicente levantou, cheio de si e tirou a bermuda e a cueca. Andou até o sofá, se ajoelhou no assento e apoiou os cotovelos no encosto. Ele vestia uma blusa branca, que em contraste com a pele negra da bunda nua, formavam uma visão tentadora.

Pedro foi até ele, ajoelhou diante de sua bunda e lambeu os lábios. Então, passou o nariz sob a pele, inspirando fundo.

Eu e Diogo nos acolhemos no chão num melhor ângulo para acompanhar tudo

Pedro, metódico, abriu as nádegas e passou de leve a língua. Foi o bastante para fazer o amigo estremecer.

Com calma, como quem degusta uma iguaria, ele foi aos poucos alisando a língua sobre as nádegas, chegando calmamente ao centro, alisando bem a linha divisória antes de abrir as nadegas novamente e enfiar o rosto de uma vez.

Vicente trincou os dentes e se arrepiou todo. Envergou a coluna, empinando a bunda.

O vi morder o lábio para não soltar o prazer

- Caralho, que delicia - Diogo comentou ao meu lado. - Quer outra cerveja?

Eu aceitei e ele correu pra cozinha e eu me sentei numa poltrona próxima, para maior conforte

Peguei a cerveja que Russo me ofereceu e degustei, enquanto olhava Pedro, com o rosto imóvel, passando a língua no buraquinho de Vicente. O rosto de ambos era prazer puro. Sabia bem o quanto cada um gostava do que estava fazendo. Pedro devorava a bunda do amigo, como um lobo faminto. E Vicente se empinava todo, parecendo querer entrar na boca do outro.

Diogo sentou no braço da poltrona ao meu lado e, sem alarde, deu uma leve alisada em minha coxa. Eu percebi, mas fingi que não.

- Pensou no que eu falei? - perguntou, sussurrando.

Eu apenas sorri, sem tirar os olhos da cena, e acenei afirmativamente.

- Então faz o seguinte. Relaxa e curte o show. Finge que eu não to aqui.

Eu não respondi, mas achei graça.

Quando Diogo chegou, se ajoelhou diante de mim e desabotou minha calma, tirando-a com calma. Me despiu da cintura pra baixo e pegou meu pau. Olhou yora mim, com aqueles olhos claros repletos de desejo, e começou a chupar. Eu o via muito bem através de meu campo de visão. Não o olhava diretamente pois ele havia pedido para fingir que ele não estava lá.

Russo chupou com vontade, lambendo bem as bolas no processo. Relaxei e me deliciei com a cerveja, enquanto ouvia Vicente lutando contra a vontade de gemer alto, enquanto rebolava, esfregando a bunda na cara de Pedro.

Os gemidos abafados compunham a orquestra daquela sala.

Diogo abriu minhas pernas e as ergueu um pouco. Enfiando a lingua em meu orificio. Arrepiei na hora. Bebi mais um gole, me recostando de forma a ficar confortável com as pernas para o alto.

Pedro então foi levantando, beijando as costas de VicenteeEnquanto arriava as calças, ficando completamente nú.

Com carinho, abraçou o amigo e encaixou.

- Geme na rola do teu amigão aqui, vai. - falou ao ouvido de Vicente.

Devagar, mas de forma constante, Pedro foi introduzindo. Não parecia encontrar resistência em seu caminho. Vicente fechou os olhos e abriu a boca, mas não foi capaz de emitir qualquer som. Levou então a mão a boca e mordeu o próprio dedo, segurando a onda de prazer que parecia lhe acometer.

- Entrei, amigão - Pedro sussurrou e então, começou um gingado devagar, entrando e saindo

Vicente apoiou os braços no encosto e afundou a cabeça neles, para abafar os gemidos

Ver ele delirar assim me fez dar conta que eu queria... Não. Que eu precisava daquilo também. Então segurei a cabeça de Diogo com carinho e o afastei

Levantei e fui para trás da poltrona. Recostei nas costas do móvel e empinei para trás. A mensagem foi rapidamente passada e Diogo abriu um grande sorriso

Levantou, tirou toda a roupa, e foi para trás de mim. Agarrou minha cintura com firmeza, beijou minha nuca e encaixou. Não precisou de muito esforço para penetrar tudo de uma vez. Eu sorri involuntariamente. Bebi mais um gole. Apreciando tudo. O sabor da bebida, a visão maravilhosa de Vicente e Pedro, o toque de Diogo e sua voz, falando cheia de tesão ao meu ouvido.

- Caralho, que saudade disso - Russo desabafou e tratou logo de meter com vontade. - Pqp, Fábio. Tira mais isso de mim não, cara. Por favor.

Achei graça e bebi mais um gole. Pedro agora metia forte, e abraçava Vicente por trás falando algum tipo de obscenidade no ouvido do amigo.

Senti o pau de Russo entrar e sair com destreza, deslizando pelas paredes internas de meu corpo.

Como era bom. Como eu também estava com saudades daquilo. Poder fazer aquele tipo de coisa com meus amigos. Mas desta vez, eu estava seguro de mim, estava entregue, mas sem estar submisso. Eu estava livre. Como se dirigisse por uma longa e deserta estrada, vento no rosto, velocidade máxima. Sem destino, apenas aproveitando o caminho.

Nesse instante então, tive uma ideia. Uma coisa que nunca fiz, mas sempre tive vontade de testar. Assim, quando Diogo meteu até o talo, eu contrai o glúteo e estrangulei seu pau dentro de mim, apertando bem o anel.

- Caralho - ele se axaltou, perdendo o fôlego - Como tú fez isso?

Eu apenas ri e fiz novamente.

- Pqp. Mas que porra é essa? - E continuou metendo - Seu filho da puta gostoso. Sempre com um truque na manga né?

Fiz novamente e ele soltou outro palavrão. Era divertido sentir seu pau sendo espremido dentro de mim, e a reação perplexa que acompanhava cada uma dessas ações.

- Caralho, Fábio. Como tu é gostoso, cara. Como tu é gostoso. - ele foi se soltando e eu também.

Estava tudo perfeito. Pedro metia com força em Vicente, que estava prestes a perder o controle e se entregar a seu prazer. Diogo se esbaldava com minha bunda e eu, em sintonia com tudo ali, me deliciava com suas estocadas a medida que me divertia com seu gozo.

Eu estava no controle. Segurava o volante e pisava fundo no acelerador. Deixando o carro correr solto pela estrada.

- Como eu amo essa bunda. Como eu amo esse corpo. Caralho, garoto, como eu te amo.

E então o carro colidiu contra um poste, eu voeei através do parabrisas e caí violentamente de volta na realidade.

- O que você disse?


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Comentários

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Depois de um seculo kkkk

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Até que enfim rsrsrs

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Parece q agr seu conto foi aceito Fábio!! Q maravilha! 😍😍😍

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