Eu e o inspetor de alunos – parte Final

Um conto erótico de 50ãoRala&Rola
Categoria: Homossexual
Contém 1750 palavras
Data: 30/07/2020 21:33:46

Chegamos da aventura na sexta depois da meia-noite, excitados com a história toda, as mudanças de última hora e a sorte que nos foi ofertada pelo destino. O celular do Olavo bipou e os dois olharam para a tela, era a Verônica. Segundo ela, deu tudo certo. Assim que Toninho e Zé Antônio foram embora, elas colocaram o Odair num taxi, entregaram o endereço ao motorista e deram uma gorjeta para ele aguardar alguém, da casa, receber o professor embriagado mas que o taxista não dissesse quem o despachou, na pior das hipóteses, dizer que ele estava em frente do Men’s Club.

Elas disseram que iriam dormir um pouco e partir logo cedo, para evitar encontrar alguém. Diz que adoraram participar do plano e que estavam à disposição se precisassem de algo mais, nos desejou felicidade. Missão cumprida!

Eu dei um gostoso beijo no meu companheiro e o convidei para o banho e, depois, dormir. Claro que entre começar o banho e finalmente dormir fizemos algumas brincadeiras. Nosso relacionamento estava cada vez melhor e, agora que a tensão da semana passou, o namoro foi mais gostoso ainda.

No sábado acordamos mais tarde, tomamos um bom café e eu o convidei a conhecer uma cidadezinha antiga e bem conservada que tem na região, onde sempre tem muitos turistas e, por isso, bons restaurantes e lojas, o que nos permite passear com maior liberdade. No final do dia voltamos, eu o convidei a comer uma pizza e ficamos na cama assistindo um filme e trocando carinhos. Nossa rotina estava cada vez mais gostosa, então falei:

- Olavo, estamos nos dando muito bem, concorda? Quer dizer, começamos a “namorar” há poucos meses mas estamos cada vez mais entrosados, mais unidos... – E olhei para ele, que me fitava como se eu estivesse falando algo que ele não havia notado, até que falou:

- Sim, Alencar, me sinto muito bem ao seu lado, você me deixa muito feliz. – E encostou sua cabeça no meu peito. – Eu continuei:

- Então, no final do ano você pega seu diploma de faculdade e poderá ser professor também. Já pensou no assunto?

- Sim, o tempo todo. O problema é que o colégio em que trabalhamos é o melhor da região, pagando o melhor salário e, por esta razão, tem uma fila de professores experientes querendo trabalhar lá, minhas chances de promoção são mínimas, pela falta de experiência... – Eu o fitei longamente e falei:

- Não deveria, você tem que ter prioridade pois já demonstrou valor, o risco de te contratar é zero se comparado com um estranho. – Sim, mas o fato de eu ser gay descompensa isto. – Eu falei enfaticamente:

- Eu também sou gay! Ou vai dizer que não sabe? – Ele riu e falou:

- Depois do que aconteceu nesses últimos meses eu não poderia dizer que não sei, concorda? Mas, se ao te contratar para a vaga, soubessem que você é gay, o colégio não o teria contratado. – Eu concordei, mas falei:

- Precisamos de um plano para que você se torne um professor! – Ele me olhou com atenção e perguntou:

- E o que sugere? – Eu dei de ombros e falei, rindo:

- Ainda não tenho sugestões, mas terei. – Ele me deu um beijo e falou:

- Já duvidei disto antes e quebrei a cara com a história do Odair, portanto confio em você! Agora, vamos dormir pois quero aproveitar bem meu Domingo com você. – Eu o beijei na testa e o mantive ali, deitado em meu peito até que, de repente, falei: “Casa comigo?” e ele respondeu sem levantar a cabeça mas apertando a minha mão, respondeu: “Já me casei...”. Então dormimos.

Nosso Domingo foi ótimo mas a segunda-feira chegou e fomos mais cedo, cada um em um carro. Cheguei na sala dos professores e o Odair estava lá, com uma cara te luto e os dois professores a lhe sacanear, eu mal entrei e o Toninho falou:

- Alencar! O Odair não acredita na gente! Conta para ele! – Eu, fingindo estar sem graça, falei:

- Para com isso, pessoal! Não se intrometam na vida do nosso amigo Odair. Quem somos nós para julgá-lo... – Odair me olhou assustado e falou:

- Então é verdade? Eu fui “enrabado” por um travesti? – Eu falei:

- Bom, sim, é verdade... Você não se lembra? – Ele, constrangido:

- Lembro de alguma coisa, eu sei que fiquei bêbado, mas... – Zé Antônio, não aguentou:

- Bem que falam que cu de bêbado não tem dono! - Não aguentamos e rimos. Odair ficou irritado:

- Vocês estão mentindo! Vocês estão me sacaneando. Não aconteceu nada disso, quero provas! – Então o Zé Antônio, falou, mostrando o celular:

- Odair, provas nós temos, não iríamos te mostrar mas já que está nos chamando de mentirosos... E repassou umas 4 fotos e dois vídeos que ele fez durante o ato, mandou para o Odair, para o Toninho, para Olavo e para mim.

Odair assistiu aquilo mudo, quase sem respirar. Então falou:

- Que quarto é esse? Quem de vocês foi o filho da puta que levou esse travesti? Por que não o impediram? O cara me violentou! – Eu, tomei a palavra, num tom irritado, já que os demais demonstraram o mesmo, e falei:

- Qual é, Odair? Estou pedindo para os caras não te sacanearem mas basta! – Qual é a sua? Você convidou a gente para transar com as prostitutas pois não queria ir embora sem gozar, na entrada do hotel você viu esse travesti e o convidou para nos acompanhar, eu achei que estava nos sacaneando e alertei que era um travesti mas você falou que era isto mesmo que você queria e perguntou para o travesti se ele tinha um pau grande, o cara disse que era enorme e você falou: “melhor ainda”, chegou no quarto e já foi ficando de quatro, nós ficamos sem ação. Cara, eu fui lá para me divertir com os colegas, bebida, mulheres, etc. e fui obrigado a ver você dando o rabo e ainda coloca a culpa na gente? – Odair, vendo que eu me irritei, começou a se desculpar:

- Não entendo, porque eu faria isso, eu sou macho, eu gosto de foder, não de ser fodido. Tem algo errado... – Toninho completou:

- Vai ver que você já comeu tanto cuzinho que ficou com vontade de experimentar! – Odair virou uma fera e quis ir para cima do amigo, eu e Zé Antônio entramos na frente. Zé Antônio, que é muito amigo do Toninho, falou:

- Calma aí, compadre, fica na sua. Não vai dar uma de machão agora. – Odair ficou sem ação e falou, novamente:

- Eu não entendo. Bem que eu acordei no sábado com o traseiro todo machucado, desconfiei que tinha sido enrabado mas não entendia por quem. Senti dores durante dois dias. – Toninho, que não gostou da tentativa de agressão, resolveu colocar a “boca no trombone”:

- Do jeito que ficam os garotos, garotas e até mulheres que você violenta e depois se livra. – Odair veio com o mesmo discurso:

- Eles fazem porque querem. – Toninho retrucou:

- Do mesmo jeito que você queria?

- Eu não queria, fui forçado! – Eu falei:

- Não, não foi forçado. Eu estava lá e vi tudo, você fez porque quis, mas eu acho que muitos desses que você falou que fizeram porque quiseram, não queriam, na realidade, foram obrigados. – Zé Antônio, que estava pensativo, falou:

- Quer saber? Espero que nunca mais ocorra uma situação desse tipo te envolvendo, pois se ocorrer, vou colocar estes vídeos e fotos na internet. – Era isto que eu queria ouvir de um dos dois. Odair reclamou:

- Faz isto que eu acabo com a sua vida! – E Toninho foi em defesa do amigo:

- Odair, reza toda a noite pela integridade física de nós quatro, que estávamos lá, pois se um de nós sofrer um “acidente”, os outros três publicam os vídeo e fotos, independente do “acidente” ter sido causado por você ou não. – E finalizou:

- Agora vamos embora que a palhaçada acabou. Esses vídeos ficarão em poder dos quatro e em um lugar que será acessado por outras pessoas caso os quatro morram ao mesmo tempo. Estou saindo. – Odair quis argumentar:

- Pessoal, que é isso! Não sou um assassino, é claro que não vou fazer nada disto! – Eu falei:

- Acho que o recado está dado, Odair! Sugiro que você repense esse seu estilo de vida.

Olavo estava esperando no corredor, próximo à sala dos professores, me procurou assustado:

- E aí?

- O pau comeu lá dentro. Na minha opinião, o reinado de terror do Odair acabou. No almoço te conto detalhes. – E nos afastamos antes que ele nos visse juntos.

Contei toda a história enquanto almoçávamos. Olavo ouvia tudo de boca aberta, muitas vezes com vontade de rir, outras de xingar. Ao final, surge o Odair, como sempre mas, ao invés do cumprimento amigo, nos falou de maneira jocosa:

- Aí estão os dois amigos juntinhos, vocês não se largam, será que tem algo que eu não estou sabendo? – Olavo, que há muito guardava isto preso na garganta, falou:

- Qual é, Odair? Está nos chamando de gays? Justamente o cara que deu a bunda no sábado na nossa frente. – Odair, todo assustado, olhou em volta e disse:

- Desculpe, era só uma brincadeira... – Olavo retrucou com voz imperativa:

- Quem prometeu não divulgar os vídeos foram os outros três, me enche o saco que eu divulgo tudo ainda hoje!

- Não, me desculpe, não farei mais isto.

- É melhor mesmo, pois gostaria muito de contar ao mundo quão machão é o violador de jovens e mulheres indefesos... – Odair partiu rapidamente, depois daquilo nos evitou em todos os lugares. Eu olhei para o Olavo com orgulho e falei:

- Olavo, assim você me deixa excitado! – E ri, ele me olhou contente e falou:

- Estava esperando este momento por quase oito anos, mas valeu a pena esperar. E então? Onde dormiremos hoje? – Eu respondi:

- Na minha casa pois passamos o final de semana na sua. Vou te preparar um gostoso jantar e te encherei de prazer esta noite. Será seu presente. – Ele riu e falou:

- Adoro presentes!

Olavo e eu trabalhamos fortemente para a sua contratação como professor para o próximo ano, e conseguimos! Ficamos mais dois anos naquele colégio, o suficiente para ele conseguir experiência e arrumarmos emprego em um outro colégio, na capital. Lá nós pudemos comprar uma casa juntos e viver nossa união sem preocupação. Num determinado momento, por sugestão do Olavo, nos candidatamos para adotar uma criança e hoje, criamos nosso Érico de forma a ser um cidadão justo e honesto. Nunca mais vimos o Odair mas, sabemos que ele nunca mais se envolveu em nenhum crime, o que nos faz sentir que cumprimos essa missão.


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