O que a vida me ensinou - Parte 21

Um conto erótico de Juca
Categoria: Homossexual
Data: 25/04/2016 21:50:53
Última revisão: 25/04/2016 23:12:58

Olhando para Pat examinando as crianças fico pensando o nível do medo que essas crianças têm do ser mítico “médico”. Ver o quanto Caleb estava relaxado quando apresentei meu amigo e como ele ficou quando disse que era médico e ainda o quanto ele se esforçou para não deixar as lágrimas escaparem, a mesma angustia vi no olhar de Caio, a diferença é que ele se faz de forte para o irmão, meu menino se esforça para ser a referência de força para meu pequeno. Isso é fodidamente injusto, mas irei por fim nisso. Em todo o momento que Pat examina a garganta, olhos, pele e até os cabelos de Caleb, Caio estava ali segurando sua mão.

- Nossaaaaaaaaa!! – diz Pat.

- Puta merda, que foi? – falo assustado com a expressão séria que Pat está fazendo ao olhar o peito desnudo de Caleb. – tem algo errado? Caralho fala logo.

- Hiiiiiii – diz Caleb – nome feio.

- Fala logo o que ele tem Patrick! – digo nervoso, porra que de tão grave ele pode ver só olhando para o peitoral da criança?

- Estou impressionado, nossa, você é a primeira criança de cinco anos que vejo com um peitoral tão forte! – estanco – aposto que quando ficar adolescente vai praticar muitos esportes e ficará tão forte como o Juca.

- Eu vou ser forte? Eu posso brincar de correr? – fala com seus olhinhos brilhando. Meu saco, como pode aquela louca ter feito mal a uma criança assim.

- Você irá fazer tudo que quiser Caleb, não lembra que ele prometeu? – fala Caio encarando o irmão. Porra Juca tu virou viadão mesmo, já quer chorar de novo, caralho!

Meu pequeno acena afirmando e depois me olha e solta aquele sorriso grande e banguela.

- Mas veja só, ele está com uma portinha na boca. – diz Pat – essa portinha caiu há muito tempo?

- Não, foi no dia que eu assisti o desenho. Meu dentinho tava mole ai queriam tirar com alicate grande grande, mas eu chorei chorei, não queria perder meu dentinho – fala com uma vozinha manhosa que da vontade de estrangular de tanto apertar – aí o Caio viu no desenho que se mordesse a maçã o dente saia e depois nascia outro, mas não foi na primeira não, foi na segunda, né caio?

Vejo Caio todo corado, é lindo ver a proteção que ele devota a Caleb, mas ao mesmo tempo é um fardo muito pesado para alguém de apenas nove anos.

Seguimos nas consultas, Pat atendeu todas as poucas crianças que residiam no lar e também acabou fazendo um extra com as irmãs. Se ele gostasse da coisa até diria que ele estaria querendo comer alguma.

- Por que você não pode? – pergunta Caleb – eu queria que viesse me ver e o Caio também quer, ele só não fala muito, mas ele gosta muito muito de ti e ele até disse pro amigo dele que você ia ser nosso pap...

- CALEB!!! – grita Caio.

Olho para meu menino mais velho e o vejo rubro.

- Que irei ser o papai de vocês? – digo emocionado, é tão bom saber que essa ligação e necessidade não são apenas minhas.

- Ei garotão – digo levantando seu queixo que baixou envergonhado – meu grande campeão, a gente não abaixa a cabeça quando falamos algo que queremos. Vocês me querem como pai? Eu sei que quero vocês como filhos... Eu não deveria falar isso agora, mas eu estou tentando ter a guarda de vocês e não me envergonho disso, ao contrário eu me orgulho, meu peito dói de saudades quando estou longe.

- digo e vejo dois pares de olhinhos vermelhos.

- Caio caleb, vocês me querem como seu pai? – digo já sentindo o impacto de dois corpos miúdos me apertando.

- Acho que isso é um sim. – viro-me e vejo Pat nos olhando. – a família está quase completa.

Amor como queria que estivesse aqui. Mel, você precisa falar comigo, precisa voltar e conhecer nossos filhos.

- Meninos, ei não é para chorar – digo os afastando um pouco – homem chora sim, mas tem hora que é necessário ter culhão! – digo firme.

- O que é um culhão? – pergunta Caleb inocentemente.

- Oh deus você vai perverter essas crianças. – olho com desdém para o cretino hipócrita filho da puta atrás de mim.

- Foi só uma expressão, como dizer que há momentos que temos vontade de chorar e mostrar nossa dor e fraqueza, mas não devemos mostrar pelo menos não na frente certas pessoas.

- Igual quando os meninos me chamam de perneta e Caio diz para eu não chorar e depois ele me leva no banheiro para eu chorar com ele? – Vou matar esses mini projetos de vagabundo! Sinto minha raiva crescer em pensar em alguém magoando minhas crianças.

- É filho. – digo travando porque minha vontade é dizer para ele se vigar usando uma toalha molhada com um sabonete dentro e tacar em cada vagabundo desses de madrugada, mas não posso, se a irmã descobre que disse isso pode desistir de me ajudar a acelerar o processo. Respira, você irá tira-los daqui homem.

- Eu sou seu filho? – fala Caleb com o sorriso aberto. Que efeito esses sorrisos tem em mim.

- Sim, você e caio, bem se vocês quiserem porque eu quero.

- QUEREMOS!! Dizem os dois.

Passamos mais algumas horinhas no lar, pude me inteirar como seria a semana seguinte, e pelo que irmã Adeilza me passou, alguns trâmites seriam pulados e eu terei uma visita da assistente social em um mês, um mês é o que eu tenho para trazer o Mel de volta, por mais que eu esteja disposto a levar esse processo sozinho, mas não gostaria de faze-lo.

Depois de insistir muito a irmã permitiu que eu botasse os meninos para dormir, dessa vez contei a história de Mel e os quarenta ladrões que saquearam as fadas e levaram a chapeuzinho para se vigar do urso mau que devorou a vovózinha.

Estávamos voltando para casa e Pat estava totalmente calado, o que eu já percebi ser algo anormal.

- Fala logo, caralho. – digo sem o olhar.

- Não tenho nada para falar contigo. – diz e o sinto ríspido.

- Eu te falei para não se meter com o Dan e o que você faz? Vai lá mostrar a rola para ele achando o que? Que ele ia se ajoelhar e pagar um boquete? Que iria te chupar? Qual é meu irmão, eu queria era que ele tivesse usado o spray.

- Claro que queria. – fala sério. – Encosta o carro, já que quer falar vamos falar então.

- Está tarde para parar por aqui, estamos a poucas quadras do prédio, no estacionamento conversaremos.

- Que seja. – que mudança foi essa?

Quando chegamos, mantenho o carro ligado e me viro para Patrick.

- Fala. – digo simplesmente.

- Você sente tesão no Danilo?

- Que raio de pergunta escrota é essa?

- Só responda logo.

- Não, seu filho da puta. Danilo é para mim como meu irmão, não como o Quim, pois não preciso protege-lo, mas como um irmão mais novo. E porque dessa pergunta?

- Porque percebi que são muito próximos e vi o jeito abalado que ele ficou quando saiu do seu quarto, eu observei e ouvi a conversa de vocês, e não, não tenho um pingo de vergonha de escutar a conversa dos outros, fiquei pelado para ele sim, mas não foi na intenção de ganhar um boquete se rolasse bem, seria um prêmio, mas a intenção era saber se outro homem tinha o mesmo efeito, o problema é que ele não gosta de mim, então eu poderia estar vestido de ouro que ele não ligaria. – vejo Pat respirar pesadamente. – ele é muito gostoso.

- Mas não é um cara para ser apenas uma comidinha sua.

- Tá seu escroto eu já sei, só que Mel é muito precioso para mim, não medirei esforços para te manter longe dele se você se atrever a olhar para outro cara, principalmente Danilo.

Hum, interessante.

- E isso é pelo Mel ou é ciúme do Danilo.

- Isso é um aviso. Gosto muito de você, mas Mel sempre será prioridade na minha vida.

Fecho a cara, não estou gostando da porra dessa conversa.

- Patrick. Você tem interesse no meu Mel, Você o ama?

- Sim, amo e muito, Mel é o único homem que amo... – sem perceber minhas mãos vão parar no pescoço de Patrick.

- SEU DESGRAÇADO FURA OLHO DO CARALHO!!! EU VOU TE MATAR, VOCÊ NÃO VAI TIRA-LO DE MIM.

- ME SOLTA SEU ANIMAL – diz tentando torcer meu pulso e causando dor. – CARALHO ME SOLTA, EU NÃO QUERO FUDE-LO, PORRA HOMEM SE EU QUISESSE ALGO TERIA TENTADO ANTES.

Sinto uma dor no peito e me arremessar contra a porta do carro. Patrick usou seus dois pés para empurrar meu corpo. O vejo levar as mãos ao pescoço e falar em seguida.

- Seu idiota é claro que eu o amo, mas não do jeito que está pensando. Babaca, Mel sim é como um irmão para mim, eu já dormi com ele incontáveis vezes de conchinha se quer saber – aquilo me dilacerava por dentro. – mas não transávamos, nunca quis e nem ele, Mel não é como um homem para mim, Mel é sagrado e por isso que não vou deixar ninguém mais feri-lo, nem Miki nem Marcos e se você for mais um filho da puta também conhecera meu lado obscuro.

Fala abrindo a porta do carro e saindo.

- Vou deixar minha porta trancada, amanhã precisaremos conversar – fala me encarando com uma das mãos alisando o pescoço – tem que entender que não pode agredir as pessoas desse jeito só por se sentir intimidado ou por medo de perde-lo pra outro.

Que porra foi essa que aconteceu?

- Não vou subir pra caralho nenhum, vou dar uma volta!

Sigo apenas dirigindo pela cidade sem nenhum destino certo, mas sei que nem pensar em parar em algum bar.

- porque a vida tem que cagar nos meus planos? Puta merda, eu só queria dormir e acordar com meu Mel, sem porra de drama, caralho minha vida tá parecendo àquelas novelas que o pessoal só se fode e só tem paz no final, porra – digo acertando um soco no volante enquanto sigo em frente – ainda por cima é uma daquelas novelas ruim pra caralho.

Continuo discutindo comigo mesmo, quando ninguém mais quer me ouvir eu mesmo me escuto, tenho a necessidade de expor a minha raiva.

Dou-me conta de que vim parar no condomínio em que meus pais moram. Não é a casa em que eu cresci, na verdade só morei por três anos aqui, depois mudei para casa do Quim e depois para a minha. Como sou filho de um dos proprietários de imóveis do local tenho acesso independente do horário, decido passar a noite no meu antigo quarto, se voltar para casa vou bater na porta do Patrick, ou para pedir desculpas ou para arrebentar a cara dele.

Deixo meu carro na garagem uso minha chave para entrar e vou até a cozinha, não comi porra nenhuma até agora.

Abrir a geladeira foi uma decepção, e os armários estavam uma decadência, mas lógico que não teria nada, meus pais estão há meses fora.

- Vou pedir uma pizza, esse horário não deve ter nada melhor.

Faço o pedido por um aplicativo no celular e então algo vem à cabeça. Seu Eugenio.

Não faço ideia de onde ele está então não acho que seja interessante ligar. Seu Eugenio é um homem de negócios, deve ter um horário fixo para ler os e-mails.

Decido então enviar um e-mail solicitando que assim que possível entre em contato comigo. Sei que independente dele me achar culpado ou não, não se negaria a falar comigo, diferente da mula que é seu filho e meu namorado que se tivesse um pouco do bom senso do pai já teríamos resolvido essa porra toda e estaríamos agora agarrados e pelo horário ainda iriamos ter pelo menos uma foda antes de dormi.

Fico explorando meu antigo quarto, nada está como eu deixei. Minha mãe é compulsiva por redecorar ambientes, nada aqui lembra a minha personalidade de adolescente.

Ouço o interfone tocar.

- Pois não?

- Senhor Villar?

- Sim. Na verdade Júlio Caio Villar, em que posso lhe ajudar?

- Senhor, há um entregador aqui com uma entrega para o seu endereço, porém pelas regras do condomínio é explicitamente proibida à entrada pelo horário, gostaria de solicitar que o senhor venha até a entrada do condomínio. Se o valor a ser pago for em espécie poderei liberar o entregador e solicitar que o recepcionista da noite faça a entrega ao senhor e que seja repassado a ele o valor.

- Sim, por favor, faça isso. Obrigado.

Depois de uns cinco minutos o rapaz entra no jardim frontal da casa de meus pais.

- Boa noite, é minha entrega?

- Boa noite. Sim senhor. – fala o rapaz, com o jeitinho bem afetado. – devo lhe dizer que o senhor pediu uma das piores pizzas da cidade.

- Eita moleque não me lembro de ter lhe pedido a sua opinião. – vejo o menino ficar roxo de vergonha. Puta merda, se mel estivesse aqui já estaria me fuzilando. – é brincadeira rapaz. Bom realmente eu não pedi sua opinião, mas gosto de pessoas que são ousadas.

- Desculpe, eu só sou meio critico senhor quando o assunto é comida.

- Hum, você iria se dar bem com o meu namorado e minha cunhada – vejo ele ficar com os olhos esbugalhados. – que foi?

- Nada não, desculpe. Aqui. – fala me entregando a caixa.

- obrigado.

Vou para cozinha me servir da pizza que realmente é horrorosa, mas eu estou com fome e, além disso, depois de ter acostumado a comer o que o Mel fazia todo o resto fica inferior.

Já estou no meu quarto pedaço quando vejo meu telefone tocar com o nome do meu sogro.

Atendo logo me pondo ereto.

- Boa noite seu Eugenio.

- Juca, você poderia me explicar porque o Mel não me atende desde sexta-feira e porque eu não consigo falar com mais ninguém? – fala com o tom de voz cansado, mas brando.

- O senhor leu meu e-mail?

- Que e-mail?

- Primeiro seu Eugenio eu quero que o senhor esteja sentado, precisamos conversar.

- O que houve? – sinto preocupação em sua voz – foi com meu filho? Fale...

- O Mel me pegou na cama com uma mulher, mas isso foi de alguma forma montado. Por favor, não desligue.

Sinto seu Eugenio ficar tenso do outro lado, ouço um bufar. Em seguida sua voz sai dura.

- Eu confiei o meu filho a você.

- Tudo que o senhor precisa entender é que eu não trai o Mel, eu não comi a Nanda e eu não irei perdê-lo.

- A irmã do Fernando? – sinto seu tom de voz mudar – ok Juca comece a falar, não irei lhe interromper, apenas me conte tudo.

Comecei a explicar sobre meu passado e meu único relacionamento pseudo sério que tive antes do Mel e como tudo que havia acontecido estava me torturando com pesadelos, lhe explico que fui atrás da moça e de tudo que vivenciei nesse dia, todos os remédios que havia tomado para me acalmar e de como soube que Marcos havia retornado e que Mel pretendia passar a noite com ele, lhe falei como minha reação foi sair e tomar tudo que fosse alcoólico e como sou fraco para doses altas de álcool de apenas uma vez e que minha lembrança seguinte foi levantar na minha cama com o Mel na porta chorando e a puta do lado pelada.

- Como pode ter tanta certeza que não transou com ela? – pergunta seu Eugenio. – você transa dormindo, Mel me contou da vez que acordou com a bunda cheia de esperma seu.

PUTA QUE PARIU!!

- Por favor, seu Eugenio, já é humilhação demais saber que terceiros sabem do meu problema, não precisa esfregar na minha cara. – digo bem irritado. Caralho o Mel não precisava falar tudo.

- Desculpe, mas não respondeu minha pergunta.

- Eu praticamente entro em coma alcoólico, meu pau não funciona, pode chupar ou fazer o caralho a quatro. Seu Eugenio não é só isso, eu sei que não ouve nada, meu pau não se levanta pra qualquer um, depois que o Mel entrou na minha vida parece que ele tatuou de alguma forma meu cacete. Olha é bem constrangedor falar justo com o senhor sobre isso, mas a verdade é que não consegui transar com nenhuma outra garota depois que seu filho apareceu.

Ficamos quietos um tempo até que meu sogro quebra o silêncio.

- Meu filho deve estar sofrendo muito. – fala com a voz triste – eu confio em você, consigo sentir sua sinceridade, mas te aconselho a agir.

- O problema é esse, todos querem que eu espere e deixe ele me procurar.

- Eu concordo em parte meu filho, porém Marcos não vai dar trégua, ele falou comigo há uma semana, disse que queria tentar conquistar meu filho novamente e que queria que eu lhe ajudasse, pois descobriu que estava se relacionando oficialmente com você.

Meu sangue subiu nessa hora. Quem esse filho da puta pensa que é?

- Julia deve ter falado com ele. – digo certo disso, ela deve ter falado, mas não fez isso por mal.

- Juca seja mais inteligente, você é brilhante para os negócios então use isso no seu relacionamento.

- Não estou entendendo.

- Acha que tudo isso foi coincidência? – pergunta com aquela voz de uma raposa velha. – sua ultima visão foi de uma mulher que não era a Fernanda, o Mel foi chantageado. – fala pausando como se me incitasse a falar algo – então se pressupõem com tudo isso que...

- Foi armado – digo sentindo me lesado até a alma

- Agora resta descobrir como e mostrar para meu filho.

Seu Eugenio me prometeu que ficaria em contato comigo para me ajudar a resolver essa questão. Toda essa nova versão dos fatos me deixou inquieto, não conseguia mais dormir então resolvi deixar a casa dos meus pais e voltar para meu apartamento para acordar certo alguém.

- Abre porra!! – digo já quase derrubando a porta do quarto de Patrick depois da quinta vez que tento acorda-lo, na sexta vez a porta se abre e Patrick com a cara de um demônio me encara.

- Se não for por um bom motivo eu juro Júlio, que to me fodendo se você é dono da casa, te quebro na porrada.

Nem dou atenção e entro no quarto já despejando tudo.

- Falei com seu Eugenio e ele de alguma forma acha que tudo é uma armação, e eu estou convencido que realmente é. Preciso achar a ligação, Marcos e Nanda devem estar juntos nisso.

- Você é muito inocente né. – fala se sentando na cama – eu já sabia disso e estou tentando entender quem mais está ajudando. Você sabe da história que a Nanda deu para o namorado da Fanny no colegial né?

Afirmo com a cabeça, ainda não entendi aonde ele quer chegar.

- Me tornei meio que amigo do Nando, ele me comeu algumas vezes.

- Caralho não preciso saber das tuas fodas! – muito menos com o idiota que queria ficar com o meu namorado.

- Tá estressado. Só que isso me fez ganhar a confiança dele e descobrir que a Nanda o convenceu a ajudar, lógico que ele não sabia que ela daria pro namorado da irmã, o combinado seria o Paulo, o cara que a Julia queria arranjar para o Mel, porém a vadia queria foder com todo mundo.

Sento-me ao seu lado e começo a compreender.

- Você acha que ela pode ter usado o irmão?

- Ou a irmã. – fala respirando fundo – gosto muito dos dois, mas Mel é mais importante do que eles, tenho que sondar. Juca não posso estragar tudo revelando a minha desconfiança.

- Desculpa pelo que eu fiz – digo baixando minha cabeça, realmente me sinto envergonhado. – eu apenas perco o controle quando acho que alguém quer me tira-lo. – falo me levantando e andando de um lado para o outro.

- Eu não sei te explicar o que há comigo, porque nem eu entendo – falo parando e encarando – eu nunca agi assim e isso me assusta, mas ficar sem ele é muito mais assustador. Eu estou aprendendo todo esse lance de paixão e amor com ele.

- Não precisa se justificar Juca, você me estressou na hora, mas eu te entendo porque mesmo sendo um bruto você é tudo o que eu sempre quis pro Mel e mais, adorei essa marca que me deixou no pescoço – olho sem entender e ele ri.

- Você está dizendo que... – não completo ele me corta falando em seguida:

- Que está proibido de falar que foi você que fez, principalmente para o Danilo, isso – fala apontando para as marcas vermelhas – foi resultado de uma super foda level hard.

- Seu sacana! – digo rindo. – ainda não pode ficar com ele.

- Só quero provocar.

Depois de conversarmos por um tempo decidimos dormir. Algo interessante que descobri é que Pat está em processo de transferência, o cachorro quer fazer uma surpresa para o Mel, já que ele o considera como sua única família. Patrick é muito mais solitário do que eu imaginava.

A segunda chegou e às seis e meia cheguei à empresa, antes de todo mudo. Não dormi nem três horas, mas não aguento ficar em casa, principalmente no nosso quarto onde tudo me lembra do meu amor. Até o cheiro da roupa de cama me faz viajar e pensar só nele

Começo o trabalhando revisando os papeis de admissão de algumas das empresas que tratamos ontem, separando o que poderia ser enviado hoje mesmo, quanto mais ocupasse minha cabeça melhor.

Às sete e meia ostrinha chegou. Contei a ela tudo que havia acontecido no fim de semana, desde minha visita aos meninos até minha ultima conversa com Patrick. Ficamos revisando diversos documentos das empresas que entrariam no semestre seguinte em processo de auditoria.

No horário do almoço recebi um e-mail de dona Adeilza solicitando os documentos que seriam necessários para o processo de transferência de guarda, achei incrível o poder que aquela mulher exercia e sua influência.

À tarde decidi ir correr um pouco já que não fiz pela manhã. Fiz um percurso longo e exaustivo, queria chegar em casa e capotar. E foi isso que houve, não falei com o Dan, pois ele ainda estava na empresa apenas conversei um pouco com Diego que estava adorando todo o paparico que estava ganhando na nova escola, principalmente com as meninas. Engraçado mesmo era ver a conversa do Pat com Diego, pelo que percebi os dois eram comedores, porém Diego era de boceta e quando fui passar pela cozinha ouvi Diego contando ao Pat que já estava montando uma “agenda de pegação”. Puta que pariu como que pode Dan e Diego ser tão diferentes.

Era cedo, mas felizmente consegui dormi, decidi mandar novamente o “eu te amo” por sms.

Acordei bem cedo e fui a minha corrida, após voltei para casa e dou de cara com um Danilo totalmente vestido na versão chefão, fiquei quietinho o ouvindo tirar o coro de alguém.

- Senhor Germano não sou seu subalterno para me chamar de Danilo, então me trate por senhor Ziemann como qualquer outro funcionário faria, e não me interessa se o outro ceo confiava no seu trabalho o suficiente para deixar que fizesse todos os processos de fusões sem se quer ter o parecer interno das evoluções que as mesmas apresentavam no mercado nacional e global, eu quero tudo na minha mesa quando eu chegar, estarei na empresa exatamente as dez horas, ou seja, aprece-se o senhor tem duas horas e quarente e três minutos – falava olhando as horas num relógio que com certeza custaria um pulmão no mercado negro. – quero também todos os relatórios das transações feitas em âmbito nacional dos últimos cinco anos e com copias dos contratos e toda mudança contratual feita posteriormente, quero também uma reunião com o chefe do setor financeiro ainda hoje, e quanto aos outros relatórios terão que estar na minha mesa até as dezoito horas ou terei que rever se o senhor tem capacidade real de ocupar o cargo atual.

Meu cacete! O Dan é o capeta como chefe!

- ok, obrigado senhor Germano.

Vejo desligar a ligação e não perco a piada.

- E então “senhor Miranda”, ops – falo tapando minha boca e arregalando os olhos de forma debochada – perdão, senhor Ziemann. Por favor, não me demita... hahahha.

- Muito engraçadinho, mas para você ainda é Dan viu. – fala pondo um prato com ovos poche e outro com pãezinhos doces e um pão de mel. – come, comprei para você, o Mel uma vez disse que gosta dessas coisas.

Suspiro forte, meu amor, quanta saudade. – estou com tanta saudade dele. Mas não quero falar disso.

- Tudo bem. – fala compreensivo – Tem vitamina de mamão, banana e aveia, quer? – aceno que sim. Ele serve dois copos e sentamos na bancada da cozinha. – fala, sei que está se segurando.

- Fiquei surpreso com suas exigências, bem o que você pediu agora geralmente é entregue antes de assumir o cargo.

- Sim, mas aquele pateta parece que não sabe o que é inadmissível para o posto de diretor de contratos entre fusões. – fala enquanto envia alguns e-mails.

- Na verdade o nome disso é incompetência mesmo. – falo cético. – como ele ocupa esse cargo?

- Provavelmente ele e o outro ceo tinham algum acordo. – ele solta uma respiração funda e fica com uma expressão dura ao me olhar – Seu Melanio me passou sua desconfiança quanto ao que acontecia por aqui, quando ainda era seu secretario executivo júnior. Então passamos a monitorar tudo, mas só conseguimos motivos condescendentes para afastar João, o antigo ceo este ano, mas há muito mais a ser investigado. A principio só estou pedindo coisas que já tenho pleno conhecimento dos originais, mas quero testar alguns dos funcionários e verificar o que eles me entregaram e até onde eles maquiam as informações.

- Não seria melhor demitir a todos, digo seria ruim a exposição que teriam provavelmente perderiam valor de mercado, mas é muito prejudicial a saúde da empresa mantê-los a longo prazo o rombo econômico e qualificação externa que a empresa tem podem ser afetadas irreversivelmente.

- Sim, na verdade seu Melanio queria fazer isso, mas eu creio que a mais coisas enterrado e eu quero chegar ao fundo. Bem pelo menos para a direção de contratos eu já tenho alguém para indicar.

- Melhor assim. E o porquê vai tão tarde para empresa?

- irei à escola do comedor – caio na risada, ele deve ter ouvido a pequena conversa do Diego com Pat. – acredita que aquele merdinha se bandeou para o lado do Patrick? – falava com um sorriso e negando com a cabeça.

- Sim ouvi um pouco, mas o que vai fazer por lá?

- Bem como o sistema para ingressar na faculdade é diferente aqui, quero que seja aplicada uma prova ainda esse mês para o Diego. Preciso entender se ele está nivelado, porque apesar do ensino na Alemanha ser melhor há muita coisa peculiar sobre a história do próprio país que Diego está para trás.

Ficamos conversando até Diego surgir na cozinha e os irmãos irem embora. Pat, não o vi pela manhã.

Trabalhei o dia inteiro sem trégua e as dezesseis fui ao lar.

Quando cheguei cumprimentei a irmã que parece um Pokémon e quando cheguei ao pátio interno escuto uma voz doce e melodiosa contando uma história para as crianças. Caio e caleb estão vidrados em tudo que ela diz, é uma moça linda, de jeitinho meigo e uma bela barriga, quando percebo ouço a voz de caleb.

- Tia Hadassa meu pai chegou!! – e então vejo olhos azuis me prederem.

**

Boa noite pessoas. Aqui quem fala é a equipe de edição da Nara M (acho chique isso) como vocês já devem saber, ela está atarefada com o trabalho e coisas pessoais, queria estar aqui para responder a todos e pede compreensão dos leitores. Em breve mais capítulos de Meluca.

P.S. Leiam: Clube de Machos Diamonds; Gabriel... me espera!; O Seu Assistente.

Agradecemos a compreensão. Boa leitura. Votem e comentem. Sigam a Nara no wattpad:


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Comentários

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26/04/2016 02:30:57
Amei. Muito bom. Sdds amiga. bjos
26/04/2016 01:23:30
Não sou obg a nada, muito menos a compreender pq essa vaca não esta respondendo aos comentários viu Senhores da Equipe da Nara M. kkkkkkk To de brinks meninos. Lindo como sempre, a cada capítulo me encanto cada vez mais pelas crianças. Sentindo falta do Mel. Amiga volta logo.
25/04/2016 23:59:40
...
25/04/2016 23:11:04
Bom
25/04/2016 22:09:22
BOM.


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