Oi gente, eu relutei um pouco pra escrever hoje, pq o que acontece mais lá pro finalzinho me marca até hoje. Bom eu quero agradecer quem está lendo, gostando e conversando. Sério eu adoro vocês, vocês não existem! <3 espero que gostem do capítulo:💙💙💙💙💙💙 (ah já peço desculpas por alguns erros de português)
O Marcelo disse isso sem que a mãe do Diogo ouvisse.
- Filho eu sei que vocês não tão se falando tanto... mais vocês eram tão amigos. Tenta conversar com ele. Eu tentei de tudo, mais parece que quanto mais eu falo menos efeito surte.. - ela dizia. Dava pra ver na cara dela o quão cansada ela estava.
- Pode deixar tia.. eu vou tentar falar com ele. Juro. - eu disse.
Eu e o Marcelo entramos em casa e ele me explicou que desde o dia da mochila, que o Gui pegou dele e ele surtou, ele desconfiava. O comportamento do Diogo em várias situações, agora que eu revisitava com a memória também indicavam que algo de mais estranho estava acontecendo.
- E agora, o quê que você vai fazer meu amor?- ele perguntou.
- Não sei vida.. de verdade.. eu quero ajudar, principalmente pela mãe dele, mais eu queria distância do Diogo, sabe? Eu tentei uma aproximação amigável, mais.. eu já vi que não rola mesmo. - eu dizia pensativo.
- Faz o que tem que ser feito amor meu. Tudo o que tiver que acontecer vai acontecer. Não adianta nada contra a maré. - ele me disse e me abraçou.
Parecia que o Diogo tinha adivinhado, eu não via ele durante dias. Até que um dia tava na frente de casa chegando do trabalho, já que aquele dia eu não teria aula, e ele passou. E de fato eu constatei que ele tava com o tal Wesley. Decidi mesmo assim chamar ele.
- Diogo! - eu gritei e sai de casa, me aproximando dele.
- Qual foi? - ele perguntou.
- Eu posso falar com você um instante? - eu disse olhando pro Wesley que me encarava. Eu queria dizer que era particular, mais nem precisou. O Diogo mesmo entendeu.
- Wesley vai indo lá pra casa, eu vou bater um papo com meu amigo Joaquim aqui.. - ele disse.
O Wesley tentou ainda relutar mais foi vencido. Quando ele já tava longe o Diogo virou pra mim.
- E aí... fala logo que eu tou sem tempo m! - ele disse.
- Você tá colocando esse cara dentro da tua casa?! - eu perguntei indignado.
- O que você tem com isso? - ele perguntou.
- A tua mãe veio me procurar, ela tá preocupada com você.. preocupada com que caminho você tá seguindo. Pqp se aproximar do Wesley?! Ele é bandido Diogo! - eu ia dizendo mais ele me cortou.
- Quim! Deixa que com a minha mãe eu me resolvo beleza? E tu, tu não tem nada com a minha vida! Não tem que se meter em com quem eu me envolvo e nem com quem eu coloco dentro da minha casa irmão.. você mesmo não tá lá com o seu namorado?! Que você tanto enche a boca pra falar? Então me erra irmão! - ele dizia.
- Eu sei que você tá mexendo com essas porcarias! Cara, se você ainda tem um pingo de decência, para agora! Isso vai terminar de forma ruim pra você! - eu dizia.
- Tou sacando você Quim! Você tá me adulando, fingindo tar preocupado comigo, mais na verdade só tá pensando naquele merdinha que você tá namorando não é? Tá com medo do que eu vou fazer com ele! - ele falou enchendo a boca.
Nesse momento o meu sangue ferveu.
- Eu tentei, eu juro que eu queria ter uma conversa civilizada com você mais não dá! Eu já disse pra você parar com isso. - eu dizia extremamente nervoso.
- Eu tou morrendo de medo de você Quim! - o Diogo dizia debochando de mim.
- Eu já disse pra você e aquele seu namoradinho tomarem cuidado! - ele disse.
- Se tu tiver mesmo ameaçando a gente eu vou nesse mesmo momento na polícia! - eu dizia.
- Com que prova lindão? - ele perguntou com ar de superioridade.
- Se você tocar no Marcelo eu quebro tua cara! - eu disse com raiva.
- Tá com medo né? É bom mesmo! - ele dizia. - ou você acha mesmo que eu ia deixar passar os socos que seu namoradinho me deu, e os socos que tu me deu iam ficar por isso mesmo? - ele dizia já se afastando. - Ah.. deixa que com minha mãe eu me resolvo. - firmeza? - ele encerrou.
Eu não sei pq mais naquele momento eu senti um frio no estômago. Um medo. Liguei na mesma hora pro Marcelo e ele não atendeu. Comecei a ficar com falta de ar e liguei de novo. Ele atendeu no segundo toque.
- Oi meu amor? - ele perguntou.
- Oi vida.. tá tudo bem? Você tá bem? - eu perguntei.
- Tá sim meu príncipe, desculpa não ter atendido da primeira vez. A gente tava em uma reunião com um pessoal muito importante, tá bom? - ele perguntou.
- Não tem que pedir desculpas não meu príncipe... você tá bem né? - eu perguntei outra vez.
- Tou meu amor.. o quê que tá acontecendo? - ele ficou todo preocupado.
- Você tá podendo falar? Eu não atrapalho? - eu perguntei.
- Nunca amor! - ele respondeu.
- Eu encontrei o Diogo aqui, fui falar com ele mais acabou que deu tudo errado outra vez.. - eu disse.
- Eu imaginei.. - ele disse. - você tá tentar de novo? - ele perguntou.
- Não... - a essa altura eu tava quase chorando. - vida toma cuidado.. ele ameaçou a gente outra vez. Só que eu senti algo estranho.. por favor meu amor se cuida! - eu dizia quase desesperado.
- Ooh meu amor.. pode ficar tranquilo tá bom? Juro que vou me cuidar. Tá bom? - ele disse.
- Tá bom meu amor.. vem pra casa rapidão! - eu disse.
- Vou mais rápido que o flash meu amor. Prometo te mandar foto minha toda hora.. você vai até enjoar da minha cara kkkk - ele disse.
- Isso nunca vai acontecer. Te amo meu amor. - eu disse.
- Te amo meu pequenininho. - ele disse.
Desligamos e eu fui tentar seguir a vida normalmente. Ele de fato me mandava uma foto de 10 em 10 minutos.
Ainda na reunião;
Ainda na reunião;
Reunião acabando;
Indo pra sala dele;
Tomando café;
Fazendo carinha de triste e reclamando de saudade;
Mais uma reunião;
Conferindo o projeto;
Bravo pq não achava uma solução pra um erro;
Feliz pq finalmente achou uma solução pro erro;
Contando os minutos pra ir embora;
Já no carro;
No sinal fechado;
Ansioso pra matar a saudade;
Antes de chegar, uma parada pra comprar uma surpresa;
Já no carro novamente;
Agora sim indo pra casa;
Chegando na rua de casa;
Entrando em casa.
Ele sabia ser fofo até nos meus momentos mais tensos. Naquela noite a gente fez berinjela com hambúrguer caseiro. Enquanto ele dava um jeito de tirar o amargor da berinjela eu colocava os hambúrgueres pra selar.
- Sabia que eu amo ver você assim? - ele perguntou.
- Assim como? - eu perguntei.
- Sem camiseta, com avental e de bonezinho pra trás, todo animado e feliz! Cozinhando pra gente! - ele disse me abraçando por trás.
- Ah o senhor quer me ver com a barriga no fogão então? Kkkkk - eu disse rindo.
- Confesso que é uma das visões que mais me dão tesão.. - ele disse apertando minha bunda. - mais é pq é uma coisa simples. Comum. E até essa coisa comum você faz ser incrível, acho que por isso cada dia que passa eu te amo mais! - ele disse.
Terminamos, e a gente colocou tudo pra assar. A composição é basicamente uma rodela de berinjela, outra de hambúrguer, uma de berinjela outro hambúrguer, até que colocado todo,gente assa. Por fim jantamos ali um do ladinho do outro.
De vez em quando o pessoal da faculdade organizava uma reunião em uma praça próximo à faculdade. Era tudo bem organizado, e todo mundo sempre respeitou o local, limpando sua sujeira assim que fosse embora. Nesse dia até o Marcelo tava animado. Ele nos encontrou na faculdade e fomos a pé mesmo. Antes ele trancou o carro pra não mexerem, e deixou estacionado ao lado e faculdade. Ele já havia feito isso antes algumas vezes. Chegamos na praça e tava mesmo TODA a faculdade ali, todos os cursos, as atléticas, tudo. Era uma oportunidade de todo mundo se conhecer. Cada um levava o que beberia. Eu não queria beber nada, e o Marcelo não podia pq precisava dirigir. Fomos eu, o Gui, a Cris, o Fabinho, e aquela menina que estudava na minha sala. (Aquela que queria pq queria me beijar no churrasco da casa do Gui, não sei se lembram). A gente escolheu um lugar abaixo de algumas árvores e sentou, conversávamos, o Fabinho já tirou uma caixinha de Skol Beats, e começou a beber. O pessoal lá pelas tantas já tava mais pra lá do que pra cá. Lá pelas 3h da manhã o tempo tava fechando, mesmo de noite via-se umas nuvens e raios se formando. De repente a chuva caiu sem aviso prévio e muito, muito forte. Todo mundo saiu correndo e quem tava bêbado se curou na hora kkkkkk. A gente até ia correr mais viu que era inútil. O Marcelo olhava pra mim e ria.
- Posso fazer uma coisa? - ele perguntou.
- O quê? - eu perguntei.
- Eu sempre quis dar um beijo na chuva! - ele disse
A gente se beijou, parecia que o mundo tinha parado, era tudo silêncio. O que só foi quebrado por conta do barulho das gotas batendo no chão e os gritos do pessoal não querendo pegar chuva. O Gui e a Cris entraram na onda e se beijaram ali também, o Fabinho virou pra menina que estava com a gente.
- Amiga esses desgraçados tão se beijando na chuva! Você tem noção que eu nunca vou arrumar um boy pra fazer isso? - ele dizia indignado kkkkkkkk
Não teve quem não dava risada. A chuva namorava com nenhuma cara de diminuir, então o Fabinho pediu um táxi e ele e a menina foram embora, dividiram o valor, o Gui e a Cris correram pro estacionamento da faculdade pegar o carro deles, e eu e o Marcelo também fomos pro nosso. Entramos completamente molhados kkkkk. Chegamos em casa aos beijos e fizemos amor. Depois daquela noite os dois ficaram uma semana gripados, e ele me forçava a tomar chá de alho kkkkkkk.
Com o passar dos dias eu ia perdendo o medo que eu andava sentindo, o Diogo sempre que passava tentava me irritar, me provocando, mais eu queria ignora-lo. Num domingo eu levantei e fui lavar o carro. Nunca tinha feito isso, mais queria ver aquele carro marrom voltar a ser branco kkkkkkk. Tirei minha camiseta e tava só de bermuda e boné lavando aquilo. Me surpreendi com o Marcelo olhando aquela cena. Ele se aproximou de mim com um olho fechado por conta do sol.
- Olha Joaquim, se não fosse crime, e atentado ao pudor, eu te agarrava agora e arrancava esse shortinho de você, e fazia amor aqui mesmo, na frente desse carro! - Ele disse.
- Eita! Acordou animado né? - eu disse.
- Nem tanto, mais você tá provocando né? - ele disse.
- Eu provocando? Nunca faria isso amor meu! - eu disse apertando a esponja e deixando um fio de água escorrer pelo meu corpo.
- Quim, não me provoca Quim... - ele dizia mordendo o lábio.
Aproveitamos que já estávamos ali mesmo e ele foi dar uma olhada no motor. Que tava fazendo um barulhinho estranho. Ele se sujou todo de graxa, de propósito. Eu babava vendo ele sujo daquele jeito. Era a forma dele me “punir” pela provocação que eu tinha feito kkkkkkkk. Aproveitamos nosso domingo vendo filmes de terror, depois que tomamos banho. Deitamos eu ele e o Tonico na cama, eu pulava a cada cena horripilante. O Tonico até pra debaixo da coberta foi. Pedimos pizza.
No outro dia, assim que saiamos pro trabalho eu reparei que o carro tava com dois pneus murchos.
- Estranho amor, ainda ontem tava normal! - ele dizia.
- Estranho mesmo.. se tivesse furado ontem, a gente tinha visto.
De toda forma decidimos ir de metrô. Na volta acabou que voltamos juntos. Já a noite. A gente passou na padaria e foi pra casa. Antes de chegarmos nas cassas o condomínio tinha uma viela. Eu sempre tive medo de passar por ali, tentamos conversar da forma mais natural, ainda mais quando eu vi que tinham uns 4 caras bem mal encarados ali. Andamos mais um pouco e surgiram mais dois. Eles nos cercaram. Inicialmente eu achei que iriam nos assaltar. O Marcelo tava serio, com medo mais não queria demonstrar pra mim. Eles ficaram ali, a gente sem saber o que fazia, até que um dos rapazes disse:
- Tem um amiguinho de vocês que mandou a gente dar um recado...
De repente dois caras me seguraram e mais dois seguraram o Marcelo. Eu tentava escapar mais era inútil, um dos homens começou a socar o Marcelo, eu gritava de desespero, e me debatia pra me soltar, o Marcelo conseguiu se soltar e deu uns golpes no cara. O outro deu uma chave de pescoço nele e outro batia ainda com mais força. O meu desespero naquele momento era maior que eu, e a minha raiva também. O cara segurou os braços do Marcelo e socava ele no rosto, barriga, pernas. Eu me debati ate que consegui empurrar um dos caras até um poste e consegui me soltar, eu pulei pra cima de um dos caras e socava eles, o Marcelo já não tava aguentando mais, eu soquei bastante e era empurrado, dois caras me seguraram e outros me socaram por inteiro também. Eu ainda pude ver um dos caras pegar uma ripa de madeira e bater com ele na cabeça do Marcelo que caiu na hora, eu me soltei outra vez e socava um dos caras, que no rosto. Por fim eu não aguentava mais tava ficando inconsciente já. Eles pararam e eu fui pro chão. Não me aguentava mais... eu me arrastei até o Marcelo que tava com a mão esticada. Eu chamava por ele juntando toda a força que eu tinha eu chamava mais ele não respondia. Eu me arrastei até ele - ainda mais. Eu não tinha forças pra gritar mais, eu não podia mais. Eu só chamava o Marcelo, que ainda não respondia. Meio inconsciente eu reparei alguém se aproximar, e puxou meu cabelo. Logo soltou. E eu pude ver aquele relógio que eu reconheceria pra sempre. A pessoa se afastou. E eu ainda só pensava no Marcelo. Chamava por ele mais ele não me respondia de jeito algum.
- Marcelo... Marcelo acorda! Acorda meu amor... por favor acorda! Não me deixa meu amor... acorda por favor, por favor....
Bom gente, como eu disse lá no começo, tudo isso ainda me marca até hoje. Me deixa bem triste. Queria agradecer quem está lendo, acompanhando, e torcendo. Adoro cada um de vocês, serio. Até o próximo capítulo. Beijão.💙💙💙💙💙