Chegamos até o capítulo 7, e acredito que quem está lendo até aqui, já intendeu que são duas (2) histórias distintas. Porém uma história completa a outra. Mas quem ainda está com alguma dúvida como no caso do leitor Valtersó, eu gostaria de explicar que temos a História de Carlos e Reinaldo que se amam e namoram escondidos, a história deles começa se passando no ano de 1970.
E temos a outra história de Tomás e de Jean que vão viver seus conflitos até se apaixonarem de verdade e serem namorados. A história de Tomás e Jean se passa 42 anos depois, no ano deTomás é a reencarnação de Reinaldo e Jean é a reencarnação de Carlos isso no ano deE é isso bem resumido, espero que minha explicação tenha ajudado a quem ainda esta com alguma dúvida.
Obrigado mais uma vez por está acompanhando meu conto e vamos ao capítulo de hoje.
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💓EU AMO VOCÊ.💓CAPÍTULO: 7
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Tomás entrou em casa e seu celular vibrou no bolso da calça, ele pegou e era uma mensagem de Abner no zap dizendo:
- E ai irmão, ta na escola?
Tomás respondeu: - Acabei de chegar em casa.
Abner: - Queria te ver, vamos nos encontrar, cê ta de bobeira mesmo...
Tomás: - Vem aqui na minha casa só assim você fica sabendo onde eu moro.
Abner: - Fala a rua! ( Tomás disse a rua e o número).
Abner respondeu: - Conheço essa sua rua. Conheço tudo aqui do bairro sou nascido e criado aqui mano.
Tomás: - Beleza então, quando chegar no portão é só apertar a campainha.
Abner: - Daqui a pouco eu to ai.
Tomás: - OK!
Tomás foi beber água na cozinha, depois foi tomar banho. Mau ele pôs uma roupa e a campainha tocou. Ele abriu a porta e Abner estava no portão sorrindo pra ele.
Os dois entraram e Tomás ofereceu água ao amigo que aceitou, depois os dois começaram a conversar:
Tomás: - Então, o que tu mandas?
Abner: - Nada de mais, só vim aqui pra te ver mesmo e saber como foi seu primeiro dia de aula.
Tomás: - Uma merda irmão! - Só não foi pior porque conheci um carinha lá, muito maneiro. Acho que seremos grandes amigos. (Abner ouvindo isso mudou sua feição a cara dele ficou de uma forma estranha que não saberia distinguir se ele fez aquela cara porque estava com ciumes, ou uma espécie de preocupação mesmo).
Abner então disse: - Cuidado com esses caras mundanos, você tem que ter amizade com pessoas como nós Cristãos.
Tomás: - Eu sei irmão, mas nem toda escola é só de alunos crentes. Não tem como eu não falar com as pessoas, se não eu vou entrar como burro e sair como cavalo de lá, sem falar com ninguém.
Abner: - Eu sei, só to te falando pra ter cuidado.
Tomás: - Pode deixar, que eu sei me cuidar maninho.
Abner: - E meninas, você conheceu alguma que lhe interessou?
Tomás achou estranho a pergunta tão direta de Abner, mas respondeu: - Nenhuma, são umas meninas estranhas pelo que vi são tudo mundanas mesmo. Além disso você já deve ter percebido que estou gostando da Sara.
Abner: - Sai fora dessa menina, ela não é pra você irmão.
Tomás tomou um susto com o que ouviu e disse: - Porque ela não é pra mim?
Abner: - Vai por mim irmão, a Sara já ficou com outros garotos do mundo, já até saiu da Igreja, agora que ela voltou. Eu tenho cá minhas desconfianças de que ela nem é mas pura. Você sabe o que quero dizer.
Tomás estava achando estranho aquela conversa toda e disse: - Pois pra mim ela me pareceu ser uma menina direita.
Abner: - Engano o seu, ela vai só te usar e quando cansar, vai te largar. Vai por mim ela fez isso com vários outros meninos.
Tomás: - Se você esta dizendo! - Mas vamos mudar de assunto, deixa isso quieto.
Enquanto Tomás e Abner conversavam. Jean tinha chegado em casa, tinha tomado um banho e já estava almoçando, seu celular tocou e ele atendeu. Era a Gisele dizendo: - E ai amore,como foi com o boy?
Jean: - Acho que bem, foi legal.
Gisele: - Vem pra cá bi, pra gente fofocar!
Jean: - To acabando de almoçar aqui e já to indo ai na sua casa.
Gisele: - Ta bom te espero, beijos!
Jean: - Beijos!
Quando Jean acabou o almoço, ele lavou a louça, escovou os dentes e saiu pra casa da Gisele.
Gisele morava na mesma rua que ele, umas 5 casa depois do outro lado da calçada. Então ele rapidinho chegou na casa dela, eles ficaram na varandas dos fundos conversando, a mãe de Gisele, tinha ido no posto pro irmãozinho dela tomar vacina. Ela tinha um irmão de 7 anos que se chamava Igor.
Gisele disse: - Conte me tudo amore, quero saber dos detalhes.
Jean riu e começou a contar tudo, Gisele só ouvia atentamente. E quando ele acabou de contar ela disse:
- Ai bi, eu to tão feliz; olha você é maluco, jogou na cara do menino o nome Reinaldo... Gente eu queria ter visto essa cena dele parado. Imagina o que não se passou na cabeça dele no momento. (Gisele chamava Jean pelo apelido carinhoso de bi que era abreviação de bicha).
Jean: - Ai amiga, eu nem sei se fiz bem, mas eu tinha que jogar essa letra pra saber se ele sabia de algo mais. Depois que ele me chamou de Carlos, ele deve sonhar com o passado como eu. Mas olha irmã a senhora não vai sair por ai, dando com a língua nos dentes hein!
Gisele: - Ta louco viado! - Tem três anos que você me contou, que sonhava com esse garoto, que desde criança que você sonhava com esse menino que se chamava Reinaldo. E eu nunca contei pra ninguém, nem pros seus pais. Sempre te apoiei, você sabe disso...
Jean: - Eu sei, e é por isso que você é mais que minha amiga, você é a irmã que eu não tive.
Gisele: - Ai bi, você também é meu outro irmãozinho, você sabe que eu te quero ver feliz, e você vai ser feliz agora, e esquecer o que aquele traste falso crente do caralho fez com você.
Gisele se referia, ao passado de Jean. A um ano atrás (ano de 2017, quando Jean e Gisele tinha 14 para 15 anos), Jean, tinha conhecido um menino na mesma escola que eles estudavam atualmente, o garoto começou a se interessar por ele, e ele pelo garoto. Era o primeiro amor de Jean, e ele coitado, estava empolgado, e se entregou pro garoto de corpo e alma. Teve sua primeira relação sexual com o garoto, ele era só passivo, pois o menino queria ser só ativo. O problema era que o garoto era evangélico e não ia se assumir. Na verdade esse garoto, tinha vida dupla, dentro da Igreja se fazia de menino hétero, zombava e odiava gays, mas as escondidas adorava dar uma foda com outros meninos e foi nessa ai que Jean entrou, ele foi só um brinquedo nas mãos desse menino falso crente. Quase no final do ano ele descobriu que o garoto que dizia que ia assumir o relacionamento com ele, estava mentindo, o próprio menino disse na cara dele que ele só servia pra ele descarregar seu leite e que ele nunca ia trocar a família e a religião dele por um viadinho macumbeiro. Falou isso porque Jean, vem de familia espírita, ele foi criado dentro de um Centro de Umbanda, seus pais eram e são Umbandistas. Isso de certa forma até que foi bom, porque quando ele estava com esse menino e no auge do amor dele achando que realmente o garoto ia assumir o namoro deles. Jean contou tudo pro seus pais. Sua mãe aceitou de cara, seu pai ficou triste, mas não brigou nem foi violento com o menino, porém procurou sua Mãe de Santo que aconselhou ele a aceitar o filho do jeito que ele era, pois isso era carma de outras vidas passadas, e que ele deveria aceitar e compreender o filho dele. No fim tudo acabou bem, mas foi um golpe duro pro coraçãozinho de Jean, que tão novinho conheceu a paixão e a decepção. Felizmente o garoto deu um jeito de seus pais tira lo da escola e transferi ele pra outra. De certo deve ter achado que se continuasse lá, Jean ia ficar perturbando ele e alguém da sua família poderia acabar descobrindo que ele tinha vida dupla.
Isso foi muito bom pois nem Jean e nem Gisele teriam que olhar na cara daquele falso crente chamado Abner...
A parte ruim é que Abner não morava tão distante deles e de vez enquando Jean ou Gisele tinha o desprazer de dar de cara com ele na rua. Mas sempre que isso acontecia eles se possível atravessavam a rua pro outro lado e Abner quando os via, também abaixava a cabeça e passava reto.
Naquela época a raiva e o ódio de Jean era tanta que ele chegou a falar com Gisele que ia no culto da Igreja e desmascarar o Abner mas ela convenceu ele a não fazer isso e deixar pra lar porque Abner ia se fuder na vida sozinho. Até porque ninguém iria acreditar nele. Afinal entre o falso menino que pagava de anjinho dentro da Igreja e o macumbeiro do diabo, é claro que todos iam acreditar na palavra do pobre anjinho evangélico Abner e Jean ia sair escurraçado da Igreja. Na verdade o que Gisele disse fazia sentido, e foi por isso que Jean resolveu seguir sua vida em frente, pelo menos no meio desse turbilhão de sofrimento uma coisa boa aconteceu que foi ele poder se abrir e ser aceito pelos seus pais.
Gisele e Jean continuaram conversando a tarde toda.
Enquanto isso Abner conversava também a tarde toda com Tomás.
O dia passou a noite veio e no dia seguinte por volta de meio dia e meio, A campainha de Tomás tocou, ele foi ver e era Jean a sua porta já arrumado pra escola. Carlos estava acabando de almoçar e convidou Jean a entrar e esperar ele um pouco.
Jean entrou e sentou se no sofá e ficou admirando a casa. Notou que seu amigo tinha um certo conforto, e mas que isso, ele sentiu algo estranho, era como se ele já tivesse estado ali dentro antes. A casa, o cheiro da casa, era tudo tão família, ele sentia se em casa novamente, como se aquela fosse a casa dele, ou tivesse sido. Era uma sensação estranha. Ele ficou na sala esperando Tomás que tinha ido no banheiro escovar os dentes, até que Tomás surgiu na sala chamando ele pra ir, e quando ele se levantou o celular de Tomás vibrou ele pegou, olhou e respondeu uma mensagem e depois disse pra Jean sorrindo:
- É a mensagem de um irmão querido da minha Igreja.
Jean de branco ficou pálido e disse: - Você é evangélico?
Tomás: - Sou sim, porque?
Jean: - Por nada! - Só perguntei por perguntar.
Tomás: - Ha tá, vamos então.
E os dois saíram e foram caminhando pela rua. O semblante de Jean mudou, ele estava triste por dentro, e pensava no sofrimento do passado. Caramba esse menino tinha que ser um crente também, poxa vida! Era o que Jean pensava em sua mente.
Por dentro ele tinha ficado arrasado.
Na escola eles encontraram com a Gisele, e logo ela se enturmou com Tomás, eles foram sentar se juntos, e durante a aula, Jean tentava ser o mais normal possível, mas Gisele conhecia o amigo desde a infância e sabia que tinha acontecido alguma coisa. Então no intervalo, os três saíram da sala mas Gisele pediu se Tomás dava licença a ela e a Jean por que ela precisava conversar com ele rapidinho e não demoraria muito.
Ela arrastou o amigo pro canto e ele contou rapidamente sobre o menino ser evangélico, ela então disse:
- Calma bi, isso não quer dizer que ele seja igual ao outro. Vamos ver, e se ele é mesmo o garoto do seus sonhos, as coisas tem que ser diferente.
Jean: - Você precisa me ajudar com ele, eu tenho que conquistar ele, mas de um jeito diferente pra ele não fazer o que o outro fez comigo, não quero mas sofrer de novo amiga.
Gisele: - Calma bi, eu vou te ajudar agente vai encontrar uma maneira.
Jean: - Você podia jogar cartas pra ele, como fez comigo. Parece que tudo o que você viu está se encaixando certinho. Quem sabe agente não descobre mais alguma coisa?
Gisele: - Ta louco garoto! - O Tomás é crente, você acha que ele vai querer que eu veja o futuro dele nas cartas? - Ta bom, essa é boa... Ele vai é no mínimo achar que isso é coisa do capeta. Sabe aquele coisa que tem escrito lá na Bíblia, que os idolotras, os feiticeiros, os adivinhos e os Jeans viados não herdarão o Reino dos Céus. - Então, é bem isso que esse garoto foi ensinado a pensar...
Jean: - Adorei pela parte que me toca dos Jeans viado. A senhora é bem sarcástica.
Gisele rindo disse: - Relaxa bi, to te zoando...
Jean: - Eu sei!
Gisele: - Eu to só te zoando, pra você relaxar um pouco, calma que nem tudo está perdido, relaxa e vamos voltar pra perto dele, olha lá a turma das galinhas rodeando ele, enquanto deixamos ele sozinho. Vamos lá salvar ele da Keity e suas amigas pirainhas...
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E no próximo capítulo:
Carlos: - Por que você não veio ontem a noite aqui em casa?
Reinaldo: - Sei não bicho, acho melhor nem vir mais a noite.
Carlos: - Porque isso agora amor?