O casarão fantasma

Um conto erótico de Marcela Araujo Alencar
Categoria: Heterossexual
Data: 13/12/2019 19:47:13

O casarão fantasma

Conto nº 67 – De Marcela Araujo Alencar

Anne desceu do ônibus e caminhou com passos rápidos. Ela nunca gostou de fazer este trajeto até chegar ao hospital, onde entraria de plantão nesta noite. Era pouco mais de duas quadras, mas havia um trecho que ela achava sinistro, uns trinta metros de uma construção em ruinas. Diziam que o antigo casarão abandonado era habitado por fantasmas. Não que ela acreditasse em almas do outro mundo, mas ficava arrepiada quando passava por ali. Bobagem dela, como auxiliar de enfermagem devia ter sangue frio.

Neste início de noite o que mais a incomodava era o tempo frio e chuvoso. Ela saiu da cama quentinha do noivo um pouco atrasada, tinha de se apressar para não bater o ponto depois do horário. Sendo assim, apressou ainda mais o passo. Foi uma merda, tropeçou num pequeno buraco e caiu com o dois joelhos apoiados na água empoçada e para o cúmulo do azar, em frente ao casarão “assombrado”.

Sentiu uma forte pancada na cabeça e estonteada, apoiou as mãos na calçada imunda. Estava tentando se levantar, quando outra pancada a atingiu, quase no mesmo lugar. Sentiu tudo escurecer e tombou por inteiro no chão, desmaiada.

Acordou, sentindo forte dor na cabeça. Não tinha noção de onde estava e tonta, via tudo embaçado, mas pôde distinguir um vulto perto dela, lhe parecia ser um homem, talvez o que a agrediu.

Aos pouco foi se recuperando e então teve exato conhecimento do seu drama. Ela estava completamente nua com o corpo encostado numa parede de alvenaria, sob a luz de velas.

– O que aconteceu, quem é você?

O homem, sem responder suas indagações, ficou apenas a olhando e Anne botou a boca no mundo, gritando por socorro. Continuou a pedir ajuda por muitos minutos e ele imperturbável, ficou imóvel, com o rosto de pedra, como se fosse uma estátua.

Anne tomou um pouco de coragem e olhou para todo os lados, viu suas roupas, sapatos e a bolsa num canto. Foi ele que a atacou e a despira, mas percebeu que não a estuprou. O local era grande, sujo, abafado e com teto baixo. Não divisou nenhuma janela e apenas uma porta, que infelizmente era onde ele estava encostado. Lá se foi sua esperança de fuga.

Ele vestia apenas uma surrada calça, com as pernas cortadas na altura dos joelhos. Tinha peito cabeludo, quase careca. Era moreno claro e com altura mediana e o mais assustador, seus olhos vidrados não parecia serem de uma pessoa sã.

- Porque você fez isso comigo? Onde estamos?

O estranho riu quase sem abrir a boca e respondeu aos questionamentos de Anne.

- Fiz isso porque tive vontade e tu está bem longe, no meio do nada, na minha cabana.

- Vai me estuprar?

- Acho que sim. Desde que fugi do sanatório, estou com vontade de foder uma mulher; coisa que não faço há muitos anos. Se você cooperar vamos fazer tudo numa boa, mas se bancar a besta vou te machucar bastante. Você decidirá como vai ser a coisa.

- Pelo amor de Deus, não faça isso comigo.... deixe eu ir embora!

- Você só irá embora quando eu deixar e só depois de me sentir satisfeito.

Anne não falou nada mais, sabia que era inútil argumentar com o homem. Por muito tempo ele ficou ali, parado a menos de um metro dela, apenas olhando para o seu corpo nu, que Anne procurava esconder com os braços e com as pernas dobradas.

- Você é muito gostosa, mulher! Eu estou com tesão em tu.... venha até aqui e chupe o meu pau.

- O quê? Isso nunca!

- Estou vendo que vai ser na violência! Não esqueça que foi tu que quis assim.

Anne viu na mão dele uma comprida e fina vara flexível e isso a encheu de terror.

A primeira pancada a atingiu na altura do ombro e parcialmente no antebraço esquerdo, que levantou para se proteger. Gritou de dor e viu o vergão vermelho que a vara deixou. Nem teve tempo para nada e foi atingida outras vezes pela vara.

Não tinha como evitar ser surrada pelo maluco e isso durou por muitos minutos, com Anne acusando os golpes encurvada e encolhida junto à parede, gritando de dor.

Quando o maluco parou com a pancadaria, Anne gemia de dor, com todo o corpo mostrando os vergões vermelhos. Era a máscara do terror, agora tinha plena certeza que além de doido o cara era um sádico impiedoso.

Ele antes se sair, amarrou seus tornozelos com uma corda comprida e a pendurou de cabeça para baixo em uma trave fincada em toda extensão da parede. De modo que ficou com a cabeça a dois palmos do chão. Nesta posição, extremamente dolorosa, podia usar os braços para aliviar o peso do seu corpo, mas isso era apenas um paliativo.

Tempo depois, ele retornou e Anne implorou que a libertasse. Sem dizer nada, o doido tirou as calças, se sentou no chão, com as pernas abertas e ela viu o Pênis dele a um palmo do seu rosto.

- Eu avisei, que se você não colaborasse comigo, as coisas ficariam muitos feias, agora é tarde para voltar atrás, pois vou me divertir com você.

Anne percebeu quando ele com uma das mãos, segurou a parte de trás de sua cabeça e a puxou para o meio de suas pernas. Na posição que ficou, o pau dele encostou em seu rosto, na altura de sua boca. Com a outra mão, ficou esfregando a cabeço do membro em seus lábios . O fedor de sebo emanado da cabeça do pau era insuportável. Tentava vira o rosto, mas não podia, imobilizada entre as coxas dele,

– Tu vai abrir a boca e engolir o meu caralho, mulher e só depois disso eu a tiro daí.

Impiedosamente, ele ficou esfregando a cabeça do pau no rosto de Anne e alguns minutos depois, com os lábios doloridos, a jovem percebeu o membro invadir sua boca e nada pode fazer, a não ser sentir ânsias de vômitos, enquanto sua cabeça era forçada para frente em para trás, fazendo com que o pênis deslizasse por inteiro entre de seus lábios.

Alguns momentos depois, Anne sentiu a cabeça do pau ser enterrada até sua garganta e jatos intermitentes de esperma entrar por sua goela abaixo e quando sentiu os jatos a invadir, sufocou e perdeu os sentidos.

Acordou não sabe quanto tempo depois, com restos de porra saindo de seu lábios. Não estava mais pendurada, mas deitada sobre o imundo piso do lugar. Viu o homem, sentado numa espécie de banco, ao seus lado.

- Demoraste a acordar! Gostou de engolir a minha porra, mulher? Agora estou num dilema enorme, não sei o que como primeiro, se o teu cu ou a tua buceta! O que você prefere?

Anne, estava derrotada, tinha o pressentimento que não sairia com vida das garras daquele maluco e apenas começou a chorar.

Ele usando de violência, vira seu corpo com o rosto para baixo e monta sobre o corpo dolorido. Anne grita desesperada quando sente o membro forçar o seu anel anal e de um só impulso, invadir seu estreito canal. Se move dentro dela com rapidez, fazendo o corpo do pênis, deslizar entre suas paredes impiedosamente, até que ejacula dentro dela.

Já devia estar em poder do sádico por mais de um dia. Com o corpo dolorido, coberto de sujeira, reza para que alguém a salve das garras daquele animal. Quando o vê retornar ao seu cativeiro, implora por um pouco de água. Ele apenas ri e se aproxima dela.

- Não tenho água pra tu, mas tenho muita porra. Quero que abra esta boquinha de puta e venha me chupar.

Anne o vê pegar a fina vara flexível e a ameaçar: - Você escolhe vadia, me chupa ou vai receber no lombo dúzias de Varadas.

Anne já teve aquela porcaria dele em sua boca e sabia que não resistiria que ele voltasse a surrá-la com aquela maldita vara, pois seu corpo ainda estava todo lanhado da primeira vez que o maluco bateu nela, então como último recurso, disse que o chuparia.

O miserável, novamente ejaculou em sua boca e Anne, em seguida vomitou horrores, totalmente enojada com o esperma engolido.

Muitas horas depois, ele retornou ao cativeiro e em menos de duas horas, a penetrou pela buceta e pelo anus, deixando dentro dela toda a sua porcaria.

Devia estar aprisionada naquele infecto lugar há mais de três dias, e muito mais que a fome, a sede a torturava. Fraca, bastante machucada. Apenas esperava a morte, amarrada pelos tornozelos e braços, vendo roedores e baratas ao seu redor.

Quando finalmente ele retornou, Anne não tinha nem força para implorar por sua vida. Ficou surpresa quando ele a soltou das cordas e lhe disse que estava livre, que podia ir embora. Logo em seguida sumiu de sua vista.

Sem ter nenhuma noção de onde estava, sem conseguir fica em pé, devido ao seu extremo estado de debilidade, apenas com sua força de vontade, foi se arrastando pelo imundo piso cheio de entulhos. Depois de muito tempo, teve a intuição que estava dentro do casarão abandonado há menos de 200 metro do hospital onde trabalhava.

Quando chegou à calçada, deu graças ao Senhor, por sair viva daquele encontro macabro. Era uma noite fria e chuvosa e recostada na parede, esperava que alguém a visse e a socorresse. Entretanto na madrugada chuvosa, nenhum, cristão aparecia para a socorrer.

Num ato de extrema força de vontade, com a chuva fina a reanimando, continuou se arrastando, agora em direção ao seu hospital. Há menos de 50 metros, se reanimou ao ver as luzes do acesso principal de sua salvação. Por incrível que possa parecer, não divisou viva alma nas escadarias da unidade hospitalar e com as últimas forças, conseguiu chegar até os primeiros degraus, com a madrugada chegando ao fim e ela quase que congelando.

*****

Marisa, Stella e Sueli, ao término do plantão noturno, se preparavam para irem para suas casas, mas com tempo frio e chuvoso, decidiram rachar um taxi, pois residiam próximo uma das outras. No topo da escadaria, Stella divisou o corpo de uma mulher, enroscada sobre si, tombada nos primeiros degraus.

– Que coisa mais triste, aquela coitada lá embaixo, será que está ferida ou morta! Vamos até lá para a socorrer.

- Que coisa! Ela está pelada!!! Minha nossa...é Anne.

As três colegas, também auxiliares de enfermagem, deram o alarme e em pouco tempo, Anne estava sendo levada numa maca, para receber os cuidados médicos que tanto necessitava.

Foi uma alegria só em toda a unidade, pois o seu sumiço a quase quatro dias, tinha causado enorme tristeza e preocupação a toda comunidade.

Quando acordou na tarde daquele mesmo dia, tinha ao seu lado o seu noivo e a sua mãe e o hospital todo estava em festa. Quanto ao seu agressor, mesmo com todo empenho das autoridades policiais, nunca foi encontrado. Ha quem diga que foi alma de outro mundo que capturou Anne e a lavou para o interior do casarão fantasma.

FIM


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03/01/2020 09:58:35
Mais um bom conto


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