Mamãe queria uma Filha | Capítulo 7: Meu primeiro beijo
Oi gente! Prontos para o capítulo 7? Aposto que estão ansiosos para o hot, não estão?
Mamãe queria uma Filha | Capítulo 7: Meu primeiro beijo
Após o espanto que causei na minha tia passar, tentei começar a me explicar da melhor forma possível, mas eu já sabia que iria passar vergonha.
– T-Tia.. sou eu mesmo, n-não consegue me reconhecer?
– Te peguei! Hahaha! É claro que eu consegui te reconhecer! Você está diferente, virou uma mocinha linda, mas não se mudam os rostos das pessoas.. você se parece mais com uma irmã do sobrinho que eu tinha, mas mesmo assim eu te reconheci! Feliz aniversário, Larissinha! – Minha tia disse.
Cara, por essa eu não esperava. Ela havia me reconhecido? Logo minha tia me abraçou e continuou seu discurso.
– Nossa, mas você está uma gatinha! Parabéns viu! – Eu senti de novo aquele frio na barriga – Deixa eu te dizer uma coisa: não importa o caminho que você escolheu, se você se sente bem sendo você mesma, tudo vai ficar bem! A sua mãe já tinha me contado tudo, não se preocupe! – Disse sorrindo minha tia, me deixando ainda mais confuso.
Apesar do clima PARECER leve, milhares de dúvidas surgiram na minha cabeça naquela hora. O que minha mãe falou para a minha tia? Quando foi que ela disse? Cara, minha mãe estava passando dos limites. Nem tive tempo de pensar em mais nada pois tive que encarar minhas primas Sabrina (quase treze anos também) e Priscila (que agora já tinha dezesseis anos).
– Prima! Que saudades de você!! – Minha prima Sabrina era um amor, sempre dócil e gentil – Nós sentimos sua falta viu? Você está linda, agora sim se parece com uma GAROTA! – Disse toda sorridente, após me abraçar.
Fiquei completamente sem jeito. Ela já me tratava como uma garota que conhecia a anos? E aquele maldito frio na minha barriga que não passava?
– O-Obrigada Sabrina, t-também senti sua falta... – Tentei retribuir a gentileza, apesar de estar MUITO confuso.
– Ei, psiu! Não se lembra de mim não? – Disse minha prima Priscila – Não vá me dizer que já se apaixonou pela minha irmã!
E lá estava minha prima Priscila, com sua língua afiada como uma lâmina. Enquanto Sabrina vestia um vestidinho amarelo típico de garotas adolescentes que resumia sua quente alma, Priscila vestia uma calça jeans preta agarrada, um coturno e uma camiseta preta com letras vermelhas garrafais da banda de rock ACDC. Priscila também já tinha uma tatuagem colorida enorme em seu braço esquerdo que exibia flores e caveiras. Apesar de tudo, ela tinha bonitos cabelos longos e loiros.
– N-Nossa eu.. me desculpe Priscila, você mudou bastante! – Tentei contornar a situação.
– Eu que mudei?! Você se parece mais patricinha que a minha irmã e fui eu que mudei? – Minha prima disse, de forma sarcástica, arrancando uma bufada de Sabrina. Sem demora, Priscila continuou seu discurso.
– Nossa, mas eu fiquei impressionada! Arthur, quer dizer... Larissa, você se parece mesmo com uma garota! E MUITO BONITA por sinal! – Disse Priscila, me fazendo sentir aquele velho frio na barriga – Sabe, quando sua mãe nos disse por telefone que você ERA UMA TRANSEXUAL, eu fiquei chocada! Eu não esperava por isso, apesar de que você sempre foi meio...
– Cala a boca, Priscila! E chega de conversar no portão, vamos entrando! – Minha tia tinha o dom de me salvar da própria filha.
Eu fiquei HORRORIZADO ao ouvir o que minha prima Priscila acabara de me dizer. Como assim, minha mãe havia dito para elas que eu era transexual? Agora tudo se encaixava... por isso todas estavam levando aquilo com naturalidade! Fiquei irritado mas, quando resolvi tirar a limpo aquela história com a minha mãe, Priscila me puxou pela mão para o corredor externo, enquanto minha tia e a Sabrina entraram na sala pelo outro lado da casa.
– Então você virou uma garota mesmo? Mas você sempre quis isso, desde aquela vez lá na fazenda? – Priscila havia me encurralado contra a parede, fazendo eu me sentir acuado.
– C-Claro que não! E-Eu... naquela vez foi um acidente! E eu não sou transexual, tudo isso é culpa da minha mãe, é ela quem me obriga a me vestir assim!
– Há, não me diga! Sinceramente, não acredito em você! Quer dizer, COMO UMA MÃE CONSEGUIRIA FAZER TUDO ISSO PARA O FILHO SEM O CONSENTIMENTO DELE? Eu acho que, no fundo, você gosta disso, não gosta?
O que Priscila acabara de me dizer ecoou na minha alma. Até que ela tinha uma certa razão, como eu pude deixar minha mãe fazer tudo aquilo comigo? Comecei a ter dúvidas sobre eu mesmo... Logo Priscila voltou a falar.
– Sabe Larissinha, eu tenho uma coisa para te falar...
Priscila foi se aproximando cada vez mais do meu rosto, poucos centímetros separavam nossas bocas. Como era maior que eu, ela me olhava com seus olhos azuis de cima para baixo, de uma maneira bem intimidadora.
– Eu gosto de garotas! Sempre gostei... e apesar de você ser um menino, eu sempre tive uma loucura por você! Você é tão lindinha, tão meiguinha.. não se parece com um moleque idiota. Tenho vontade de te beijar aqui mesmo!
Eu fiquei absolutamente em choque ao ouvir aquilo! Minha prima gostava de meninas? E ela gostava de mim? Comecei a tremer sem saber o que fazer, quando fui salvo pelo gongo, ou melhor, pela minha mãe.
– Larissa, cade você? Vai receber os outros convidados, filha! – Eu ouvi minha mãe gritar da sala.
Dei uma desculpa esfarrapada e saí correndo do corredor, agradecendo internamente minha mãe e deixando Priscila sozinha com seu sorriso malicioso.
Os próximos convidados eram minhas vizinhas e suas filhas. É claro que passei vergonha ao recebê-las pois todas faziam cara de susto quando me viam. Após a primeira impressão, algumas me receberam com sorrisos, enquanto outras me lançaram olhares de pena.
Enquanto eu ajudava a minha mãe com algumas coisas da festa, eu pude ouvir uma vizinha cochichando para a filha: 'Eu não te falei, ele virou uma menina... melhor você procurar outro namoradinho, haha!'
Cara, ouvir isso de vizinhos é triste... eu estava completamente ferrado, logo o bairro todo ficaria sabendo que eu tinha virado uma garota. Apesar de ainda ter esperanças de voltar a ser um menino, a minha situação era cada vez mais dramática...
Bom, eu não tinha tempo para pensar sobre a minha fama no bairro e fui receber os últimos convidados: A amiga da minha mãe com o seu filho Ricardo.
– Olá mocinha, tudo bem?! Meus parabéns, tudo de bom pra você! – A amiga da minha mãe já me abraçava – Este é meu filho Ricardo, lembra que eu te falei sobre ele?
Eu fiquei IMPRESSIONADO com o Ricardo. Apesar de ter só dezesseis anos, ele era alto, devia ter uns 1,80m e era bastante forte para a idade. Ele também era atleta na escola em que estudava, jogava basquete.
– O-Oi, m-meu nome é R-Ricardo, prazer em conhecê-la!
– O-Oi! Meu nome é Ar... Larissa, tudo bem? – Eu fiquei sem graça perto do rapaz, me senti estranho... ele era tão FORTE E MÁSCULO, enquanto eu estava... tão FEMININA E DELICADA... Logo já senti o frio na barriga. O que significavam aqueles gelos no meu estômago?
– Há, mas vocês dois são tão lindos! Vocês formariam um casal perfeito, ai, ai! Bom, vamos entrando para a festa! – Disse a total SEM NOÇÃO amiga da minha mãe, me deixando vermelho.
Após finalmente receber todo mundo, a festa prosseguiu sem maiores problemas. Eu tentei conversar com todo mundo, ajudei minha mãe a servir os comes e bebes e ainda tinha que encarar minha prima Priscila e o Ricardo, ambos INTERESSADOS em mim. Apesar de as minhas vizinhas e minha família saberem que eu era um garoto, a amiga da minha mãe e o filho pareciam que não suspeitavam de nada.
– N-Nossa mas você é mesmo bonita! Bem que a minha mãe tinha me falado, quantos anos você tem? – Enquanto eu tinha que me virar para responder as perguntas do Ricardo, que estava cada vez mais à vontade, Priscila me olhava com um sorriso irônico que dizia: 'Você não me escapa, mocinha'.
No final da festa, quando fomos cantar 'Parabéns pra você', eu já sabia o que iria acontecer. Como o Ricardo era o 'único' homem no local, cantaram o famoso trecho da música que deixa todos encabulados assim: 'Com quem será, com quem será? Com quem será que a Larissa vai se casar? Vai depender... vai depender se o Ricardo vai querer!' É claro que todos riram MUITO. Alguns riram naturalmente, enquanto outros riram além da conta, talvez pelo fato de saberem que eu era um menino. Mais uma humilhação... minha mãe só observava, sorrindo de canto de boca.
E, para finalizar o dia, nada como um momento de constrangimento. Na hora em que fui tirar fotos com as minhas primas, no momento em que nós três fizemos a pose e olhamos para a câmera, Priscila deu um tapa na minha bunda forte o suficiente para me fazer gritar de modo totalmente feminino, como uma garota adolescente faria. O grito foi tão feminino que eu fiquei sem graça, como pude soltar um grito daquele? Será que eu estava mesmo me tornando uma garota? Minha prima riu muito...
Já no final da festa, quando todos já se despediam, eu tive que ir para a cozinha para buscar papel-toalha para embrulhar pedaços de bolo. Neste momento, percebi que o Ricardo estava lá, me esperando para se despedir de mim.
– Estou indo embora, Larissinha – Ele já estava todo íntimo e assanhado – gostei MUITO de te conhecer... podemos nos ver de novo algum dia?
– N-Não sei... eu... – Na hora percebi que o rapaz ficou meio desanimado e aquilo me deu pena. RESOLVI ANIMÁ-LO...
– T-Tudo bem, é só marcar, a gente se vê! – Tentei sorrir genuinamente.
A gente nunca sabe o que vai se passar na cabeça de uma pessoa, mas o Ricardo ficou tão feliz com a minha resposta que resolveu ME BEIJAR NA BOCA. Ele fez um movimento tão rápido que me pegou totalmente desprevenido, rapidamente segurou meus braços e me beijou profundamente, usando sua língua para explorar toda a minha boca. Vocês, homens héteros, o que vocês fariam? Provavelmente dariam um soco na cara do Ricardo, certo? Bom, eu ainda não conhecia minha sexualidade, mas eu NÃO FIZ NADA, absolutamente nada, só esperei o beijo terminar. Tudo o que fiz foi ficar lá, paralisado feito uma estátua. Após acabar de me beijar, Ricardo me deu um sorriso maroto e saiu da cozinha, meio encabulado... Fiquei SUPER CONFUSO com aquele meu primeiro beijo. Não foi do jeito que eu imaginava, com uma garota bonita da minha sala... MAS ENTÃO POR QUE SENTI MEU ESTÔMAGO GELAR E FIQUEI ARREPIADO? Agradeci aos céus por ninguém ter visto a cena...
Quando o show de horrores, quer dizer, a festa acabou, os convidados foram embora e já era quase noite. Ajudei minha mãe a limpar a casa e a guardar os restos de comida na geladeira. Aproveitei e perguntei por que ela havia dito que eu era transexual para todo mundo.
– Filha, o que você queria que eu fizesse? Se os convidados chegassem aqui sem saber de nada e te vissem assim, iriam rir muito na sua cara ou talvez chamassem a polícia. Você gostaria disso?
Cara, eu nem sabia mais o que fazer ou o que responder. Talvez fosse melhor abafar o caso, para não causar atritos com a minha mãe. A verdade era que EU ESTAVA DESISTINDO DE ENFRENTÁ-LA. Ela não me ouviria mesmo...
Após tomar banho, ainda com o corpo enrolado em uma toalha, fui para o meu quarto conferir os presentes que tinha ganhado.
Sozinho, abri presente por presente e nem me espantei com as coisas que ganhei: Um par de brincos, dois perfumes femininos, calcinhas, soutiens, um batom e UM BIQUÍNI. Olhei para o biquíni, que tinha cor predominantemente azul e flores de várias cores estampadas, senti o tecido e me imaginei usando a peça. Fiquei vermelho na hora, joguei a peça no canto da cama mas parei para pensar: 'A porta está trancada mesmo...'. Resolvi pegar o biquíni e comecei a vesti-lo, olhando para o meu espelho. Primeiro, vesti a parte de baixo, que ficou justinha em mim, sem exagerar. O biquíni tinha lacinhos nos lados, UMA GRACINHA. Dei uma volta, olhei a minha bundinha no espelho para ver se a peça tinha ficado boa. Ficou maravilhosa, a peça formava um 'V' na minha bunda, mas sem parecer fio dental e eu já sentia o meu pintinho se endurecendo nesta hora. Resolvi continuar e vesti a parte de cima, do mesmo jeito que eu fazia para pôr os soutiens. Fiquei babando ao me ver no espelho e comecei a fazer posturas e gestos femininos... logo senti outra super ereção, mais forte que a anterior. Mais uma vez, mal toquei no meu pintinho e já gozei como nunca, eu revirava os olhos de prazer. Eu estava ficando viciado naquela história de pôr roupas femininas.
Bom, como eu não queria que minha mãe soubesse que eu estava adorando vestir roupas femininas, eu não disse nada para ela. Conforme o tempo foi passando, sempre que eu ficava sozinho no quarto eu vestia meu biquíni, alguma calcinha ou saia. Comecei a ter hábito, eu simplesmente estava amando vestir aquelas roupas. Aprendi a usar o notebook da minha mãe para ver na internet fotos e vídeos de mulheres usando biquínis ou saias. Logo comecei a imitar as poses e gestos daquelas mulheres em frente ao meu espelho. Tudo aquilo me fazia gozar como um louco e eu sempre queria repetir no outro dia.
Mais algum tempo se passou e agora já estávamos quase no final de Fevereiro e faltavam poucos dias para eu voltar para a escola. Um dia eu acordei de manhã e minha mãe já veio com uma gracinha.
– Bom dia filha! Sabe, você se lembra da minha amiga que veio aqui em casa para a sua festa não se lembra? Então.. o filho dela está apaixonado por você, não para de pedir para a mãe dele para trazê-lo aqui! Você se lembra dele?
– S-sim, e-eu me lembro... é o Ricardo. – Eu já sentia o frio no estômago.
– Claro que você se lembra né, sua danadinha! Você gostou dele? Eu posso pedir para a mãe dele vir aqui em casa... e aí vocês dois podem conversar, enquanto eu falo com a mãe dele.
– M-Mãe, a senhora pirou? Eu s-sou menino...
– Nossa, de novo este papo? Filha, vou te falar uma coisa: SÓ NA CERTIDÃO DE NASCIMENTO VOCÊ É UM MENINO. Em todo o resto, você se parece com uma menina... para com isso! Ele não sabe que você é menino! Deixa o negócio rolar, quem sabe você não gosta dele? O mínimo que pode acontecer é você ganhar um amigo, qual o problema?
– Há mãe, não sei.. eu acho que...
– Tá, tá, vou chamá-los aqui e depois você vê!
Para que continuar a discutir com a minha mãe? ELA NUNCA DESISTIRIA daquilo mesmo...
Após esta conversa com a minha mãe, fui para o meu quarto para trocar de roupa. Quando tirei meu baby-doll, comecei a me analisar no espelho.
– 'Nossa, mas que estranho! Estou com coxas e bunda grandes mas eu já não deveria parecer mais forte do que isso? Já tenho treze anos...E O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM OS MEUS MAMILOS? PARECE QUE ESTÃO.. MAIORES.. e INCHADOS!?'
:-) ;-) :-) ;-) :-) ;-) :-) ;-)
Acharam que ele ia beijar a prima? Bobinhos... até o próximo capítulo, tchau tchau!