Só uma festa / parte 2.
Já tiveram a impressão que o mundo está em câmera lenta? Ou que as coisas estão desconexas? Ultimamente tenho vivido assim; vou no Muay Thai, ao mercado, a faculdade, tudo no automático. Não mentirei para vcs, os últimos dois meses foram os mais difíceis, assim como as provas carrasca, minha mente está a mil, esse mês faz 3 anos que meus pais morreram, não vejo meu irmão há dois anos e para variar a garota da festa não sai da minha mente.
Sim, há dois meses estava em algum quarto transando com uma desconhecida, depois disso fui para casa e não me propus saber o nome dela.
Sabe quando alguma coisa dentro vc fica dizendo “ FOGE,PERIGO! PERIGO! PERIGO! ” pois bem, fugi.
— Lira, vc usa a faculdade como forma de defesa. Sempre que está com
medo se esconde atrás dos livros.
— Claro que não! eu realmente preciso estudar.
— Aé? Então me responde umas coisinhas. Pq nos últimos meses vc não falou da garota da festa? pq nos últimos meses vc não saio desse apartamento? e, pq nos últimos meses vc está tão fora da realidade?
— 1° Não Quero falar dela, foi só uma transa e já foi. 2° Não preciso sair daqui, esse apartamento é confortável. 3° Não estou fora da realidade só pensativa. Clara, agradeço a preocupação mas estou bem, ok.
— Amiga, sei que vc não está bem, no entanto vou fingir que está tudo legal. Mas saiba que estarei aqui para te ouvir.
Clara sempre me apoiou isso me mantém confortável pq sei que tenho amigos em que posso confiar. Levantei do sofá e dei um abraço nela, em seguida pegou sua bolsa e foi para o trabalho.
Sinceramente, estou tão no modo automático, que meu corpo nem processa oq faz, sei que, tinha que ir a faculdade, mas Clara está certa, em dois meses não fiz nada para me divertir.
Imediatamente tirei o pijama e fui tomar uma banho, decidi ir para um barzinho comer alguma coisa e espairecer um pouco. Coloquei uma saia vinho,uma camiseta qualquer soltei meus dreads, calcei minhas botas de sempre, peguei minha bolsa e sai.
Entrei no primeiro barzinho que vi, um lugar singelo, meia luz, um rapaz com o violão cantava em um palco improvisado, mesas de madeira decoradas com velas coloridas compunham a beleza do estabelecimento, no salão sofás e pufs se espalhava dando um ar de aconchego, casais conversavam e se paqueravam. Encontrei o lugar perfeito para tomar um drink, sentei em uma mesa e lá comecei a curtir a música que tocava, divagando em meu mundo ouço uma voz diferente:
— Quem diria que iria te encontrar nessa noite de quinta.
Do nada a garota da festa apareceu e falou.
De todas pessoas que imaginava poder encontrar ela não era uma das opção.
Sem falar mais nada, puxou uma cadeira e sentou.
— Quem diria que não ir para faculdade me daria a oportunidade de ver esses olhos castanhos novamente.
Tá, eu não precisava falar isso, cai feito um patinho na armadilha do universo, a vozinha dentro da minha cabeça gritou “Bang, agora não tem volta dona Lira”.
Como se lesse meus pensamentos a garota falou:
— É moça, parece que te marquei de alguma forma né.
— Vejamos, vc sentou na minha cara no quarto de uma pessoa que a gente nem conhece… detalhe, não sei nem sei nome.
— Vc tem toda razão, quem é vc moça da boca maravilhosa ?
— Lira, sou aqui de São Paulo. E vc?
— Pode me chamar de Sophia, moro aqui em São Paulo há pouco tempo, um mês antes da festa já estava de mudança.
Uma mecha de cabelo caiu sobre seus olhos, meu corpo respondeu com um arrepio.
— Vc faz oq Sophia? estuda, trabalha...
— Trabalho durante a noite… e…
Antes de me responder, as pessoas aplaudiram o rapaz que cantava, despedindo-se do palco pegou o microfone e falou “ Sophia é com vc! Aplausos gente” Sophia me olhou e sorriu:
— E canto em barzinhos durante a noite.
Levantando da cadeira pegou um violão e se dirigiu até o palco.
— Boa noite ladies and gentlemen! essa música dedico a uma moça que mal conheço mas quero ter a oportunidade de conhecer melhor.
Ela estava maravilhosa, vestida em um terno preto um pouco justo que marcava suas curvas, seu violão era cor de madeira escura, combinava com seus cabelos e cor de olhos. Enquanto eu divagava em sua beleza, começou a cantar; a princípio fez uma introdução no violão e em ritmo lento cantou como se falando:
“Hoje eu tenho uma proposta
A gente se embola
E perde a linha a noite toda
Hoje eu sei que você gosta
Então vem cá encosta
Que assim você me deixa louca
E faz assim
De um jeito com sabor
De quero mais sem fim
Não fala nada e vem
Que hoje eu 'to afim
Eu 'to na intenção de ter você pra mim
Só pra mim”
Bastou ela falar “ Hoje tenho uma proposta” eu já estava super molhada.
Sophia terminou de cantar e veio até mim e disse :
— Lira, eu morro aqui em cima do restaurante em uma kitnet, quer vir?
— Vc é sempre direta assim senhorita Sophia?
— Em geral, não, mas abro algumas exceções.
— Vamos agora ou amanhã?
Falei levantando uma sobrancelha
Subimos dois lances de escada, chegamos em sua kitnet avistei a cama de casal, não precisamos trocar muitas palavras.
Fui desabotoando sua calça, enquanto nos beijávamos, tirei botão por botão de sua camisa, em menos de um minuto seu corpo estava nu, encostei ela na primeira parede que vi e em pé mesmo, chupei seus seios que duros pediam para ser acarinhados, minha boca foi descendo. Levantando uma de suas pernas apoiei em meu ombro, chupei sua boceta, minha língua passava em seu grelo, que pulsava, sugava ele sem parar, ela pedia para não parar, às mãos pressionava minha cabeça contra ela para que chupasse com vontade, me deixando mais excitada.
Joguei-a na cama, lentamente removi minha camiseta, devagar tirei minha saia, mostrando minha calcinha vermelha de renda, que rapidamente tirei, em seguida me vi ali nua novamente com aquela garota. Ela abriu as pernas, no entanto antes que falasse algo, subi nela e fizemos um 69, a língua dela em mim e a minha nela foi a melhor sensação do mundo, essa é a definição de reciprocidade. Senti seus dedos entraram, neste momento já estava sem condições de continuar a chupa-la, empinando mais minha bunda apoiei minhas mãos na cama, onde freneticamente ela me comia e me chupava.
Não era a primeira vez que gozava em um 69, no entanto nunca deixei de chupar minha parceira, porém naquele momento só levantei minha cabeça e recebi prazer, sua língua macia ia no ponto exato, seus três dedos deslizavam para dentro de mim, em minutos gozei em seu rosto. Sem forças deitei na cama. Sophi se arranjou fazendo uma conchinha encostando a bunda na minha barriga. No ângulo em que estávamos pude ver todo seu corpo, que mesmo sem ter gozado estava muito ofegante. Com as mãos fiz carinho em seu cabelo, minha boca não se controlou indo parar em seu pescoço, quanto mais eu chupava/lambia mais ela se esfregava em mim, com isso foi relaxando, gemendo… com a palma da minha mão desci a extremidade de suas costas chegando em sua bunda, ela pedia para que eu a comece logo, se ajeitando mais em mim tive acesso a sua boceta, com dois dedos penetrei sem dó, ela se mexia e pedia por mais, fui indo com mais força, vi que a mão dela estava se tocando, foi uma imagem magnífica, enquanto eu a comia ela se tocava. Ela gozou em minha mão e cansada puxou a coberta para se cobrir. Depois disso, Sophia e eu rimos.
— Será que nossos encontros serão sempre assim? Digo, trocaremos poucas palavras e terminaremos na cama.
Indagou Sophia.
— Só sei que com vc transaria até amanhecer.
Rimos novamente e involuntariamente dormimos.
4 horas da manhã levantei da cama, procurei meus pertences, me arrumei rapidamente, passei um batom vermelho, peguei um papel em sua escrivaninha, beijei deixando a marca no papel, embaixo assine meu nome “Lira”, grudei na porta da geladeira e fui embora.
Eu sei que foi escroto da minha parte transar com a garota e sair assim do nada, mas enquanto ela dormia me bateu um medo muito grande, só pensei que deveria sair de lá. Agora me encontro às 4:30 na rua esperando o Uber.
No entanto, fui surpreendida, ao ver Sophia parada de pijama, descalça me olhando.
— É sério! Um bilhete? Vc vai ao meu trabalho! Transamos! E depois vai embora sem ao menos falar um “Tchau Sophia foi muito gostosa nossa transa!” Porra garota!
Continua…