PELA PRIMEIRA VEZ - CAPÍTULO 04: O SOM DO CORAÇÃO

Bom, pessoas! E vamos para o capítulo 04! Neste capítulo vamos explorar a relação de Rafa com seu primo Gabriel. Espero que gostem!

Ah, Dionísio e Apolo, que bom que estão gostando! Espero que continuem lendo e se tiverem alguma crítica ou pergunta podem fazer Hehehe

PELA PRIMEIRA VEZ - CAPÍTULO 04: O SOM DO CORAÇÃO

[...] Correndo como uma mãe tentando proteger a cria, desferi um soco contra aquele rapaz bem mais alto do que eu. Ele caiu no chão, tentando observar quem o atingira.

- Idiota! Você nunca mais vai encostar um dedo no meu primo! Seu babaca! - Falei com uma raiva e coragem inesplicáveis, podia sentir minha mão fervendo.

Senti os outros rapazes me agarrarem e me prenderem, enquanto o outro se recompunha do soco. Acho que posso pagar caro pelo o que fiz.

O rapaz, bem mais alto que eu, se levantou ainda tentando se recuperar. Acho que ele devia ser do 2° ou do 3° ano, tinha cara de ter uns 16 anos, era forte e parecia não ter gostado muito do que aconteceu. Tive tempo apenas de o ouvir falar "Quem te chamou aqui, otário?", logo depois disso senti um soco no estômago e caí no chão a tempo de ouvi-los correndo ao sentir o toque do sinal.

Ali no chão, tentando raciocinar, vi Gabriel vindo em minha direção e me ajudando a levantar.

- Cê tá bem? - Disse ele me dando a mão.

- Acho que tô, mas você tem muita coisa para conversar comigo.

Matamos aula e fomos para a praça central que ficava perto da escola, sentamos em um banco e fiquei lá esperando ele começar.

- Esse garoto pega no pé de todo mundo, principalmente no meu. - Disse ele, visivelmente envergonhado com a situação

- E porque ele faria isso?

- Uma vez eu peguei ele fumando atrás da escola e dedurei ele pra diretora e ele foi suspenso. Ele descobriu que fui eu e agora fica me perturbando.

- Perturbando? - Disse eu me alterando - Cacete! Ele bateu em você! Quando você ia me contar isso? Quando ia contar pro seu pai?

- O papai tá sempre ocupado, não tem tempo pra mim! - Disse ele se alterando também.

- Mas e eu? Porque você não contou pra mim?

- E desde quando você começou a gostar de mim? Desde que você chegou você nunca falou direito comigo! - Disse ele quase gritando.

Contra fatos não há argumentos. Eu fui muito idiota em pensar que devia dar um tempo pra ele ficar só. Ele realmente tinha problemas e eu preferi deixa-lo isolado ao invés de ajudar, mas agora cada vez mais estou me importando com ele, quero ajuda-lo no que for, e não vou deixar isso assim.

- Eu vou resolver isso pra você, tá ouvindo? - Disse eu, enquanto virara o seu rosto pra mim - Eu me importo muito com você, eu sou seu primo. Ninguém mais vai encostar a mão em você, tá bom?

Dei um abraço forte nele e ficamos por uns 2 minutos assim, foi o melhor abraço que alguém já me deu. Me senti amado.

Chegamos em casa mais cedo, Gabriel foi pro seu quarto e eu fui pro meu. Fiquei pensando no quanto eu tinha sido idiota com o Gabriel e eu iria fazer algo a respeito, mas estava cansado e precisava relaxar. Eu adorava jogar fliperama desde pequeno, pensei que seria uma boa ir até o bar da esquina jogar, então fui até o escritório do tio Danilo roubar algumas moedas dele para jogar.

Ao abrir a gaveta da cabeceira do escritório encontrei vários albúns de fotos e resolvi olhar. Todas eram relacionadas ao tio Danilo, fotos dele no trabalho, com empresas ou mesmo com o Gabriel pequeno e uma mulher que julguei ser esposa dele. Folheando as fotos me deparei com uma sessão de fotos de uma viagem do tio Danilo a um parque aquático. Eram várias fotos dele de sunga e molhado, o volume em sua sunga era aparente. Senti meu pau levantar na hora e ali mesmo, sem pudores, fechei a porta e abaixei a calça. Olhando para aquelas fotos, me masturbei, agora sem tanta culpa. Batia cada vez mais rápido, minha respiração estava ofegante, enquanto fazia isso senti um dele incontrolável de apertar meu mamilo, imaginei que era o tio Danilo vindo e fazendo isso em mim. Foi o bastante para me fazer gozar como nunca na vida, até então meu gozo era bem ralinho, esse foi bem espesso e eu adorei, claro que depois veio o remorsso, mas que passou bem rápido. Me limpei, guardei o albúm, peguei as moedas e saí do escritório.

Fui ao quarto chamar o Gabriel pra ir comigo, mas ele estava dormindo, então fui sozinho. Desci os elevadores pensando no tio Danilo? Era errado estar tendo pensamentos assim com meu tio? E sendo assim, qual a probabilidade dele, hétero e meu tio, querer ter algum tipo de relação comigo? Meu sentimento por ele ainda era bem abstrato. Precisava refletir melhor sobre isso.

Saí do prédio rumo ao bar da esquina, no caminho fiquei pensando no que acontecera mais cedo e como ajudar o Gabriel. Meu pensamento foi interrompido por um golpe que levei por trás ao entrar num beco que servia de atalho para o bar. Caí. Olhando para trás vi aquele mesmo garoto de mais cedo se aproximar.

- E aí, filho da puta? Vim revidar o soco que você me deu.

Eu levantei confiante como que dizendo "Cai pra dentro!". Tenho que defender a minha honra e do Gabriel.

Dobrando o beco os outros dois caras de mais cedo me cercaram, o que me deixou amedrontado.

- Agora somos nós três e você. Não tem como fugir - Disse vindo em minha direção.

Não posso com três ao mesmo tempo, sou bem mais fraco que eles. O que eu posso fazer?

CONTINUA...

Aqui jaz o capítulo 04! Espero que tenham gostado! O que será que vai acontecer com o Rafa? E será que ele conseguirá definir esse sentimento estranho por Danilo? Aguardem!

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