Uma difícil decisão - Parte VII

Continuação...

-E então, ainda não acredita que te amo? -Falou depois do beijo...

Eu nada disse, fiquei quieta, pensativa e depois de alguns segundos, recebi outro beijo seu. Esse, foi mais intenso e cheio de segundas, terceiras... Vigésias intenções...

-Por favor, vamos sair daqui... -Falou ofegante entre beijos.

-Tudo bem... -Respondi, mesmo já sabendo que teria que pagar sua gentileza de alguma forma...

Nós saímos da praça em silêncio e entramos em seu carro.

Já no seu apartamento, ela veio me beijar. Eu a empedi.

-Que foi? -Perguntou me olhando.

-Eu não posso. Sinto muito... -Falei tentando ir embora.

-Não... -Falou segurando meu braço. -Eu juro que não vou tocar em vc, se não quiser. -Falou, séria. -Posso te deixar dormir no quarto de visitas.

Eu fiquei pensando e decidi aceitar.

-Tudo bem... Mas eu quero a chave do quarto. -Falei arqueado a sobrancelha.

-Okay... Eu vou pegar.

Ela saiu e eu fiquei adimirando o luxo daquele lugar.

-Vc quer tomar um banho? Posso te emprestar roupas. -Falou assim que voltou, me entregando a chave do quarto.

-Sim, por favor. -Falei a olhando. Era um charme...

Ela saiu novamente e em seguida me trouxe uma camiseta larga e grande e uma calcinha minúscula.

-Isso é seu? -Falei me referindo a calcinha que ainda tinha etiqueta.

-Não... Eu comprei pra vc... -piscou, sorrindo.

-Como assim? -Falei, perplexa.

-Esquece... O banheiro é alí. -Falou apontando e saiu dizendo que ía preparar algo pra mim comer.

Eu entrei no banheiro, que assim como o resto da casa era luxo, tirei a roupa e quando vi que abaixo do chuveiro havia uma banheira branca, enlouqueci. Sempre tive vontade de tomar banho em uma e não ía perder a oportunidade.

Liguei o chuveiro e esperei o que parecia ser uma eternidade e entrei, pegando o sabonete líquido e alguns sais de banho que achei e os despejando na água quente que agora envolvia meu corpo. Fechei os olhos e tentei relaxar, mas só conseguia lembrar da noite do dia anterior...

Estava perdida em meus pensamentos, quando escutei a porta do banheiro se abrir e vi que era Luíza, sorridente.

-O que vc tá fazendo? Sai daqui! -Gritei, enquanto ela se aproximava, pra minha sorte, a água cobria até meu pescoço.

-Calma, linda. Eu só queria tomar um banho, mas eu posso tomar com vc... -Sorriu maliciosa.

-Se vc não sair, eu vou embora! -Continuei gritando, mas ela parecia não se importar, então tive a idéia de molhá-la e assim o fiz.

-Por que que vc fez isso... -Falou olhando pra sua roupa enxarcada. Em seguida ela começou a tirá-la.

-O que vc tá fazendo? -Perguntei enquanto observava ela despir-se em minha frente, revelando um corpo idêntico ao de Lúcia. Aquilo me lembrou de quando eu era recém casada e também, do dia anterior...

-Tô tirando a roupa, ué. -Sorriu.

-Eu sei disso, mas vai tirar a roupa pra lá! -Falei parando de olhar.

-Não... Eu quero tomar banho com vc... -Falou entrando na banheira, sentando na outra ponta e enrroscando suas pernas nas minhas

-Vc prometeu que não ía me tocar... -Falei baixinho.

-Sim, se vc não quisesse... -Sorriu maliciosa novamente.

-E eu não quero. -A olhei com cara feia e peguei uma toalha no balcão, a abrindo e me erguendo em seguida, sem deixá-la me ver pelada.

-Vc vai aonde? -Perguntou quando eu tinha terminado de enrolar a toalha e ía sair da banheira.

-Embora. -Respondi.

Ela segurou minhas pernas, antes de dizer:

-Pra onde? Pro banco da praça de novo?

-Que seja. Me solta. -Falei tendo puxar minha perna.

-Não faz isso, por favor... Me dê uma chance... -Falou subindo suas mãos.

-Me solta! -Gritei, beliscando suas mãos.

-Ai! -Gemeu pela dor e me soltou. Eu tentei sair, mas ela foi mais rápida e me segurou de novo.

-Droga! Me deixa em paz! -Falei tentando a empurrar.

-Não enquanto vc não ficar aqui e me escutar. -Ela parecia falar sério. Então eu suspirei, entes de concordar, ainda contrariada.

-Tá... Mas depois eu vou embora. -Falei a encarando.

-Tudo bem... -Sorriu

-O que vc quer me falar? -Perguntei sem paciência.

-Sente-se, por favor. -Pediu apontando o lado da banheira em que eu estivera antes.

-Não precisa. -Falei um pouco irritada.

-Eu insisto. -Sorriu cordial.

-Tá bom. -Disse contrariada revirando os olhos e me sentando na beira da banheira, assim poderia sair a qualquer momento e não manteria um contato tão grande com ela. -Agora fale logo.

-Eu só fiz aquilo... -Fez uma breve pausa, para umidecer os lábios, o que me chamou atenção. -Por amor... -Terminou a frase olhando em meus olhos. Eu saí dos meus devaneios, pra contestar.

-Vc não pode me amar. Me conheceu ontem... -Falei certa do que estava dizendo.

-Não meu amor... A única coisa que eu conheci ontem, foi o seu prazer... -Falou se aproximando. Isso estava ficando esquisito.

-Vc é maluca! Se afaste de mim! -Disse me virando na borda da banheira e tentando sair. Ela me puxou pela cintara, me fazendo cair pra dentro da banheira, em seu colo. A toalha ficou enxarcada.

-Droga! Olha o que vc fez! -Gritei tentando me soltar novamente.

-Calma, eu te dou outra toalha depois... Mas agora... Não me deixa sozinha, por favor. -Falou tirando a toalha molhada de meu corpo.

-Ei, me devolve! -Falei querendo a toalha de volta.

-Fica quietinha... -Disse passando uma das mãos levemente sobre meu sexo, enquanto a outra apertava meu seio e sua boca agora mordia minha orelha.

-Ahhh... -Não pude deixar de soltar um gemido e suspirar, assim que sua mão alcançou meu grelo...

Continua...