BIG BOSS 43 - OS GAROTOS DO BIG BOSS - 13

Um conto erótico de GaelGuerra
Categoria: Homossexual
Contém 4553 palavras
Data: 05/02/2016 17:30:05
Última revisão: 30/07/2016 17:36:08

Poderia ter sido uma experiência ruim. Sei o quanto poderia ter sido, ainda mais, por até o momento, não estar habituado a estar no meio de tantos lobos. Mas ter que carregar a cada espaço de duas horas, aquelas sacas malditas, de tão pesadas, era suficiente para esquecer qualquer desconforto que pudesse vir a sentir. E ainda tinha o fato dos lobos estarem sempre cuidando de mim. E o que realmente mexeu comigo, de uma forma inconsciente, foi perceber o conforto que estava sentindo estar no meio do bando do comboio.

Eles me ajudavam.

Eles conversavam comigo como se fosse um deles. Era quase como se estivesse tentando fazer-me sentir confortável o suficiente para que eu desejasse...

...entrar para a matilha?

Fiquei tentado a descartar a ideia, porque ainda era muito estranho. Ainda não estava preparado para aceitar esse tipo de comportamento de um grupo de estranhos. Mas o que não esperava, realmente não esperava, era começar a sentir-me parte do bando do comboio. Sem nem ao menos perceber que isso estava acontecendo.

Fazíamos tudo juntos, e mesmo quando eu me atrasava, por estar explorando o comboio, eles me esperavam, seja para descansar aninhados uns nos outros, ou para comer.

Na minha quinta parada. Gubar abriu as portas do vagão que dava para a plataforma. Os outros lobos estavam de pé já em forma humana, vestindo suas roupas para mais uma empreitada e pareciam descansados e cheios de energia, enquanto sentia meu corpo pesado, eu estava acabado.

Era o resultado de todo o esforço que vinha fazendo, ainda assim não parecia ser suficiente, porque sempre haveria mais paradas até finalmente chegar ao meu destino final. Tinha de chegar a Ganópia.

Era chamada de cidade, segundo rumores, a maior de todas. A sede de Ganupi era o centro de Bardus. Ali ficava localizada a maior plataforma flutuante do planeta, e era o único lugar onde as espaçonaves tinham autorização para aterrissar. O controle de entrada e de saída do planeta era muito apertado já que os lobos eram muito protetores com o seu território.

Se havia me sentido impressionado com o crescimento das cidades por onde passei, fiquei imaginando como seria Ganópia ao vê-la pela primeira vez.

Ainda sentindo a rigidez e as dores por todo o meu corpo. Comecei a vestir minhas roupas. Fui me arrastando para o ar fresco da noite, e não estava tão frio como esperava. Pelo visto, já havíamos nos afastado o suficiente do sul e de seu inverno rigoroso.

Estava me dirigindo ao vagão onde estavam armazenados os suprimentos para a cidade, quando senti a mão grande de Gubar se fechar em meu pescoço por trás e me arrastar de volta ao alojamento dos carregadores.

- Você fica! – Ele decretou, soltando meu pescoço.

- Mas as sacas! – Eu retruquei. Não entendi porque ele estava me impedindo. – Eu tenho de ajudar a descarregar.

- Olha pra você garoto! Está em frangalhos. Seria um péssimo lider se permitisse que excedesse os seus limites. – Gubar não parecia estar com raiva, ainda que suas palavras fossem ditas de forma um tanto severa. Abaixei a cabeça compreendendo o que dizia, porque realmente cheguei a pensar em como conseguiria continuar a rotina sentindo-me tão fatigado como estava.

Não estava conseguindo nem chegar perto do mesmo esforço que os outros faziam, mas ainda assim, estava dando o meu melhor, estava me esforçando muito.

Dada às circunstancias. A partir desse momento, entrei na rotina de trabalho em que eu acompanhava os outros lobos a cada duas paradas. Todas as vezes que não me era permitido ajudar, me via seguindo Boldogui pra cima e pra baixo. Não queria admitir, mas havia me apegado a ele, porque estava sempre por perto, conversando, me ensinando coisas sobre Bardus, sobre os lobos, sobre como eles levavam a vida nos comboios, uma parada por vez. Contornando todo o planeta uma vez por semana enquanto o conjunto de vagões seguia seu percurso por todo planeta Ganupi. Para eles, a viagem era infindável e já estavam acostumados a viver nas alturas.

Perguntei uma vez, se eles não passavam algum tempo em terra firme.

- Claro que sim Garoto, nós podemos viver nos comboios, mas ainda somos lobos! Tiramos nossas férias, e vamos para as montanhas acampar. Ou fazemos nossas pausas, quando chega a época de acasalamento. As fêmeas nos outros vagões ficam doidinhas correndo pela floresta se esfregando nas árvores, para deixar seu cheiro e provocar os lobos do bando. Que as caçamos famintos para aliviar-nos do cheiro forte de seus feromônios.

A imagem que vinha em minha cabeça me fez rir, porque de certa forma pareceu divertido toda a situação. Como se fosse um tipo de brincadeira de pega-pega, antes de finalmente começar o acasalamento. Com Cameron nunca foi assim, Jordan e eu sempre o mantinha o fechado em algum lugar para a gente se utilizar dele. Pelo menos até o cio passar. Não deixávamos o sair de nossas vistas em momento algum.

Comparar a forma como os lobos do comboio lidavam com a época do cio de suas fêmeas, e como tratávamos Cameron, fez-me questionar se está vamos certo em fazer essa marcação em cima do nosso caçula.

Não! Cameron é nosso! Tem sempre que ficar com a gente. Nada de sair correndo pela floresta quando tiver no cio. Os lobos do comboio fazem do seu jeito e nós fazemos do nosso.

A ideia me fez rir internamente. Pensando em brincar no meio da floresta quando Cameron estivesse no cio. Talvez não fosse má ideia! Mas primeiro tinha de me livrar de BIG BOSS.

O tempo passou depressa nos vagões e por causa do trabalho e o tempo que passava me distraindo com as conversar que tinha com os lobos, me fizeram perder completamente a noção de tempo e quando me dei conta. Havia chegado ao fim da minha viagem.

Em Ganópia – Gubar veio ter uma conversa comigo antes de deixar o comboio. Assim que atracamos pela manhãzinha.

Segurou em meus ombros com firmeza. Olhou profundamente nos meus olhos.

- Você quer fazer parte do comboio?

Não disse nada!

Por um momento, fiquei em silêncio, custei a entender o que ele queria dizer. Porque as palavras entraram em minha cabeça e seu significado ficou dançando de forma desordenada para minha compreensão. A questão, de ser difícil de entender o que ele queria dizer, não era seu significado em si, e sim o porque!

Não entendia o porquê!

Gubar pareceu entender a indagação que estava presa na minha garganta.

– Você é um encrenqueiro! – Ele disse descaradamente. Suas palavras eram duras, mas não estavam carregadas com censura, era uma constatação do fato. – Dá pra perceber que é um encrenqueiro só de olhar pra você. Mas também é apenas um lobinho, acho que tudo o que precisa é de uma família para guia-lo ao caminho certo, e eu simpatizei contigo, rapaz. Quero você no comboio permanentemente. – Concluiu pressionando ainda mais forte, as suas mãos nos meus ombros.

- Eu já tenho meus irmãos! Não posso me separar deles. – Deixei escapar, e não entendi por que estava assustado.

- Eles também são bem vindos. – Gubar afirmou confiante. – Bem! Eu sei que você deve resolver seus assuntos primeiro, e se decidir aceitar a minha proposta e só esperar a chegada do comboio em uma das paradas de nossa rota. – Dito isso, ele deu abraço forte e depois desfez o aperto. Passou uma bolsa pequena de seus ombros para os meus. – Um lanchinho para sua viagem. – Ele disse com bom humor, e deus as costas, entrando no comboio.

Olhei dentro da bolsa, e estava cheia das bolotas de ração que ele vem me alimentando os últimos três dias. Não pude conter o humor, me senti grato pelo seu gesto e mais ainda. Não pude deixar de me sentir emocionado. Não pela comida, e sim pela realização do fato de que:

Ele me quer no comboio! E também está disposto a aceitar os meus irmãos.

Isso mexeu comigo, porque nunca havia sido bem tratado por um outro Ganupi, nunca vi essa luz nos olhos de um outro lobo. Luz que garante sinceridade em suas palavras e que parece querer realmente a minha presença.

Já havia a tanto tempo acostumado em ser pisoteado pelos outros, afastado, deixado a margem, que não imaginava como era ter alguém mais velho, experiente, disposto a me querer no grupo.

Logo em seguida, Boldogui veio em minha direção um tanto acanhado e os outros lobos carregadores, estavam logo atrás dele, pra se despedir.

- Vou estar te esperando! – Boldogui disse e pela primeira vez, não parecia carrancudo. – Infernos! Já estava me acostumando a ter um irmãozinho! – Deixou a ameaça de um sorriso triste aparecer no canto da boca e deu uns tapinhas no topo da minha cabeça, para só então, dar as costas e voltar para o vagão. Um por um, foi passando por mim e dando tapinhas na minha cabeça de forma camarada e seguidamente voltava para o vagão de descanso deles.

Fiquei parado por um tempo na plataforma flutuante de Ganópia, observando o comboio se afastando, até sumir no horizonte.

Foram três dias com esse grupo de lobos e eles me queriam em seu bando. Agora que não estava mais com eles. Havia percebido o quanto me apeguei a esse grupo. Porque de certa forma, queria voltar. Se não fossem meus irmãos, não teria pensado duas vezes. Mas também entendi, que estando sozinho, e me sentindo sozinho, acabei deixando estranhos se aproximarem e formarem um tipo de vínculo comigo. Uma ligação. Uma conexão. Não seria como a que tenho com meus irmãos, mas ainda assim, era um laço Ganupi.

Eles estavam agindo, da mesma forma que sempre agi com meus irmãos. E então, comecei a compreender o que eles queriam dizer com:

“Os Ganupis cuidam dos seus.”

É a natureza dos lobos de Bardus. Se você é um Ganupi, pode encontrar o seu lugar, no meio dos seus. Mas não imaginava como poderia ser tão facilmente construídos esse tipo de vínculo. Claro! Contanto que seguisse as regras. No meu caso, eu segui, mas porque estava visando chegar a um destino e sabia que não ficaria ali para sempre, por isso não vi nenhum problema em seguir a rotina do comboio. Mas viver no meio deles, mesmo que por pouco tempo, me fez perceber algo importante.

É da natureza Ganupi.

Perdi todo esse tempo achando que devia proteger meus irmãos dos outros, passei todo esse tempo, dando importância apenas a forma como nos ligamos uns aos outros nessa porcaria de circulo pessoal. A verdade; comecei a entender, que não precisávamos abrir mão de nossa relação pessoal para fazer parte do povo Ganupi.

Estávamos sendo arrogantes!

Não!

Era eu! Apenas eu!

Meus irmãos faziam o que eu mandava.

É tudo culpa minha.

A situação em que me encontro é tudo culpa minha.

Agora é descobrir como recuperar meus irmãos, e começar a viver em Bardus como um Ganupi de verdade.

Mas primeiro vou ter que passar por cima de BIG BOSS.

FATO!

***

De cima, podia ver Ganópia em sua totalidade. A cidade era monstruosamente grande, e seguia o mesmo esquema de todas as outras, a confusão de prédios aglomerados uns sobre outros, formando ruas estreitas que se interligavam de forma confusa. Mas para destoar de toda essa confusão, havia quatro avenidas largas e ininterruptas que se uniam no centro da cidade onde ficava a cede do regente Ganupi.

Segundo Barrara, deveria cruzar toda Ganópia, em direção ao norte. Depois de sair dos limites da cidade, haveria uma grande extensão maciça de floresta, que levaria aproximadamente um dia de caminhada até chegar ao paredão rochoso, onde ficava a entrada para o santuário de Garuda.

Fui descobrir, enquanto andava por Ganópia, contente e com a minha bolsa de ração pendurada nos ombros; que ter passado esse tempo junto aos lobos do comboio, fez com que eu perdesse o desconforto de estar no meio de tanta gente. Sempre arisco a espera que alguém viesse arrumar encrenca comigo e por isso, percorri todo o caminho sentindo uma liberdade a qual não estava costumado.

Olhava sempre curioso para as construções a minha volta conforme avançava pelas ruas estreitas da cidade, até alcançar a grande avenida em terra batida, ininterrupta, até o centro, onde podia ver a maior construção de Ganópia. Ver o centro de Bardus da plataforma era uma coisa, mas ali do chão, tudo tomava dimensões diferentes, era maior, muito mais do que podia imaginar. Claro que não cheguei a entrar na fortaleza do regente, tive de contorna-la pelas vias laterais e seguir aos limites da Ganópia, ainda faltaria um bom pedaço de terra a percorrer, uma vez que estivesse na floresta.

O tempo passava e a ideia de recuperar meus irmãos, ficava cada vez mais firme na minha cabeça a medida que ia avançando pela floresta. Até certo ponto, em que a minha caminhada se tornou corrida, para ganhar mais tempo e chegar o quanto antes a Garuda. A essa altura, tudo o que queria, era achar uma forma de reaver o que o Valiciano maldito havia tomado de mim. Não conseguia enxergar o horizonte, naquele trecho da floresta, a vegetação era tão densa e fechada, que a luz sentia dificuldade de penetrar pela copa das árvores, deixando todo o caminho que estava percorrendo sobre sombras escuras.

O estranho era que mesmo que não pudesse ver nenhum ponto de referência para me guiar, a atmosfera da floresta, parecia criar um funil pela pressão que sentia, as minhas costas, como se tivesse me orientando por onde seguir e que de uma forma mais estranha ainda, me impulsionava a correr ainda mais a frente. E foi logo ao anoitecer. Quando avistei dois lobos gigantescos guardando uma grande e larga fenda no paredão de pedra que se estendia a incomensurável altura, que finalmente compreendi que havia chegado.

Finalmente havia chegado!

Ali era a entrada para o santuário de Garuda!

Cheguei a hesitar dar um passo a frente.

Mas a energia esmagadora que me guiou por todo o caminho, praticamente me forçou a sair do meio das árvores.

Os dois lobos não moveram um músculo sequer ao observar a minha chegada. Continuaram imóveis sentados sobre as patas traseiras, o focinho erguido em prontidão e a sua pelagem escura e felpuda, fazia-os começar a desaparecer na escuridão, conforme a noite ia tomando seu lugar no céu. Mas seus olhos, petrificados em um tom gélido de azul, seguiam-me sem hesitação, conforme me aproximava com cautela reconhecida pela tensão que me faziam sentir.

- Você é o último a chegar! – O lobo negro da direita disse. Seu olhar me acompanhava sem humor.

- O último? – Eu questionei.

- Sim! A coruja foi a primeira. – O lobo da esquerda respondeu com o mesmo tom no olhar que o seu companheiro de vigília. – Depois chegaram, três lobos juntos com um leão.

Não acredito!

Então eles ainda conseguiram chegar a minha frente?

Mas como eles conseguiram isso?

- Você deve se apressar! – O lobo da direita voltou a falar inexpressivamente. – Garuda não gosta de esperar!

O lobo não move a mandíbula para se comunicar, mas sua voz saiu audivelmente e me tirou dos meus questionamentos, me deixando alerta para o que me esperava.

Segui meu caminho e entrei para a escuridão da gigantesca entrada do santuário de Garuda, e uma coisa se tornou notável. Toda aquela pressão que me guiava pela floresta, era ainda mais forte no caminho que seguia pela escuridão do túnel e não demorei a perceber que se tratava da forte presença do líder da casa Ganupi.

Sua presença continuava a me pressionar na escuridão, me guiando pelos inúmeros túneis que devia seguir. Era um lugar gigantesco, e encontrava o alento da luz em cada bifurcação que surgia a minha frente. Luz fornecida por figuras tribais que estavam entalhadas na rocha e que possuíam luminescência própria. Olhando para cima, deixava claro, o quanto o lugar era grande até os olhos perderem de vista o teto distante, e que, qualquer desavisado poderia facilmente se perder naquele emaranhado de passagens.

Depois de entrar em mais um longo e aparentemente interminável corredor escuro. Descobri que seria o último, porque a esse ponto, a presença de Garuda inundava todo o ambiente, me conduzindo de forma ainda mais firme pelo caminho a frente. A luz no final só indicava o que estava sentindo, porque além de ser mais intensa, era visível uma figura nervosa distante, andando de um lado para o outro tentando enxergar adentro da escuridão do espaço que estava percorrendo.

Era Barrara!

Deu para perceber que já estava ao alcance de seus olhos, pela forma como ele expandiu o sorriso de orelha a orelha, e sacudiu as mãos no ar de forma nervosa, num ato nervoso de saudação.

Quando finalmente cheguei a um grande salão, bem iluminado pelos entalhes concentrados vertiginosamente em todas as paredes. Só então notei de onde vinha a forte presença de Garuda. O enorme lobo cinzento, num canto distante do salão, bem atrás de Barrara, deitado sobre as quatro patas me observando com seus olhos dourados, demonstrando calma e até mesmo desinteresse.

- Kane! Kane! – Barrara me chamou com seu sorrisão no rosto e não aguentando mais ficar parado onde estava, disparou em minha direção numa corrida ligeira, e praticamente num salto, se chocou comigo, me abraçou com tanta força que o impacto de sua ansiedade quase me fez cair para trás.

Garuda se ergueu no mesmo instante. Sua visível falta de interesse foi automaticamente embora dando lugar a uma fúria cega pela forma como observava a intimidade com a qual Barrara me abraçava.

– Eu andei de espaçonave! Dá pra acreditar nisso? Foi tão divertido! Foi muito divertido! Chegamos aqui rapidinho! Mais ainda, nunca tinha entrado numa espaçonave e é tão legal dentro da espaçonave. Queria que você estivesse comigo! Você ia gostar tanto! – Não pude deixar de notar a empolgação de Barrara, mesmo com o olhar furioso de Garuda. A animação de Barrara era tão contagiante que fazia meu corpo vibrar junto, e antes que percebesse, estava rindo junto. Sequer estava me importando com o fato do aperto de seus braços em volta do meu pescoço estarem tão forte, que me faziam sentir um pouco de dificuldade em respirar.

Barrara estava cheiroso. Pude notar isso. Tanto quanto pude sentir o frescor em sua pele. Mas a minha atenção foi de súbito redirecionada, quando ouvi o som de alguém limpando a garganta.

Era o Valiciano!

O próprio maldito junto com os traidores dos meus irmãos. Que estavam ou pouco a minha direita.

Meu humor deu uma virada brusca. ainda mais quando vi meus irmãos, cada um de um lado do Valiciano grandão. Tanto Cameron, quanto Jordan me observava um tanto sério. Poderia até mesmo dizer, que estavam com raiva, e suspeitava se tratar por Barrara estar tomando liberdades comigo. Por isso, para provocar ainda mais, enlacei a cintura de Barrara, fazendo seu corpo se juntar ainda mais ao meu. O garoto sentiu e logo relaxou e me apertou ainda mais.

Pude ver claramente, como meus irmãos cerraram os dentes e seus corpos ficaram tencionados com a vontade de avançar sobre meu garoto... quer dizer...sobre Barrara.

- Já estava com saudade! – Ele disse baixinho, e a revelação inocente do garoto, tirou a minha atenção do trio a minha direita.

- BARRARA! – Garuda esbravejou e acabou com o encanto do momento. Porque o menino ficou tenso no mesmo instante. Soltou-me do abraço e se virou com cuidado em direção ao lobo, seu pai. – Já pro seu quarto. – Garuda disse sério.

- Mas eu quero ficar aqui, quero ficar com Kane! – Barrera disse.

- Não! Agora é hora de conversa de adulto.

- Mas eu não quero ir pro quarto! – Barrara fechou o punho e o corpo ficou vibrando de tensão.

- Já disse pra ir pro seu quarto! – Garuda mandou.

- Mas eu quero ficar aqui!

- Não me contrarie Garoto insolente! Já pro seu quarto!

- Mas...

- Vai pro seu quarto!

- Mas eu...

- Já disse pra ir pro quarto.

- Mas...

- Sem “mas”! Estou mandando você ir pro seu quarto!

- Mas eu quero ficar com Kane! – Barrara já estava muito irritado.

- JÁ PRO SEU QUARTO AGORA! – Garuda esbravejou. A potência de seu vozeirão foi tão forte que as paredes vibraram, e Barrara ficou furioso.

- EU NUNCA POSSO FAZER NADA! – Barrara berrou sacudindo as mãos no ar de tanto nervosismo.

- VOCÊ NUNCA DEIXA EU ME DIVERTIR! – Barrara berrou de novo, mas Garuda deu um passo ameaçador a frente e o garoto ficou alarmado recuando em seguida.

- EU TE ODEIO! EU TE ODEIO! – Barrara deu um último berro feito um menino resmungão e saiu correndo em direção a um túnel bem ao lado de Garuda. Entrando na escuridão e finalmente saindo do campo de visão de todos ali presente no salão gigantesco do líder Ganupi.

Garuda deu uma bufada, sacudiu a pelagem de forma nervosa e sentou sobre as patas traseiras.

- Esse garoto me tira do sério! Sempre cheio de vontades! Imagino por quanto tempo, vou conseguir controlar esse ímpeto. – Todos notaram que ele dizia mais para si mesmo do que para quem estava presente.

- Senhor! – Uma voz soou a esquerda de Garuda. Só então notei a presença de mais alguém no salão. Era um homem esguio que fazia sua presença ser notada, pela forma calma e sensatez a se pronunciar, transmitia a diplomacia carregada da palavra articulada ao Ganupi gigante.

Não era um homem forte, mas era alto e se fazia notar por seu porte elegante e imperturbável. Com o rosto pálido em conformidade com seu nariz retilíneo e os lábios finos num conjunto harmonioso em relação a estrutura longilínea de seus rosto, combinava com seus cabelos prateados meticulosamente penteados para trás, e que parecia em harmonia com a sua vestimenta branca.

Não.

Não exatamente branca.

Parecia uma cor indefinida. Às vezes, pensava ser um tom de roxo tão claro, que se confundia com branco, mas às vezes, confundia com um tom de verde bem claro, ou amarelo, ou vermelho, o fato era que nunca parecia uma cor única, estava sempre mudando.

O mais estranho era que a luminosidade do salão, não parecia influenciar em sua vestimenta, quando todos eram sujeitos as condições ambientes. Ele parecia se destacar, e isso se fazia perturbador, porque só agora havia notado a sua presença.

Ele vestia um conjunto de camisa de manga comprida bem ajustada ao corpo, e as calças eram coladas as pernas que revelavam não ser uma figura de magreza, mesmo que não seja também, constituído de grande massa muscular. Uma grande capa lhe ocultava o lado direito do corpo até quase alcançar o chão. Enquanto o outro lado, a capa era jogada para trás com certa graça, o que dava uma visão perfeita de seu traje até a sua bota de cano alto que quase chegava aos joelhos.

Tinha elegância nata em sua postura, ainda mais pela economia de movimentos. O homem não se movia, para dizer a verdade, ou pelo menos era o que parecia.

- Seria apropriado iniciar a reunião! – Ele disse em tom sereno, e numa piscada de olhos, percebi que sua atenção se voltara pra mim. Sequer notei o movimento. Uma hora estava olhando para Garuda, e no momento seguinte me observava sem expressar nenhum tipo de emoção. Imperturbável. Esses olhos negros que pareciam me atravessar a alma e capturar meu Kanda em uma profunda análise.

Quase tive a impressão de um leve sorriso ameaçando a se formar em seu rosto, mas numa piscada de olhos, e ele se mantinha no mesmo estado.

Imperturbável!

- Aproximem-se! – Garuda mandou.

Todos nos aproximamos de Garuda e do estranho sujeito ao seu lado.

- Antes de começarmos, gostaria que o senhor se apresentasse. – Garuda disse, olhando para o senhor ao seu lado.

- Que assim seja! – Ele disse com uma reverencia tão sutil, que mal parecia ter se mexido. – Sou uma Coruja da Casa Coricia, mais especificamente. – Ele fez uma pausa.

- Sou Lorde Nefex de Coricia.

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CONTINUA...

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Isztvan: - rsrsrsrsrs. pow....fiquei preocupado...srsrsrs..pra ter que ter lido duas vezes, devo ter feito algo confuso! estou certo? Sei lá, acho que as vezes me empolgo demais e posso escrever de forma descontrolada...espero nesse ter sido mais sucinto...srsrsrsrs....Olha, ainda não recebi o e-mail...srsrsrsrs, volta e meia abro a minha caixa de e-mail mas não recebi nenhum...bem está o endereço de novo - - bem vou ficando por aqui. Obrigado pelo comentário e mais ainda por continuar a acompanhar a história. Bjão e até a próxima.

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Ru/Ruanito: - Obrigado pelo comentário e mais ainda por continuar a acompanhar a história. Bjão e até a próxima.

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VictorNerd: - huaahuahauaha....Tenho tido um novo gaz pra escrever por causa do Barrara, srsrsrsrsrs, pena que nesse capítulo é sua ultima parição, pelo menos por enquanto..srsrsrsrs...já que a história não é sobre ele.srsrsrs - Fiquei meio vermelho com suas palavras...srsrsrsrs...bem vou ficando por aqui. Obrigado pelo comentário e mais ainda por continuar a acompanhar a história. Bjão e até a próxima.

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L.P(Little Princess): - Brigadão rapa....hauahauahau - As vezes fico preocupado por estar estendendo a história dessa forma, mas não vejo outra forma, preciso contar tudinho que vem seguindo, pra chegar ao tubarão, até mesmo pra fazer a casa coricia presente na história...são coisas importantes pra dar andamento a história. mas fico feliz por estar curtindo...até porque nos próximos capítulos, ai sim o embate entre Kane e big boss vai começar. bem fico por aqui. Obrigado pelo comentário e mais ainda por continuar a acompanhar a história. Bjão e até a próxima.

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Lipe*-*: - Tem quantos anos? pode me dizer o que exatamente não está entendendo? assim ficaria mais fácil poder explicar se for o caso, bem de qualquer forma, fico feliz que esteja lendo. - Obrigado pelo comentário e mais ainda por continuar a acompanhar a história. Bjão e até a próxima.

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Kazzano: - Obrigado rapaz, é sempre bom contar com sua presença, e fico feliz por continuar a acompanhar a história...mesmo que esteja ficando meio longa...Mas não se preocupa, assim, não ligo que seja repetitivo, e mesmo que não o digo, sua presença já é suficiente, por saber que continua lendo. heheehehe...bem fico por aqui. Obrigado pelo comentário e mais ainda por continuar a acompanhar a história. Bjão e até a próxima.

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Freud_lukas: - Bem, na verdade tenho usado a casa dos contos, como laboratório pra história....heheehehe.. em brave vou começar a corrigir capítulo por capítulo e reescrever algumas partes pra ficar melhor narrado, então assim, só peço realmente pedir desculpas pela demora, mas aos pouquinho vou avançando heheheheehe. bem, fico por aqui. Obrigado pelo comentário e mais ainda por continuar a acompanhar a história. Bjão e até a próxima.

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Helloo: - Obrigada lindona. Em breve chego em ciambara, pra falar sobre os tubarões, e fico feliz por estar curtindo os relatos sobre kane, sei que pode ficar massante as vezes, mas em breve, a história vai ficar mais agitada...pelo menos espero que fique...pra sair dessa monotonia...srsrsrsrs...mas a coisa é assim né? temos que ir por etapas. bem fico por aqui. Obrigado pelo comentário e mais ainda por continuar a acompanhar a história. Bjão e até a próxima.

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Nara M : - Fica tranquila mara, vou dar meu jeitinho de uma forma ou de outra, mas volto a dizer que fico muito feliz por ver a sua presença....heheheehehe...bem fico por aqui. Obrigado pelo comentário e mais ainda por continuar a acompanhar a história. Bjão e até a próxima.

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Comentários

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Dois dias lendo todo seu conto estou apaixonada. Volta logo

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Por um momento até eu fiquei querendo continuar na matilha do trem... Li os dois últimos capítulos hoje e amei, Gael. Você se supera a cada capítulo! A história tá maravilhosa e eu quero mais. Também quero mais um momento Barrara e Kane juntos pq merecemos, ok? Hahahahahaha mas eu não esperava que Big Boss e os outros lobinhos estariam aqui agora, que Kane seria o último a chegar... Achei que ele conversaria primeiro com Garuda e depois a Coruja chegaria e depois os outros e aí muitas tretas viriam. Mas assim saiu ainda melhor! Aguardo ansiosamente o próximo capítulo! E espero que você tenha tido um bom carnaval

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Muito bom como sempre, mas já estou com saudade do garoto. Eu sempre estarei aqui não importa o tempo, só espero que não suma como outros contistas.😍😍😍😍

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Caraca gael, comecei a ler seu conto essa semana e já tô acompanhando as postagens semanais, totalmente apaixonado pelo big Boas haha, adorei como vc inseriu a temática de ficção científica na história, saiba que ganhou mais um fã

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o barrara se parece de mais com o leosinho rs tão inocente e tão fofo assim como o leosinho ele é cativante!!!.agora fiquei curiosa pra saber o que ganupe esta querendo fazer pra eles se reuni com esses cinco.desculpe por nãl ter comentado no post anterior.beijo seu lindo.

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Fdp não me tira o barrara ele é o mozao cara. Mas assim está ótimo e com toda certeza se eu fosse um personagem da sua história eu seria uma coruja... Não seria um lobo nem leão nem tubarão sou o tipo erudito e egoísta kkkk

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Nossa, vc realmente ta entre os melhores escritores da "minha lista" aq da CDC ! Nao posso dizer q é o melhor pois acho q seria um pouco injusto dentre tantos escritores... sobre o conto: achei que o Kane iria conversar só com Garuda, mas vc me surpreendeu muito com a presença de BIG BOSS e dos outros... e me deixou mega curiosa para saber o que vai acontecer! Mds como eu adoro o Barrara, fico imaginando um homem "gigante" fazendo manha daquele jeito rsrs acho que já falei demais, então, bjs meu lindo! 😘😍

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Meu Amigo GALETO, boa tarde. Em momento algum eu disse CONFUSO, ok? Eu disse TORTUOSO. Amei o episodio anterior, mas esse foi menos desafiador, precise apenas de uma unica leitura. Ja te mandei email no dia que vc disse pra mandar, e ele voltou 3X dizendo que a sua caixa de entrada estava cheia. Coloco aqui o meu , fico a sua disposição para o que puder ajudar. Sem brincar, adoro seu conto, é sem a menor duvida o melhor em curso nesse site. Obrigado pelo episodio de hj, e enorme abraço, meu idolo, o GALETO ESCRITOR! hahahahahahha.Aguardo seu email Pena que a nota maxima aqui seja apenas 10.

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