Cap.7
Olhei para aquela miniatura e sorri. Eu sempre gostei muito de miniaturas e amava todas elas. Mas me perguntava... Porquê ele estava me dando uma miniatura ?
- Ah, obrigado - olhei para ele, que tinha uma feição de realizado no rosto - mas porquê está me dando isso ?
- Eu gosto de dar presentes para as pessoas... - falou, se posicionando ao meu lado para olhar a praia.
- Pode ter certeza que essa miniatura vai ter um lugar bem legal na minha casa - ele sorriu.
- Que bom...
Logo ele pegou o carro e então pegamos a estrada novamente.
MINUTOS DEPOIS
Passavamos em frente ao Rio Tapajos Shopping quando ouvi a voz dele me tirar dos meus pensamentos.
- Lucas ? Você sabe ir para a orla ?
- Sei, porquê ?
- Podemos ir lá ?
- Mas agora ? Você não está cansado ?
- Não, eu quero ir lá... Ouvi falar que tem um tal de tacacá, eu quero provar - ri...
- Você nunca tomou tacacá ?
- Não...
- Que tipo de paraense você é ?
- Do tipo que abdicou a naturalidade logo quando nasceu ! - rimos... Por algum motivo aquelas férias estavam sendo diferentes das outras, e eu estava gostando delas. E tinha certeza, tinha a ver com ele.
MINUTOS DEPOIS
Avisamos a tia que chegaríamos mais tarde antes dele estacionar o carro na beira da orla. Saímos, o Sol se pondo no local. Pessoas de várias idades, alguns fazendo esportes, todos buscando algum lazer naquela área que sempre foi muito conhecida por todos em Santarém.
- Que lindo ! - falou, se escorando na beira para ver o Rio - está bem seco, não é ?
- Está sim - o Rio estava longe da margem. O vento era corte, fazia nossos cabelos balançarem, ao mesmo tempo que ajudava a refrescar. Fomos andando pela borda...
- Você já veio muito aqui ? - perguntou, curioso.
- Geralmente, toda viagem eu sou arrastado para cá, mas sei lá, não sou extremamente fã daqui...
- Ah, que pena, mas é bem bonito !
- É...
MINUTOS DEPOIS
Fomos andando até a barraca de tacacá e pedimos duas cuias ( para quem não sabe, tacacá é uma bebida nortista, servida quente, composta de vários ingredientes, comum no Norte como o chimarrão é para o Sul)
- Pode colocar tudo - dizia eu, para a moça. Ele já havia se acomodado numa cadeira, e logo eu também estava - tem gostado daqui ?
- Pelo que vi nesses dois dias, é uma cidade muito bonita... Não sei se no dia a dia ela continua assim.
- Ela já mudou muito, na época que eu morei aqui era menor, mais pacata... Mas sei lá, a beleza e a originalidade nunca mudaram - meio que distraído com o espetáculo que a natureza proporcionava naquele final de tarde, não percebi quando ele tirou uma foto minha.
- Peguei ! - gritou, anunciando.
- Virei-me de repente, arregalando os olhos em seguida, ao ver o que ele havia feito.
- Não, Bruno ! Deixa eu ver isso ! - falei, tentando pegar o celular.
- Não, você vai apagar... - e então ele esticou o braço, tentando não deixar eu pegar o celular. E com o outro, tentava me afastar. Eu fui com tanta força, fiz tanta força para tentar pegar o celular que acabei o derrubando da cadeira... Quando vimos, os dois já estávamos no chão... Eu por cima dele...
- Meu Deus !
- Que mico... - falou, rindo - tem alguém olhando ? - por sorte, não tinha ninguém além da moça da barraca por perto.
- Não... - só naquele momento que eu parei para pensar e averiguar a situação. Podia tocar e sentir os seus músculos na palma da minha mão. Era estranho, e ao mesmo tempo a sensação era ótima. Nos olhamos, e não conseguia dizer o que via nos olhos dele. Era enigmático...
HORAS MAIS TARDE
Depois daquele lanche na orla, voltamos para casa. Fui direto para o nosso quarto e me joguei na cama, estava exausto...
- Está com tanto sono assim ? - perguntou ele entrando no quarto.
- Não, é só cansaço mesmo...
- Praia cansa não e ? A minha costa está destruída - falou, estalando tão forte que eu pude ouvir - vou tomar um banho.
- Vai lá - e enquanto ouvia ele entrar no banheiro, os momentos que aquele dia me proporcionou voltavam a minha mente. Meu primo era uma completa tentação.
MINUTOS DEPOIS
Ouvia Coldplay no fone do ouvido enquanto tentava repor um pouco as energias que havia perdido, quando ele abre de repente a porta.
- Pronto, agora estou cheirosinho ! - falou enquanto ria, entrando no quarto, apenas com a toalha na cintura. Quando vi aquilo, mais uma vez perdi o rumo do pensamento. Um branco se formou na minha mente, e eu só conseguiu olhar aquele corpo lindo e charmoso que estava entrando no meu quarto e dividia a cama comigo - Lucas, minha costa tá ardendo muito...
- Você não passou protetor ?
- Só naquela hora que você passou, acho que queimou...
- Acho que eu tenho um creme que alivia isso ! - falei, me levantando e indo em direção a minha mala. Nem precisou de muito esforço, estava bem no topo - aqui está...
- Você pode passar, para mim ?
Continua
E aí ??? Gostaram ??? Comentem e votem por favor. Bem gente, como já deu para perceber ando demorando um pouco para lançar novos capítulos. Além de estar viajando, e não ter tido muito tempo para pensar e escrever com calma, ando muito desestimulado... Não tem nada a ver com vocês, Agradeço a cada uma das mais de 500 pessoas que visualizam cada capítulo que eu lanço diariamente aqui no site. É uma coisa minha... Quanto a questão dos 5 textos, um vai ser enterrado em breve, e o que eu abandonei está sem previsão para retorno. Porém, mais cedo ou mais tarde darei um fim nele. É isso, peço a vocês que compreendam, a casa é apenas um hobby e sempre que posso estou continuando as minhas histórias. Beijos :)