Porque você?? II

Mãe - filho levanta, vai se arruma para o colégio - falou minha mãe sentada do meu lado na cama.

D€NI - o que fez você vir aqui me acorda hoje? - perguntei sem entender o porque. Ela nunca fez isso.

Mãe - eu fiquei sabendo que você e o Bruno terminaram - disse ela com cara de quem pergunta quer conversa?

Por mais que eu tentasse acreditar que havia superado depois de minha ter mãe ter falado aquela frase, me veio um aperto no peito uma vontade de chorar.

D€NI - eu to bem não precisa se preocupa - tentei dizer essas simples palavras que tiveram o peso e a dor de ser atingido por várias facadas ao mesmo tempo.

Mãe - então vá se arrumar. E se tiver triste pode vir falar comigo - disse ela se levantando e saindo do quarto.

Assim que ela deixou o quarto o peso caiu e não consegui suporta a dor de ter que ficar sozinho. A final foram dois anos.

Mais apesar da vontade de passar o dia em casa e chorar toda a dor da realidade, me coloquei de pé e fui me arruma. (coisa que desejo nunca ter feito até hoje).

Quando terminei de me arrumar desce as escadas e fui direto para a rua, sem nenhuma vontade de parar para tomar café, ou andar, estudar e até de ver meus amigos. Continuei meu caminho até a escola.

Quando cheguei no portão meus amigos não estavam lá e agradece muito por isso, fui direto para um canto só meu na arquibancada da escola e tirei o livro que tinha começado a ler recentemente, cinquenta tons de liberdade (minha trilogia de livros preferida <3).

Carol - o que você tem amigo? - disse ela me tirando da leitura do livro.

D€NI - nada porque? - disse assustado por não ter escutado ela chegar.

Carol - agente é amigo a quanto tempo? - disse com cara de impaciente.

D€NI - a uns 9 anos - disse olhando para ela sem entender a pergunta.

Carol - eu acho tempo suficiente para saber quando um tá triste, feliz, mentindo e até sofrendo vai pode me contar o que tá acontecendo? - disse ela sorrindo.

D€NI - é você me conhece bem mesmo. Tá legal, eu acho que eu tava com tanta raiva ontem que a dor só veio hoje e tá machucando muito - disse cabisbaixo.

Carol - amigo eu sei que é difícil terminar um namoro de tanto tempo mais bota na sua cabeça quem perdeu? Você que está com a consciência limpa ou ele que te pede perdão toda vez que te vê? - disse ela tentando me anima.

D€NI - eu não sei - disse sem ânimo.

Carol - claro que sabe quem dos dois me tem como amiga? - disse ela sorrindo.

D€NI - então eu to sofrendo mais - disse rindo pela primeira vez no dia.

Carol - viu já tá até melhor fazendo gracinha com a minha cara - disse ela sorrindo para mim - agora levanta já, e vamos estudar porque não tá fácil para ninguém e eu não tenho tempo pra fica me preocupando com você - disse ela me ajudando a me levantar.

D€NI - só você mesmo - disse me sentindo bem melhor.

Nos fomos andando e conversando coisas banais até a sala(sério eu me arrependo tremendamente de ter ido ao colégio aquele dia). Assim que coloquei o pé na porta da sala tinta voando para todos os lados, mais por incrível que pareça só pegou em mim quando finalmente consegui abrir os olhos eu estava literalmente rosa chiclete.

Julia - isso seu viadinho e para você aprender a nunca mais mexer comigo - disse ela dando gargalhadas junto com metade da escola.

Carol - sua piranha eu vou dar na sua cara sua vadiazinha de quinta - disse minha amiga pegando Julia pelos cabelos, sorte dela que uns garotos que estavam lá não deixaram.

(LEIAM ESSA PARTE ESCOLTADO “Give me love Ed Sheeran)

No meio de toda confusão eu fiquei paralisado. Mais sai do transe assim que ouvi a risada de Bruno olhei bem em sua direção no fundo dos seus olhos e por um momento acho que ele percebeu que naquele momento ele tinha me perdido para sempre. Minha única atitude foi correr sem pensar para onde estava indo. Em algum momento alguém puxa meu braço.

Desconhecido - garoto o que aconteceu? Porque você tá coberto de tinta rosa? E porque está chorando tanto? - perguntou ele preocupado.

Nada disse só consegui me livrar de seus braços e continuei a correr até cair no chão, e chorar encolhido buscando o conforto de um abraço...

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