O Sibilino III

Um conto erótico de Irish
Categoria: Homossexual
Data: 08/04/2015 19:35:10
Nota 10.00

Explicar que passei o resto daquela noite em claro, rememorando tudo o que vi na casa de Fleury, atormentado com a lembrança persistente de seu beijo, seria inutil. Aquele desconhecido universo desvairado, libertino, livre, que se descortinava ante meus olhos me parecia de uma beleza vivaz e insuperavel.

Eu era um rapaz que me vestia bem, com cuidado e elegancia em roupas feitas por bons alfaiates, chapeus sempre limpos, sapatos engraxados. Branco, de cabelos castanho-escuros lisos, nao usava bigode nem barba, como a maioria. Georgiana afirmava que eu era bonito.

Minhas poucas experiencias sexuais se limitavam à raras idas a bordeis nos tempos em que ainda estudava. Geralmente, pressionado por colegas, acabava levando uma meretriz qualquer para cama; nunca pude entender porque sempre a coisa toda me parecia tao insatisfatoria no final, porque vinha uma prolongada sensaçao de enojante desgosto apos tudo ter acabado. Fazia muitos anos que nao me via disposto a repetir aquilo.

Portanto, esse desejo abrasador e estranho pelo Fleury me espantava. De onde viera esse interesse inusitado? Essa vontade de me unir a ele como faziam seus colegas pederastas? Eu era, tambem, um deles? Dificil de acreditar...

Todavia, assim que terminei de atender meus clientes no escritorio, no dia seguinte, sai para a Gavea sem pensar duas vezes. O meu relogio de bolso marcava as quatro horas de uma bonita tarde com ares outonais, de vento melancolico. Jean, o criado, me saudou assim que cheguei e maravilhado, descobri que Fleury estava sozinho em casa.

Estendido num canape' de veludo cor oliva, tomando o sol debil que entrava à larga pela janela, ele lia e fumava, vestido num robe diferente, de seda branca bordada com pequenos losangos dourados. Resplandecia como num quadro fabuloso de alvura e beleza. Jovem, sensual, entediado.

- Voce veio! _ ele sorriu, largando livro e cigarro na mesa de canto, vindo me abraçar numa nuvem quente de fumaça, sabonete de rosas e agua de colonia de lavanda _ Emanuel passou o dia todo fora... Deve estar gastando meu dinheiro por ai... Sabia que ele nao faz absolutamente nada alem de jogar poquer e cobiçar esses garotos impuberes? A familia dele esta falida, viviam mendigando em Paris. Apanhei-o na rua, vendendo bilhetes de loteria e charutos ordinàrios, sob um frio de menos dez graus. Estava maltrapilho, faminto, infeliz... mas o danado era tao bonito!

Falava enquanto se movia pela sala numa leveza de cisne, servindo ele proprio licor em copos trabalhados estilo bico de jaca. Dentro da seda fina, seu corpo certamente nu delineava-se como num sonho helenistico; mandou Jean trazer brioches, estavam ainda frescas, e enquanto comiamos ele indagava sobre toda a minha vida, tecendo comentarios àcidos sobre Georgiana, que ele teve a chance de ver no teatro: mulherzinha reles e insignificante, cara de peixe seco. Incapaz de me ofender com aquelas observaçoes, ria delas, notando com uma inquietude crescente, um apetite denso, os pedaços de pele branca que aquele roupao exibia vez ou outra, pequenos presentes dos deuses que Fleury oferecia com displicencia.

Recuava a tardinha quando, sem nada dizer, ele me tomou pela mao e me conduziu ao quarto principal, no andar superior ostensivamente luxuoso. Um comodo todo arejado, numa riqueza exuberante de mobiliario frances saturados de dourado que o sol, inclinando-se, fazia refletir como numa mandala luminosa, de mil sois là dentro.

Meu rosto queimou quando Fleury começou a me despir lentamente, sem pedir licença, com modos habilidosos de quem tinha feito aquilo muitas vezes, em muitos outros homens. Quando terminou, eu jà estava pronto em minha virilidade plena, respirando ansiado, a boca seca. Ele sorriu, recuou dois passos me fitando com cobiça, desfez o laço do robe e deixou-o cair num amontoado macio e fluido sobre o chao lustroso; era incrivel, ele tao branco, com partes rosadas estranhamente livre de pelos, orgaos sexuais de tamanho harmonioso, um peito amplo, de atleta, as pernas grossas que toquei com desespero e fome. Na cama de dossel, imensa e silenciosa, entre lençois ingleses que cheiravam à alfazema e cigarro, Fleury, deitado de bruços, exibia a alvura de sua anatomia perfeita, onde minha boca em chamas depositava beijos sofregos. Um traseiro mais bonito do que de qualquer mulher que jà tive, o qual abri e enfiei a lingua com apetite na aureola rosada, fazendo-o arfar e agarrar o travesseiro de rendas, empinando o quadril, implorando por mais numa voz sufocada. Depois, girando-o na cama como um boneco, entre beijos violentos, segurando seus cabelos de cachos de trigo perfumado, devassei-o sem pena, observando sua expressao que alternava dor e felicidade, com a cabeça quase para fora da cama, na borda do colchao, sendo empurrado, erguendo as pernas deliciosas, emitindo gemidos longos. Era tao quente, tao estreito, macio, e ele parecia se esbaldar tanto comigo, percorrendo com as maos tremulas meu peito de pelos grossos e escuros, arranhando minhas costas nas unhas nacaradas, e me puxando mais para si, para entrar tudo.

Cerca de duas horas mais tarde era quase noite. Exaurido na cama, ainda tomado por espasmos de um prazer sublime, nunca antes experimentado por mim, vi Fleury se levantar, pegajoso de suor e outros fluidos. Vestiu-se com o robe e acendeu as velas de um castiçal, espantando a penumbra.

- Nunca fez isso antes? _ indagou, ajeitando seus cachos rapidamente ao espelho.

- Nao _ suspirei, sentando-me na cama.

- Pois fez muito bem. Tem talento para a coisa, meu caro _ ele sorriu, fitando-me pelo espelho de moldura barroca _ Aposto como agora voce nao vai querer saber de outra coisa...

Quando descemos para a sala, encontramos Emanuel jà de volta, fumando de um jeito despreocupado e observando o seu projeto de Antinoo arranhar um Chopin no piano de Fleury. Me fitou, sem surpresa, mordendo de leve a ponta do charuto. Fleury ralhou com o garoto, mandando-o parar de dedilhar o teclado do instrumento, e Emanuel, soprando a fumaça do charuto para cima, chamou Jean e mandou que ele trocasse os lençois do quarto principal e providenciasse um banho para o menino. Peguei meu chapeu, a bengala, me despedindo do loiro com um longo olhar, uma promessa muda de outra visita para o dia seguinte. Torcia para que as horas corressem depressa ate là.

*

*

*

Obrigada a todos! :)

meu email :

Abraços!


Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Irish a escrever mais dando dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Entre em contato direto com o autor. Escreva uma mensagem privada!
Falar diretamente com o autor

Comentários

Comente!

  • Desejo receber um e-mail quando um novo comentario for feito neste conto.
14/04/2015 21:00:48
bom
09/04/2015 11:38:15
Queria ter seu talento e naturalidade em escrever histórias com contextos/características históricos! Seus textos são muito bons.
08/04/2015 23:36:59
Irish acho q ele vai ficar "mal falado" que nem o Fleury e que vai perder muita coisa por isso. Eles são esquisitos, gosto disso!
08/04/2015 22:49:42
Merece querida é sempre um prazer ler seus contos. Eu confio no Fleury apenas acho q ele necessite de um amor verdadeiro.q naum é do traste do amante dele.
08/04/2015 19:46:37
Olà! :) Ontem, fazendo referencia a Antinoo no texto,,esqueci de explicar a historia dele: foi o amante adolescente do imperador Adriano, gente, coloquem no Google. A historia deles eh muito linda e, pelas esculturas o garoto era bem bonito! •cintiacenteno, obrigada por curtir,moça! , •Quin, eu assisti esse filme aos dez anos de idade! Nem lembrava mais, nao sei de onde vc enterrou isso rs. Ninguem confia no Fleury, coitado. •Frenchier, vc arrasa, nao se subestime! Seu texto eh otimo mesmo, vc capricha. Quanto aos capitulos curtos, eh um habito meu, tenho tendinite, digitar pra mim eh dose rs. Alem disso, a historia nao eh longa tambem. Valeu! , Obs: quem ja reparou que nao pontuo as palavras, eh um problema do meu teclado ok?


pirralha e pirralhinha XVídeosvidios porno fuipego pele minha mulhe com meno a minha sograwww.contos meu sobrinho adora lanber meus mamilosbaixar pornô mulher casada dando o cu para o marido e pedindo para amiga morder seu grelinhoconto erotico minha esposa arrependido contos eroticos de padres gayscontos-esfregando na bundinha da netinhavidio porno morena da bucetinha linfacontos eroticos nudismocontos meu genro adora cucontos tia marta mete no rabodurmiu com a prima e bateu uma ciririca nela fasend ela goza muitopastor profeta chupando seio da crente xvideogostosas deslisando na pica de 30cm youtubecontos de vacas que gostam de levar no cu e na conaCarol tentrocontos de sexo depilada na praiaduas morenas com choque na polpa da bunda uma metendo a mão na buceta da outra e pede para chuparcontoseroticos m vadia mamae nao solbe o que fazer quando viu e quis chupaporno novinha magrinha domino só de fiudentaurápido mamãe tà chegando putariabrasileiraa empregada disse adoraria te comer contoscontos eroticos - se o macho for cacetudocontos lactofiliamulutas gosando escorrendomeu avo me du carona conto eroticocontos real casada timida 1 vez no cinema pornosexo anal sem compaixãocontos eroticos de fudendo dentro da barbearia/texto/200505447lazarento do irmao fez sexo com a irma enquanto ela estava deitadacontos eiroticos leilaporntarado nuonibuconto erotico freiraconto erotico papai mim chupa todo dia pra mimdormirpai fica pelado perto do seu filho lindo mundobichacontos gay o prestador de serviçoFungada no cangote xnxxcontos+corno mulherzinhapersonal dotado botando a loira pra chupar na academia ela ver o volume do shorte e da vontade de mamar o piruzaoNovosfiumepornoconto erotico nora cortando grama/texto/201210326negao emfiando mao cu gaymundobichannegão pauzudo estrupa mulher gostosaamor vc deixou ese safado me comer pornodoidomeu padrinho mexia na minha pepecacontos gay virei menina sissycoroas de fio dental tão cheia de tesão Cheguei cheguei escorregando pela sua b*****irmão gemeos loirinhos emos gay fazendo sacanagemver contos eroticos de peao comendo o cu de empresarioConto erotico vizinha carente peituda amamentandoponodoido sexo anal a tres negoes pintudo e uma loira viciadafoi passear o cao e fodi a vizinhavidioporno coroa branca buceta bem arbeta/texto/201104213/denuncianovinha achou que erra prachupa do negao e ser deu malestudante novinha chegou da escola e foi surpreendida por um tarado q comeu a bucetinha dela virgem fudeu até sangrar e gosou dentro da bucetabixa porno pretinha no boquete devagarinhoso um pouquínho pornohomem esfreganna calcinhas da menina e não aguenta e mete a rolaConto erótico eu era menina e era virgim e meu primo me pegou a forca e depois eu gostei.eduarda dando o cuzinhoxxxvideosporno no teto ou na pissina/texto/20080766xvideos mulher timida abordada ma ruafotos de bucetas do faisaoconto eroticos lésbico putinha vadia vagabunda piranha fuder tapa na cara buceta xoxotaContos eróticos comi a rosquinha da mulher e da filha gostosa do padeiro na padariapca groca cabecuda gozando dentro video pornoincesto ganhando chupada de aniversariocontos eroticos raquelxxxvideo mamae chupando xoxoxtamporN itaitubensecontos erotico minha tia coroa de baydool na sua casaliberei o cucontossobreincestopornôcom professora selvagem regaça o pau do alunovideo estrupo brasileiro caseiro fala palavrao gorda peitao patroax videos mulher lammbendo o cusinho do homem e ele gosacomo passar a pomada azulzinha na buçetacontoseroticos m vadia mamae nao solbe o que fazer quando viu e quis chupapai pega filho comendo a mae porno cnccXVídeos padrasto força menina chupa lhe ofendidodei meeu cu no canavial para um caxorro/texto/201609537sergipana do grelo grande fode ate gozarcontos eiroticos leilapornEu e minha filha nao resistimos conto erotico de pai e filhaconto erotico provoquei meu sobrinhover vídeo pornô de homem chupando a b***** da mulher enfiando o pinto do Kudurogozada no fundo da garganta