Peguei meu cel e liguei para o seu pai...
Roberto em pouco tempo apareceu parecendo um louco.
Roberto: Como ele está?
Eu: Ainda não recebi noticias. Desculpe Roberto, me desculpe de verdade, eu só pedi para ele me esperar um minuto, e quando você me ligou que me virei ele já não estava mais lá... Foram questão de minutos para tudo acontecer e...
Roberto: Não se preocupe Olliver, confio em você, eu bem sei como o Vic é, conheço meu filho, aquele é difícil de segurar, tudo que eu quero agora é noticias dele, só isso.
Passamos mais algum tempo...
O médico aparece - Estamos esperando ele acordar, levou alguns pontos, nada demais ok, mas precisamos ver se não houve algo a mais por o golpe.
Roberto: Como assim?
Médico: Não se preocupe, é só por precaução, tenho certeza que está tudo bem, ok?
Eu: Obrigado.
Eu e ele ficamos a sós...
Roberto: Isso não vai mais acontecer, não estou disposto a passar por um susto desses novamente!
Eu: Como assim?
Roberto: Vou mandá-lo para outra cidade, você tem que ir com ele, pelo amor de Deus Olliver você é o melhor, não quero o Victor nas mãos de qualquer um, volte atrás no seu pedido de demição, por favor, continue cuidando dele!
Eu: Ok, eu continuo no trabalho.
Roberto: Obrigado Olliver!
Nos abraçamos.
Eu e ele fomos ver o Victor.
Vic narrando...
Eu acordei mas senti minha cabeça pesar, era uma dor de cabeça tão grande... Abri meus olhos aos poucos, meu pai e Olliver estavam ali, Um médico também, eu lembrava de tudo, aí me deu mais medo, o que aconteceu depois que os homens me golpearam? Me deram um tiro? A quanto tempo estou dormindo?
Olli: Ele acordou!
Os dois correram para me ver.
Eu: Olliver o que aconteceu comigo? Depois que eles me acertaram na cabeça levei um tiro?
Medico: Bem, perca de memória, visão, fala, já sabemos que está tudo ok, nem precisei perguntar nada. Eu disse que iria ficar tudo bem!
Eu: Minha cabeça dói.
Médico: Vou resolver isso.
Ele saiu...
Eu: Então? O que aconteceu?
Ele: Te procurei e não te vi. Eu disse para você me esperar não?
Baixei a cabeça.
Continuou... - Te achei no estacionamento, tinha dois caras te agredindo, lutei com eles e você está aqui agora!
Eu: Quer dizer que você me achou logo após o golpe, não me feriram mais?
Ele: Não. Não deixei.
Pai: Que susto você me deu Victor, meu Deus! Porque você não obedeceu o Olliver?
Eu: Só queria ir logo para casa!
Pai: E deu nisso!
Eu: Tá, sem sermões. - Minha cabeça doeu. - Ai.
Pai: Você está bem? Cadê este médico que não aparece? Vou chama-lo!
Fiquei a sós com ele.
Ele: Porque você não me esperou como pedi?
Eu: Você sabe muito bem. Não gostava de ver você com ela!
Ele virou de costas.
Eu: Você perguntou, se não suporta a verdade então para que pergunta?
Ele: Não vou mais me demitir. Seu pai me pediu e vou ficar.
Ele falava ainda de costas, estava com as duas mãos na cintura e a cabeça baixa.
Eu: Porque?
Ele: O que?
Eu: Porque não vai mais? Você já havia se resolvido.
Ele: Seu pai me pediu. Ele está muito abalado, o susto foi grande.
Saiu pela porta.
Claro que ele não iria ficar por minha causa, creio que não se preocupou nenhum pouco, iria ficar apenas por o meu pai.
O médico veio e me deu um remédio, logo peguei no sono.
Acordei no dia seguinte, havia recebido alta mas disseram que as dores de cabeça iria continuar.
Fui para o AP, chegando lá...
Pai: Vic, precisamos conversar, não dá mais para você continuar aqui, vou te mardar para outra cidade com o Olliver por uns dias.
Eu: Mas e o meu curso?
Pai: Você vai dar um tempo. Sua segurança é mais importante, vocês vão para a fazenda!
Eu: E você?
Pai: Não vou para o mesmo lugar, quero despista-los, vou pensar.
Eu: Pai, estou preocupado, e se algo te acontecer?
Olliver me olhou de maneira estranha...
Pai: Não vai, ok? Tem pessoas me protegendo também.
Eu corri para abraça-lo.
Eu: Odeio isso, odeio. Só queria ter uma vida normal, sem perigo, sem medo de algo acontecer com você. Tenho mais medo que algo te aconteça que a mim.
Pai: Agora você sabe como me sinto!
Saí de seus braços e fiquei tonto, ambos me levaram para a cama.
No mesmo dia eles arrumaram nossas coisas e fomos...
Não me deixaram me despedir de ninguém e nem dizer para onde iria por medo, acharam mais seguro tudo em segredo.
No mesmo dia fomos para a fazenda do meu pai, sempre ia alí quando era criança, mas não havia ido mais...
Bem com algumas horas de carro chegamos, o motorista de meu pai havia nos levado, chegamos e comprimentei logo Graça que trabalhava lá, ela e sua familia serviam a meu pai cuidando de tudo!
Graça: Que saudade, nossa, a última vez que te vi você era só um menino!
Eu: Também estava com saudade. Graça este é o Olliver, um amigo da familia.
Graça: Prazer.
Ele: Prazer também.
A gente subiu.
Fui para o quarto principal, coloquei minhas coisas lá e sentei na cama.
Ele aparece: Queria conversar, não tivemos tempo desde que saiu do hospital.
Eu: Pode falar.
Ele: Gostei da sua atitide com seu pai, nunca havia te visto assim com ele, desde que comecei a te proteger só via você dando patadas.
Eu: Ele é importante para mim. Só tenho ele na vida!
Ele: Não se preocupe, seu pai é esperto, nada vai acontecer com ele.
Eu: Gostaria que ele fosse para bem longe, só assim eu ficaria mais tranquilo.
Eu: Confie e mim, nada vai acontecer.
Eu deitei na cama.
Ele: Você está se sentindo bem?
Eu: Dor de cabeça.
Ele: Vou pegar o remédio. Onde está?
Eu: Na minha mala.
Ele pegou, saiu, buscou um copo d'água e me deu, tomei...
Eu: Obrigado. Vou dormir, estou cansado.
Ele: Sim, claro descanse.
Olli narrando...
Logo ele dormiu, cheguei proximo a ele, tão frágil alí deitado em sono profundo... Foi um erro para mim ter aceitado ficar, mas não tive escolha, se algo acontecesse não me perdoaria, prefiri ficar por perto.
Estava percebendo um lado dele que me cativava, logo que o conheci o achei impulsivo, brigão, orgulhoso, mas vejo ser uma casca, na verdade ele é uma pessoa boa, e está assustado com tudo isso, por mais que queira demonstrar o contrário.
Deitei do seu lado e fiquei alisando seus cabelos, acabei pegando no sono...
Acordei já estava escurecendo, ele estava deitado no meu peito, tentei sair devagar para não acordá-lo mas foi em vão...
Ele: Olli, desculpe, juro que foi sem querer, apenas dormi e te abracei automaticamente.
Ele parecia assustado, talvez pensasse que iria chingar ou resolver me demitir novamente.
Eu: Calma, tudo bem, sei que foi sem querer, você estava dormindo, só isso. Vamos comer algo? Estou faminto!
Ele: Sim.
Fomos, ele na minha frente, chegamos a escada, ele foi descendo mas parou...
De repente percebo ser uma tontura, corri e o peguei para não rolar escada abaixo...
Segurei ele pela cintura, ele subiu seu rosto e olhou nos meus olhos...
Seu rosto delicado, seus olhos castanhos, sua boca vermalha, seu corpo... Eu estava encostado no corrimão, ainda o tinha em meus braços, o puxei pela cintura, ele não desviava dos meus olhos, então o beijei, senti mais uma vez seus lábios nos meus, coloquei minha lingua e senti o gosto da sua boca, minha mão pousada na sua cintura me deixava sentir a maciez da sua pele quente.
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Obrigado por os comment's gente.