A CARTA - 14ª Capítulo
A CARTA – 14ª Capítulo
Não existe desespero tão absoluto quanto aquele que surge nos primeiros momentos de nosso primeiro grande sofrimento, quando não conhecemos ainda o que é ter sofrido e ser curado, ter se desesperado e recuperado a esperança. (George Eliot)
- AAAAAAAA minha perna Filipe, minha perna, aaaaaa – gritava ele de dor
- O que está acontecendo Jonas? Fala comigo – falei desesperado
Ele não falava mais nada apenas gritava de dor e se debatia na água e me pedia ajuda, eu comecei a entrar em pânico, eu não sabia nadar e sem o auxilio dele estávamos afundando.
- SOCORRO, SOCORRO – comecei a gritar com toda minha força
O Jonas se debatia de mais, estava nervoso parcas e sem falar que a todo momento estávamos engolindo água...
CONTINUAÇÃO:
Estava segurando o Jonas com toda minha força mas estava cada vez mais difícil pois ele ainda continuava se debatendo de dor, na hora não vinha nada na minha cabeça, até algo atingir o Jonas na boca fazendo ele desmaiar, olhei para o lado e senti uma mão envolvendo minha cintura e com a outra envolvendo o Jonas que agora se encontrava desacordado.
- Mas... mas... como você veio parar aqui? – falei
- Isso não é hora para explicações Filipe – falou o Alex – O que aconteceu com ele?
- Eu não sei, mas por favor tira ele d´agua – implorei ao Alex, já me deparando com a realidade comecei a chorar
- E você? – perguntou ele
- Vai, eu vou tentar ficar bem, depois você volta – falei
Ele foi tirando a mão da minha cintura aos poucos, estava morrendo de medo mas lembrei do que o Jonas havia falado e tentei ficar calmo, vi o Alex se distanciando com o Jonas até chegar na margem e coloca-lo deitado, na mesma hora voltou para me ajudar.
- Ele está ardendo em febre – falou ele se aproximando
- Me tira daqui rápido – falei chorandoFala comigo Jonas, fala comigo – tentava a todo custo acorda-lo mas era em vão, ele apenas balbuciva algumas palavras sem nexo, e estava com muita febre, rapidamente peguei o celular que estava na minha calça e fiquei olhando para a tela, não vinha nem um número sequer na minha cabeça, o Alex percebendo isso tomou o celular da minha mão e discou 192 (SAMU) e conseguiu passar as coordenadas corretas.
- Agente precisa levar ele até a estrada – falou
- Você consegue? – indaguei vestindo minha roupa que estava no chão
Ele consentiu com a cabeça e pegou o Jonas no colo e fomos rumo a trilha a passos longos, minha mente estava um turbilhão de pensamentos, estava chorando baixinho com uma angustia tremenda no peito, no fundo eu sabia a possível causa mas não queria admitir isso pra mim, quando estávamos próximos a estrada ouvimos um barulho de sirene, rapidamente passei na frente dos dois correndo e avistei uma ambulância se aproximando, acenei fazendo a mesma parar.
- Foi você que nos acionou? – falou uns dos cara saindo da ambulância
- Foi sim, por favor ajuda o meu... o meu... namorado – por fim conseguiu falar, ele apenas tomou um susto inicial mas não disse nada a respeito
- Coloque ele na maca – falou assim que viu o Alex se aproximando
- Só pode ir um de vocês dois – falou o cara colocando a maca na ambulância
- Eu vou – falei olhando para o Alex – chama o Joaquim (motorista) e me encontra no hospital, eu te ligo e te digo qual é
Rapidamente ele me abraçou e disse: “vai dar tudo certo”, estranhei essa atitude mas consenti com a cabeça e entrei na ambulância o deixando para trás, fui a viagem toda segurando a mão do Jonas e rezando muito, o meu medo estava se tornando realidade e não sabia o que fazer, demos entrada na emergência de um hospital publico, não demorou muito e o doutor veio falar comigo, disse que ele já estava sem febre, fez todos os exames para saber a causa mais não detectaram nada, como havia previsto, então fiz com que eles o removessem para o hospital onde a mãe dele estava, marquei com o Alex lá e também com o padrasto dele que ficou muito nervosoComo ele está Filipe? – perguntou o padrasto dele se aproximando de mim assim que cheguei com o Jonas
- Está bem porém desacordado, resolvi trazer ele pra cá, seria melhor – falei com a voz desanimada
- Você acha que possa ser...
- Não sei Paulo, torço que não – falei me referindo a doença misteriosa da mãe
Me sentei em uma cadeira e o Paulo foi tentar buscar mais informações quando senti uma mão no meu ombro, me virei para trás e vi um medico, aquele mesmo medico que atendeu a mãe dele (CAPFilipe não é? – perguntou
- sim, como sabe meu nome? – falei me levantando e o cumprimentando
-prontuário médico – falou apontando uma prancheta que estava na mão - quando soube que tinha entrado o filho de minha paciente prontamente me disponibilizei em atende-lo – falou ele
- Ele está bem? Você descobriu alguma coisa? É a mesma doença misteriosa da mãe? – perguntei
- Calma rsrs não vou mentir a situação dele não é nada boa mas se encontra instável e a doença não é mais tão misteriosa assim, estudei o caso dela de acordo com os sintomas e descobri que ela tem Fibromialgia avançada, provavelmente o que... seu amigo tem – falou
- Que doença é essa Dr.?
- Ao contrario da fibromialgia comum, a avançada mata aos poucos o paciente com dores...
- Oh meu Deus – falei colocando a mão na boca e as lagrimas que antes segurava para passar força a ele quando acordasse começaram a descer uma atrás da outra
- Calma, sente-se aqui – falou me mostrando a cadeira para que eu pudesse me sentar
- Isso tem cura não é Doutor? – falei rezando para que ele dissesse sim
- Essa doença é muito rara, quase não existe informação na internet a respeito, só existem 5 casos confirmados pela medicina, e todos estão nos USA, três deles não resistiram aos medicamentos experimentais, os outros dois conseguiram e apresentaram uma leve melhora – falou. Naquela hora subiu uma esperança no meu peito mas ao mesmo tempo uma angustia terrível
- Tem como transferi-lo?
- Aquele hospital custa milhões e além disso você vai está expondo ele a medicamentos experimentais que pode mata-lo mais rápido, peço que pense melhor antes de tomar qualquer decisão, tenho que ir, qualquer noticia eu te falo – falou se levantando e indo embora
- Posso ver ele? – falei um pouco alto para que ele ouvisse e fez um gesto de “depois” com a mão, voltei a me sentar, nem sei como expressar em palavras o que estava sentindo, um misto de tudo de ruim que um ser humano possa sentir na sua vida, pouco mais de um ano depois estava sentindo algo pior de que perder minha mãe, digo isso porque não sofri de antecipação, quando soube ela já estava morta...
- Lipe? Como ele está? – falou uma voz
- instável – falei levantando a cabeça notando que era o Alex
- Posso sentar? – falou apontando um lugar ao meu lado, consenti com a cabeça e ele se sentou – Já descobriram o que ele tem?
- Fibromialgia avançada – falei
- que doença é essa? – perguntou
Expliquei tudo o que o doutor havia me falado a ele
- Onde ele está agora?
- acho que na UTI – falei – Como foi que você apareceu lá do nada?
- Porta malas rsrs – falou
- Se a situação fosse menos trágica eu diria que foi ridículo da sua parte - falei
EMERGENCIA: UTI 94 UTI 94 – ecoou essa voz tenebrosa pelos corredores, meu coração na hora disparou, me levantei em um pulo da cadeira tentando entender o que estava acontecendo ate que vi alguns médicos inclusive aquele que estava falando comigo correndo com um desfibrilador, não pensei duas vezes corri junto com os médicos fazendo com que alguns me repreendesse por está ali mas não liguei, mas a frente entraram numa sala, tentei entrar mas dessa vez fui impedido por um segurança, olhei pelo espelho e vi... vi que era ele, a maquina ao seu lado contabilizava ZERO e ficava piscando, na hora fiquei em estado de choque tudo ao meu redor começou a ficar lento, olhei para o lado e vi o Alex do meu lado me olhando com um olhar de piedade, meus olhos não tinha mais vida, meu coração a qualquer momento poderia explodir dentro de meu peito, lá dentro na UTI depois de uma massagem cardíaca mal sucedida passaram a usar o desfibrilador, foi com aquele barulho que me dei conta da realidade, ele estava morrendo... ELE ESTAVA MORRENDO
- JONAS NÃO, POR FAVOR – comecei a me debater nos braços do segurança que ainda me segurava, tentava me soltar mas era em vão, em questão de segundo fui trocado de braços, dessa vez era o Alex que me segurava, falava algumas coisas para eu me acalmar mas não tinha como, não tinha, eu apenas queria entrar, porque eles não entendia isso? Porque? Naquele meu alvoroço todo acabei derrapando no chão e levando o Alex comigo, foi quando ouvi um “bipe” depois outro e outro e outro, vários bipes em sequência, era como se a cada novo bipe minha alma e meu corpo se relaxassem, todo meu ser mergulhasse em sensação de alivio e paz e todo aquele meu alvoroço passasse, eu ainda chorava hora me lembrado do que acabou de acontecer, hora de alivio, o Alex ainda permanecia em cima de mim me olhando fixamente e de repente ele começou a aproximar sua boca da minha até que...
CONTINUA...
Fala galerinha de volta aqui com mais um capítulo, iria ser maior porém não daria tempo para poder postar então decidi parar ai se eu conseguir escrever um amanhã, amanhã mesmo eu posto se não só na quarta. Será que vai rolar o beijo?
Nih Fernandes: ainda bem que conseguimos mas viu que sufoco passamos novamente? Obrigado e até o próximo ;)
Mah Valério: Gostou desse? Obrigado e até o próximo ;)
Esperança: explicado? Obrigado e até o próximo ;)
Atheno: desculpa mas so deu para postar hj! Obrigado e até o próximo ;)
Ale.blm : pela primeira vez desde que chegou o Alex deu uma dentro não é mesmo rsrs? Obrigado e até o próximo ;)
M/A : paciência que tudo vai dar certo ;) e tipo fiquei curioso com o que você comentou que já tinha passado por isso, foi algum namorado ou amigo? Conta ai rsrs se puder é claro! Obrigado e até o próximo ;)
Jovem: advinhou em rsrs Obrigado e até o próximo ;)
P.G: infelizmente :( Obrigado e até o próximo ;)
Geomateus: faço o possível Obrigado e até o próximo ;)
- welleweywest: você é uma onde cara kkk me divirto muito, espero que esteja gostando Obrigado e até o próximo ;)
- Ru/Ruanito: acho difícil em um lago em cara rsrs Obrigado e até o próximo ;)
David ross: vlw cara Obrigado e até o próximo ;)
Carioquinha: confie em mim que vai dar tudo certo :) Obrigado e até o próximo ;)
KayoB: Que bom amigo que voltou :) Obrigado e até o próximo ;)
E aos anônimos, MUITO OBRIGADO.