Meu melhor amigo e futuro algo mais.

Quero lembrar a todos que este conto é uma narrativa de algo real, bem real. Continuo se vocês derem algum retorno de continue.

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Eu não posso ser isso que eu estou pensado; nem em pensamento consigo dizer essa palavra. Aliás, acho que tudo isso é normal.

Outro dia no ginásio, após o futebol, ficamos todos sentados na quadra descansando um pouco. Fazíamos isso com frequência, até que um dia percebi que não conseguia deixar de olhar para suas pernas. Acho que foi aí que comecei a disfarçar uma série de coisas na vida.

5 anos depois...

Hoje eu tenho 28 anos, estou com o coração ocupado e meu papel aqui neste site é contar minha vida amorosa para vocês, essas frases começam a explicar o que passei no começo da descoberta real que a minha atração sexual era totalmente por homens.

Eu sou branco, bem branco, 1,80 de altura e sempre tive em torno dos 80 kg ... PARRUDO. Cabelos negros curtos com gel arrepiados e sempre barba feita, meu maior conflito interno era não crer que eu sendo gay, não ter traços femininos, pois na minha cabeça na época era gays efeminados e como eu lutador, jogador de pelada e que ando de skate , ter total atração por garotos e não as garotas, estes conflitos me travarão por anos, passei o período da escola sem ficar com um único garoto, meu primeiro beijo, foi aos 22 anos com um homem numa festa GLS, mas aqui vou começar minha narrativa partindo do ponto onde conheci meu amigo hetero e total desconhecido até então Eduardo.

Eu estava com 23 anos tinha percorrido mais de 10 km andando o dia todo, algo atípico e muito cansativo para meus dias normais, quando meus amigos malas me convidarão para ir numa balada light de dia de semana em um shopping da minha cidade, topei e fui direto do serviço, encontrei alguns e bons amigos, bebemos conversamos mas como moro em caminho oposto de todos meus amigos, eu iria para casa de ônibus e por isso, sai em torno das 22 hs do local para ir pegar minha carona para casa, meu ponto era bem longe de onde eu estava e os horários após as 23 horas para meu bairro são bem espaçados, ao chegar no local correto para aguardar o busão, estava lotado e foi esvaziando e sobrou eu e outro cara apenas, como notei que passou todas as linhas e sobrou eu e ele...

Eu: boa noite, o amigo está indo para o bairro Y ?

DESCONHECIDO: sim e já ti vi por lá.

Neste momento parece que o tempo parou, um deus grego deste me notou e eu não, claro isso em frações de segundos, eu pensei e notei que aquele estranho de 1,78 totalmente malhado e definido, vestindo aquela camiseta P totalmente colada no seu corpo e branca, uma calça jeans azul bem apertada em seu corpo, com voz e jeito de comedor, era hetero.

Ele chegou próximo da minha pessoa e começamos a conversar enquanto não chegava nossa condução, foi um papo sobre tudo durante uma hora, neste tempo descobri que ele começara um relacionamento com uma namorada nova a Paty.

Que tinha apenas 21 anos era o interior do estado e seu corte estilo militar no seu cabelo negro ainda era herança do serviço militar que ele serviu até 1 ano atrás.

Ele me convidou para pegar outro ônibus e já que morávamos muito próximos atravessaríamos o bairro para chegarmos no nosso juntos...

Todo tempo que caminhamos não houve um minuto de total silencio pois conversamos sobre muitos assuntos, ali se assinalava uma nova amizade, mas todo momento eu só me concentrava no sotaque dele e nos seus olhos penetrantes, seu corpo me causava um calor nunca sentindo antes... Mas na nossa conversa eu me policiava me tolhia com um único pensamento, sendo quase um mantra, ELE É HETERO.

Pois ele deixou claro que sua vida girava em seus casos amorosos e no seu estilo de vida, ele não fixa moradia desde os 18 anos em local algum, mas algo legal eu sei que ambos sentimos nos aproximando.

Foi quase duas horas na sua companhia, até que chegamos no momento em que nos separaríamos, apertamos nossas mãos e ele de imediato como um ato de não vamos perder contato, me pediu o meu número de telefone, passei meu celular ele o dele, fui para cara meio atônito sem acreditar na pessoa legal que acabara de conhecer.

Cheguei na minha casa, fui tomar um banho, foi um banho mais pensativo que o normal, pensei como eu me encantei desta forma por um total estranho que parecia que nos conhecíamos a muito tempo.Ao sair do chuveiro vejo o celular tempo convulsões de tanto se tremer, estava vibrando, no que peguei na mão ele parou. E vi 9 chamadas não atendidas do Eduardo. Retornei na hora, não chamou nem meio segundo ele atendeu:

Eduardo: Poxa mano pensei que tinha me passado o número errado, liguei pacas já, e nada, ta bem chegou em casa ? ti ligo para convidar pra dar uma volta domingo à tarde, numa festa do povo do meu serviço, cervejada, topa?

Eu: o irmão cheguei e me atirei em baixo do chuveiro, mas topo sim ... cervejada no domingo.

Eduardo: cara então domingo de manhã eu ligo e combinamos, não esquece em ...

Eu: fechado, bjunda e boa noite.

Pessoas eu não lembro na realidade o dia da semana que era, mas sei que até o domingo foi algo que se arrastou, eu passei os próximos dias contando as horas para o domingo, eu apesar de achar o cara lindo e muito gostoso eu achei ele muito gente fina, o cara era gente boa mesmo.

Até o dia marcado Às vezes eu sentia uma vontade enorme de ligar e dizer o que pensava, o que queria, mas não, você vai falar o que para ele? Eu me sentia um grande imbecil. O que eu gostaria mesmo era de falar o quanto eu achei ele legal e queria trovar, conversar ou dizer que achei ele muito gente fina. Mas o medo de revelar algo assim, sei lá tinha medo de pagar vale por ele.

E nesses dias a minha fissura por ele era tanta que a vontade que tinha era de bater uma punheta para ele a cada 5 minutos, devia ser muito bom estar com um cara como ele na cama, já há dois dias pensava nisto, eu estava num misto de pensamentos e sentimentos, numa confusão hormonal gigantesco, que no sábado eu fui dormir tão cedo que acordei no outro dia as 11 hs da manhã com a sensação de ter dormido por quase um ano, mas isso tudo foi muito rápido, o motivo pelo qual tinha despertado era meu celular gritando ao meu lado, quando olho quem ligava meus pulmões perderam todo o ar que os preenchia pois piscava EDUARDO na tela...

-Alo, bom dia grande!

-Bom dia pé vermelho !!

-pé vermelho?

-sim com esse sotaque carregado la dos confins do interior, tu é meu amigo pé vermelho Eduardo.

Rimos muito e nossos apelidos ficaram claros e marcados... Grande e pé vermelho.

- bom meu contato é simples, 14 hs na parada de bus da minha rua ok ?

-certo pé vermelho, 14hs to la!

- vem bem cheiroso pra mim em gatão...

( gelei com a brincadeira)

-claro, e você também quero bem cheiroso.

- pode deixar, minha gata vai estar lá também, para ela sempre estou no cheiro.

Me despedi meio querendo desistir nem conhecia esta garota mas já tinha pego um ódio sobre ela.

Pensei em não ir mas ao lembrar que ele tinha a mão pesada, áspera, como se tivesse trabalhado com enxada, depois descobri que era da musculação, mas mesmo assim era muito bonito e me olhava tão fundo dos olhos, que me deixava completamente despido. Me encorajou a levantar o rosto e ir a encontro de quem eu achava que um dia poder ter algo.

Peguei o Chivas, coloquei uma dose dupla com gelo, dei alguns goles seguidos e liguei o som, que já estava carregado com um CD. Quando dei o play, começou a tocar The great pretender. Fiquei curtindo a música imaginando como seria tomar banho junto com o Eduardo. O barulho de água do chuveiro, a música, o uísque… a minha imaginação me deixou excitado.

Coloquei minha melhor roupa, uma camisa de manga comprida com punhos e detalhes nos botões brancos, remanguei, ela era um azul bem escuro, uma calça justa preta e botas pretas também, um perfume, me despedi da família, mãe e pai e fui para comer algo na rua, e enrolar para dar o horário marcado.

Quando chegou as 14 horas eu já estava no local marcado...

Vejo ele pontualmente vindo na minha direção...

Uma camisa rosa clara linda, calça jeans bem clara e tênis...Um perfume de fazer estremecer... Ele me abraçou muito forte na hora que chegou, fungou no meu pescoço, apertou minha bunda e disse:

- se a paty der bolo já sei quem eu fico seu gostoso.

...Continua

Na próxima parte ...

Cheguei em casa tão contente comigo mesmo, que o sorriso já era uma expressão

permanente no meu rosto. Abri a porta, e de lá mesmo cumprimentei meus pais que

estavam na sala. Minha mãe logo percebeu que eu estava diferente e perguntou:

- Você está bem, filho?

- Estou ótimo, mãe. Se melhorar estraga.

Foi tão positiva a minha resposta, que meu pai falou:

- O que aconteceu de tão especial?