SUBMISSÃO - PARTE VI

Um conto erótico de Augusto Treppi
Categoria: Homossexual
Contém 1389 palavras
Data: 07/07/2014 16:54:49

Sempre no início uso um pouco do expediente CtrlC+CtrlV. A mesma informação né, pra que digitar de novo. :)

Quem já comprou o DOMINAÇÃO, no preço absurdo de 4,99? Nem sanduíche é tão barato assim! Bom lembrar que pra seguir o SUBMISSÃO é fundamental a leitura dele.

SUBMISSÃO é a continuação do DOMINAÇÃO, o meu primeiro livro, e o mais vendido. Apontado também como um dos livros mais vendidos da Internet, e pioneiro nos temas sexuais explícitos, que depois viraram modinha. Mas, nenhum com tanta força quanto ele, nos quesitos de sexo explícito e realização de fetiches.

Então, continuando com as postagens meu quarto livro, em sequência, na medida em que estou escrevendo. Desta vez o capítulo IV também já vai completo.

Um alerta – de novo e mais uma vez -, a participação está pouca, o que pode ocasionar a interrupção. Então, vamos lá, não basta ler, precisa mostrar que leu. ;)

Lembrando outra vez: para seguir o SUBMISSÃO, é fun-da-men-tal a leitura do DOMINAÇÃO. Pensando nisso, consegui uma promoção pra agora, nesse início de postagens. A versão e-book estará sendo vendida por apenas R$ 4,99 no comprelivrosgls.com.br. O preço vai ficar valendo ainda durante o mês de JULHO. Qualquer um pode comprar né?

Vamos à postagem!

Capítulo IV

QUESTÃO DE SEGURANÇA (S)

O grupo de seguranças que cuidava da casa era o mais eclético já visto. Eram negros parrudos, caucasianos enormes, orientais longilíneos, homens e mulheres. Em termos de orientação sexual, ficava bem óbvia também a presença de gays.

Com a entrega das empresas para Igor, seu pai voltara definitivamente para o Brasil. Assim, aquele lar agora tinha somente o casal como moradores. Marcos se sentia bem, e era bem tratado por todos. Melhor, quase todos. As primeiras semanas da sua chegada foram meio tensas em relação a uma única pessoa, o segurança particular do companheiro.

Em poucos dias ficou claro para o ex-empresário que o aviso prévio do funcionário da mansão não se resumia às questões de trabalho. O cara estava sendo dispensado de uma relação, talvez amorosa, mas certamente sexual. O fato causou certo estranhamento ao recém-chegado. Afinal, o empregado era diametralmente o oposto dele. Além de ter estatura mediana e ser moreno, com pelos aparentes em sua camisa social, era másculo e destemido.

Igor mal parava em casa. Sempre viajando, não tinha muito tempo para se dedicar ao loirão. Os papos sobre seu início na empresa então, eram sempre adiados. Suas idéias em relação aos negócios ficavam perdidas entre impressas e eletrônicas, nunca nem mesmo lidas. Isso estava matando Marcos. Acostumado a brilhar, e ser a estrela da Consultoria, via nessa rejeição uma tremenda desvalorização dos seus talentos.

Tony, o segurança, não disfarçava sua total indisposição com o novo patrão. Na verdade, não o considerava assim e não perdia a oportunidade de encará-lo com olhar duro, fazendo com que ele sempre baixasse a cabeça, como era de seu feitio ao ser confrontado por um macho. Tentando amenizar o clima, Marcos às vezes esboçava um sorriso e recebia de volta, quando muito, um aceno de cabeça. Numa dessas, percebendo sabe-se lá porque alguma boa vontade no oponente, ensaiou uma tentativa de diálogo. Tony, embora inglês, falava português fluentemente, além de francês e espanhol, habituado que estava a acompanhar Igor pelo mundo.

- Bom dia Tony... Não esperava encontrá-lo em casa... O Igor não viajou? – A voz usada era a mais amigável possível, ao cruzar com o homem emburrado na cozinha.

- Viajou. – Resposta curta e grossa.

- Ah... É que você sempre o acompanha... – O olhar gelado encerraria na hora o diálogo, não tivesse sido continuado pelo próprio autor dele.

- Não estou passando bem, então ele foi com César, o seu “guardião” – o tom irônico acentuou a fala. – Por que, minha presença incomoda? – De irônica, a conversa pareceu se tornar ameaçadora.

- Não... Claro que não... – Marcos já gaguejava, arrependido de ter ido ele mesmo buscar café, em vez de pedir a um dos criados. Pensando em quebrar o clima, ele ainda tenta uma gentileza: - Você aceita um café?

A boa intenção surtiu efeito inverso. O rancor guardado fez com que a gentileza soasse como provocação.

- O que? Tá achando que eu estou “filando” café fora de hora? Nunca ninguém regulou comida aqui nessa casa não. A “esposa” vai impor novas regras?

A agressividade e o cinismo de Tony assustaram Marcos ainda mais. Pra que uma reação dessas?

O nervosinho não parou por aí. Chegando bem perto do grandão, quase cuspindo na sua cara, começou a jogar tudo pra fora:

- Você tá pensando o que? Acha pouco o que já fez? Onde você acha que vou arrumar emprego feito esse? Ganhar bem, viajar pelo mundo, morar nessa mansão e ainda “comer” o chefinho... – Tudo era dito, na verdade, num charmoso sotaque inglês.

O loirão se afastava como podia, até se ver prensado contra a bancada central da enorme cozinha. Encolhido e intimidado já esperava o pior, relembrando atemorizado o seu passado. Claro que o elegante europeu em nada se assemelhava aos seus antigos algozes, mas de fato ele não tinha muito mais a perder. Já havia sido mandado embora mesmo, estava somente cumprindo aviso. Além do mais, Igor, a estas alturas, já voava longe e seu protetor, César, estava com ele.

- Calma Tony... Por favor... – A voz de Marcos se resumia a um fio e o seu temor nem o deixaram registrar com atenção a última frase, “comer o chefinho”. – Olha, eu não tenho culpa, nem sabia que Igor ia te mandar embora...

Caindo em si, o rapaz se afasta, dando as costas à sua vítima, enquanto continua a falar:

- É, tá certo. Você não é totalmente o culpado mesmo. Eu que fui burro. Tanta gente aqui nessa casa me avisou do “rodízio”. Devia ter é me preparado pra hora que meu dia chegasse.

Saindo pela porta afora, sem nem olhar pra trás, o segurança não esperou pela resposta. Aliviado, o empresário sentiu o sangue voltar à face, enquanto as pernas moles não paravam de tremer. Esta tinha sido por pouco. Com o café ainda nas mãos, voltou quase que correndo para o quarto, de onde agora só pretendia sair debaixo das asas de Igor.

A reclusão nem teria sido necessária, e isso Marcos percebeu logo na chegada do amante. Após a discussão, o cara tinha juntado suas coisas e dado o fora, antecipando o fim do seu aviso. Provavelmente caiu em si, e temeu que o loirão fosse se queixar ao “marido”. Tony conhecia bem o patrão, sabia do que ele era capaz quando contrariado.

Quem não gostou nada da novidade foi o poderoso chefão. Ficou realmente irritado com a ausência do empregado, com o qual contava inclusive para a segurança particular do seu frágil companheiro. Como havia sido obrigado a tomar César emprestado, esperava que o outro, ainda que doente, pudesse ficar de olho em casa. Paciência, pelo menos já estava em fase final de contratação do novato.

Por outro lado, a troca inesperada na viagem teve um lado bom. Igor ficou conhecendo, e muito bem, o substituto. A partir daí, decidiu que doravante ele seria o seu acompanhante e o novo funcionário ficaria a cargo de Marcos.

Finalmente, o dia chegou. O ex-consultor (sim, porque a estas alturas ele já podia se considerar um ex em tudo que se referisse a trabalho) relaxava em seu quarto e se assustou quando o interfone tocou. O manda-chuva estava convocando-o ao escritório, no piso inferior da casa, para apresentar seu novo guarda-costas.

Ao ser autorizado a entrar, após bater na porta, Marcos estancou. A boca seca foi acompanhada por um descontrolado tremor, ao ver o homem de costas, conversando já de pé com seu companheiro. Baixinho, negro, veias saltadas nos braços, pernas afastadas numa postura arrogante.

Não, não pode ser! As palavras começaram a pular inquietas em sua mente atordoada. Só faltava essa, Clayton provavelmente tinha armado algum truque, e conseguido se empregar na casa. Não seria nada demais para ele fazer isso, afinal de contas foi dessa forma que conseguiu se aproximar do empresário, a partir de um engenhoso truque para ser admitido no escritório. E agora? Devia ter contado tudo para Igor, isso teria evitado o confronto que estava prestes a acontecer... – Pensava, já em desespero, aquele homem tão grande quanto ingênuo.

O doce loirão mal sabia o que ainda o aguardava nessa aventura.


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Comentários

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Igor, de príncipe do cavalo branco, pra vilão da limusine! OBS: Curto o Tony UHAUHAHUSUHS

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NÃO ACREDITO! Por essa não esperava, mas adorei! O que será que Clayton pretende fazer com Marcos? 10!

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Não acredito! Por favor, não! Rs. Excitante. Mas morrendo de dor do Marcos. Deus, ele não tem paz. :s

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