A COLECIONADORA – ÚLTIMO CAPÍTULO

Um conto erótico de KRÉU
Categoria: Heterossexual
Data: 27/07/2014 23:05:22

Continuação do capítulo 17

Na manhã seguinte, logo cedo, o padre José foi ao entreposto e pediu uma latinha de vaselina para Muhammed alegando estar com assaduras nas pernas e depois foi ao encontro de Nekeyô. De lá seguiram para as carnaubeiras e só voltaram quase na hora do almoço. O infeliz do padre voltou alegre e sorridente. Parece que se adaptou bem à bitola de Nekeyô e aproveitou bastante do tronco do escravo. Eu havia resolvido não fazer festa, apenas a cerimônia religiosa e um almoço ao ar livre para todo mundo, menos minha mãe e Cazú que iriam permanecer acorrentados pelos motivos que vocês já conhecem. Até as putas viriam almoçar conosco. É claro que na mesa em que eu e meu esposo iríamos almoçar somente o padre José e Armond e sua esposa Benta se sentariam conosco. O restante do pessoal almoçaria em duas longas mesas que estavam sendo feitas para tal. Mandei que fizessem vestidos novos para aquelas que seriam as noivas e Armond orientou que os soldados se vestissem com seus melhores uniformes. Finalmente o grande dia chegou e não fosse a chatice daquela lenga-lenga interminável da missa rezada em latim, o dia teria sido perfeito. Já a noite de núpcias, que decepção! Arbab que me parecera uma garanhão árabe, digo libanês, estava mais para uma égua do que para garanhão. Arbab não foi capaz de me “preparar” para o coito. Sabe? Preliminares que deixam a mulher enlouquecida. Foi direto para os finalmentes só pensando na penetração. Porra, eu que conservara minha virgindade vaginal sonhando um conto de fadas, praticamente foi estuprada, já que ele me vendo nua atirou-se sobre mim e foi metendo direto. Doeu demais!! A penetração e o rompimento do hímen se deram em uma única estocada e depois de mais umas duas ou três, quatro estocadas, no máximo, quando minha vagina começava a gostar e a ficar molhadinha, o libanês safado gozou feito um burro faminto. Depois? Bem, depois ele virou de lado e dormiu. Ainda tentei estimulá-lo, mas Arbab apenas resmungou:

— Arbab cansada missa demorada, casamento, vinho... Arbab levanta ceda amanhã...

“ARRE! Ele não gosta mesmo de mulher. Ah seu eu pudesse correr para o Armond... Mas ele tá com Benta! Abakada está deflorando Akula... Já sei! Vou lá no entreposto! Ah! Não dá! Hoje é o Salim que está dormindo lá! Vou ter que esperar até amanhã, não tem jeito. Quem deve estar se esbaldando é o padre José. Também, uma noite inteirinha com o Tomé!”

Na manhã seguinte, Arbab tomou café e apressado falou:

— Vamos padre José! Viagem até engenho da coronel leva três dias. Salim e Youssef prontas esperando Arbab!

— Calma Arbab! Você não acha que devemos conversar sobre ontem à noite? Sinceramente... Esperava mais de você como homem. Fiquei decepcionada!

— Arbab não acostumada ficar com mulher noite inteira. Arbab...

— Já sei. Arbab “acostumada” dormir com Salim e Youssef, não é? Arbab gosta mais de dormir com homens!

— Arbab... Não sabe o que dizer...

— Não precisa dizer nada Arbab. Você vai continuar com seus “empregados”, mas eu vou viver do jeito que eu quiser. Terei quantos homens quiser e colecionar cada um deles como meus objetos de satisfação sexual. Você continuará sendo meu “marida” só pelas aparências, mas você vai viver viajando. Deixe o Mohammed como responsável pelo entreposto e vá viajar. Quanto mais tempo passar viajando, melhor. Agora vá e demore bastante. Lá do engenho do coronel siga para mais longe possível e só apareça aqui depois de um mês. Boa viagem!

Graças a Deus eles partiram. Eu já não aguentava mais ouvir a voz do padre e tampouco de Arbab. Estava enfurecida, muito enfurecida com ele, mas acho até que foi melhor assim. Esperei um pouco, afinal era domingo e o dia estava lindo.

— TOMÉ!

— Sinhá chamou?

— Chamei. Abakada já levantou?

— Inté gorinha não. Também... Akula gritou a noite inteirinha... Tão dormindo ainda.

— Tá bom! Vá ao entreposto e veja se Mohammed está lá. Diga pra ele vir aqui falar comigo e você sele dois cavalos para mim.

Fui ao meu quarto e troquei de roupa. Vesti apenas um par de ceroulas e coloquei uma saia por cima. Vesti uma brusa de mangas compridas aberta na frente, deixando o decote bem aberto; peguei o chapéu e minha sacola de palha onde coloquei toalha de banho, sabonete, escova de cabelo e a vaselina. Claro que não esqueci do cinto de munição e das duas garruchas. Quando voltei à varanda, encontrei Mohammed e Tomé me esperando.

— Mohammed você trancou o entreposto?

— Tranquei sim senhorita Astrid.

— Ótimo! Tomé quero que mande as mucamas prepararem um almoço bem gostoso e você vai levar pra mim na Cachoeira quando for meio dia. Mas, antes, fale com o soldado Cristiano que depois do jantar eu quero falar com ele no meu escritório.

—Sim Sinhá! Pode deixar!

— Vamos Mohammed! A cavalgada é longa.

Saímos em disparada e depois de mais de meia hora chegamos ao planalto. Durante o percurso, mal nos falamos, apenas trocamos desafios no galope, forçando nossas montarias ao máximo.

— Senhorita Astrid isso aqui é deslumbrante! Que visão magnífica!

— Você ainda não viu nada! Daqui a pouco... Ouve? É o som da cachoeira.

Logo avistamos a queda d’água maravilhosa. Os olhos de Mohammed brilhavam ante tanta beleza natural.

—Por Alá! Isso aqui é o paraíso!

—Aquele habitado por Adão e Eva, Mohammed?

— Sim. É verdade!

— Então sejamos Adão e Eva no paraíso.

Desmontei seguida de Mohammed que levou as montarias e as soltou para beber água. Os pobres coitados dos cavalos estavam exaustos.

— Venha Mohammed! Vamos deixar nossas roupas aqui em cima dessa pedra.

Ao lado, estendi a toalha e nela coloquei minhas armas, o chapéu, a escova de cabelo, o sabonete e a vaselina. Ele tirou a camisa e as botas.

— Tire a calça e as ceroulas Mohammed. Hoje você vai ser o meu Adão e eu serei a Eva que comeu do fruto proibido.

— Mas a senhorita... Senhora casou ontem...

— Casei com um homem que gosta de levar vara tanto quanto eu. Eu quero homem que me satisfaça de verdade. Vamos, dispa-se e venha me consolar de uma noite trágica.

Enquanto eu falava, me desfazia da saia e da blusa, me mostrando em toda plenitude dos meus 20 anos, completamente nua e sequiosa de prazer. Mohammed tirou as calças e as ceroulas e seu pau despontou duro, ereto como mastro de navio apontando para cima. Moreno de cabeça meio roxa, grosso, retilíneo e grande. Não tão grande como o Abakada e nem tão grosso quanto o do Nekeyô, mas suficientemente grande e grosso para me encher, literalmente, de prazer. Deitei-me de costas e o esperei. Ao contrário do maldito do meu marido, Mohammed começou um ritual árabe de preparação que me deixou enlouquecida, implorando que me penetrasse, mas ele indiferente aos meus gritos e apelos me fez gozar várias vezes usando apenas as mãos e a boca. Depois sentou-se sobre meu abdômen e me ofereceu seu suculento néctar das arábias que fluía lentamente do seu majestoso e quentíssimo pau. Mal o coloquei na boca e comecei a sorver aquele agridoce suco, Mohammed gritou:

— Que Allah seja louvado!

Em seguida o jovem árabe gozou em minha boca com fartura e eu meio que anestesiada por tanto prazer e excitação sorvi seu esperma grosso e quente como uma menina faminta. O saco grande e quente jazia sobre meus seios e seus pentelhos fartos me excitavam a cada movimento. Tive vontade de devorar aquilo em minha boca, mastigar seus testículos e engolir tudo de uma só vez, mas só consegui sussurrar baixinho:

— Me penetre Mohammed! Por favor... Me faça mulher de verdade…

Mohammed deslizou para baixo e mamou em meus seios doloridos enquanto com os joelhos abria minhas pernas e ajeitava sua esfinge egípcia em minha vagina suculenta. Quando começou a me penetrar eu comecei a gozar. Queria que metesse logo, mas ele pacientemente empurrava lentamente, tão lenta quanto a correnteza do Rio Nilo: Calma e serena. Ao passar pelo hímen mal e recentemente rompido, sua glande grossa e larga causou-me dor, mas que santa dor! A dor da posse, da subjugação, da submissão da fêmea sob o domínio sexual do seu macho. Meus orgasmos se sucediam e eu entregue totalmente ao senhor do prazer, doava-me por inteiro. Queria, agora, eu própria ser devorada por aquele macho também sequioso de prazer e cheio de virilidade. Oh Deus! Obrigada por me fazer mulher! Por eu ter nascido fêmea! Nossos corpos se uniam e se entrelaçavam como duas cobras em luta de morte, só que nossa luta era luta de prazer, de emoção, de luxúria e de lascívia. Quando Mohammed gozou novamente, tivemos alguns momentos de paz e serenidade. Depois tudo começou novamente e de novo e novamente, até que ele saindo de mi, virou-me de bruços e repetiu o ato anterior, agora no ânus. Desta vez sua faceta animal apareceu e ele estocou com força e voracidade. Gemi, gritei e também gozei feito louca quando ele finalmente gozou. Esgotados, nos deixamos ficar ali simplesmente descansando. Depois fomos para a cachoeira refazer nossas energias. As horas passaram e estávamos ainda nus brincando dentro d’água quando ouvimos Tomé me gritar. Ele trazia nossos almoços. Mandei que Mohammed se escondesse atrás das pedras e fiquei dentro d’água.

—TOMÉ! Estou aqui na cachoeira! Deixe o almoço aí perto das minhas roupas e pode ir embora!

—SIM SINHÁ!

Almoçamos e ficamos mais umas duas horas fazendo amor de todas as formas, até que resolvemos voltar para o engenho. Com Mohammed aquela foi a primeira de muitas outras vezes que se repetiram ou no entreposto ou no meu quarto ou na própria cachoeira. Em casa, descansei até a hora do jantar. Quando terminei de jantar, o soldado português Cristiano já me esperava na varanda. Deixei-o esperando lá por mais uma meia hora e depois mandei que Tomé o conduzisse ao meu escritório. Tomei um licor e mandei que Tomé levasse uma garrafa de vinho para meu quarto e avisei:

—Depois que eu for dormir, não quero ser perturbada.

Minha vagina estava inchada, mas ainda faminta; meu cu ardia, mas pedia por mais; eu estava saciada. Não! Não estava saciada, queria mais vara, queria mais macho e esse vai ser de uma casa portuguesa, com certeza! Pensando nisso, fui para o escritório. Cristiano logo que me viu entrar, levantou-se respeitoso e tirando o chapéu me cumprimentou:

—Boa noite senhora Astrid!

—Se a minha noite será boa, você é quem dirá. Tomou o licor?

—Oh! Sim! Muito boa qualidade.

—Melhor ainda é o vinho que iremos tomar. Me acompanhe!

Levei-o para meu quarto e quando entramos ele entendeu a situação:

—Mas senhora…

—Cristiano, sem esse “mas…” Tire suas roupas. Por essa noite você será meu marido. Faça comigo o que faria com uma mulher sedenta de sexo. Tome uma taça de vinho.

O resto vocês podem imaginar. Felação, trepação, chupação, orgasmos e mais orgasmos.

No dia seguinte, segunda feira, dia de trabalho. Reassumi minha função de dona de engenho até a hora do almoço e depois, dormi a tarde inteira, afinal não sou de ferro. Acordei quando o sol já estava se pondo. Esperei pelo jantar e depois do jantar, antes de sairmos da mesa falei para o meu capataz Armond na frente de Benta, sua esposa, Abakada e Akula e de Tomé que me faziam companhia no jantar:

—Armond hoje você vai dormir comigo em meu quarto.

A surpresa foi geral. Todos me olharam espantados. Foi Benta, a esposa de Armond quem falou primeiro:

—Mas sinhá… Ele é meu… E eu vou dormir sozinha?

—Não Benta! Tomé vai dormir com você!

Armond ia se levantando para protestar, mas o impedi.

—Lembrem-se que vocês são minha propriedade. Se eu quiser posso vender qualquer uma das minhas escravas e aí acaba casamento. Amanhã Tomé vai dormir com Akula e Abakada vai dormir comigo; depois de amanhã Tomé dormirá comigo. Isso vai ser assim todos os dias, menos quando eu trouxer algum soldado ou um escravo lá da senzala, estamos entendidos? Vamos Armond!

A partir daquele dia, todas as noites eu sempre tinha um macho diferente na minha cama me satisfazendo e saciando minha volúpia, até que resolvi dar uma chance ao Nekeyô. Logo entendi porque minha mãe e o padre José ficaram enfeitiçados pelo velho escravo gorducho e baixinho. O negro era demais. Sua vara ou tora negra, grossona como baiacu, grande e macia como espuma e incansável, me levou ao desespero e à loucura sexual. Já não me contentava com as noites. Várias vezes entrávamos pela manhã do dia seguinte em nossos embates de sexo. Numa das vezes, o esforço dele foi tamanho que o seu velho e cansado coração não resistiu. Fiquei de luto declarado e por dois dias não recebi homens na minha cama, mas depois tudo voltou ao normal e o revezamento se dava a cada noite. Tomé, Armond, Abakada, Mohammed, Cristiano ou outro soldado ou então um ou outro escravo e assim a vida seguiu até que os portugueses chegaram e expulsaram Maurício de Nassau e recuperaram seus engenhos. Mas isto é outra história...

Fim!


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Comentários

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08/08/2015 13:02:06
Toda esta saga é fabulosa, muito bem escrita. Revela o talento de um escritor. Acabarei por ler todos seus contos, por mais extensos que sejam. Parabéns! Gostei de ler. E guardar para reler mais tarde. (Será que algum dos Amigos tem o texto "A COLECIONADORA – CAPÍTULO 1" guardado? Seria tão amável que pudesse enviá-lo para o meu e-mail: ? Fico muito grato. Yorg
28/07/2014 07:46:11
Posso estar enganado ou essa história não teve o 1º capítulo? Como leio as sequências só quando o último capítulo é publicado (muitos não terminam), gostei muito, mas não encontrei o primeiro capítulo.
28/07/2014 07:25:17
Ótima saga, agradeço imensamente Comentar ou elogiar os contos por você escritos, torna-se difícil, pois nos faltam adjetivos! Só posso dizer sou e serei sua eterna admiradora!
28/07/2014 03:27:55
Perfeito essa historia,otima...melhoras...


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