Closer - parte 5
(A vida é uma pedra de amolar, ela nos desgasta ou afina, conforme o metal que somos. #Bernard Shaw)
Continuando...
Quase não encontrei o que responder, preferi por um breve instante evitar o olhar dela que estava em minha direção, procurando examinar minhas unhas. Fez-se um silêncio repentino que obrigou-nos a nos entreolharmos e pude assim perceber seu completo desagrado com tal possibilidade. – Acho melhor não. – Finalmente respondi com a duvida se eu não estaria sendo atirada aos lobos, ou melhor, à “loba”.
- Que isso minha filha adoraríamos recebe-lo para o jantar não é Laura? – a esposa apenas consentiu com a cabeça e eu não tive outara alternativa. – Ok, tio vou convidá-lo, vou ligar pra ele agora. – Forcei um sorriso ao responder olhei pra ela, porém ela não me encarava, levantou-se e foi para o quarto com a desculpa de guardar as peças de roupa que estavam em suas mãos, levantei-me logo em seguida dizendo que me esqueci de lhe falar algo importante, dona Laura disse que iria cuidar do jantar e o pai foi tomar banho e descansar.
Ao entrar no quarto fechei a porta atrás de mim e disse “Oi”, mas ela não se virou para mim. – Eu gostaria de saber o que dizer. – Comecei e me odiei com o próprio tom de culpa que transpareceu em minha voz. – Não tinha o que fazer é seu pai, eu diria o quê a ele?! – Ela ergueu a mão em sinal de negação. – Olha não precisa dizer e nem explicar nada está bem?! – Disse isso com certa tristeza que fez meus olhos marejarem, ainda não tínhamos conversado sobre nada, existiam muitas indagações, decisões e não era de uma hora para outra que haveríamos de resolvê-las. – Olha, só pra você saber, você é bem mais bonita que ele! – Disse isso em tom de brincadeira e já estando ao lado dela, e ao mesmo tempo dando um leve esbarrão em seu ombro esquerdo, pude vê-la esboçar um pequeno sorriso. Ficamos quietas e por alguns momentos nenhuma de nós disse qualquer palavra.
- Eu te amo! – Soltei sem pensar e ela virou-se para mim atônita e depois ficou estática, era a primeira vez que dizia isso a ela por iniciativa própria e com todo o peso e significado real dessas palavras, palavras cheias de verdades, meu coração a está altura já estava mais do quê acelerado e sem dizer mais nada me aproximei e peguei suas mãos e beijei-as antes de repetir. – É isso mesmo, amo-te muito! – Falei com os olhos fixos nos dela e então, enlacei sua cintura e a trouxe para mais perto de mim, fechei os olhos e desci meus lábios sobre os dela em um beijo suave, nos beijamos por alguns minutos esquecidas do mundo a nossa volta, nos separamos ao ouvir um barulho de panelas vindo da cozinha, nos soltamos e rimos de mais um susto, temos que parar de nos arriscar, pensei comigo mesma. As horas passaram e jantamos somente os quatro, graças a Deus o Beto não pode vir.
A semana se passou sem que tivéssemos oportunidade de ficarmos juntas ou mesmo de conversarmos sobre o assunto, não conseguir passar tanto tempo enrolando o Beto e inventando desculpas para não leva-lo mais em casa, mas também não conseguia terminar com ele, os dias foram passando e os pais dela voltaram para a casa deles, voltamos a namorar escondidas, e assim, mais três meses se passaram nessa confusão, ela brigava bastante comigo por eu não resolver essa situação, a cada dia que passava mais enrolada eu ficava, até que o Beto me apronta uma.
Levou-me ao cinema, depois para jantar e quando foi me deixar em casa já na sala de estar ele se ajoelhou, pegou uma caixinha do bolso e fez o grande pedido. - Você quer casar comigo? – Se tivesse sido ensaiado não teria acontecido do jeito que aconteceu, foi ele pedir e ela varou porta adentro, fiquei pasma e sem reação imediata, olhava pra ele e dele pra ela. – Olha será que dá ao menos pra dizer não, pra eu não ficar tão sem graça??
Continua......
Bom, galera é isso aí... Por hoje é só, mas amanhã talvez tenha mais. Muito obrigada pelos comentários e as meninas que apenas leem e que me procuraram, valeu por estar acompanhando, qualquer duvida é só perguntar, beijinhos lindas. :* :*