Primeiro Amor XXII - Segunda Chance - Parte 1

Um conto erótico de Nina M
Categoria: Heterossexual
Data: 05/06/2014 01:03:28
Última revisão: 28/03/2019 01:08:51

“Não é que você é algo para admirar

Porque o seu brilho é algo como um espelho

E eu não posso deixar de reparar

Você reflete neste meu coração

Se você um dia se sentir sozinha e

A luz intensa tornar difícil me encontrar

Saiba apenas que eu estou sempre

Paralelamente do outro lado

*

*

Porque com a sua mão na minha mão

E um bolso cheio de alma

Posso dizer que não há lugar aonde não podemos ir

Apenas ponha a sua mão no vidro

Estarei aqui tentando puxar você

Você só tem de ser forte

*

*

Porque eu não quero perder você agora

Estou olhando bem para a minha outra metade

O vazio que se instalou em meu coração

É um espaço que agora você guarda

Mostre-me como lutar pelo momento de agora

E eu vou lhe dizer, baby, isso foi fácil

Voltar para você uma vez que entendi

Que você estava aqui o tempo todo

*

*

É como se você fosse o meu espelho

Meu espelho olhando de volta para mim

Eu não poderia ficar maior

Com mais ninguém ao meu lado

E agora está claro como esta promessa

Que estamos fazendo

Dois reflexos em um

Porque é como se você fosse o meu espelho

Meu espelho olhando de volta para mim

Olhando de volta para mim

*

*

Você é especial, original

Porque não parece assim tão simples

E eu não posso deixar olhar, porque

Vejo a verdade em algum lugar nos seus olhos

Nunca poderei mudar sem você

Você me reflete, amo isso em você

E, se eu pudesse, eu

Olharia para nós o tempo todo

*

*

Ontem é história

E amanhã é um mistério

Posso ver você olhando de volta para mim

Mantenha seus olhos em mim

Mantenha seus olhos em mim

*

*

Você é, você é o amor da minha vida

Você é, você é o amor da minha vida

Baby, você é a inspiração para esta preciosa canção

E só quero ver o seu rosto se iluminar quando você me despertar

Então agora digo adeus ao velho eu, ele já foi embora

E não posso esperar, esperar para levar você para casa

Só para lhe contar, você é

*

*

Você é, você é o amor da minha vida

Você é, você é o amor da minha vida

Você é, você é o amor da minha vida

*

*

Garota você é o meu reflexo, tudo o que vejo é você

Meu reflexo, em tudo o que faço

Você é o meu reflexo e tudo o que vejo é você

Meu reflexo, em tudo o que faço

*

*

Você é, você é o amor da minha vida

Você é, você é o amor da minha vida

Você é, você é o amor da minha vida”

___________________________________________

/>

*

*

Semanas mais tarde, ainda lembrava de todo o acontecido. Com tristeza, lembrou-se de todas as palavras ditas, do comentário maldoso sobre a conveniência da união.

Os dias se arrastavam sem conseguir tirar da cabeça o desastroso término. Nos fins de semana, dedicava-se a fazer as tarefas domésticas, algo que não gostava e não fazia antes, sua mãe e irmã ficaram até surpresas. Durante a semana, bloqueava as recordações mergulhando no trabalho. Mas à noite, atormentada pelas memórias do amor mágico e selvagem, abraçava-se ao travesseiro e chorava.

Nesse período, a amizade aos poucos voltava com o Eduardo. Cada dia mais se entendiam. Ele evitava tocá-la ou dizer algo, mas ela sabia o quanto ele a desejava e queria. A cada olhar, um toque distraído, a fazia questionar sobre se deveria dá uma chance. Apesar de ter quase certeza que não era uma boa tentar se envolver com ele novamente; não por medo, mas sim por prevenção.

Entretanto, a cada dia que se encontravam o sentimento ressurgia. Ele a fazia sentir uma mulher com emoções, vontade, necessidade física, desejo.

Ela respirou fundo ao relembrar do último beijo.

Não importa; a coisa certa a fazer era afastá-lo de vez pensou Nicole.

Mas, se era esse o caso, por que só a ideia de fazê-lo se afastar a fazia sentir-se mal?

*

*

*

*

*

Depois de quatro meses do desastroso fim de namoro com Bruno, finalmente aceitou a saída para o happy hour com os funcionários da empresa onde trabalhava.

-Você se importa se eu for junto? - perguntou Eduardo.

Ela o olhou antes de responder.

-E você se importa?

Ele colocou as mãos sobre a mesa.

-Claro que não. E, de qualquer forma, gostaria de passar algum tempo com você.

Ela mordeu os lábios.

-Por quê?

Ele tentou não se concentrar na boca de Nicole, e assim olhou diretamente para os olhos dela.

-Porque tenho trabalhado muito ultimamente e essa é a primeira oportunidade que tenho para dedicar um tempo para mim. E porque, realmente, gosto da sua companhia.

O sorriso que ela deu foi discreto, mas ele sabia ser sincero.

-Obrigada.

-Então - disse ele calmamente - posso ir?

Houve um minuto de silêncio até Nicole responder:

-Sim.

*

*

*

*

*

-Eu posso te dar uma carona até sua casa antes de irmos ao barzinho. O que acha? - perguntou Eduardo assim que acabou o expediente.

-Tudo bem.

-Você se importa de caminharmos um pouco antes de levá-la?

Nicole só meneou a cabeça.

Começaram a passear na ponte construída em frente a praia. Na hora o sol começava a se pôr, enquanto as ondas quebravam na faixa de areia.

-Oh, meu Deus, isso é simplesmente lindo!

-É mesmo. - disse Eduardo enquanto a olhava.

Na hora Nicole ficou desconcertada e voltou a olha o mar.

-Já são 17:45hs - disse ele. - O que você acha de eu levá-la em casa para se trocar e nos encontrarmos daqui a 30 minutos?

Nicole olhou para Eduardo.

-Eduardo, obrigada, mas estou acostumada a pegar o ônibus para ir a qualquer lugar. - Nicole rejeitou graciosamente.

-Tenho certeza disso, mas não tenho nada para fazer agora.

Nicole balançou a cabeça com um sorriso tímido.

-Queria saber quando vai entender que não concordei em comer com você e sim sair com todos para happy hour.

Ele sorriu.

-Mas você concordou. Foi nosso acordo, lembra-se?

Nicole arqueou uma sobrancelha enquanto caminhavam pela calçada.

-Que acordo?

-Você não lembra?

Ela olhou para ele de forma interrogativa.

-Não, não lembro.

-Então você deve estar tendo um lapso de memória.

-Não, acho que não - disse Nicole, gostando dessa camaradagem entre os dois. - Tenho 23 anos e sou jovem demais para ter lapsos de memória.

-Nem tanto - disse ele, implicando com ela. - Tenho 31, mas costumava...

-Ei, Eduardo! Espera aí!

Eduardo e Nicole pararam de caminhar ao ouvirem alguém chamando por ele. Eles se viraram e viram uma mulher, que parecia ter quase a idade de Eduardo, com roupas esportivas.

-Ei, Edu, onde você tem se escondido? - a mulher perguntou para Eduardo quando ela finalmente os alcançou e os dois trocaram um beijo no rosto. - Faz séculos que não o vejo.

-O trabalho tem me mantido ocupado. - E então ele olhou para Nicole. - Nicole, quero que você conheça uma amiga minha da faculdade, Emília. Emília, esta é Nicole.

Nicole aceitou a mão da mulher.

-Prazer. - falou Nicole que imediatamente sentiu uma frieza no aperto de mão dela.

-Prazer também.

A mulher logo se virou, voltando a falar com Eduardo e dando as costas para Nicole.

-Precisamos marcar uma saída, como antigamente...

-Infelizmente não posso.

-Você não está ocupado demais para se divertir, certo?

Respirando fundo, Nicole engoliu a raiva.

Eduardo, sentindo que Nicole queria fugir, colocou a mão na cintura dela e puxou-a para mais perto dele.

Ela podia sentir a frieza na voz dele quando disse:

-Sim, estou. Estou tentando conquistar essa linda mulher. E como sou inteligente, uso meu tempo para conquistá-la. E é o que eu estou tentando fazer Emília. Deseje-me sorte.

Nicole pôde sentir que o comentário de Eduardo deixara a mulher sem palavras.

-Bem, acho melhor voltar a minha corrida. Mande lembranças a sua família - disse Emília antes de voltar a correr, sem olhar para trás.

Nicole olhou para Eduardo.

-Por que você deu a impressão de que estávamos tendo um envolvimento?

De repente ele deu aquele sorriso de canto de boca que ela amava.

-Incomoda você?

-Claro. Não sou um dos seus casos - disse ela com calma.

-Nunca quis que fosse um caso.

Eles voltaram a caminhar e nenhum deles falou por um tempo. Nicole, então, decidiu quebrar o silêncio, e olhou para ele:

-Você não disse por que fez isso.

Eduardo suspirou. Só não queria deixar que Emília pensasse que suas intenções em relação a Nicole, não eram sérias, porque estava muito longe da verdade. Na verdade queria que todos soubessem o que sentia por ela. E isso, concluiu ele, era o xis do problema.

-Emília iria tirar suas conclusões sem que eu dissesse nada. Você é uma mulher linda e me considero um cara nada feio, então, o mais natural é que as pessoas pensem que somos um casal.

-E isso não incomoda você?

-Não, mas claramente incomoda você. Aprendi Nicole, a não me preocupar com que os outros pensam.

Nicole parou de caminhar e apertou de modo firme o braço de Eduardo.

-Fui criada para me preocupar com o que os outros pensam ou falam de mim.

Eduardo balançou a cabeça.

-Nesse caso, hoje, nesse momento por que se importa tanto?

-Porque não somos um casal.

Ele sorriu.

-Ainda não.

Ela não conseguiu evitar o riso. E naquele momento sentiu algo novo surgindo entre eles.

-Fala sério.

-Estou falando. Gosto de você.

*

*

*

*

*

Eles voltaram a se encontrar no barzinho junto aos outros funcionários.

Na hora que chegaram Eduardo pediu uma bebida para os dois. Nicole, que estava com sede, deu um longo gole e lambeu os lábios. Nesse momento, uma onda de desejo atingiu Eduardo, que tentou desviar o olhar e assim se controlar.

-Esta ai? – falou Nicole enquanto estralava os dedos em frente ao rosto dele.

-Como?

Ela sorriu.

-Você parecia distraído.

-Impressão sua - ele sorriu tentando desviar o assunto de sua distração.

Nicole bebeu mais um pouco e perguntou:

-Quantos anos você tinha quando começou a empresa?

Ele sorriu, lembrando-se daquele tempo.

-Tinha 22 quando comecei. Eu e outros amigos da faculdade, trabalhamos duro até chegar onde chegamos.

Então, a garçonete voltou, para anotar o pedido deles e dos outros a mesa.

-Não me lembro da última vez em que sai para me distrair assim. Geralmente estou tão ocupado...

Nicole pareceu surpresa.

-Você está brincando?!

-Claro que não. Trabalhei muito duro e só agora estamos obtendo os frutos de tanto trabalho.

-Eu amo isso. Ter pessoas ao meu lado e escutá-las. Gosto de observá-las e tentar entendê-las. Gosto de rir mesmo das piadas sem graça. E ao mesmo tempo amo esta em casa de pernas para o ar sem nada para fazer.

Eduardo engoliu em seco. Ele imaginava Nicole indo para casa depois de um dia longo e exaustivo, despindo-se lentamente... Eduardo ao ver o rumo que tomava seus pensamentos, tentou reprimi-los.

-Na volta irei de táxi assim você não precisa desviar de seu caminho.

Eduardo a olhou.

-Você conheceu minha mãe no passado, não? - perguntou ele, a olhando bem dentro dos olhos.

O olhar dele a enfeitiçava. Droga, pensou Nicole.

-Sim. Por quê?

-Ela tem uma característica única que talvez você não tenha percebido na hora, mas de todos os filhos, fui eu quem mais puxou tal característica.

Interessada, Nicole perguntou:

-E que característica é essa?

-Teimosia.

-Ah - disse Nicole rindo - e se eu disser que posso ser tão teimosa quanto você e ela juntos?

Ele examinou-a por um instante e depois sorriu.

-A única coisa que posso dizer é que com certeza o embate entre nós seria no mínimo interessante.

*

*

*

*

*

-Tudo bem, admito a derrota.

-Fala sério, Nic. Realmente achou que a deixaria perambulando pelas ruas a essa hora?

-Não vejo por que não, sempre faço isso.

Quando ele parou em frente a casa, ela disse:

-Não precisa me levar até a porta.

Uma parte dele desejou saber se era por que ela se sentia envergonhada ao ser vista ao lado dele, o que o incomodou muito. Ele tirou o cinto de segurança, curvou o corpo e colocou a mão no rosto dela.

-Sinto muito, mas não existe a menor possibilidade de deixá-la no meio do caminho.

-Obrigada. Não queria fazê-lo sair do carro. - ela sorriu para ele.

Ficou aliviado em saber que ela não se sentia desconcertada em ser vista com ele. No entanto, conseguia sentir o nervosismo dela ao tocá-la. Sentiu um desejo louco de beijá-la na hora. Será que ela responderia ao beijo ou o rejeitaria? Só havia uma maneira de descobrir.

-Obrigada - disse ela quando Eduardo abriu a porta do carro e estendia a mão para ajudá-la.

Seu coração vibrou na hora em que as mãos se tocaram.

Ele continuou a segurar sua mão enquanto caminhavam até a porta de casa. Ao abrir a porta, ela limpou a garganta.

-Obrigada novamente, Eduardo. A noite foi maravilhosa.

-Também acho.

-Bom... Tchau.

-Você janta comigo amanhã à noite?

Ela piscou.

-Jantar?

-Sim. Jantar. Amanhã à noite.

Nicole suspirou. O que ela podia responder? Ainda tinha dúvidas se valeria a pena tentar novamente.

-Nicole?

Ela olhou para ele.

-Você vai jantar comigo?

-Podemos entrar? Acho que estamos chamando atenção.

Eduardo olhou em volta, e viu alguns vizinhos os olhando curiosos.

-Tudo bem.

-Aceita alguma coisa para beber?

Ele encostou-se contra a porta.

-Não, obrigado. Pode responder a minha pergunta sobre o jantar.

Nicole apertou as mãos nervosas. Enquanto passava a língua nos lábios.

-Não faça isso.

-O quê?

-Lamber os lábios assim. Você fez isso várias vezes hoje e em todas as vezes eu tive vontade de substituir sua língua pela minha. Agora mesmo, estou me segurando para não fazer isso.

O coração dela disparou ao ouvir tais palavras e por força do hábito, voltou a lamber os lábios, e quando percebeu, disse rapidamente:

-Oops. Não tive a intenção.

Os olhos dele ficaram colados no rosto dela.

-Tarde demais. - ele se afastou da porta lentamente e se aproximou até ficarem frente a frente. - Estou louco para beijá-la.

Era loucura, pensou Nicole quando o viu diminuir a distancia entre eles. Tentou na hora fazer uma lista de todos os motivos que a levavam a não querer se envolver com ele novamente, mas nesse exato momento a única coisa que pensava era beijá-lo logo.

Bruno baixou a cabeça e ambos fecharam os olhos enquanto os lábios se aproximavam. Expressavam no beijo todas as emoções reprimidas há semanas.

Ele amava os lábios dela, cheios e tão lindamente desenhados, e amava mais ainda o sabor único que ela tinha.

Nicole ficou, sem ar, de pernas bambas, gemendo alto, com o beijo que agora se intensificava.

Tentou lembrar-se novamente de que não deveria ceder assim. Entretanto nesse exato momento a única coisa em que pensava era o qual excitada estava naquele momento.

Lentamente ele afastou-se.

-Esse - disse ele roucamente - foi meu quarto.

-Seu quarto o quê? - ela perguntou com um sussurro.

-Meu quarto beijo de verdade. O meu primeiro e meu segundo foi anos atrás com você. O meu terceiro foi o que roubei de você semanas atrás. Nunca me entreguei tanto a uma mulher quanto me entrego a você Nic.

Ele levantou o queixo dela com a ponta de um dedo.

-Você é linda.

Ele curvou-se e beijou os lábios dela novamente.

-Responda a pergunta que fiz antes.

-Que pergunta.

-Janta comigo amanhã?

Nicole soltou a respiração antes de responder.

-Sim.


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Comentários

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  • Desejo receber um e-mail quando um novo comentario for feito neste conto.
28/06/2014 14:08:33
será q vc dará uma chance de novo?
17/06/2014 20:43:20
Nossa sua historia e fantastica posta continuação por favor to mto curiosa
07/06/2014 20:55:48
Legal o seu conto, você tem talento para escrever beijos.
05/06/2014 23:33:46
Amo que amo.
05/06/2014 09:18:42
Ain que lindo *-*
05/06/2014 09:17:19
não demore tanto!!! 10 claro...
05/06/2014 08:07:05
Divino
05/06/2014 01:32:26
Amei, é unica palavra que tenho a declarar!!!!!postei um capitulo hoje viu linda, bejkas!!!!


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