Eu não sou gay,eu só me apaixonei por outro cara! (História Real) 23
Senti meu celular vibrando no bolso da calça, peguei ele e era uma mensagem do Rafael dizendo que ia me buscar, mas que ia demorar um pouco. Respondi dizendo que não tinha problema.
A aula passou muito rápido, a galera foi saindo e eu fiquei por último, guardei minha coisas e fui saindo. No corredor tinha poucas pessoas e o Rodrigo encostado na parede perto da escada. Ele me olhava e na hora senti minhas pernas ficarem moles. Dei uma parada, respirei fundo e disse pra mim mesmo que eu não era nenhuma garotinha que quinze anos pra ficar assim quando via o garoto popular da escola. Voltei a andar em direção a escada até que ele ficou na minha frente.
— Bora conversar Vinícius, por favor!
— Rodrigo, não vai adiantar em nada a gente conversar. Tu vais dizer que me ama e eu vou dizer que não gosto de ti e não vai sair disso, bora continuar como a gente tava, na amizade mesmo.
— Tu percebeu que toda vez que tu fala de mim tu diz que não gosta de mim e não que não me ama?
Passei a mão pelo meu rosto e fiquei olhando pra ele que não tirava os olhos de mim.
— Me responde uma coisa? — ele perguntou.
— O que?
— Tu faria isso que tu fez, contar pro teu pai que é gay por mim, assim como tu fez pelo Príncipe?
— Eu não fiz isso pelo Príncipe, eu fiz isso por mim!
— Tu não respondeu, faria? — ele chegou mais perto — Faria?
— Não, por ti não!
Ele não disse mais nada, só virou e começou a descer a escada. Juro que pensei em ir atrás dele, não pra dizer que eu gostava dele, mas porque eu não gostava de ver ele triste.
Fiquei esperando o Rafael no estacionamento, vi ele chegando no carro e fui até ele, entrei e me sentei.
— O que aconteceu?
— Nada.
— Nada? Então por que tu tá com essa cara?
— Porra Rafael, eu já disse que não aconteceu nada, que saco!
— Ei, não precisa falar assim não, eu só queria saber o que foi que tinha acontecido.
— Porra, mas eu já disse que não aconteceu nada e tu ainda fica perguntando o que aconteceu?!
Ele não perguntou mais nada, aliás, nenhum de nós dois falou mais alguma coisa no caminho, até que a gente chegou na casa dele. Fui direto pro quarto dele, quando meu celular começou a tocar e era a mamãe.
— Oi mãe.
— Vem dormir em casa?
— Mãe não começava, vai.
— Teu pai viajou e só volta dia 8, vem pra casa, por favor?
— Tudo bem mãe, tô indo. Tô precisando ficar só um tempo mesmo.
— Aconteceu alguma coisa, tu brigou com o Rafael?
—Não aconteceu nada não, tô indo pra aí, mãe. Tchau!
Desliguei e fui pegar as minhas roupas e fui colocando na mala que a mamãe tinha levado, foi quando o Rafael entrou no quarto e me viu arrumando minhas coisas.
— Por que tu tá arrumando as tuas coisas?
— Tô indo pra casa, o papai viajou e eu vou ficar esse tempo que ele vai ficar fora lá.
Ele sentou na cama e ficou me olhando e eu guardando as roupas.
— Desculpa se eu te incomodei lá no carro, mas eu vi que tu não tava legal. Mas tudo bem, não é só porque a gente é namoramigos que a gente tem que compartilhar tudo, né?
Parei de colocar as roupas e me sentei do lado dele.
— Tu não tem que me pedir desculpa por nada, só que sou eu o problema — dei um beijo nele e depois sorri, ele sorriu de volta, me afastei e fui fechar a mala. — Bem, se eu tiver esquecido algo depois eu pego.
— Vou sentir falta de dormir contigo, já me acostumei de ter que dividir minha cama contigo.
— Cara, sabia que toda vez que tu fala algo do tipo eu fico com o coração mole?
Ele riu e depois fez questão de me deixar em casa e a rua de casa tava até que movimentada, tinha umas pessoas na rua conversando e elas me olhavam com a mala, até que chegou em frente de casa:
— Deixa a janela do teu quarto aberta porque se der saudades de ti de madrugada, eu venho e pulo ela.
— Tá bom, meu Príncipe! — apertei a bochecha dele e entrei em casa.
A mamãe veio logo me beijando. Fui pro meu quarto deixar minhas coisas e depois fiquei com a mamãe vendo TV na sala deitado com a cabeça no colo dela e ela fazendo cafuné em mim, depois fui pro meu quarto. Nossa, como eu tava com saudades da minha cama, da minhas coisas! Me deitei e logo dormi.
Mas acordei de madrugada sem nenhum sono, me sentei na cama e peguei meu celular, ainda ia dar 3 horas. Me levantei e fui olhar na janela e não tinha ninguém na rua, então eu decidi descer e ficar sentando no murinho grego (kkkkk) de frente de casa.
A noite tava bonita, tinha algumas estrelas no céu e sem nenhuma nuvem, batia um vento gostoso e logo me veio o Rodrigo na cabeça. Por que depois de tudo eu não conseguia esquecer ele? Porque ele mexia tanto comigo ainda?
E no meio dos meus pensamentos eu comecei a ouvir o som de uma música e com a ajuda do silêncio eu consegui identificar, era Jorge e Mateus e o som vinha da casa do Rodrigo. Logo consegui entender qual era a música.
Quando dois seres como nós
Passam por momentos assim
Vai por mim, vai passar, é só um temporal
Pois nada nessa vida é maior
Que um amor e uma grande paixão
Coração, traz ela de volta pra mim
Deixa que tudo vai se acertar
Pois ninguém pode enganar
Um coração que um dia jurou te amar
Só amar
Que seja aonde você estiver
Você será minha mulher
Meu bem, te amo tanto
Quando dois seres como nós
Passam por momentos assim
Vai por mim, vai passar, é só um temporal
Pois nada nessa vida é maior
Que um amor e uma grande paixão
Coração, traz ela de volta pra mim
Deixa que tudo vai se acertar
Pois ninguém pode enganar
Um coração que um dia jurou te amar
Até a música parou e logo depois começou um reggae.
Depois de um tempo eu ouvi o portão da casa dele abrindo e ele saindo vestindo só um short de jogador de futebol, me deu um arrepio vendo ele. Ele veio até mim e na mão dele tinha um todinho hahaha.
— Voltou pra casa?
— Não, mas como o papai viajou, aí tu já viu, né? Quando o gato não tá os ratos fazem a festa.
— Verdade. E tu não dorme não? — disse ele rindo.
— Bem que eu queria, mas perdi o sono. E tu não dorme?
— Cara, tem umas coisas que andam me fazendo perder o sono ultimamente — disse ele olhando nos meus olhos.
Abaixei a cabeça, mas logo voltei a olhar pra ele.
— Rodrigo, faz o seguinte: toda vez que tu tiver pensando nas coisas que tão te fazendo perder o sono escuta música. É melhor do que ficar na drepê.
Ele riu e coçou a cabeça.
— E tu acha que porque eu tava ouvindo Jorge e Mateus?
Ri pra ele, desci do muro e me espreguicei.
— E o pequeno Flip?
— Hum, esse tá ficando velho, agora só quer saber de dormir.
— Hum... E qual é a desse todinho aí?
— Tô em fase de crescimento.
Não aguentei e comecei a rir, por incrível que pareça eu não conseguia ficar com raiva dele.
— Eu queria te pedir desculpa pelo que eu falei pra ti lá na faculdade.
— Tudo bem, mas só não toca mais nisso Rodrigo. Eu tô com o Rafael, eu sou feliz com ele e é chato isso tudo.
— Não, eu sei, mas eu precisava falar que eu ainda te amo.
— Tu tem certeza disso, que tu me ama mesmo?
— O que eu sinto toda vez que eu te vejo é algo inexplicável, agora mesmo te vendo meu coração se enche de felicidade. É amor sim Vinícius e eu não tenho porque esconder isso!
Confesso que ele dizendo aquilo me deixou feliz. Muito feliz, melhor dizendo.
— Me responde uma coisa? — ele perguntou.
— Claro.
— Se tu não tivesse com o Rafael, se tivesse solteiro, tu voltaria pra mim?
A vontade que eu tive foi de mandar ele tomar no cu.
— Pulo essa pergunta, bora pra próxima.
Ele riu e deu um gole no todinho e fazendo aquele barulho de quando acaba.
— Tu ainda tá malhando?
— Não, tô sem cabeça pra ir pra academia.
- Porra, porque tu tá gostoso pra caralho!
Balancei a cabeça negando e me sentei na calçada, ele sentou do meu lado e começou a falar de quando a gente era mais novo, e de vez em quando ele encostava a perna dele na minha e eu sempre afastava.
— A sensação que eu tenho é que tem alguém olhando pra gente — falei.
— Por que tu diz isso?
— Sei lá, eu acho que é pelo fato de sempre alguém ver o que a gente faz de errado.
— E a gente tá fazendo algo de errado?
— Não, mas tu entendeu o que eu quis dizer, né?
Ele lembrou de uma vez que a gente brigou porque eu tinha ficado com uma menina que ele tava ficando, eu acho que eu tinha 15 e ele 17.
— Tu fez de propósito, né?
— Cara não lembro, mas acredito que sim, não gostava de ti.
— Tu era todo fresco, não podia falar nada que já ficava puto e isso me emputecia.
— Tu já me amava naquele tempo e não sabi,a Rodrigo — comecei a rir e ele fez uma cara de que ficou pensando no que eu tinha dito.
— Será que toda essa raiva que a gente sentia um pelo outro era amor?
— Não sei cara, mas que era estranho vendo agora, isso era!
A gente ficou se olhando.
— Tu não respondeu, se tu tivesse solteiro tu voltaria pra mim?
— Talvez sim...
Senti ele dar um sorriso de satisfação. Ele passou a mão no meu braço.
— Tá todo arrepiado... Tá com frio?
- Um pouco. Também, tô sem camisa.
Ele ainda continuava com a mão no meu braço que nessa hora tava chegando no meu ombro, indo pro pescoço. Me afastei dele e levantei e ele levantou junto.
— Vou entrar, tenho que acordar cedo amanhã.
Mas só que ele me segurou me puxando, colando o meu corpo no dele, segurando a minha cintura com um dos braços e cheirando meu pescoço, disse:
— Te quero... — e o filho da puta deu uma mordida no meu pescoço me fazendo gemer e as minhas pernas ficarem moles — Sei que tu quer também!
Com a outra mão livre ele segurou meu rosto e me olhou e o idiota aqui não falava nada, aliás, não tinha reação alguma. Ele foi aproximando mais até que a boca dele encostou na minha, só que ele não me beijou.
— Eu te amo!
Mas graças a Deus que a consciência falou mais alto. Eu o empurrei, corri pra dentro de casa e fui pro meu quarto com o coração quase saindo pela boca. Me joguei na cama e quem disse que eu dormi o resto daquela noite? Passei acordado pensando no Rafael e no Rodrigo.
Sete e meia tava na faculdade, tinha que falar com uma professora. Depois fui pra casa, dormi o resto da manhã e acordei só a tarde, comi algo e voltei pro quarto e fiquei lá até a noite.
Tava me arrumando pra ir pra faculdade quando o Rafael apareceu.
— Posso entrar? — ele disse.
— Claro, entra — ele entrou e sentou na minha cama — veio cedo hoje, né?
— Sim, me deram a tarde de folga e eu vim aqui te levar pra aula.
— Opa e depois, o que a gente vai fazer?
— Não sei, tá querendo sair?
— Tava, mas pelo visto tu não, né?
— Não, quero sim, o Guga me falou que a galera tava indo pro Mormaço hoje, borá?
— Mormaço é uma boa.
Ele deitou na minha cama e fechou os olhos.
— O que tu tem Príncipe?
— Nada, só um pouco de dor de cabeça, acho que dormi de mal jeito e tô com ela o dia todo, mas já passa, já tomei remédio.
— Tô pronto, borá?
Ele levantou da cama e ficou me olhando, me aproximei dele e dei um beijo nele que deu um sorriso tímido, fofo.
— Depois disso eu melhoro.
Ele me deixou na faculdade e foi normal aquela noite, graças a Deus não vi o Rodrigo.
O Rafael foi me buscar e perguntou se eu queria ir em casa trocar de roupa, eu disse que não, e assim nós fomos pro Morma. Tava lotado naquela sexta.
A gente encontrou a galera, fazia tempo que a gente não se reunia. Tava aquela bagunça de sempre até que o assunto chegou no feriado e o combinado foi que todo mundo ia pra Salinas, até que o Caio virou pra mim.
— E tu? Nunca mais apareceu na bola, tá namorando, né? Isso só pode ser mulher.
— Mané mulher, prometo que apareço na próxima.
— Quero ver mesmo, porque tu só é papo!
— Eita, que teu time tá tão ruim assim que precisando do fera aqui pra resolver? — eu disse rindo.
Ele levantou os braços e rindo.
O clima tava bom, o Guga nada de aparecer, todo mundo ria. O Rafael tinha ido ao banheiro e nesse tempo senti uma mão no meu ombro, olhei pra trás e vi a Marina.
— Porra Marina, tu sumiu! — eu a abracei.
— Que nada, tu que me esqueceu — ela me deu um beijo no rosto.
— Parece que tu sabe quando eu tô precisando conversar.
— Amor?
— Sempre ele. Eii, amanhã vai lá em casa pra gente conversar?
— Sim, vou sim.
Quando o Rafa voltou eu apresentei ele a ela.
— Então Marina, vou te esperar lá.
— Sim, eu te ligo aí tu me explica como chegar lá.
A gente se afastou e ficou conversar com mais “tranquilidade”.
— Vini, aquele teu amigo não pra de olhar pra cá. Ele disfarça, mas olha sempre.
— Amigo e namorado!
Ela me olhou meio que surpresa com que eu tinha dito.
— Mas e o Rodrigo?
Cocei a cabeça e ri.
— Vai lá em casa amanhã que a gente conversa.
Ela voltou lá com as amigas e eu voltei pro Rafael.
— A conversa tava boa né? — ele disse.
— Namorado com ciúme, é isso?
Ele fez um cara de mal, fui até ele e dei um beijo no rosto dele o fazendo rir. A gente veio era quase quatro da manhã, dormi na casa dele.
No outro dia a Marina apareceu lá em casa.
— Casa bonita.
— Valeu, bora lá pro meu quarto.
Chegando lá ela sentou na cama e eu de frente pra ela.
— Então, me conta o que te agonia.
Então comecei a falar pra ela o que tinha acontecido comigo e com o Rafael e o que eu sentia pelo Rodrigo.
— Me diz o que tu sente só pelo Rafael.
- O Rafael é meu amigo acima de tudo, ele sempre teve do meu lado em todos os momentos que eu precisei, gosto dele, ele é meu porto seguro, eu sei que quando eu precisar ele vai tá lá pronto pra me ouvir. Não sei o que seria da minha vida sem ele.
— E o Rodrigo?
- Ah, o Rodrigo, ele já é o contrário do Rafael. Se o Rafael me traz paz, calma, segurança, ele não, ele já me traz tormenta. Quando tô perto dele sinto tudo e nada ao mesmo tempo, ele me faz perder o controle e a calma. Ele foi meu primeiro tudo, beijo, sexo e amor — ela ficou me olhando. — Tu deve me achar completamente doido, né?
— Doido não, mas apaixonado eu diria, e tu sabe muito bem por quem!
— Não Marina, não!
— Tá bom, se tu quer continuar a negar pra ti mesmo, tudo bem. Mas sinceramente eu não entendo, pelo o que tu me falou, quando ele foi embora vocês não tinham mais nada. Então não entendo esse teu sentimento de traição.
— Não é traição, eu sei que ele não me traiu, mas é complicado. Se isso tudo aconteceu, o único culpado sou eu.
Eu abaixei a cabeça e ela me abraçou. Ela passou o resto da tarde em casa, a mamãe adorou a Marina.
A semana passou, eu não viajei e nem o Rafael, até que chegou meu aniversário. Eu tava dormindo em casa, quando acordei sem sono algum fiquei olhando pro teto e sorri.
— Feliz aniversário!
Então eu reparei que a porta do meu quarto tava entreaberta, então me levantei e fui fechar, mas ouvi a voz do papai. Ele falava com a mamãe, então fui me aproximando da escada e comecei a ouvir a conversa deles.
— Para com isso e vai falar com teu filho.
— Ele mesmo disse que não era mais meu filho.
— Claro, depois de tudo que tu falou pra ele, tu queria que ele reagisse como? Para de ser cabeça dura Miguel, vai falar com teu filho hoje é aniversário dele.
Um silencio ficou na sala um tempo até que o papai voltou a falar:
— Meu garoto, meu garoto! Tu acha que foi fácil de ouvir aquelas coisas dele? Tu acha mesmo que eu me orgulho de ter falado aquilo pra ele? Vendo ele dormindo agora lá no quarto dele me lembrei quando ele era garoto e pedia pra dormir comigo e hoje ele é um homem feito.
— Então vai lá falar com ele, te garanto que ele vai te perdoar.
Outro silêncio, até que ele voltou a falar:
— Aquilo é genioso e cabeça dura, não perdoa fácil.
— Tu é assim mesmo, ele teve pra quem puxar.
Parei de ouvir a conversa e voltei pro meu quarto, me deitei na minha cama e fiquei pensando no que eles tinham falado. Até pensei em falar com o papai, mas não, como ele mesmo disse, eu era orgulhoso e não ia dar o braço a torcer.
Então meu celular começou a tocar, peguei e vi que era o Rafael.
— Oi.
— Hoje vai ter uma festa, bolo, guaraná muitos doces pra você, hoje é seu aniversário. Parabéns amor, tudo de bom, que ainda venha muitos anos pela frente, que Deus te ilumine sempre e eu tenho sorte de te ter como meu amigo. Te amo!
— Brigado Fael, muito brigado mesmo. Não sei o que seria da minha vida sem tu.
— Vem aqui em casa, tenho uma coisa pra ti.
— Tá bom.
Me levantei, tomei meu banho caprichado e me vesti. Respirei fundo e criei pra coragem pra descer, quando cheguei na sala o papai e a mamãe tomavam café. A mamãe:
— Meu amor, vem cá.
Fui até eles, ela me abraçou e me beijou me desejando muitas e que acima de tudo queria que eu fosse feliz.
— Brigado mãe.
Olhei pro papai.
— Bom dia.
Ele respondeu com um bom dia.
— Mãe, vou lá na casa do Rafael e depois eu volto e aproveito pra pegar as minhas roupas pra levar pra lá.
— Não precisa ir pra lugar nenhum, essa casa é tua — o papai disse.
Quando eu ia abrir a boca pra responder a mamãe foi mais rápida que eu.
— Ótimo, vai lá com o Rafael e depois a gente conversa pra ver o que faz pra mais tarde.
Cheguei na frente da casa do Rafael e apertei a campainha, ele apareceu e riu, abriu a portão e me abraçou.
— Parabéns!
— Brigado.
— Vem que eu tenho uma coisa pra ti — ele pegou na minha mão e foi me levando até o quarto dele — Fecha o olho, ah precisa não, entra.
Abri a porta e entrei, a cama dele tava cheia de comida, era bolo, doce, pão, queijo, presunto, tudo o que se possa imaginar tinha.
— Não acredito que tu fez isso, tu é doido?
— Tu merece isso e muito mais.
— Tu não existe cara, não existe mesmo! – fui até ele e o beijei, ele me encostou na parede, quando a minha barriga roncou – Fome, tô com fome.
Passei o resto da manhã e a tarde na casa dele, e a noite a mamãe preparou um jantar e eu convidei os mais íntimos pra irem lá em casa. Todos que eu tinha convidado já estavam lá, tava conversando com a Marina, o Rafael conversava com o Guga e alguns amigos. O papai e a mamãe falavam com os pais do Rodrigo, que por sinal ainda não tinha aparecido.
— Ele vem?
— Marina, eu convidei.
— Hum, sei... Ai meu Deus, ele tá lindo!
— Quem? — quando eu olhei pra trás meu coração quase para.
O Rodrigo tava lindo, vestia uma camisa vermelha que com o contraste da pele dele ficava linda, uma calça jeans preta e um sapato preto e branco lindo. Minha barriga parecia que um monte de borboletas voavam nela, ele me viu e sorriu, me levantei e fui andando até ele. Vi que ele segurava uma caixa na mão.
— Parabéns, espero do fundo do meu coração que tu seja feliz!
— Pensei que tu não vinha mais.
Ele me abraçou e no meu ouvido disse:
— Ano passado eu te disse que nunca mais eu iria passar um aniversário teu longe de ti e eu pretendo cumprir isso!
Bem, eu atualizei o conto com uma versão revisada que uma leitora do conto fez. Queria deixar aqui o meu muito obrigado a Josi, a pessoa que teve esse trabalho todo. Então vc que estiver lendo a partir de hoje, irá ler uma versão bonitinha, sem erros ortográficos e tudo mais rsrsrs. Aproveita e me segue lá no Wattpad / Tô escrevendo e postando uma história lá. Dá lá essa moral rsrs.
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