Tinha que ser logo ele? P.2/S.T
- Amor?- o Fernando entrou no quarto e antes que ele visse, escondi o jornal na minha mochila.- O que você tá fazendo?
- Eu..? Ham... Eu tava procurando o livro. Acabei de achar!- Disse me levantando.
- Hum... Então, amor...- Ele coçou a nuca.- Vamo fazer outra coisa, to cansado disso.- Ele se abaixou e pegou o livro da minha mão.- Eu vou guardar isso aqui, e agente vai ver um filme.
Ele pegou minha mochila e quando ia abri-la, eu pulei e tirei da mão dele.
- Não! Eu guardo... - Ele ficou me olhando desconfiado e soltou a bolsa.
- Tá bom...
- Vamos?
- Tá, vamos.- Descemos e assistimos a um filme bem legal. Era um filme gay, até me espantei pelo gênero, mas ele disse que queria ver como era um filme assim.
Era Orações para Bobby. O filme mais lindo que eu já vi. Eu não cheguei a chorar mas ele... Parecia que tinham aberto uma torneira nos olhos dele.
Na verdade não chorei porque meus pensamentos sobre o jornal, não me deixaram prestar atenção em nada.
Eu não podia acreditar que era verdade aquilo, e eu ia descobri-la custe o que custar.
Fui pra casa quase à noite, e quando cheguei, a primeira coisa que fiz foi pesquisar na internet sobre o caso.
Bom, as poucas matérias que eu encontrei, não me diziam nada a mais do que eu já sabia.
Fiquei na minha cama pensando no que deveria fazer, até ouvir a porta se abrir.
- Oi, filho.
- Oi, mãe...- Disse olhando pro teto.
- Tem alguém aqui querendo te ver.
- hum... Mande entrar.- Demorou alguns segundos e alguém entrou.
- Ham... Oi...- Me assustei com a voz e me levante rápido. Era a Julia.
- O que você tá fazendo aqui?
- Agente pode conversar..?- Fiz sinal com a cabeça e ela se aproximou acanhada.
- Senta...- Batendo as mãos na cama pra que ela se acomodasse.
- Desculpa...- Eu olhei lentamente para ela e lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.
- Pelo que?
- Você vai mesmo me torturar assim?
- Pelo que?- Disse rígido.
- Aí... Por tudo. Por não te compreender, por te julgar, por te abandonar... Por sentir inveja de você...
- Inveja?- A olhei surpreso.
- Sim... Inveja. Eu sempre tive inveja de você...
- Inveja do que?!
- Por, por você ser sempre o filho perfeito, o neto perfeito, o amigo perfeito... Todos sempre gostaram mais de você... Eu... Eu... Eu sempre te odiei por isso...
- Julia, de onde você tirou isso?
- É a verdade... Você sempre, sempre foi bonito demais... Inteligente demais... Eu me via como um nada do seu lado. Todos que eu gostava sempre me esqueciam quando você chegava... E quando eu vi o Fernando... O cara que eu sempre amei...
- Julia, para.- Disse me levantando.- Olha pra mim... Eu não tenho nada de perfeito! Eu sou mesquinho, mandão, bipolar, e na maioria das vezes idiota. Eu nunca quis mágoar você, eu e o Fernando nos apaixonamos... E... Você não tem idéia do que eu tive que passar pra ficar com ele.
- Na verdade eu sei...- Olhei novamente surpreso.- É por isso que eu vim aqui. O Rafael me procurou e contou o que você fez por mim... Eu me sinto um lixo...
- Lixo por quê?- Me sentei na cama.
- Porque, você arriscou sua vida por mim, enquanto eu só tentava te machucar...- E mais lágrimas escorreram de seus olhos.- Me perdoa...- Eu fiquei calado por um tempo.
- Eu... Eu fiz isso porque você é minha prima, eu te amo e nunca deixaria ninguém te machucar.
- Mas você é que se machucou...
- E faria de novo, quantas vezes fossem necessárias.
- Você realmente é muito idiota.- Disse ela sorrindo.- No seu lugar, eu me deixaria morrer pelo que fiz...
- Olha só, não foi minha intenção te mágoar quando fiquei com o Fê.
- Eu sei.- Disse segurando minhas mãos.- Agora eu entendo você. E... Eu sei que você realmente ama o Fernando. Ele também...
- É... Acho que não conseguiria viver sem ele.
- Você não tem noção do quando eu me senti ridícula na festa, quando tentei ficar com o Fernando e ele me deu um fora... Ele só tem olhos pra você, nunca duvide disso...
- Eu sei... - Disse com um sorriso.-Bom, então primos de novo?
- Espero que sim.- Limpei seu rosto e nos abraçamos.
- E então, como vai a Ana?- Falei pondo o travesseiro entre as pernas.
- Bom... Obcecada. Tome cuidado com ela. Eu conheço a Ana desde pequena, e sei que quando ela quer se vingar de alguém, ela vai até o fim. Eu parei de falar com ela.
- Por quê?
- Quando eu disse que pediria desculpas a você ela pirou, disse que não ia confraternizar com o inimigo. É sério, ela tá precisando de ajuda.
- Hum... Só digo que ela não vai conseguir nada de bom indo por esse caminho. Se é guerra que ela quer, é guerra que terá!- Ela olhou minha expressão de terrorista e sorriu tímida.
- Nossa... Achei que vocês, gays, fossem todos amáveis e gentis.
- Não se engane com agente, muito menos comigo. Pareço legal, mas já coloquei objetos nas prateleiras erradas do supermercado!- Rimos e ela se deitou na cama.- É sério, eu decidi que não vou mais ficar vendo os outros me protegendo enquanto eu ajo como a princesa indefeza. Chegou a hora de todos me olharem por trás e eu tomar a frente.
Nunca mais vou depender de ninguém.
- Hum...- Ela respirou fundo e pôs as mãos embaixo da cabeça.- Você é a pessoa mais corajosa que eu conheço. Acho que depois do que você passou, se fosse eu, nem sairia de casa.
- É, aquilo foi barra. Mas eu tenho outro assunto muito mais importante pra resolver agora do que ficar me lamentando do que já passou...
- Posso saber?- Ela se levantou animada.
- Tava com saudade desse seus ataques, você sempre conseguia me fazer sorrir nas horas mais difíceis.- Disse sorrindo.- Mas eu não posso. Não enquanto eu não tiver certeza. Quer dizer, eu tenho certeza de que não foi ele, ele não seria capaz...
- Tá bem, garoto mistério!
- Mas, eu preciso da sua ajuda.
- Pra que?
- Amanhã eu preciso ir a um lugar, quero que você vá comigo.
- Ok, que horas?
- Eu te aviso depois, agora eu tenho que fazer uma coisa.
- Tá legal, eu preciso ir, já está tarde e meus pais já devem ter chegado. Eles vão me matar se não chegar logo.- Ela se levantou e me deu um abraço.- Depois me informa por celular, ok?
- Tá bem.
Ela se foi e eu liguei pro Fernando. Contei o que havia acabado de acontecer, enrolei ele um pouco, e discretamente perguntei qual era o nome do antigo colégio dele.
Ele ficou relutante e desconfiado, claro. Mas acabou me contando.
O nome era: SANTA MARTA DOS PILARES.
Ridículo, eu sei. Mas apesar do nome era uma das escolas mais conservadoras e rígidas da região. Além de ser um exagero de tão cara.
Dei um google no endereço e decidi que na manhã seguinte mataria aula junto com a Julia, e íamos até lá. Ela concordou e na manhã seguinte fingimos que íamos para o colégio e desviamos o caminho. Não contei ao Fernando que não iria à aula, se contasse ele ia surtar e me caçar o resto do dia.
Pegamos um bus, e menos de 15 minutos estávamos lá. Era enoooooorme. Parecia aquelas escolas onde só tem nerds e freiras.
Entramos na escola e tentamos coletar pistas do paradeiro da garota, mas ninguém quis nos dizer nada. Quando perguntavamos eles nos olhava assustados, e diziam que não sabiam de nada.
Já ao meio dia, depois de passar a manhã toda naquele lugar, sem conseguir um farelo sequer daquele ser.
Nos sentamos na calçada e tirei meu casaco. Estava morto de fome e calor.
- Aí, eu não aguento mais...- Disse Julia se encostando na parece.- Parece que todo mundo aqui teve amnésia!- A essa hora eu já tinha lhe contado sobre o que viemos procurar, afinal, ela ia me ajudar e merecia respostas.
- Nem me fala. To quase pra socar todo mundo, nesse manicômio!- Então o porteiro se aproximou. Era um senhor de aparência entre 45, 50 anos.
- Ei, garotos. Eu sei o que vocês estão procurando.- Eu e Julia nos levantados mais que depressa.
- Por favor, nos conte! Eu não aguento mais ficar andando de um lado para o outro. Eu quero comer, estou com dor, e quase derretendo... Não nos abandone..!- Disse a Julia praticamente se jogando nos pés do homem.
- Julia!!!- Gritei a levantando pela blusa.
- Desculpa.- Ela se recompos e ele ficou olhando sério pra gente.
- Então, senhor. Pode nos contar onde ela mora?
- Bom, vocês parecem boas crianças. Então lhes levarei até a casa dela, não fica longe daqui.
- Ah, obrigada, senhor. Muito obrigada!- Ela se ajoelhou e começou a beijar as mãos dele.
- Julia!!! Desculpe, é que ela nasceu prematura, o sangue não circula direito no cérebro dela as vezes...- Falei sorrindo e a puxando novamente pela blusa.
- Aí, seu bruto!- Ela cruzou os braços e os entrelaçou aos meus.
- Então, vamos?- Perguntou ele caminhando.- Me sigam.
Andamos por uns dois quarteirões e paramos à frente de uma casa grande e de cor amarela. Era toda murada e cheia de cercas elétricas.
- Bom, é aqui que deixo vocês. Ah, e sejam discretos, ela é muito tímida.
- Ok, senhor. Muito obrigado.- Ele se curvou um pouquinho e sorriu.
Logo que o tio foi embora, tocamos a campainha e uma jovem loira atendeu. Era belíssima. Se fosse hétero eu pegava.
- Pôs não, no que posso ajudar?- Perguntou ela curiosa.
- É aqui que mora a, Luana Tanahoki?
- É sim, por quê?
- Poderíamos falar com ela, por favor?- Ela ficou nos encarando por alguns segundos e abriu espaço para que entrassemos.
- Se vieram perguntar sobre AQUILO, é bom que se esforcem. Duvido muito que ela vá contar alguma coisa a vocês.- Ela deu um sorriso convencido e nos levou até a sala.
Assim que atravessamos a porta uma jovem de longos cabelos escuros estava lendo em uma cadeira de balanço. Ela parecia uma boneca. Seus lábios eram rosados e bem desenhados. As maçãs do rosto tinham uma tonalidade viva, e os olhos eram bem marcados pelo que parecia, descendencia japonesa. Ou coreana. Sei lá, não sei qual é a diferença! Pra mim tendo o olho puxado é tudo do mesmo sangue.
Ela parecia serena em seu lugar. Nem percebeu quando chegamos.
- Mana, esses garotos querem falar com você.- Disse a garota com as mãos na cintura.
- Mana? Vocês são irmãs?- Falou Julia se jogando no sofá.
- É.- Rebateu a dos cabelos dourados.
- Hum... Mas tu é loira e estranha. A outra é meio de brinquedo e japonesa. Alguém pulou a cerca!
Cara, meu crânio faltou ir no chão agora. Me segurei com força pra não cair na risada da cara da loirinha querendo tacar o abajur na Julia.
- Olha só, se não gostou sugiro que caiam fora daqui!
- Não, não! Ela tava brincando. Julia, cala a boca!!!- Falei empurrando uma almofada no rosto dela.- Quando agente sair daqui, eu te parto no meio!- Disse entre dentes.
Uma pequena pausa se fez e a garota começou a andar em direção ao corredor.
- Tanto faz!- Ela quase cuspiu sua superioridade na gente.
- Oi...- Disse cauteloso.
Ela ergueu lentamente a cabeça e me encarou com os lindos olhos escuros.
- Sim?
- É, eu queria lhe fazer umas perguntas, se não se importar.
- Claro. Dependendo da pergunta eu responderei. É só saber perguntar.
- É que, a mais ou menos uns dois anos atrás. Você passou por uma coisa muito difícil...
- Esquece. Não irei falar sobre isso.- Disse se voltando para o livro.
- Por favor... Eu preciso muito saber...
- Eu não lhe conheço, nunca nem o vi. Muitas pessoas veem aqui para me fazer as mesmas perguntas. Mas eu não sou obrigada a responde-las!
- Claro que não... Mas,- Me sentei mais próximo dela.- acontece que eu passei pela mesma coisa. Também tentaram me violentar, por isso eu preciso conhecer alguém que também tenha passado pela mesma coisa.- Ela levantou parcialmente o olhar e encarou o sofá.- Eu sei como se sente. Você acha que ninguém te entende, você anda na rua e todos te olham como se fosse um alienígena. Eu entendo a sua dor, porque essa dor também é minha... Minha prima veio comigo justamente por isso. Eu tenho medo de sair de casa. Eu não vou mas nem à escola, todos riem de mim...
- Iss...- Antes que a Julia começasse a falar eu pûs a mão na boca dela.
- Eu preciso saber... Quem fez aquilo com você..?
Notei que um filete de lágrimas corriam por seu rosto. Ela apertava com força o livro em suas mãos e serrava os dentes com raiva.
- Foi ele... Ele fez aquilo comigo...
- Ele quem?- Tentei parecer calmo, mas tanto eu quanto a Julia estávamos de olhos arregalados e boca aberta. Só esperando sua resposta, como crianças esperam por um presente.- O loiro.- Quando ela disse isso meu coração se sentiu no meio de uma avalanche.- Todos achavam que foi o Fernando... Esse era o nome dele. Mas, ele nunca faria aquilo. Ele era tão doce... Tão atencioso...
- O nome do seu agressor era... Rafael?- Quando disse ela deu um pulo da cadeira. E segurou em meus ombros com força.
- Ele também fez isso com você?! Foi ele?!!
- É... Co-como a culpa caiu pro Fernando?- Então ela se afastou e ficou atrás da cadeira. Parecia um bicho amedrontado.
- Ele... Eu era inocente. Sempre andava com os nerds e as garotas religiosas... Mas aí... Chegou um dia em que eu me vi completamente apaixonada por ele... Eu não queria mas, seus amigos me fizeram beber álcool em uma festa atrás do colégio. Parecia tão legal...- Ela sorriu como se estivesse lembrando de um sonho bom.- Eu decidi que queria que minha primeira vez fosse com o Fernando, ele me levou até um lugar escondido... E lá nos agarramos loucamente...- Ela passava as mãos no corpo como se fossem as dele.
- Ela tá com problemas...- Sussurou Julia em meu ouvido.- Acho que ela vai se masturbar na nossa frente!- Ela começou a rir baixo e eu a Ignorei.
Estava ipnotizado com a garota.
- Foi então que...- Ela apertou a cabeceira da cadeira.- O Fernando estava muito bêbado, e acabou desmaiando no meu colo. Eu não acreditei, como ele pode... Então...- Ela arregalou os olhos.- Ele entrou e tentou me possuir! Mas eu não deixei, eu bati nele... Mas ele me enforcou, e disse que se eu contasse pra alguém que tinha sido ele... Ele viria atrás de mim!
- E você deixou um inocente sofrer as consequências pelo seu medo?!!-Gritei me levantando.
- Eu... Eu fiquei...- Ela se ajoelhou atrás da cadeira.- Ele disse que me mataria... Aí quando fizeram o exame, acharam as digitais do Fernando em mim, e eu disse que tinha sido ele...- Ela começou a chorar igual uma criança.
- Sua... Ele é meu namorado! Você tem noção do que fez?!!
- Eu não queria, não queria...
- Eu vou matar você!!!- Disse indo pra cima dela que só gritava.
A Julia me segurou e começou a me puxar.
- Kayo, para! Ela tá doente, ela é maluca! Você não vai conseguir nada batendo nela!
- Mas eu preciso!!!
- E quanto aquele papo de proteger quem você ama? Não vai conseguir nada agindo desse jeito!- Eu pensei um pouco e comecei a me acalmar.
- Tem razão... Vamos imbora!- Então saímos as pressas da casa.- Você gravou?- Perguntei enquanto andavamos pela calçada.
- Sim.- Ela tirou o celular do bolso e me entregou.
- Ótimo. Vou acabar com a raça do Rafael! E vai ser ainda hoje!!!- Segui bufando rua adentro.
Cheguei em casa e me tranquei no quarto. Fiquei chorando o resto do dia, imaginando como meu amor se sentiu achando que ele tinha feito aquilo.
Quando consegui me acalmar já era noite. Decidi que só iria falar com Fernando depois que conversasse com o Rafael. Eu sabia que ele podia ser perigoso, mas eu precisava e iria enfrenta-lo sozinho.
Então às 20:00, liguei pra ele e disse que precisavamos conversar urgente. Combinei com a Julia de dizer ao Fernando de me encontrar no shopping, só que ela iria no meu lugar e tentaria o prender lá o máximo possível. Eu precisava de tempo.
Então fui pra casa do Fê e ao chegar lá o Rafael abriu a porta todo feliz. Quando ele ia me abraçar eu passei direto e cruzei os braços o olhando sério.
- Fecha a porta.
- Nossa, que sério!- Disse ele tentando me fazer rir.
- Rafael, olha e me diz se eu to com cara de quem quer brincar.- Ele fez uma cara de cachorro que caiu da mudança. Só que esse cachorro merecia ter sido atropelado também!
- Então, qual é o assunto?- Então tirei o jornal do bolso e o abri, jogando no chão.- Nossa! Com você achou isso?- Disse ele fazendo cara de surpreso. Cretino!
- Rafael, não tente me fazer de idiota. Eu sei que quando você soube que eu viria aqui, e faria trabalho de matemática com o Fernando, você colocou isso lá!- Eu não tinha certeza, mas joguei verde.- Seria a oportunidade perfeita de desmascara-lo, não é? Só que a sua máscara é que caiu!
- Eu não sei do que você tá falando...- Disse ele com a maior cara de pau.
- É? Então só ouvi...- Coloquei a gravação pra rodar e ele ficou com a cara no chão.
- Como você..?
- Rafael, Rafael... Você achou mesmo que eu ia cair num truque idiota desses?! Faça-me o favor, você não é a pessoa mais inteligente do mundo. Você pode até enganar o Fernando, mas eu... Nunca!- Então ele deu uma gargalhada e se jogou no sofá.
- É... Me surpreendendo de novo... Você é um serzinho bem imprevisível.
- Antes de tentar enganar um gay, tenha uma coisa bem em mente. Nos podemos ser frágeis, doces e até mesmo ingênuos as vezes. Mas burros... Não!
- E é por isso que eu te amo. Viu só, nós combinamos. Os dois são inteligentes, e temos um poder de persuasão incomparável... O Fernando não é digno de você!- Disse ele se aproximando.
- É, realmente ele é burrinho... Mas eu prefiro ficar mil vezes com ele, do que com um monstro, manipulador e oportunista como você!- Ele deu outra gargalhada.
- Ai, ai... Percebe que tá falando de você também, né?!
- Nunca! Não me compare a você. Eu nunca passaria por cima das pessoas que eu amo pra conseguir alguma coisa! Você me da nojo..!- E então cuspi na cara dele.
- Ah... Kayo, Kayo... Eu te amo, mas você passou dos limites!- Então senti meu rosto queimar.- Isso é pra você aprender!- Meu rosto ficou virado e eu arregalei os olhos de raiva.
- Nunca mais encoste essas suas mãos sujas em mim!!!- Então reuni todas as minhas forças e lhe lancei um tapa com a direita.
CONTINUA...
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Ah, e se tiverem perguntas ou sugestões digam que eu responderei no próximo capítulo.