Nas mãos do Diabo.(6)
Até mesmo os piores vilões merecem uma noite de prazer, não acham?
Só tenho pena do pobre coitado que caíra no novo pacto com o Diabo.
Nas mãos do Diabo
Sexto episódio.
Quando finalmente os dois conseguiram se soltar de um longo beijo, com direito a língua e pegadas na bunda.
Secret se curvou e pegou o sapato, no mesmo ele deu alguns tapas. Até uma chave de ouro cair. A chave logo brilhou nas luzes de velas.
Halls se sentiu em um verdadeiro filme de mistério e suspense. Onde sempre haverá um segredo a ser revelado ou guardado e uma vitima a sofrer.
— O que você vai ver é bem... intimo. Gostaria que só ficasse entre nós — diz Secret depois de girar a chave na primeira fechadura, só faltam duas.
— Claro. Você é meu namorado. Nunca vou fazer nada que posso prejudica-lo.
Quando Secret ouve essas palavras, ele deixa a chave onde está e volta a beijar, mas agora tem um, porém, não é um beijo com desejos sexuais. É um beijo com desejos puros e limpos. Sem o uso da língua e nem pegações. Um verdadeiro primeiro beijo, onde os olhos são fechados para que esse momento possa entrar na memória de cada um e nunca mais sair.
No momento em que Halls abre os olhos ele está diante do quarto que Paulo tanto presa. É inacreditável. Nunca imaginou algo assim. Como alguém consegue viver com isso dentro da própria casa?
— Paulo — sussurra Evan meio tonto. Ele passa as mãos nos olhos para ter certeza que não é uma ilusão.
Não! Não é uma ilusão. Tudo é tão real quanto o beijo que levou agora pouco.
Dentro do quarto não a lugar para a clara luz das velas. Em seu lugar há luzes nos quatro cantos. Luzes vermelhas que piscam no mesmo ritmo. No centro do teto a um tipo de lustre feito de cristal negro. Ele é o responsável em dar alguma luz enquanto as luzes estão apagadas, o que dura cerca de dez segundos.
Do lado direito da porta há um balcão com uma fileira dos mais diversos pênis de plástico. Alguns para duas pessoas usarem, outros dão grande que é de se duvidar se alguém aguenta sentar sobre aquilo. Secret pega o mais perto de sua mão e começa a alisar a cabeça do brinquedo.
— Eu sei que é estranho, mas não gosto do sexo convencional. Se você não quiser eu vou entender — a voz do nosso velho Diabo agora tem uma melancolia que é de dar dó. Ele coloca o brinquedo no lugar e olha para Halls.
Antes de responder Evan quer ver tudo que há ali dentro.
Mais ao fundo a uma mesa com diversas fantasias pretas. Algumas que dão medo em qualquer um. Ele pega uma na mão para ter certeza onde está se metendo. Logo ele percebe que é um mascara de porco com várias amaras para se prender em volta do corpo. Sentindo jogo de quem pode ter usada aquilo ele a atira contra o monte.
Fixo no balanço erótico que Secret se apoia. Ele bate a testa em uma tornozeleira. Quando da por si a uma grande fileira de mordaças, tornozeleiras, algemas e outras coisas que ele não sabe o nome. Todas penduradas em um varal no canto da sala.
Do outro lado a bonecos eróticos. O que mais lhe chamou a atenção é o que está pregado à parede. Com as pernas para cima deixa um buraco no meio das pernas.
— Coloque o dedo — diz Paulo com seu ar de elegância. Não há como não fazer o que aquela voz manda. Tudo o seu poder é irresistível.
Evan respira fundo e se ajoelha para colocar o dedo dentro do buraco. Com o dedo lá dentro, ele logo sente um tipo de arranhão em sua pele, o plástico que provoca isso não é muito resistente, assim faz qualquer um gozar rapidamente.
— É gostoso — diz ele querendo dar risada do que acaba de falar. Mas o momento não é para sorrisos e abraços. E sim para chicotadas e muito sexo.
Ah, por falar em chicotes. Ali estão eles jogados no chão.
O chão do quarto é um tapete, veludoso, vermelho sangue igual às bebidas que Secret não para de consumir.
Por fim, Halls da um giro de cabeça e percebe que há fracos com óleos, cadeiras eróticas, uma TV gigante, um pequeno bar e um vaso, será que funciona?
Tudo isso é extremamente novo para ele, qualquer pessoa normal sairia dali e nunca mais olharia na cara de Paulo. Mas Evan não é qualquer pessoa, ele gosta de desafios e gosta mais ainda de algo novo.
— É entranho e meio nojento. Mas eu quero fazer — na verdade ele sabe que um filho de bilionário não namora uma pessoa pobre sem ter um grande motivo. E mesmo que tudo acabe amanhã. Ele quer ter certeza de que fez tudo o que tinha direito.
— Ótimo — diz Paulo depois de preparar um pouco de sua misteriosa bebida. A cor agora é indistinta e ele pode ter colocado qualquer troca. — Tome isso, vai precisa.
— Vou me transformar em um escravo sexual mesmo, beber um pouco não vai fazer muita diferença — Halls acredite que ira fazer toda a diferença do mundo.
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Está quase chegando a hora da verdade. Mas qual será essa verdade?
PS: nunca li cinquenta tons de cinza.