Alexandre se afastou, aumentando o sol, jogando Daniel no sofá.
Já tomando gosto pela coisa e com as experiências anteriores, começou a dançar todo sensual, se exibindo como um pavão para Daniel.
Daniel – Vai meu bombeirão, mostra essa mangueira, vem apagar meu fogo.
Alexandre apenas ria, fazendo aquela cara de safado, esfregando as mãos no peito, por cima da camisa e descendo até a rola.
De costas, de uma empinadinha no bumbum, rebolando para Daniel, enquanto ensaiava tirar a camisa. Novamente de frente, tirou a camisa com as duas mãos, exibindo seu tórax peludaço, já suado com o calor daquela sala.
Daniel foi a loucura, mas já tinha aprendido, que não poderia toca-lo, pelo menos não ainda.
Daniel – Isso meu gostoso.
Alexandre mordia os lábios, esfregando os pelos, apertando seus mamilos. Para provocar ainda mais Daniel, pegou um copo de água que estava na mesinha e jogou na cabeça, deixando cair em seu rosto, peito, o deixando mais sexy ainda.
Daniel também já estava com o pau estourando dentro da cueca, sentindo-se torturado com toda aquela provocação. Alexandre pegou o extintor de incêndio e ficou passando a mangueira pelo seu corpo, colocando aquele objeto entre suas pernas, pressionando em seu pau.
Daniel – Anda logo, já estou ardendo de tesão aqui.
Aquele strip estava chegando ao seu ápice e diferente do ultimo que fez, agora parecia que as coisas dariam certo. Alexandre afrouxou seu cinto, deixando cair no chão e com as duas mãos na cintura, soltou os velcros, puxando a calça para o alto.
Aquele pano voou para cima de Daniel, que pegou como se fosse um troféu. Daniel foi à loucura, aos poucos seu doutor estava se tornando um profissional do striptease.
Alexandre agora usava apenas o capacete preto e a botina, vestido apenas com uma sunguinha vermelha, com o pau explodindo dentro dela, com a cabeça querendo escapar.
Daniel – Tira tudo meu gostoso.
Alexandre se aproximou de Daniel, segurando sua cabeça, esfregando em sua rola por cima da sunga. Daniel esfregava o nariz, sentindo aquele cheio delicioso do seu macho, passando a língua sobre o tecido.
Não agüentando mais aquela tortura, puxou a sunga dele até a coxa, tendo uma outra surpresa. Alexandre usava outra sunga por baixo, mas agora um micro mini sunga, fio dental, vermelha, com um desenho de uma mangueira na frente, escrito: Minha mangueira vai apagar seu fogo.
Daniel não conseguiu segurar e caiu na risada, só acordando com a rola dura dele já invadindo sua boca.
Alexandre – Não é isso que você queria? Então toma.
Daniel sugava aquela rola, babando todo, grudando na bunda peluda de Alexandre, para fazer aquele caralho entrar mais fundo em sua boca.
Alexandre tirava sua rola da boca dele e batia em seu rosto, lambuzando Daniel com aquela baba que não parava de sair.
Daniel se levantou para tirar a roupa, mas Alexandre parecia fora de si, puxando sua camisa até rasgar, fazendo o mesmo com sua cueca.
Daniel – Estou pegando fogo meu bombeirão gostoso.
Alexandre – Será mesmo? Vou conferir.
Alexandre beijou a boca de Daniel, descendo suas mãos até o bumbum dele.
Daniel – Esta muito quente?
Alexandre não disse nada, voltando a beijá-lo, afastou com suas mãos a bunda de Daniel, enfiando seu dedo indicador em seu cuzinho. Para desestabilizar ainda mais seu amor, atacou seu ponto fraco, mordendo-lhe a orelha, enquanto massageava o cu dele com o dedo, o deixando molinho.
Daniel – Ai Xande.
Alexandre – Achei, é aqui que esta pegando fogo.
Alexandre – Vou resolver esse problema, meu gostosão.
Alexandre colocou Daniel de 4 no sofá, abrindo sua bunda, revelando aquele cuzao já piscando, pedindo por pica. Antes de meter sua mangueira, deu uma linguada naquele rabo.
Alexandre – Essa mangueira que você quer?
Perguntou, passando o extintor sobre a bunda dele.
Daniel – Essa mesmo.
Sem dó e nem piedade, Alexandre deu uma palmada com a mão cheia naquele rabo branquinho, fazendo Daniel gritar.
Alexandre – Você não aprendeu ainda? Nesse rabinho, só entra a minha mangueira.
Alexandre já estava com o pau duro feito pedra, e remexendo em suas coisas, abriu uma camisinha no dente, enrolando em seu pau.
Daniel - O que é isso amor?
Alexandre – Vermelhona, pra combinar com meu uniforme.
Daniel – Eu não vou dar pra você, usando essa coisa?
Alexandre – Por quê? Não gosta mais do piruzão do seu marido?
Daniel – Esta parecendo o pinto daqueles cachorros no cio, todo vermelho. Vamos fazer sem camisinha.
Alexandre – É o pau do seu cachorrão. Disse rindo.
Alexandre - E não quero gozar no seu rabo, vou te dar leitinho em outro lugar.
Alexandre – Vem, você nem vai ver minha rola, ela vai estar dentro de você.
Daniel sabia que não iria resistir a aqueles encantos e foi cedendo. Alexandre o colocou de 4 e começou a meter devagar, tirando gemidos abafados do seu principezinho.
Alexandre – Geme gostoso meu amor.
Daniel – Ai Alexandre!!!!
Daniel sentia seu cu se abrindo, dando passagem para aquela cabeçona saliente, lhe rasgando todo.
Alexandre – Esta quentinho, esta mesmo com muito fogo no cu.
Alexandre – Sente minha mangueira dentro de você.
Daniel foi se acostumando com aquela rola e logo a dor deu passagem para o prazer.
Daniel – Vai meu bombeirão, bota essa mangueira pra funcionar.
Alexandre adorava ser provocado e a cada palavra de Daniel, ficava ainda mais tesudo.
Alexandre bombou um pouco naquele rabo, mudando de posição, sentando no sofá, com o pau empinadão.
Alexandre – Senta nele.
Daniel não esperou duas vezes, subiu no seu bombeirão e segurou sua rola, mirando bem no seu cuzinho. Daniel ficou de frente, cavalgando Alexandre, sentindo a rola entrar todinha em seu rabo.
Alexandre – Que delícia de rabo, rebola meu amor.
Alexandre – Vou saciar esse seu fogo.
Daniel cavalgava de frente, apoiando em seu peito peludo, mordendo seu queixo, sentindo sua barba arranhar-lhe todo o pescoço.
Alexandre deslizava suas mãos pelas costas de Daniel, abrindo sua bunda com as duas mãos, sentindo seu pau sumir lá dentro.
Mas aquele se aquele showzinho desse certo do inicio ao fim, não seria o doutor fofura.
Os dois estavam se acabando de tanto tesão e esquecendo o mundo a sua volta, nem se deram conta que o maçarico tinha ficado ligado próximo a uma cortina, iniciando um incêndio de verdade.
Daniel – Amor, o fogo.
Alexandre – Sim, estou apagando ele com minha mangueira.
Daniel queria parar, mas Alexandre puxava sua bunda para o seu pau, metendo sem parar.
Daniel – Alexandre o fogo, vamos apagar.
Alexandre – Estou apagando meu amor, vou te deixar saciado.
Daniel – Não Alexandre.
Alexandre – Calma, seu bombeirão aqui apaga qualquer incêndio.
Alexandre estava entendendo tudo errado e desesperado, mas com um rola atolada no meio do rabo, Daniel, puxou o cabelo do seu amor, virando sua cabeça. Alexandre quase teve um ataque ao ver a cortina alastrada pelo fogo.
Daniel – A cortina esta pegando fogo Alexandre.
Alexandre deu um pulo, jogando Daniel de fora do seu colo, o derrubando no chão da sala.
Daniel – Ai meu joelho!!!
Desesperado saiu correndo ainda de pau duro, sacudindo a cortina, tentando apagar o fogo.
Alexandre – Rápido Dan, pegue um balde d’água.
Daniel veio correndo do banheiro com um balde dágua e na hora de jogar, escorregou, dando um banho em si mesmo, no meio da sala.
Daniel – Que droga.
Alexandre pegou uma vassoura, mas o fogo se alastrou ainda mais. Largando tudo de lado, pegou o extintor, manuseando em direção ao fogo.
Daniel – Isso é de verdade?
Alexandre – Claro que é de verdade, só preciso saber como funciona.
Daniel – Vamos morrer queimados, até você descobrir como que liga isso.
Alexandre – Calma, esta tudo sobre controle.
Desesperado, Daniel começou a bater o fogo com a vassoura, mas sem êxito voltou a jogar água.
Alexandre – Consegui.
Daniel voltou com mais um balde d’agua e passando na frente de Alexandre, levou uma rajada daquele extintor no meio da bunda, deixando seu rabo todo branco, com aquela espuma.
Daniel – Você ficou louco?
Alexandre – Você que entrou na frente.
Alexandre chegou perto do fogo, que queimou os pelos do seu peito, deixando um cheiro de galinha queimada dentro do apartamento, mas com jeito, conseguiu apagar o fogo, que tinha destruído toda a cortina, deixando a sala num estado de calamidade.
Daniel – Olhe que bagunça!!!
Alexandre – Vem, vou terminar de apagar seu fogo.
Daniel – Que fogo o que, olhe que bagunça esta essa sala. Me ajude a limpar.
Ainda pelado, Daniel ficou um bom tempo arrumando aquela zona, causada pelo doutor desastrado, mas antes teve que limpar a própria bunda, que estava toda branca.
Daniel nem se deu conta que fez a faxina sozinho, já nervoso teve um ataque quando foi para o quarto e Alexandre estava deitado vendo TV.
Daniel – Mas que porra é essa? Você bota fogo no apartamento e agora esta aqui rindo, vendo TV?
Alexandre – Desculpa amor, fica nervoso não.
Daniel quando se irritava, ficava intragável. Saiu batendo as portas, mas Alexandre sabia como dar um jeito nele. Esperou a poeira baixar e depois fez aquela cara de cachorro pidão, todo manhoso, fazendo milhões de carinhos em Daniel, que mostrava se resistente.
Alexandre – Vem, vamos tomar um banho.
Daniel – Não quero Xande.
Alexandre – Estou mandando Daniel.
Daniel – Desde quando manda em mim?
Alexandre – Desde sempre. Se não vem por bem, vem por mal.
Alexandre pegou Daniel no colo, que esperneando como uma criança, foi levado até a ducha, onde se rendeu ao carinhos do médico.
Daniel – Eu te odeio, sabia!!!
Alexandre – Com esse beijo gostoso, não acredito mesmo.
Daniel – Você é um sem noção, sabia doutor.
Alexandre – Só queria esquentar nossa transa.
Daniel – E torrar nos dois né.
Alexandre começou a rir e agora mais calmo, Daniel também caiu na risada.
Já na cama, Alexandre secou Daniel, enchendo seu corpo de beijos, como forma de acalmar seus ânimos.
Alexandre – Vai dizer que você não gosta desse meu jeito desastrado.
Daniel – Eu te amo, seu bobo.
Alexandre – Também te amo.
Daniel – Xande, eu quero fazer amor com você.
Alexandre acariciou o cabelo de Daniel, beijando seus lábios de maneira bem carinhosa.
Daniel – Mas vamos fazer amor, no estilo papai e mamãe.
Alexandre – Vou adorar. Quero ser o papai.
Daniel – Você pode ser o que quiser, desde que não me mate ou não me deixe amarrado, ou algo do tipo.
Os dois fizeram amor várias vezes naquela noite, parando apenas para namorar um pouco e dar risada. Alexandre caiu diversas vezes no riso ao lembrar-se de Daniel, com a bunda toda branca. Já Daniel ria de tudo, não acreditando que ainda se deixava cair nas loucuras que seu amor aprontava.
Julio estava se sentindo como um dos loucos daquela clinica, tendo que conviver com eles, mas Gabriela foi rápida, no dia seguinte já estava com uma papelada e apresentando ao diretor da clínica, botando a maior banca, conseguiu tirar Julio daquele lugar.
Julio – Como conseguiu esses documentos?
Gabriela – Tenho alguns amigos que me devem favores.
Julio – Você não vale nada hein.
Gabriela – Não muito diferente de você.
Julio – Qual seu plano?
Gabriela – Preciso sair limpa dessa história. É questão de dias até a policia desmontar essa quadrilha e chegar até você.
Julio – Preciso tirar algum do meu tio, mas não posso chegar até a empresa. Ele já esta muito desconfiado de mim.
Era por volta do almoço, Roberto estava muito nervoso e pediu a secretária o chama-lo assim que o auditor chegasse.
Alexandre – Meu tio esta ai?
Secretaria – Esta sim, mas não esta num bom dia.
André – Precisamos falar com ele, é urgente.
Roberto – Meu filho, você aqui, que surpresa.
André e Alexandre entraram, mas não estavam tão animados como ele. Sem cerimônias, Alexandre começou a explicar o motivo da visita e dando a palavra ao irmão, ficou apenas escutando, pronto para amparar o tio, quando a bomba explodisse.
André – Tio, eu nem poderia estar fazendo isso que estou fazendo, mas estou aqui como um sobrinho, um amigo e não como delegado.
André – Há alguns meses minha delegacia esta investigando uma grande quadrilha de roubo de cargas.
Roberto – Certo, mas me desculpe, o que tenho com esse assunto? Você precisa de algum tipo de ajuda?
Alexandre – Escute com atenção tio Beto.
André – Conseguimos reunir provas, escutas telefônicas, depoimentos e o que descobrimos é que essa quadrilha negocia a carga roubada com grandes empresas e..
Roberto – Espere ai. O que essa quadrilha roubava?
André – Todo tipo de carga valiosa, inclusive produtos que sua loja comercializa.
Roberto – André, você não esta insinuando que minha loja...
André – Temos provas mais que suficientes, que mostram o envolvimento da sua empresa com essa quadrilha.
Roberto – Isso é um absurdo. Tudo que conquistei na vida foi com o suor do meu rosto. Nunca cometi um único ato de desonestidade como empresário.
Alexandre – Acreditamos nisso tio, mas o que o André esta dizendo, é que suas empresas serviam para lavar o dinheiro dessa quadrilha, comprando a preço bem inferior as mercadorias desses roubos.
Roberto – Não Alexandre, eu nunca fiz nada disso.
André – Tio Beto, quem era o responsável por esse departamento? Pelas negociações de compras?
Roberto – Quem era responsável por essa parte, era...
Roberto sentiu um estalo em sua cabeça e tudo foi ficando claro.
André – Acho que não preciso dizer mais nada não é? O senhor já deve ter entendido tudo.
Roberto – O Julio!!!
Roberto – Não pode ser. Ele é meu sobrinho, filho da minha falecida irmã.
Roberto – Sempre o tive como um filho, ele não pode ter feito uma coisa dessa, ter se associado a pessoas desse nível.
Alexandre – O senhor sabe que eu e ele nos desentendemos e não quero parecer leviano o acusando, mas o senhor não é bobo.
Roberto – Eu já estou de olho nele a algum tempo mas daí imaginar que ele se juntou com criminosos, isso é forte demais.
André – Tio, acho bom o senhor se preparar, pois essa investigação esta concluída e é questão de dias para estar tudo na imprensa.
Roberto estava chocado, sabia que o sobrinho não era um exemplo de pessoa, mas não esperava que ele fosse capaz de descer a esse ponto.
Secretária – Com licença, o auditor chegou.
Roberto – Mande entrar, agora.
Roberto parecia fora de si, mas mesmo desconfiado que algo estava estranho nas contas da sua empresa, nunca imaginou levar um golpe como o que estava prestes a receber.
Roberto – São meus sobrinhos, pode falar na frente deles, são de total confiança.
Auditor – Seu Roberto, minha empresa finalizou a auditoria em todos os contratos e contas de suas lojas.
Alexandre – E ai, tem algo de errado?
Auditor – Infelizmente não trago boas notícias.
Gabriela era esperta demais, seu interesse em ajudar Julio ia alem do que ela havia contado. Ela sempre soube que o rapaz roubava o tio há anos e na verdade estava de olho numa parte desse dinheiro, para sumir do mapa antes que as coisas apertassem para seu lado.
Julio – Não posso voltar pra casa. Quando meu tio descobrir que sai da clinica, ira atrás de mim.
Julio – A essas alturas aquele auditor já deve ter descoberto todos os desvios que fiz na empresa dele.
Gabriela – Você pode ficar escondido aqui por enquanto.
Gabriela – Estive pensando na história que me contou. Se essa pessoa esta mesmo com esses cadernos do Thiago, ela não irá entregar para seu tio Roberto.
Julio – Como assim?
Gabriela – Será que você ainda não percebeu que essa pessoa só quer lhe infernizar? E pelo visto conseguiu, fez você se passar por louco diante de todos, te desmoralizando.
Julio – O Thiago quer me matar, ele...
Gabriela – Pare com isso Julio, chega, acorda pra vida.
Gabriela – Cadê aquele cara esperto, que conseguiu enganar todos durante todos esses anos?
Gabriela – Você tem algum tipo de rixa com alguém?
Julio – Como assim?
Gabriela – Existe alguém, alem do Daniel e do Alexandre, que teria motivos pessoais pra se vingar de você?
Julio ficou pensativo, fazendo uma cara de surpresa. Até fez menção em dizer algo mais recuou.
Julio – Não, ninguém.
Gabriela – Você tem certeza?
Julio – Sim, acho que sim.
Gabriela – Estive pensando também. Essa Larissa é suspeita demais, mas algo que me chamou atenção foi o lance das baratas.
Gabriela – Você lembra quando o Daniel nos flagrou e você humilhando ele, disse que o Thiago estava sendo comido pelas baratas?
Julio – Perai, não pode ser. Será que esse viado esta....
Gabriela – Quem mais teria motivos de sobra pra querer acabar com sua vida?
Julio – Eu vou acabar com esse desgraçado de uma vez por todas.
Gabriela – Só ele estava naquela sala. Não sei como você não tinha se tocado disso ainda.
Julio – Só estava eu, ele e você.
Gabriela – Como?
Julio – Você também estava lá.
Julio se levantou, indo em direção a Gabriela, que começou a se assustar.
Gabriela – O que esta querendo dizer com isso?
Julio – E se for você? E se você esta fazendo um jogo duplo?
Gabriela – Para com isso.
Julio segurou nos braços de Gabriela, a deixando apavorada.
Gabriela – Me larga, você esta me machucando.
Julio – Me de um motivo pra acreditar em você?
Gabriela – Eu lhe tirei daquela clinica, eu estou sendo perseguida por bandidos.
Gabriela – O que eu ganharia se fazendo passar pela bicha do seu primo morto? Você não acha que já tenho problemas demais na vida?
As palavras de Gabriela pareceram surtir efeito e se acalmando, Julio foi soltando o braço dela.
Gabriela – Se concentre no Daniel. Se ele não se revelou até agora é porque esta tramando algo bem pior contra nós. Mas o que seria esse algo?
Gabriela – E será que o Alexandre esta ajudando ele? Será que estão juntos?
Julio – Podemos dar uma prensa nele.
Gabriela – Não adiantaria, ao menos que você queira levar outra surra dele. Disse rindo.
Gabriela – Podemos atingir o ponto fraco dele.
Julio – Qual o ponto fraco dele?
Gabriela – Aquele toquinho de gente. Aquela garotinha insuportável.
Julio – O que você pretende fazer?
Gabriela – Eu? Absolutamente nada.
Gabriela – Mas as crianças de hoje em dia são tão levadas, atravessam a rua sem olhar, e numa dessas um caminhão pode passar por cima daquele corpinho frágil.
Gabriela – Ou então cair numa piscina, num poço ou até mesmo levar um tiro, brincando com o revolver do tio. Conheço vários casos de acidentes assim.
Julio – Você esta louca.
Gabriela – Não estou louca não, mas esse silêncio todo esta me matando, estou sentindo nossa batata assar.
Alexandre insistiu, mas Roberto preferiu ir para a casa sozinho, estava abalado demais com os golpes que recebeu naquela tarde.
Suzana – Chegou cedo meu querido.
Larissa – Como vai tio?
Roberto passou por elas, sem ao menos olhar em seus rostos, indo direto para o escritório. Suzana foi atrás do marido, estava assustada demais pois nunca o tinha visto com aquele olhar.
Suzana – O que aconteceu Roberto?
Roberto – Perdemos tudo.
Suzana – Tudo o que?
Roberto – Nossa empresa, nosso nome.
Suzana – Como assim?
Roberto – Nosso nome esta na lama.
Roberto – Durante todos esses anos o Julio nos roubou.
Roberto – Desviou milhões, fez negociatas usando o nome de nossa empresa.
Suzana – Meu Deus.
Suzana – Mas não compactuamos com isso.
Roberto – É mais grave que você pensa.
Roberto – Ele fraudou documentos, não pagou impostos federais.
Roberto – Estamos devendo uma fortuna ao governo.
Roberto – Se prepare Suzana, não sei se iremos conseguir nos levantar. Nossa boa vida pode estar perto do fim.
Roberto – Anos de trabalho jogados assim, na lama.
Suzana – Que se dane a boa vida Roberto.
Suzana – Você construiu esse império sozinho, se for preciso arregaçamos as mangas e construímos outro ainda maior.
Roberto – O que me dói não é o dinheiro, mas sim a confiança que depositei nele por todos esses anos.
Roberto – Porque ele fez isso conosco? Sempre o tratamos com um filho.
Suzana – Ele é um ingrato. O Daniel sempre teve razão.
Roberto – Não misture as coisas Suzana.
Suzana – Não vou discutir por isso.
Roberto – Construí essa empresa, acumulei fortuna, tudo para o nosso filho. Ele se foi e agora a única coisa que nos sobrou esta se desfazendo como areia, descendo pelo ralo.
Suzana – Não Roberto. Perdemos nosso filho, mas ainda temos nossos amigos, temos saúde e o principal, nós temos um ao outro.
Roberto estava muito triste, se sentindo traído, mas as palavras da esposa, conseguiram tocar seu coração. Nem ele imaginaria que Suzana iria receber aquela noticia de maneira tão serena e que seria o alicerce que o manteria em pé.
Suzana – Ainda temos um ao outro e se precisar, lavo o chão da rua, mas nada ira nos derrubar.
Roberto segurou as mãos da esposa e muito emocionado as beijou, em sinal de carinho.
Larissa permaneceu na casa, na outra sala, ouvindo toda aquela conversa atrás da porta.
Larissa – Esta na hora de acabar com essa historia de uma vez por todas.
André – Fiquei com pena do tio Beto.
Alexandre – Nem me fale, fiquei com o coração partido, ele não merecia essa traição do Julio.
André – Fique tranqüilo mano, agora é questão pessoal, vou jogá-lo numa cadeia.
André se espalhou no sofá de Alexandre e puxando a mão no meio de umas almofadas, trouxe uma tanguinha fio dental, abrindo diante dos seus olhos, lendo aquela frase.
Alexandre ficou branco e André parecia que via um ET em sua frente.
André – Mas o que que é isso?
Alexandre – É, ééeé
André – Minha mangueira vai apagar seu fogo?
André – Mais que nojo.
André atirou aquela sunguinha longe, fazendo cara de nojo, cheirando as mãos. Alexandre começou a gaguejar, tentando achar uma desculpa brilhante.
André – Que coisa é essa Alexandre?
Alexandre – Eu posso explicar, isso é uma brincadeira de um amigo, é....
André – Ah, quer saber? Prefiro nem saber, me poupe desses detalhes.
Alexandre – Vamos mudar de assunto.
André – Vou nessa.
André – Eu vou ver minha baixinha.
Alexandre – E paizão, hein!!!
Daniel já estava encerrando o expediente e não via a hora de encontrar Alexandre e planejar algo para aquela noite.
Henrique – Não quer uma carona?
Daniel – Valeu mesmo. O Xande vem me pegar.
Henrique – Como vocês estão?
Daniel – Estamos bem.
Henrique – Torço demais mesmo por você Daniel.
Daniel – Obrigado Henrique, apesar de tudo, não queria perder sua amizade.
Henrique – Se um dia você...
Daniel – Não continue, por favor.
Daniel despediu-se do amigo e foi para a rua, esperando por Alexandre. Estava distraído, mexendo em seu celular, quando um carro parou em cima da calçada, dando lhe um susto.
Julio abriu a porta do carro e saiu como louco, indo pra cima de Daniel.
Julio – A casa caiu pra você, seu desgraçado.
Continua...