18++ The Bitch Part
Aquela noite estava pensativo, tudo que Marion me disse me fez pensar em coisas que acho que poderiam fazer ate sentido. Toda pessoa acho eu, que possui um relacionamento gay deve pensar se o outro esta feliz com o que tem, ou se uma família, digo... Filhos, mulher poderia fazer mais feliz do que você. Enquanto eu me remoía de pensamentos na cama Rafael se adentrou no quarto. –Já esta deitado? Esta doente? Disse ele em um tom de riso. –Não é nada respondi. –Oque foi Lucas disse ele vindo a mim enquanto desabotoava a camisa e tirava os sapatos. –Rafael você é feliz? -Que tipo de pergunta é essa Lucas? Respondeu ele. –A do tipo que requer uma resposta. Ele deitou do meu lado e segurou minha mão. –Nunca poderia estar mais feliz na minha vida, com você é como esta vivo sempre, e com isso ele beijou minha mão. –Queria filhos Rafael? Senti-o parar no tempo por um momento. –Olha Lucas quando nos assumimos certas coisas na vida pensamos ate onde é o limite, ate onde tudo pode proporcionar. Não vou meti claro que certa altura do nosso relacionamento senti vontade ter filhos, seria muito bom ter crianças nessa casa tão grande, Mas nunca toquei no assunto com medo de que você se aborrecesse. –Lucas o continuou isso para mim agora não faz diferença. Eu soltei sua mão e levantei da cama, ele me olhava meio desentendido. –Talvez faça Rafael. E sai do quarto.
Fiquei quase a noite toda assistindo tv, ate ver a porta se abrir, era ela a vagabunda Marion.
–Olha quem esta acordado, por um acaso preocupado comigo? –Por favor seria bom se você me deixasse sozinho. Ela soltou uma gargalhada. –Sabia você perguntou ao Rafael, sobre oque te falei? E pelo jeito a resposta não foi bem oque você queria ouvir não é? Levantei-me do sofá, cheguei perto dela e comecei a falar. –Porque você não sai daqui, volta para Paris, tentar arruinar relacionamento de outra pessoa, ou tentar ser feliz? Para mim você não passa de uma oportunista, para mim você não vale nada. Quando olhei as escadas, lá estava Rafael parado, com certeza ele tinha escutado tudo. – Que tipo de atitude é essa Lucas? Fiquei pálido. –Responde Lucas? –Rafael é ela, ela veio aqui para arruinar eu e você, você não percebe? Ela se virou ao Rafael e disse. –Desculpe rafa, eu não queria causar problemas, hoje mesmo vou embora. –Não você não vai a canto nenhum, e você Lucas que decepção. Ele voltou a subir as escadas, ela me olhava com uma cara de satisfação, como se tudo que ela queria estivesse dando certo. –Ai, disse ela quem diria que ia ser agora a melhor parte da noite, e subiu as escadas. La estava eu como o errado da historia. Entrei no quarto lá estava ele em pé me esperando, tranquei a porta, e antes que pudesse me explicar ele já veio com sete pedras na mão. –Esperava tudo de você Lucas, menos isso... É difícil algum parente meu vir me visitar, para falar a verdade nenhum vem me visitar, e quando isso acontece você faz isso? -Rafael não é minha culpa...
–Nunca é Lucas, não é verdade. Você é sempre o certinho, o santo não é? –Eu não estou dizendo isso. Virei-me e deixei-o falando sozinho. Ele me segurou pelo braço. –Qual o fundamento de tudo isso Lucas pode me dizer. Olhei em seus olhos e disse. –Vai dizer que nunca ficou com sua prima? Vai dizer que não se sente atraído por ela. –Mas oque? Lucas que bobagem é essa? Quer saber Lucas acho melhor você não dormir aqui hoje. Meus olhos estavam vermelhos de raiva, mas segurei o choro. –É Rafael é melhor mesmo. Desci as escadas correndo, dai sim as lagrimas saíram, que merda, que merda. Peguei o carro e sai do quintal daquela imensa casa, dirigi sobre a neblina da noite, e parei o carro na estrada, comecei a chorar, estava tudo dando errado de novo, estava tudo dando errado, estava quase sufocado dentro do carro, abri a porta e sai para tentar pegar ar, mas nem olhei para pista.
Os faróis iluminaram meu rosto fiquei quase cego, o carro que vinha em minha direção estava pronto para me acertar em cheio, a freada foi brusca, cai sentado no chão molhado pela neblina enquanto os faróis estavam a centímetros do meu rosto. Não consegui respirar direito pelo susto, vi alguém abrindo a porta rapidamente, ele veio em minha direção, quando ele entrou em meio a luz, percebi era ele Allan. –Lucas disse ele espantado você esta bem, meu Deus oque fazes aqui uma hora dessas, podia ter te atropelado sabia, meu Deus do céu. Comecei a chorar sentado naquele chão úmido. –Oque foi Lucas, ele se agachou em minha frente oque foi?. Quanto mais ele perguntava eu chorava, quando me dei por conta eu o abracei, e chorava em seu ombro, ele me abraçou de volta. –Não chora, vai ficar tudo bem, tudo bem.
