Lua Vermelha 7

Um conto erótico de Sr. B
Categoria: Homossexual
Contém 1026 palavras
Data: 10/07/2013 16:46:31

Desço as escadas, o café foi calmo, os meus pais se negaram a tocar no assunto novamente. O motorista como sempre pontual, á caminho da escola, via movimentos na floresta que cercava uma pequena parte da estrada percorrida no dia-a-dia, eram movimentos rápidos, sinuosos, quase imperceptíveis, com as histórias que eu andei ouvindo tinha motivos, pra sentir medo.

Sentei-me devidamente no banco evitando desviar o olhar da frente do carro a cada cinco minutos.

Fernando- Tudo bem senhor, esta nervoso?

Felipe- Não Fernando tudo bem, apenas vá mais rápido estou quase atrasado.

Fernando- Fique tranqüilo, ainda lhe faltam 5 minutos, conseguimos chegar la, a essa velocidade.

Felipe- Eu mandei andar "RAPIDO"!- Falo dando ênfase a palavra “rápido”, chegando ate a ser um pouco rude com Fernando.

Fernando- Desculpe, estou acelerando.

Felipe- Desculpas peço eu, estou estressado hoje.

Seguimos, e assim que passamos do perímetro da floresta, sinto uma sensação de alivio, se havia algo me seguindo ficou pra trás... Levamos cerca de três minutos ate chegarmos à escola, todos cochichando entre si, por um minuto pensei que era sobre mim, mas uma garota se aproxima, perguntando se eu estava sabendo da morte de Jason, um dos membros do time de futebol, do qual Roberto era capitão.

Felipe- Como ele foi morto?

Juliana- A policia, diz que foi ataque de animal, agora eu não acredito... Ataque de animal em plena cidade tá tudo bem Lua Vermelha não é la muito urbanizada, agora alguém deveria ter visto o animal né?

Felipe- Sim, alguém deveria ter visto...

Os ataques estavam mais constantes, o ultimo que havia visto na internet havia acontecido há apenas duas semanas atrás. Será que os movimentos que eu vi na floresta, são do mesmo autor, será que eu sou a próxima vitima, eu tinha que estar pronto quando ele viesse não queria ser o próximo a ser morto.

Roberto- Oi meu lindinho- Fala ele que em seguida, dá uma palmada na minha bunda-.

Felipe- Nossa Roberto que susto.

Roberto- Que foi tava pensando em alguém era, espero que seja comigo...

Felipe- Ou então o que?

Roberto- Ou então eu não falo que eu fiquei pensando em você ontem a noite toda.

Felipe- É bom mesmo depois de ter furado comigo pela 2° vez...

Roberto- Haaa fê, me desculpa vai não fiz por mal, você sabe que eu ficaria com você se pudesse.

Felipe- Ta seu bobo, eu te perdoou, agora próxima vez nada de furar comigo entendeu?

Roberto- Claro meu estressadinho.

Marcos- Ora, ora o que temos aqui, o lobinho e o ratinho, sei não mais ele pode te comer quando você estiver por baixo ou por cima.

Roberto- Fala mais uma palavra e você vai ver quem vai comer quem aqui...

Marcos- Opa, opa calma lá meu amigo posso ser gay agora sou ativo, ta vendo ratinho, ele não é decidido, se eu fosse você ficava comigo...

Roberto queria apenas só uma palavra, Marcos deu vinte e cinco, não deu outra, era briga, e dessa vez foi seria, eles praticamente se mataram, ambos os narizes sangravam, eu tinha que fazer algo antes que outra tragédia acontecesse.

Felipe- Parem os dois. - Falo entrando no meio-.

Marcos não para e desfere um ultimo soco, que pro meu azar bate bem no meu rosto, apesar do soco ser forte e bem dolorido, eu não sai, apenas meu rosto seguiu a direção da batida, senti muito ódio naquela hora, minha mão se fechou por instinto e revidei com um soco de direita, Marcos cambaleou no ar, girando e atingindo o chão com força, apesar do ocorrido ele não parecia estar mal, apenas assustado, ele se levantou e seguiu em direção a esquina, sem olhar pra trás. Fui socorrer Roberto, que aparentava estar mais machucado, mas quando chego perto, ele estava bem, estava curado praticamente de todos os ferimentos.

Ele se levantou, se apoiou em mim, e seguimos ao banheiro, onde limpei o sangue de seu rosto, conferir se a origem do mesmo ainda existia, mas nada, nada estava machucado ou ferido, tudo estava perfeito, aquilo me assustou, alguma coisa havia acontecido e Roberto, não me contava o que era, não queria ser ríspido e perguntar na lata, a oportunidade tinha que surgir.

Roberto- Valeu pela ajuda fê, mas sobre o que aconteceu lá fora não sabia que você era tão forte.

Felipe- Nem eu sabia, mas estamos pelo menos quites, eu também não sabia que você consegue fazer que seus ferimentos cicatrizem tão rápido.

Roberto- Tá legal, tuche!... Você me pegou, agora eu também te peguei.

Felipe- Como assim você me pegou?

Roberto- Felipe, nós sabemos que você é tão especial quanto eu.

Felipe- Que?

Roberto- Há não se faça de desentendido, você é um caçador e eu sou um licantropo.

Felipe- Que o que você quer dizer com “licantropo”, lobisomem... É isso? -Falo me distanciando-.

Roberto- Claro, fê, mais calma, eu não vou fazer mal nem um a você, nós gostamos um do outro lembra...

Felipe- Não,não... Só depois de você responder a uma pergunta.

Roberto- Qual? Eu respondo tudo que você quiser fê.

Felipe- A morte daquelas pessoas foi por sua culpa? Você tem alguma coisa a ver com aquilo? Responde Roberto.

Sua feição mudou, ele não aparentava estar calmo, como alguns segundos atrás, ele estava nervoso, a típica feição de culpado.

Felipe- Tudo bem, não precisa responder nada.

Segui pro único lugar onde eu achava seguro naquela hora, a sala... Avisei a professor que não estava me sentindo bem e que precisar voltar pra casa, fui na diretoria, liguei para os meus pais, e contei tudo, disseram que o motorista estava a caminham e que quando chegasse, iriam conversa sobre a providencia que seria tomada.

Descendo as escadas, Roberto me segura pelo braço, me dizendo que eu tinha de ouvi-lo, que ele era inocente, que ele não tinha feito nada, colocando a culpa na “alcatéia” dele, sinto muito mais um individuo de um grupo é igualmente culpado assim como os demais envolvidos.

O motorista me esperava na porta, ele só espero eu fechar porta e pisou fundo, no caminho, passando pelas arvores, uma coisa que surpreendeu a nós dois aconteceu, o pneu furou.


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Comentários

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Danô-se! E agora? B o conto está incrível.

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Ainda estou na dúvida sem Marcos ñ tem nd a ver com isso.

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tá, estou começando a gostar do Roberto. Até estou achando que ele é inocente nessas mortes

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