Estocolmo 4 [Parte 1]
Capitulo 4 “Violação”
Parte I
Um milhão de coisas passaram pela minha cabeça. Resistir, não resistir,esperar um momento de vulnerabilidade dele para contra atacar, mas todas minhas alternativas barravam em um certo ponto. Havia outro cara com a câmera. Alem do viking no outro cômodo. Mesmo que eu passasse desses dois aqui como eu iria passar por ele? Na boate ele se moveu como um relâmpago!
Fora de meus devaneios o mulato continuava se aproximando, com um sorriso diabólico entre dentes amarelados. Eu pensei em apenas ficar imóvel e esperar o tormento acabar até que ele me deu o primeiro soco no estomago, eu dobrei na cama e tentei me afastar mas fui trazido de volta com um puxão e em seguida disparou contra meu rosto deixando um rastro vermelho de sangue dos meus lábios na cama, pela visão periférica eu vi o baixinho sorrindo enquanto gravava. Ele se deliciava em me bater com força o suficiente para me lançar para o outro lado da cama e depois me puxar de volta para repetir o processo, estava mesmo dando um show para a câmera. Depois de se divertir o suficiente ele abriu o zíper das calcas e colocou para fora um membro que não era tão grande nem tão grosso quanto Marcus para meu alivio, mas mesmo assim sendo, qualquer coisa inserida em você contra sua vontade há de doer como um parto inverso.
Ele olhou para o item em sua mão com desgosto e depois para a porta , refletiu um pouco e decidiu usar o item que se tratava de uma camisinha. Depois me puxou novamente e me colocou de quatro, desferindoalguns chutes e murros em minhas costas. Eu não vou dizer que nesse ponto eu estava anestesiado, cada pancada me introduzia a um reino de dor, mas eu estava tomado peloterror, até alguns meses atrás eu era virgem, e agora estava prestes a ser violado por um desconhecido.
A voz dele veio de um lugar distante, porque definitivamente eu não estava no mesmo quarto que os dois monstros.
-Hoje vai ser com capa madame, mas amanhã vai ser na pele mesmo, e ai eu não posso garantir a saúde desse viadinho. E tem mais, hoje vai ser so a metida básica mesmo porque eleainda está arredio, mas depois de uns dias eu te mando um vídeo dele mamando, esses lábios lindos vão ficar ainda mais macios inchados depois de uns dois dias de surra.
Nessa hora eu acordei novamente, eles estavam gravando aquela barbárie. Minha mãe iria assitir aquilo, Marcus iria assistir aquilo. Eu chutei a perna dele e tentei escapar para a frente da cama, mas a próxima coisa que senti foi o seu peso sobre mim, o mulato havia se jogado encima de mim para parar minha figa, com isso seu pau se encaixo exatamente na entrada e quando ele se jogou na cama encima de mim fui penetrado. Mesmo travando a entrada,mesmo sem lubrificação nenhuma o ato aconteceu, a onda de dor foi tão forte que eu arqueei o corpo e quase me levantei com os cem quilos de animal encima de mim e urrei com uma força desconhecida, eu nunca havia gritado na minha vida, raras as vezes em que eu alterei minha voz durante minha vida, e agora eu urrava como um urso ferido. Para me manter no local ele colocou ainda mais força, me prendendo na cama, olhou para a câmera e sorriu.
-Eu gosto quando eles resistem.
Dito isso deu uma cotovelada entre as pás do meu ombro e enquanto eu me recuperava do baque segurou meus cabelos e pressionou minha cabeça contra o colchão me dando pouco ou nenhum espaço para respirar.
Eu não sei dizer quanto tempo aquele animal asqueroso ficou encima de mim, rosnando, metendo, pulando, rasgando, suando e batendo. E seria mentira dizer que não me lembro do que aconteceu, ou que até hoje meu corpo dói em lembrar desse fato. Mas foi tempo o suficiente para eu perder a consciência e ser acordado pela mesma dor que me fez apagar por varias vezes.
Enfim ele ficou ainda mais agressivo e mais urgente e urrando ele ficou imóvel. Quando ele saiu de cima de mim eu não tinha mais dignidade para abrir os olhos, permaneci imóvel. Mas escutei quando ele falou para a câmera enquanto apertava minhas nadegas.
-Essa foi só a primeira, amanhã tem mais, agora eu sei porque alguém come uma coisinha dessas, quando eu acabar com ele não você não vai mais querer o que sobrar playboy, e nem a senhora vai querer os restos madame.
Eu solucei e percebi que meus olhos estavam vermelhos de chorar, eu estava chorando a tempos sem perceber. Mas meu tormento ainda não havia acabado.
-Segura a câmera ai, agora é minha vez!
Eu queria morrer, olhei ao redor procurando algo que pudesse usar como arma contra mim mesmo.
-Não, segura sua onda ai, o Alemão disse que por hoje é só isso, se a coroa não der resposta até amanha você se diverte.
Dito isso os dois deixaram o quarto, o mulato saciado e o baixinho contrariado.
E eu fiquei a sós com meus novos pesadelos, a dor física não era o mais assustador deles (apesar de meu corpo todo doer, doer por fora, por dentro, até ficar imóvel era doloroso) o mais assustador era pensar que minha família veria toda aquela humilhação, minha pobre mãe que a vida toda foi uma alma bondosa,mesmo tendo entrado na casa dos quarenta a pouco tempo e manter um corpo invejável ser fútil ou vaidosa nunca foi um traço seu, ela tinha a alma de anjo, ela não merecia assistir aquilo. E Marcus, meu deus! Como eu iria encarar meu namorado novamente.
Todas essas coisas iriam se repetir novamente, eu não me envolvia muito nos negócios de família, mas eu não era burro, eu estudei o funcionamento de uma empresa com o porte da nossa, até mesmo para agradar meu pai. A venda dela, se minha mãe vendesse mesmo, estava condicionada a diversos fatores e obrigações, tudo isso levaria meses para ser definido.
E todo o patrimônio que meu pai havia reconstruído das ruínas da herança da família seriam dadas àqueles vermes malditos, o mundo não seria um lugar justo ou digno de se viver se isso se concretizasse, mas o mundo não era mesmo um lugar justo, senão eu nãoestaria no lugar onde estava, na condição onde estava. Eu devo ter passado horas imóvel pensando no meu passado, em alguma ação que justificasse estar naquele local, que fizesse algum deus sádico do destino me julgar merecedor de tamanha punição. A culpa daquilo tudo tinha que ser minha. De uma maneira ou outra eu iria enlouquecer, senão naquela noite na próxima.