Fuga #03

Um conto erótico de Olavo A.
Categoria: Homossexual
Contém 1711 palavras
Data: 19/12/2012 09:54:07
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

(Ygor)

Como eu pude esquecer esse nome, nem é tão comum assim. Otto Devesa, claro, o irmão mais novo de D. Olga, e Devesa era seu nome de solteira. Agora está justificada a vinda dela, veio ver o irmão. Só que ele não é tão presente na família desde a morte prematura da esposa, pelo menos foi isso que Sarah me falou quando eu a questionei por ela não ter-me dito nada. Segundo ela, ele passa a maior parte do seu tempo no hospital. E se dedica a criação do filho de 17 anos, que acaba de entrar na faculdade de direito, a mesma que Lúcio estuda. Ele e o filho passaram 5 anos em Londres, devido à um trabalho de pesquisa. No qual saiu bem sucedido e retornou ao Brasil há 3 semanas. Fiquei surpreso ao saber que aquele foi o primeiro contato entre sobrinha e tio.

Nós não tivemos tempo de terminar as apresentações. D. Olga não parava de falar, até que ele é chamado com urgência e assim começamos a segui-lo.

Agora estava conhecendo o hospital, junto com a “família feliz” rsrs, sendo apresentado a sua rotina. Dr. Otto era um homem aparentemente satisfeito com o seu trabalho, sempre cumprimentando pais e pacientes com um lindo sorriso no rosto, encantador eu diria, como tudo nele. Nessa meia hora que passamos correndo pelos leitos, consegui olhar melhor meu “professor”. Ele tem um andar rápido e confiante que exalta sua masculinidade, um perfume forte, mas inebriante, esse eu notei enquanto ele corria a nossa frente. Um ótimo cirurgião, tinha instigantes pesquisas publicadas, sem dúvida seria uma experiência muito proveitosa. Ele tratava a Sarah da mesma maneira que tratava a mim, como um residente qualquer, com certa frieza, eu diria, mas deve ser sua metodologia de ensino. Além do que não tivemos tempo de conversar, trocamos poucas palavras ao longo do dia, a não ser quando ele revisa os prontuários de maneira oral.

Enfim, o dia que passamos no hospital passou voando. Quando dei conta já era hora de voltar para casa, cansado mais estranhamente feliz, naquele momento tive certeza de que escolhi certo. Decidir fazer medicina ao invés de direito, foi a única coisa que tive coragem de fazer na vida, de discordar do meu pai. Dr. Paulo, como costumo dizer, via seu filho mais velho cuidando do patrimônio da família junto com Erik, irmão mais velho de Sarah, ele demorou a se acostumar com a ideia, mas aceitou, o que facilitou isso foi o fato de Lúcio dizer que queria ser advogado. O que me surpreendeu na época, foi o a reação do meu pai no exato momento, ele vibrou. Nunca vi meu pai tão eufórico como naquele dia. O lado bom foi que ele parou de insistir que eu mudasse de opinião. Digamos que eu e Sarah somos as “ovelhas negras” da família, não seguimos a profissão padrão e nem formaríamos uma família considerada padrão para eles.

Chegando em casa, subo direto para meu quarto, tomo um longo banho. E desço para jantar. Sento a mesa, meus pais já estavam presentes, mas Lúcio como sempre não havia chegado.

- Como foi seu dia filho? – Perguntava meu pai tentando puxar assunto.

- Foi bom pai. Estou trabalhando com o irmão da D. Olga, o Dr. Otto, conhece?

- Se eu conheço?! – ele gargalhou alto – quase eu perco sua mãe pra ele. – riu mais ainda, deixando minha mãe constrangida.

- Deixe disso Paulo, foi há muito tempo – diz ele de cabeça baixa.

- Mas foi verdade. Filho sua mãe sempre foi linda. Não o culpo. Lógico que senti raiva dele na época, tivemos nossas desavenças, mas nos tornamos amigos depois disso. Não acredito que o Otto voltou e nem se deu ao trabalho de me avisar.

- Pelo que eu soube pai, ele chagou há quase um mês. – digo.

- UM MÊS!!! – disse ele bem alterado – ele deverá ter uma boa justificativa para não ter dado notícias.

Não conversamos mais. Quando terminei me despedi dos dois, e fui para o meu quarto precisa descansar. Adormeci rápido de tão cansado que estavaNA MANHÃ DAQUELE MESMO DIA

(Lúcio)

Depois de ter atropelado a bichinha do Ygor, voltei pra sala e encontrei uns caras conversando sobre o trote desse ano.

- Qual vai ser ano? Tem que ser boa, por que sacanearam com a gente no 1° semestre. – Dizia um deles.

Eu não fiquei para ouvir o resto da conversa, nunca gostei desse papo de trote, acho divertido e tal, mas os cara pegam pesado. Quando eu era calouro chegaram até a corta o meu cabelo, me sujaram de graxa. Até ai tudo bem, o difícil foi me controlar e não desce o pau no Ygor. Ele ficou me zoando o dia todo. Ele é meu irmão, não digo que não gosto dele, mas ele é muito irritante, e eu não entendo por que a Sarah prefere ele a mim. Ela é muito gostosa pra fica com aquele moleque. O cabelo loiro, os olhos azuis, aquela boquinha vermelha me deixa louco, sem falar no corpo, uma bundinha empinada, uns peitos do tamanho certo. Ahhh só de imaginar já fico de pau duro.

Mas agora eu tenho que me concentra. Ainda tenho que passar por uma entrevista com o Erik. Não entendo o porquê, meu pai também é sócio e um dia eu vou ser dono também. Além do que é só um estágio, mas ele se acha o dono, o pior é que o velho adora ele. Ele é um saco, cara arrogante. Resolvo ir ao banheiro antes, dar uma ajeitada no cabelo.

Quando entro, dou de cara com um vulto negro na frente do espelho. Um vulto, por que não dava pra acreditar que aquilo era uma pessoa.

- Caramba velho, o que fizeram contigo? – digo tentando controlar a gargalhada.

- Uns veteranos me sujaram. – diz ele enquanto lavava o rosto, mas de nada adiantava. Passei o dedo no braço dele.

- Cara isso é tinta óleo, não sai assim não kkk – não deu pra segurar o riso, eles exageraram agora.

- Pow mano e agora, eu to de ônibus. Como eu vou embora assim? – Me deu uma pena do garoto, resolvi fazer uma boa ação.

- Qual teu nome? – perguntei a ele.

- Marcelo. E o teu? – diz ele.

- Lúcio. Não estendo a mão pra ti por que não quero me sujar também – digo e caiu na gargalhada, o moleque sorriu e só os dentes dele apareciam brancos. Foi hilário ele tava coberto de tinta preta. – Então Marcelo eu te dou uma carona, só não vai suja meu carro kkkk.

- Valeu Lúcio, mas não sei como não sujar teu carro.

- Faz assim, me espera aqui pra não aprontarem mais nada contigo, que vou procurar alguma coisa pra forrar o banco e depois venho te chama, falo?

- Ta bem, eu espero. – eu ia saindo, quando ele falou. – Lúcio, obrigado pelo que você ta fazendo.

- De nada, já volto.

Sai de lá, andei pelo campus, e andei muito. Até que eu achei a sala com materiais de limpeza, dentro tinha uma lona preta que devia ter sido usada na época de reforma. Voltei ao banheiro e chamei por ele.

- Marcelo, ta ai cara? – o banheiro estava vazio.

- To aqui. – Ele diz saindo de uma das cabines. – Uns veteranos tavam passando no corredor e eu me escondi. – diz ele dando um sorriso amarelo.

- Ah sim, então vamos logo antes eles que voltem. – ele me seguiu e fomos para o estacionamento cobri o banco do carona com a lona para ele e dei partida no carro. No caminho nós fomos conversando, descobri que ele tem 17 anos, é calouro de direito, mora com o pai, por que a mãe morreu quando ele tinha 11 anos e morou cinco anos em Londres. Contei um pouco da minha vida também, ele até que era legal. Em pouco tempo deixei o garoto na casa dele.

- Bom, é essa sua casa? – digo a ele.

- É sim. Obrigado por tudo mesmo Lúcio, você foi um amigão. Agora vem cá me dá um abraço! – diz ele, brincando comigo.

- Ta louco kkkk. Sai fora, vai me suja todo.

- Ok, ok. Tchaw Lúcio.

- Vai lá moleque, tchaw.

Tirei a lona do carro e guardei na mala, segui para o escritório. Fudeu, já tava atrasado. O Erik devia estar gritando pra Deus e o mundo, que eu sou incompetente, um vadio. Mas também fui culpado, afinal, o que me deu pra ajudar aquele moleque. Ah sei lá, agora to atrasado mesmo. Enfim chego, com uma fome tão grande, que era capaz de ouvir meu estômago cantando Foo Fighters. Corro até a sala do mané, e o encontro no corredor.

- Está um pouco atrasado. – diz ele sorrindo. Só por isso já fico meio desconfiado.

- Um pouco né. Vamos termina logo com isso Erik. – digo a ele

- Calma, Lúcio. Por que você não almoça comigo primeiro e depois conversamos sobre o estágio. – Ta, agora fiquei assustado, esse maluco nunca foi com a minha cara e do nada me convida pra almoçar. Meio desconfiado eu aceito, como eu disse a fome é mais forte.

Seguimos para o restaurante, muito bom por sinal. Ele até tenta puxar papo, eu também não sou tão rude e respondo, me limito a rir em algumas brincadeiras dele. Até que o almoço não estava sendo tão ruim. Ficamos lá por mais um tempo e depois voltamos para o escritório. Nós conversamos de maneira formal. Ele, digamos, que ficou surpreso com a forma que eu me portava e minhas atividades acadêmicas. Posso dizer, que sou foda hehe. Sou meio bruto, ou até mesmo um ogro, mas quando se trata do lado profissional, sei bem separar as coisas.

Ele me contratou, é óbvio, definimos os termos de contrato e fiquei por lá fazendo tarefas básicas. Não vi meu pai nem por um minuto. Devia estar muito ocupado. Queria dizer a ele que tinha conseguido o estágio, queria dividir isso com ele. É muito bom ter o reconhecimento dele.

Saio de lá um pouco cansado, e enfim o dia termina. Mas a noite só começavaOlá!

espero que gostem dessa parte, ela pode ter ficado meio chata e longa, mas foi necessária... Agradeço os comentários de vcs, nunca deixem de faze-los por favor... Obigado CrisBr, Bruno de Lucca, Caco e Hique (te adoro rs).

Bjs


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Comentários

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Seu conto está muito bom, sério. E você escreve muito bem, por favor não demora pra postar os próximos.

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Mt foda! Esse conto promete, esse começo ta mais pra uma introdução e ai quando começa a parte q faz agente roer as unhas? Hahaha não q não esteja legal, mas ta faltando aquela emoção. Bjo xD~

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Não ficou nada chato! Ficou bastante explicativo como o anterior. olha, tenho uma perguntinha :D. Será que vai rolar um certo romance incesto na estória? Curioso...

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Num ficou chato nao, ficou bem explicativo. Nota 10, continua logo.

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