Life As It Should Be – Parte 12

Oi gente, desculpe a demora, tive alguns problemas... Mas então, hoje dia 27 de fevereiro, faz 1 mês que estou com vocês nessa história e eu estou muito grato por vocês estarem acompanhando, por isso vou dar a vocês um presente de 1 mês... haha Parte 12 e 13... Continuem lendo, quem sabe eu pense muito no caso de vocês e poste a próxima parte amanhã de tarde...

-Me beija!

Ela ficou me olhando fixamente, com a boca entre aberta, estava surpresa com meu pedido, ela fez de desentendida, até que tive que repetir:

-Me beija!

Ela então se aproximou, colocou uma mão no meu pescoço e me deu um beijo tímido, provavelmente pra ter certeza do que estava acontecendo.

-Isso foi… Ótimo, não sei como eu não te enxerguei antes.

Ela então subiu em cima de mim e voltou a me beijar, nos beijávamos enfurecidamente, o clima ficava cada vez mais quente, ela levantou minha blusa, foi beijando minha barriga, foi descendo, abriu o botão da minha calça…

-Alice, isso está um pouco desconfortável…

-Não vai ser tão ruim assim.

-Alice, eu não quero fazer isso com você de qualquer jeito, quero que você se lembre disso como um dia especial, não como um dia qualquer…

Ela fitou meus olhos com uma expressão de dúvida.

-Alice, eu… Gosto de você… De verdade.

Seus olhos se encheram de lágrimas, ora sorria, ora chorava, ela realmente me amava.

-Eu te amo – ela subiu sobre meu corpo e começou a desamarrar a primeira mão, depois a outra, esfreguei os pulsos tentando amenizar um pouco a dor, mas não obtive sucesso.

Segurei-a pela cintura, a deitei na cama e fiquei com meu corpo sobre o dela, enquanto a beijava peguei a primeira coisa que consegui – um abajur…

-Bons sonhos, vadia!

Bati o abajur com força em sua cabeça fazendo o objeto se quebrar em vários pedaços, a princípio eu fiquei aliviado de ter desacordado ela, mas a batida fez um corte em sua testa, saia muito sangue, eu comecei a me desesperar, eu realmente não sabia o que fazer, me salvava? salvava a Alice? por um momento me passou na cabeça deixa-la ali e quem sabe morrer – mas que tipo de pessoa eu sou? Deixar a minha cunhada sangrando e desejando sua morte, eu nunca ia me perdoar, o Matheus nunca ia me perdoar.

Corri e peguei minha mochila, peguei meu celular, havia mais de 30 chamadas perdidas, mensagens, eu então disquei o número do Matheus, minhas mãos tremiam.

-Alô Matheus?

-Amor, quem bom que você ligou, está todo mundo preocup… - o interrompi no meio da frase, estava com uma emergência, não dava pra ouvir tudo que ele ia falar.

-Fica quieto, só me escuta, eu não sei onde estou, sua irmã está aqui e ela está desacordada e sangrando, eu preciso da sua ajuda.

-Como é o lugar onde você está?

-Eu não sei, parece um quarto, é rosa, estou trancado.

-20 minutos.

-Matheus? – ele tinha desligado o telefone.

Droga! O que eu ia fazer agora, estava trancado num lugar desconhecido com uma doida inconsciente do meu lado, só queria fugir dali, mas meu bom senso falou mais alto, fui acudir a Alice, eu não entendia nada de enfermagem, mas algo me dizia que tinha que pressionar o corte, então rasguei minha blusa como um faixa e amarrei em sua cabeça, e esperei.

O Matheus havia falado 20 minutos, espero que ele saiba mesmo pra onde ir, e se ele tivesse se engado? E se ele estiver indo pro local errado? E se a Alice acordar? Eu não posso acertá-la novamente, quem disse que 20 minutos não pode ser uma eternidade?

Comecei a ouvir alguns resmungos, era a Alice, estava acordando, ela começou a abrir os olhos, aos poucos foi retomando a consciência.

-Alice, você está bem? Pode me ouvir? Responde…

Ela não disse nada, só ficou me olhando, até que ela deu um grito ensurdecedor e me atacou pelo pescoço, ambos caímos no chão, ela me arranhava, ela estava completamente descontrolada, possuída, eu podia ver o ódio nos seus olhos, eles queimavam, eu tentava me soltar dela, mas ela parecia ter dobrado sua força, foi então que ela tirou uma faca do bolso de trás.

-Alice, para pelo amor de Deus – estava chorando, eu não queria morrer agora, tinha o resto da minha vida pela frente, tinha encontrado um amor, eu não queria perder tudo isso.

-Você me enganou… - ela estava com a faca perto do meu pescoço e se aproximava cada vez mais, eu tentava afastá-la, mas parecia impossível apesar dela ser pequena, então ela encostou a faca no meu pescoço e me rasgou, eu senti o sangue quente escorrendo pelo meu pescoço, ao sentir essa dor, o desespero, o medo de morrer se juntaram e num impulso e consegui empurrá-la longe, tentei me levantar, mas eu estava me sentindo muito fraco, estava saindo muito sangue, eu sentia a morte próxima, ela então se levantou e veio andando em minha direção, eu ia morrer agora…

Num estrondo, a porta se arrebenta, então vejo o Matheus, a única visão que eu queria ter antes de ir, o amor da minha vida, eu sabia que não poderia viver pra sempre, mas morreria sabendo que meus últimos dias foram os melhores que eu já tive, os que fui mais feliz.

-Alice, o que você está fazendo? – ele disse gritando.

Ele correu pra perto de mim, se abaixou e levantou minha cabeça.

-Leo, você está bem? Não dorme, fica acorda ta, acordado… - ele estava desesperado, falava rápido, a voz tremida de choro - Vai ficar tudo bem.

-Eu só estou deixando tudo como tem que ser – ela falou chorando e vindo pra perto de nós.

-Alice para… - ele fez uma pequena pausa - Eu amo ele!

Ela parou exatamente como estava e ficou olhando pra nós.

-Se você fizer isso, você vai me condenar à infelicidade pro resto da vida, ele é tudo que eu quero pra mim – ele falou suplicando com o resto de esperança que havia nele.

Ela abaixou a cabeça e soltou a faca de sua mão, deixando-a cair no chão.

-Vão – ela falou baixo – Vão! – dessa vez foi um grito.

O Matheus me pegou no colo e correu em direção ao carro, me colocou no banco da frente, ligou o motor e começou a dirigir para o hospital, enquanto ele dirigia, ele conversava comigo, se certificando de que ainda estava ali, que ainda não tinha ido embora.

-Amor, fala comigo… Conversa comigo!

-Eu… - o som que eu omitia era quase inaudível, as palavras saiam enroladas e tremidas – não vou… Conseguir…

-Não, não fala isso.

-Eu sempre… vou te amar… Onde estiver…

-Fica comigo amor – ele não sabia se dirigia ou se tentava me manter acordado, vivo – não faz isso comigo, eu te amo.

-Eu… Pertenço… A você! – a minha visão começou a escurecer, estava na hora, a história do filme da sua vida realmente era verdade, eu vi todas as minhas tristezas, felicidades, orgulhos e arrependimentos, estava acabado, tudo que eu quis pra mim, meu sonho virou cinzas, ao fundo eu ouvia o Matheus gritar meu nome, mas eu não era capaz de me pronunciar, fechei meus olhos e então num suspiro profundo, eu descansei…

CONTINUA...