Amor de Verdade 18

As lágrimas agora escorriam sem que eu pudesse controlar. Subi para o meu quarto e Robert veio atrás de mim. Arrumei minhas coisas numa mala e desci. Encarei a minha mãe por uns instantes e sua face continuava do mesmo jeito que quando comecei a contar que sou gay. Segui pro carro de Robert e comecei a chorar desesperadamente. Robert me abraçou e tentava me acalmar, mas decidi dizer o que estava sentindo:

- Como vai ser minha vida agora sozinho? ?

Eu e Robert nos olhamos e ele me abraçou novamente, olhou no fundos dos meus olhos e disse:

- Você não vai estar sozinho nunca se depender de mim. Você vai morar comigo e eu vou fazer o possível pra te fazer feliz, porque eu te amo de verdade.

Eu não conseguia parar de chorar, tanto por mais essa prova de amor do Robert, quanto pela raiva que minha mãe demonstrou. E as coisas poderia piorar, já que dentro de alguns dias eu começava a faculdade e mesmo que eu tenho conseguido bolsa, eu teria que pagar passagem, xerox entre outras coisas que quem tá na faculdade sabe. Além disso, Robert tinha cortado relações com o pai que o mantinha e também precisava seguir estudando, entre outras coisas.

Voltamos para o apartamento calados. Segui para o banheiro e tomei um banho demorado que só serviu para aliviar minha tensão que parecia não acabar. Eu me perguntava o porque de tantos problemas de uma vez só. Minha paixão desiludida por um colega de sala, um novo amor que era chantageado por um homem casado e mantinha relações com ele, enfrentar a ira do pai dele nos chamando de aberrações, e o pior: levar um tapa da minha mãe e saber o quanto ela me desprezava simplesmente por eu não ser o que ela esperava.

Sai do banheiro e cai na cama. Não tava afim de conversar e nem de mais nada. Só queria dormir e esquecer que esse dia aconteceu. Mas os problemas não iriam desaparecer. Robert se deitou do meu lado e ficou me acariciando como se fosse solidário ao momento. Dormi e tive um sono calmo. Acordei e não vi Robert do meu lado. Olhei pro relógio e vi que já era quase meio dia. Me levantei, tomei café da manhã e comecei a arrumar minhas coisas naquele apartamento que passava a ser “meu” também. Arrumei tudo até que Robert chegou com um sorriso lindo. Me deu um selinho e começou:

- Amor, eu tô cheio de novidades.

- Conta logo então.

- Olha só, logo cedo minha mãe me ligou dizendo que logo logo ela vai vir aqui pra me ver e já adiantou que me apoia e que vai me ajudar financeiramente a me manter. A outra novidade é que eu recebi outra ligação e era de uma empresa me convidando pra fazer estágio, e por incrível que pareça paga bem.

- Que ótimo. Eu não me sinto muito bem sendo bancado por você, mas como não tenho outra escolha.

- Carlos, olha pra mim. Eu não tô te bancando. A gente tá junto agora, você tem a mim e eu tenho você. A gente vai se ajudar e eu tô fazendo isso por nós dois. Eu te amo lembra?

- Claro que eu lembro.

Nos beijamos loucamente. Seguimos para o quarto em meio aos beijos, nos deitamos na cama e comecei a beijar cada parte daquele corpo gostoso que era só meu. Comecei a chupar seu pau que já estava durão. Ele delirava de prazer e eu me sentia como um profissional. Num impulso ele trocou de posição e começou a me chupar loucamente. Ele olhava nos meus olhos e lambia toda minha pica. Em dado momento eu disse:

- Para se não eu vou gozar Robert.

E ele fingiu não ouvir e continuou chupando. Não aguentei e gozei muito na boca dele, que engoliu tudo. Me beijou e eu me senti na obrigação de retribuir. Voltei a chupá-lo até que ele também deu leitinho na minha boca. Nos beijamos e ficamos namorando por um bom tempo.

Mais tarde a ficha caiu e eu percebi que faltavam três dias pras aulas começarem pra nós dois, já que estávamos matriculados na mesma universidade, mas em cursos diferentes. Fui à cozinha pra tentar preparar algum lanche já que não tínhamos almoçado e estávamos com fome até que Robert se sentou à mesa e disse:

- As aulas tão quase começando né? Bem que a gente podia viajar nesse final de semana.

- Claro amor, só falta grana né.

- Peraí, você me chamou de que?

Eu nem tinha reparado que havia chamado de amor. Ele veio me abraçando e me beijando de uma forma bem romântica:

- Eu tava esperando o momento certo, mas acho que agora é a hora.

Ele disse isso e foi em direção ao quarto voltando com um embrulho.

- Esse é seu presente. Hoje faz dois meses que a gente ficou pela primeira vez.

- Que lindo amor, você não esqueceu.

- Como eu ia esquecer da pessoa mais importante da minha vida. Desde aquele dia minha vida mudou pra melhor. Te amo muito.

Nos beijamos e eu fui abrir o presente. Era uma das camisas que ele tinha experimentado no shopping dizendo comprar pra ele, logo a que eu mais achei bonita nele. Fiquei meio sem graça por não ter comprado nada, mas ele pareceu entender a minha situação. Comemos um sanduiche que eu mesmo fiz e fomos assistir tevê e pensar em como seria a volta (pra ele) e o início (pra mim) às aulas.

A campainha tocou e eu fui abrir a porta. Quando abri, vi uma mulher linda de aproximadamente 45 anos, muito bem vestida e de uma aparência séria. Até que Robert correu e a abraçou:

- Mãe, você já chegou?

Ai meu Deus. Abri a porta pra minha sogra e fiquei ali parado esperando mais um xingamento pra minha lista que já tava ficando extensa...

Mais uma parte pronta e mais uma vez espero que estejam gostando. Tô curtindo mto escrever e perceber que vocês estão acompanhando e comentando. Obrigado por tudo e até a próxima e penúltima parte do conto. Bjos...