Aconteceu em Lisboa – Parte III.

Um conto erótico de Valente69
Categoria: Homossexual
Contém 1085 palavras
Data: 19/04/2011 13:26:32
Última revisão: 19/04/2011 17:55:13
Assuntos: Gay, Homossexual

Aconteceu em Lisboa – Parte III.

Sem trocarem uma palavra foram para a ducha.

Delicadamente o Velho banhou o moço, que delirou.

Vestidos com os felpudos roupões do Hotel Ritz sentaram na sala.

“Qual o champagne vc quer tomar para comemorar?”

“Como?”

“Pelo mundo todo as pessoas tomam champagne , ou pensam que são champagnes, para comemorar uma ocasião especial e essa é uma ocasião especial”

“Ora, senhor conde a que o senhor escolher”, falou o rapaz mais que espantado.

O Mordomo da Suíte surgiu do nada e tentou abrir a champagne, mas foi impedido com um piscar de olhos.

Olhando sem ver o Mordomo da Suíte, fez um salamaleque para o Antigo Cliente e saiu pomposamente da suíte. Por ele ninguém saberia no mundo que aquele moço ali estivera naquelas condições.

O Velho sorriu.

Como o mundo era hipócrita pensou consigo.

“Você sabe o que acabou de acontecer?”

O moço olhou sem entender.

“Aconteceu um Momento Absoluto”

“Você produziu a Vida”

“E esse Momento Único só Seu, você permitiu que eu compartilhasse pelo que fiquei deveras honrado”.

O moço quase pulou no pescoço do mestre murmurando um “ora senhor conde”.

Animado, com efeito, que gerava no rapaz continuou...

“Em toda a Bíblia não há nenhuma condenação a masturbação”.

“Há sim a Historia de Onã que todas as vezes que possuía a viúva de seu irmão deixava o sêmen cair na terra e não no útero da mulher impedindo assim que ela procriase. Essa citação serve para os religiosos condenarem a masturbação. Nada tem haver uma coisa com outra, já que não sabem se a ejaculação do homem foi espontânea ou não. Uma grande bobagem”.

Continuou no mesmo fôlego...

“A masturbação libera o Fator Gerador da Vida”.

Quanto mais falava, mas parecia um Patriarca inflamado falando para uma multidão, enquanto os olhos do moço brilhavam num misto de adoração e entrega.

“Você lembra de Michelangelo ?”

“Ao terminar seu Moisés, diante da tal beleza, bateu no joelho da estatua exclamando: ‘Perché non parli? Perché non parli?, Porque não falas?, Porque não falas?”.

“Estava louco?”.

“Absolutamente NÃO!”

“Tal beleza gerada a partir de um mineral com suas mãos era de tal grandeza que só podia TER VIDA e na realidade tem”.

O Velho Homem enfatizou o Ter Vida.

“A beleza concentrada em sua ejaculação, naquele Momento Único, Momento Absoluto, na masturbação que liberou o Fator Gerador da Vida, torna a batida de Michelangelo Buonarroti no joelho de seu Moises um fato de menor importância na Historia do Homem.

Alberto quase explodiu...

Teatralmente o Velho Homem – após sacudir sutilmente a garrafa- desrolhou o Champagne Nocturne –Taittinger e a espuma abundante, como a ejaculação que acabara de acontecer, deu lugar a uma cor amarelo-pálido com reflexos cintilantes.

Taças antigas, redondas de Cristal Baccarat, ainda dos tempos do Doutor Salazar, como era de seu gosto, nada de modernidades com Le Champagne, que é um Senhor do “Grand Siècle", estavam sobre a mesa - móvel, pegou na base de uma delas e serviu.

Levando-a ate a altura dos olhos do moço falou:

“Veja que o liquido se mexe por si. Há pequeninas bolhas. Tudo tão delicado nesse tom de pêssego”.

“Sinta o cheiro. Não parece o aroma das flores brancas da Morado do Conde?”

“Não lembra os aromas das frutas maduras que enviei a senhora sua mãe quando ela estava acamada?”

O rapaz quase caiu do sofá de tão emocionado, de tão elevado.

A natureza da Manticora e toda a vaidade do Velho Mestre se manifestavam na e da forma irrestrita, na concepção plena dessa palavra.

“Tome um cole”

“O que sentiu?”

“ Um frescor sem igual, não é mesmo?”

“ Melhor do que um copo d’agua depois de uma corrida”.

“ Veja o cheiro. Não lembra os das frutas em caldas da casa de tua avó? Das passas que como sem parar?”

“ Deixa na boca um gosto suave... mas para mim não consegue apagar a doçura agradável e cheia de sabor do teu beijo”.

Alberto caiu de quatro literalmnete.

De pé o Mestre parecia um Velho Profeta.

Pegou os cotovelos de um moço tremulo e o levantou colocando seus labios suavemente sobre os do jovem.

“Voce jamais sentiu o que vai sentir”, tirou o roupão do jovem e o deitou de bruços sobre o sofa.

Pegou a taça de champagne e derramou o maravilhoso liquido cor de ouro sobre a espinha torsal de Alberto e esse sentiu um friozinho para logo ficar todo arrepiado com o passar da lingua do homem sobre ela.

O Velho Homem bebia champagne em seu corpo e era maravilhoso, pensava Alberto, só lera sobre isso e nunca imaginaria que isso pudesse acontecer com ele um dia e uma lagrima correu.

“ Meu menino , coma. É delicioso esse bombom de licor com cereja”.

Virando o rosto o rapaz obedeceu.

“Gostou?”

Pegou Alberto com uma força inesperada para um ancião e o colocou de pé, com as mãos sobre o console da sala, empurrado para o solo o vaso de flores.

Alberto tremeu, pois chamais imaginara o senhor conde agindo assim.

Derramou mais champagne que desceu pelo rego do cu, que foi lambido com sofreguidão, era o mais perfeito Cunilíngua que as paredes do Hotel Ritz Four Seasons, na Rua Rodrigo da Fonseca, Lisboa, Portugal, tinha visto em sua Historia.

Alberto delirava.

“Puta que pariu. Puta que pariu”;

“Ai senhor conde. Ai senhor conde”;

“Mete a língua. Mete a língua”, gritava o moço ensandecido.

Não precisava pedir...

“Relaxe meu menino e coma” e enquanto colocava na boca do rapaz o um bombom de licor e cereja, enviou outro no belo cuzinho cor de rosa.

“Ui...”,gemeu o Jovem, ouvindo, “Vou comer esse bombom, a cereja, beber o licor, no seu cuzinho. Vou lamber até ficar limpinho”.

E o Velho Homem começou a cumprir o que prometera...

Alberto delirava, tremia todo enquanto sentia o desenrolar da coisa...sentiu o correr melado do licor...a lingua ser passada e de repente a pica dura de seu mestre entrar em seu rabo e ai aconteceu:

GOZOU sem se masturbar...e gozou muito...como nunca gozara em toda a sua miseravel vida “dentro do armario”.

A porra saiu num jato tão forte, abundante, como da primeira vez naquela noite.

Nada mais importava, não aguentou e feliz gritou:

“ Eu te amo meu conde”.

Sentiu a vista escurecer, os joelhos dobrarem, a pica do conde ainda em seu cu, indo junto com ele para o chão da Imperial One-Bedroom Suíte, do Hotel Ritz Four Seasons, na Rua Rodrigo da Fonseca, Lisboa, Portugal.

Alberto nunca mais foi o mesmo.

FIM


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