Claudia, minha irmã - 14

Um conto erótico de AribJr
Categoria: Heterossexual
Data: 07/01/2009 10:09:41

A certeza de sentir

Cláudia e Samantha voltaram para São Luís no dia 25 de janeiro, uma sexta-feira.

Depois daquele domingo Samantha não mais parou de querer manter relação, mas evitei o máximo que pude o que não impediu que por três outras vezes ela tivesse conseguido seu intento. Cláudia pareceu não se importar e, para meu espanto, até mesmo falou que eu não deveria evitar tanto.

Quarta-feira, 4 de fevereiro de 2002

– Ela é só uma criança Cláudia! – falei em um certo dia.

– Eu também era, lembra?

– Mas era diferente, a gente era criança e eu... – olhei para ela – Tu sabes que...

Não adiantava nada, ou pelo menos servia para o início de fodas violentas e carregadas de desejo.

Nos dias que as duas passaram comigo também João tinha tomado sua decisão de se separar de Cláudia e tocar pra frente o caso que tinha com Verônica.

O que sei hoje são inconfidências feitas por Samantha, Cláudia nunca quis conversar comigo sobre as confusões daquela semana.

• • • • •

Sábado, 9 de fevereiro de 2002 – 21h00m.

Voltaram para casa juntos e Samantha estranhou, João tentou chamar a filha pra conversar, mas ela não quis.

O clima pesado tomou conta do apartamento, João não quis jantar.

– Filha... – Cláudia entrou no quarto e fechou a porta – Tive uma conversa com teu pai...

Samanta estava lendo uma revista do Pateta, parou e se ajeitou na cama.

– A gente vai se separar... – Cláudia sentou na beirada da cama – Queria conversar contigo...

Samantha cruzou as pernas, Cláudia olhou para a vagina aberta e deu vontade de sorrir, era claro que a filha já tinha decidido o futura antes mesmo daquelka conversa.

– Você já não é uma criancinha... Já sabe das coisas da vida e vai ter de decidir... – parou pra tomar fôlego – Falei pra teu pai que não quero nada... Não quero nada mesmo...

Samantha ficou olhando o rosto da mãe antes de falar.

– Eu fico com a senhora... Não gosto do papai... Nunca gostei...

Não tinham nada mais o que falar, as duas sabiam muito bem o que queriam da vida e João nunca fez parte desse sonho, dessa vontade.

Sábado, 9 de fevereiro de 2002 – 22h00m.

Depois daquela conversa que ratificou a certezas Cláudia foi para o quarto, João estava deitado esperando por ela.

– E como tu vai viver? – esperou que ela deitasse – Tu não trabalha, não daz nada... Tu vai viver de que?

Cláudia olhou para ele.

– O Cláudia me chamou pra morar com ele...

João sentiu um frio correndo na espinha.

– Vocês treparam... – olhou para a mulher – Vocês treparam, não foi?

Cláudia sentiu vontade de dizer que sim, que o irmão sempre foi o homem de sua vida.

– Isso não te interessa! – foi ríspida.

João olhou para ela e sentiu vontade de agredir, de bater e encher a mulher de porrada.

– Te és uma vadia Cláudia... – a mão queimava – Sabia que sempre soube que tu és uma mulher vulgar... Uma puta!

O rosto de Cláudia queimava como se tivesse sido esbofeteada.

– É isso que tu és... Puta!

Ficaram se encarando, Cláudia sentia os olhos arderem e João uma raiva como não lembrava de ter sentido antes.

– Olha cara! – Cláudia sentou na cama – Tu estais passando dos limites... Posso ater ser puta por ter dormido contigo esses anos todos, mas não quero mais ser... E com quem em trepe ou venha trepar não é de tua conta... Eu...

Não terminou. Viu a mão fechada se aproximando, tentou desviar e não conseguiu. Uma dor, dor muito forte correu o rosto e caiu deitada desalinhada pro lado. Tentou levantar e outro impacto, outra dor e outra raiva.

– Não bate nela seu filho da puta! – Samantha correu pra cama – Não bate nela filho de uma égua! Larga minha mãe!

João parou estarrecido, olhou para a filha e viu ódio no rosto e ficou com medo.

– Não bate em minha mãe seu sacana! – Samantha abraçou a mãe – Se tu baster de novo vou chamar a polícia!

A mão de João parou no ar, se batesse bateria em Samantha. Cláudia olhava cheia de raiva para ele, sentia o rosto arder, o olho doer, mas não se importaria de voltar a apanhar se aquilo fosse o passaporte para se ver livre daquele homem que atormentou sua vida nos últimos quatorze anos.

– Eu vou te matar seu filho de uma égua... Eu vou te matar... – Samantha sentia raiva, muita raiva do pai covarde que bateu na mãe – Viu seu sacana de merda! Eu vou te matar nem que seja...

– Pára Samantha, não diz nada... – Cláudia abraçou a filha – Sai daqui João... Vai embora, me deixa... Me deixa...

Foi então que ele percebeu o erro que tinha cometido, mas não tinha volta, já tinha batido, agredido e tirado sangue dos lábios rachados da mulher.

– Vai embora... Sai daqui, sai! – Cláudia encarou e ele sentiu medo do que viu em seu olhar.

Cláudia jamais teria agido daquela maneira, nunca permitiria se expor como foi exposta.

Foi Samantha quem ligou para a Delegacia de Mulheres e denunciou o pai pela agressão à mãe. Nem Cláudia e nem João viram quando ela ligou e só estranharam quando o interfone tocou e Samantha atendeu. João viu a garota sentada na sala esperando, viu também quando ela abriu a porta de três agentes, dois homens e uma mulher, delegada de plantão, entraram.

– Que representa isso? – João olhou abismado sem entender.

– Foi ele moço... – Samantha apontou para o pai – Foi ele quem bateu e quebrou a cara de minha mãe...

– Você está louca? – João fuzilou a filha com um olhar de raiva – Desculpe senhor, mas minha filha...

– Esse á sua mãe? – a agente olhou Cláudia aparecendo.

Cláudia ouviu a conversa e saiu do quarto para ver o que estava acontecendo.

– O senhor está preso por agressão física a esta senhora!

João olhou para Cláudia, Cláudia olhou para a filha enquanto os dois agentes seguravam João pelo braço.

– Espera! Isso é invasão de domicilio... – tentou se soltar – Vou chamar meu advogado...

– Filha, o que você fez? – Cláudia percebeu o que Samantha tinha feito – Não era preciso isso Samantha, não era preciso...

A delegada sugeriu que fizessem exame de corpo de delito para compor o processo, Cláudia ainda tentou desfazer aquela confusão, mas Samantha bateu u pé dizendo que se não assumissem uma atitude o pai poderia fazer coisa pior.

João foi levado para a delegacia apesar de seu advogado já o estar aguardando, ele não conseguiu livrar-se do flagrante.

No dia seguinte bem cedo, acompanhada de Taciane, advogada e amiga de longas datas, Cláudia foi ao Instituto Médico Legal para exames. O rosto inflamado, o olho roxo e quase fechado eram provas irrefutáveis da agressão sofrida.

• • • • •

– Tio... Vem buscar a gente...

Eu estava saindo para o escritório quando o telefone tocou, era Samantha que contou, sem muitos detalhes, o que tinha acontecido.

– Cadê tua mãe? – senti um frio incomodando na barriga – E... E teu pai?

– A mãe ainda não chegou... A tia Taciane ta com ela, acho que foram no IML e depois iam num hospital – falou quase de um só fôlego – Vem logo pai... Vem buscar a gente!

Desliguei o telefone e saí correndo para o escritório, chamei Janiel e contei parte do que tinhaa contecido.

– Tu não queres que eu chame o Washington pra ir contigo? – Janiel sempre foi quase irmão.

Disse que não, mas queria que ele ligasse pro escritório de Teresina pedindo que mandassem o avião.

– Vou pra Caxias, o aeroporto daqui está muito cheio de buraco... – ia saindo quando lembrei – Sim! Vê se fala com irmã Teresa e consegue uma vaga pra Samantha...

– Quer dizer que é definitivo mesmo... – Janiel tentou sorrir – Tu vai mesmo assumir as duas...

Respondi que não sabia, que ia depender de com estavam as coisas em São Luís, mas que não custava nada ficar preparado.

– Ta bom Cláudio... Você sabe que te apóio...

Entreguei a chave da casa e pedi que chamasse a Raimunda pra dar uma ajeitada na casa.

– Tu já vais pra Caxias? – perguntou me acompanhando até a rua – Cadê tua mala?

Disse que não ia levar nada, que compraria uma muda de roupa, não queria me atrasar mais.

Segunda-feira, 11 de fevereiro de 2002 – 17h15m.

Pousamos no aeroporto de São Luís já escurecendo, o piloto ficou com medo de termos que voar à noite, o pequeno avião não tinha aparelhos para vôo noturno.

Janiel também tinha providenciado a locação de um carro – esse amigo é amigo de verdade, pensei satisfeito.

Samantha já tinha falado pra Cláudia que eu estava indo e quando cheguei no apartamento levei um susto ao ver o rosto desfigurado de minha irmã.

– Pai! – Samantha correu e me abraçou – Tava doida de saudades...

Também estava no apartamento a advogada Taciane o que me deixou um pouco aliviado.

– Claudinho essa é Taciane, minha amiga e advogada – Cláudia nos apresentou.

Conversamos até quase meia noite quando fomos deixar Taciane em sua casa. João continuava preso apesar da tentativa de relaxamento do flagrante.

Fiquei ainda uma semana até podermos voltar, nesse ínterim a justiça expediu ordem de separação de corpos e confirmou a guarda de Samantha para Cláudia. O processo de separação correu sem maiores atropelos, depois da agressão João havia perdido todas as possibilidades de querer voltar atrás como lhe sugeriu seu advogado, mas foi preciso a intervenção decisiva de Taciane para que não fosse alegada a relação incestuosa minha com Cláudia e, para isso, tive uma conversa tensa com meu ex-cunhado.

– Olha João... Sabemos que tu pediu a teu advogado que impetrasse impedimento de guarda da Samantha... – acendi um cigarro, ele tambem acendeu, estávamos tensos – Você é quem sabe até quando vais agüentar essa briga...

Parei e olhei para ele, estávamos no escritório de seu advogado. Taciana estava na ante sala com vai Roberval.

– Taciane conversou com ele e os dois acham que ninguém vai ganhar com essa briga, principalmente Samantha... – esperei que ele falasse alguma coisa, mas ele continuou calado – Tu sabes que vou lutar, não vou desistir outra vez de Cláudia e nunca... Ouve bem! Nunca vou permitir que Samantha fique contigo.

– Espera aí Cláudio... Quem vai decidir isso é a justiça... Sou pai de Samantha e tenho meus direitos garantidos por lei...

Respirei fundo para não por tudo a perder, minha vontade era de esganar aquele cara, de encher ele de porrada pelo que tinha feito com Cláudia nos últimos quatorze anos.

– Não estou discutindo isso... Eu sei das leis... – olhei para ele – Mas tu não vai ficar com ela... Nem que...

Ele me olhou, notei um certo tremor em sua mão.

– Tu estais me ameaçando?

– Estou! – fui enfático – Estou te ameaçando e te avisando que caso tu não desistas das duas...

– O que é que vai ter?

– Tu não vives um minuto sequer, viu! – Levantei – Pensa bem! Tu sabes que eu faço!

Saí da sala e chamei os advogados, voltamos os três e João ainda estava sentado.

– Como é? O que tu decides? – perguntei.

João olhou para seu advogado procurando apoio, mas Taciane tinha colocado o problema para ele e contou todos os quatorze anos de maus tratos possíveis de comprovação.

– Tu não vai fazer nada Washington? – ele se levantou – Esse cara me ameaçou de morte...

Taciane me olhou e soube que eu havia cumprido o que tinha falado para ela, mesmo depois de ser desaconselhado.

– Doutor Washington... – Taciane se adiantou – Meu cliente nega que tenha feito qualquer tipo de ameaça... E, convenhamos, é a palavra de um homem desesperado...

Washington olhou para mim e depois para João.

– João... Desiste cara... Isso não vai levar a nada


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Comentários

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29/10/2009 21:28:45
esse eu tbm não gostei...acho que esse joão merecia coisa pior mais em todo o caso ele ter agredido a mulher sabendo que ele proprio ja tem outra...foi o cumulo...vai ficar só nisso? nem em um conto vamos ter punição de verdade pra um canalha que agride a esposa?
09/01/2009 22:15:40
Dentre todo esse não gostei, mas dou-te 8...

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