O que aconteceu naquele quarto foi rápido, mas acendeu algo impossível de ignorar.
As mensagens começaram discretas. Comentários sobre o trabalho, sobre coisas banais… mas logo se tornaram olhares descritos em palavras. Depois, vieram as insinuações. O desejo.
Os dias se tornaram tortura. Eu acordava ansiosa por uma notificação dele, e quando chegava, meu corpo reagia antes mesmo de ler.
Até que veio a mensagem definitiva:
**"Preciso te ver. Sem desculpas. Só nós dois."**
O local foi escolhido sem margem para dúvidas: um hotel discreto, longe de qualquer olhar curioso.
Quando entrei no quarto, Igor já estava lá, me esperando. Assim que fechei a porta, ele se aproximou sem hesitação.
— Você demorou — murmurou, sua voz rouca.
— Você esperou — respondi, provocante.
O que aconteceu depois foi inevitável.
Ele me puxou para si, seus lábios encontrando os meus com a fome de alguém que não podia mais se segurar. Minhas mãos deslizaram por seus braços, por seu peito, enquanto ele me pressionava contra a parede. Seu corpo quente, sua respiração acelerada contra a minha pele… cada toque era eletrizante.
Quando sua boca percorreu meu pescoço, um gemido baixo escapou. Seu toque firme explorou minhas curvas, descendo lentamente até agarrar meu quadril com desejo.
A roupa foi saindo aos poucos, como se quiséssemos prolongar o momento. Cada peça removida revelava ainda mais pele, mais calor, mais necessidade.
Quando ele me deitou na cama, seus olhos me devoravam. Seu corpo cobriu o meu, e quando finalmente se encaixou entre minhas pernas, um gemido baixo escapou dos meus lábios.
O prazer veio em ondas, intenso, arrebatador. Cada movimento profundo fazia meu corpo se curvar sob o dele, e a forma como ele me segurava, como sua boca buscava a minha entre gemidos e sussurros roucos, só aumentava meu desejo.
Ele me virou de costas, suas mãos segurando minha cintura firme enquanto se movia dentro de mim. O quarto estava carregado de calor e gemidos abafados, os corpos suados, o desejo no limite.
— Você é tão gostosa… — ele murmurou contra minha pele, sua respiração pesada.
E então, com um último gemido grave, ele se entregou por completo, seu corpo tenso em êxtase enquanto me preenchia profundamente.
Permanecemos ali por um tempo, corpos colados, respirações descompassadas.
Quando nos vestimos, nenhuma palavra foi dita sobre o que aconteceu. Mas não precisava.
Nos falamos depois? Sim. Mantivemos contato? Também. Mas nunca tocamos no assunto.
Luíza saiu do trabalho algum tempo depois e acabamos perdendo contato. Mas com Igor, a história foi diferente.
Porque, por mais que nunca falemos sobre aquilo, ambos sabemos que nunca vamos esquecer.
FIM DA SÉRIE.
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