Era como estar à beira de algo inevitável. Eu sabia que, se desse o próximo passo, não teria volta. Ainda assim, ali estávamos, ela tão próxima que eu sentia o calor do seu corpo irradiar através do fino tecido da camisola.
Meus dedos ainda estavam na sua cintura, a segurando com delicadeza, como se ela fosse feita de algo precioso e frágil. Seus olhos, baixos, evitavam os meus, mas não havia recuo. Havia hesitação, sim, mas nenhuma vontade real de fugir.
— Mãe... — O meu tom era quase um murmúrio, meu hálito quente perto do rosto dela.
Ela levantou o olhar, finalmente, e foi tudo o que precisei. Inclinei-me devagar, dando a ela tempo suficiente para recuar se quisesse. Mas não recuou. Quando nossos lábios se encontraram, foi como se o mundo inteiro tivesse sumido. Não havia som, não havia pensamento, só o toque dela — suave, quente, hesitante no início, mas cada vez mais entregue. Seus lábios tinham um gosto doce, sutil, talvez um resquício de vinho ou algo mais que eu não conseguia nomear. Só sei que parecia viciante.
Ela respondeu com um suspiro baixo, como se cada parte dela lutasse entre a razão e o impulso. A mão dela, trêmula, tocou meu braço, os dedos finos pressionando minha pele como se quisessem me afastar, mas não com força suficiente para me deter. Pelo contrário, era como um convite velado.
O beijo, antes tímido, se tornou mais intenso. Minha língua encontrou a dela, e a suavidade deu lugar a uma dança mais ousada. Ela cedeu, seus lábios moldando-se aos meus com uma intensidade que me pegou desprevenido. Sua respiração ficou mais pesada, quente contra o meu rosto, e aquele som... um gemido abafado escapou de sua garganta, algo que ela claramente tentou conter, mas que só me incendiou ainda mais.
Minhas mãos não ficaram paradas. A princípio, continuaram na sua cintura, traçando lentamente o contorno dela, subindo até o início das suas costelas, sentindo a curva que o tecido da camisola revelava e escondia ao mesmo tempo. Cada toque fazia Marta estremecer, quase imperceptível, mas eu estava atento a cada detalhe.
Eu queria mais. O calor entre nós era quase insuportável, e o perfume dela — uma mistura de lavanda e algo mais quente, mais humano — me deixava tonto. Minha mão desceu, como se tivesse vontade própria, contornando o arco do seu quadril até alcançar a curva suave da sua bunda.
E foi ali que tudo mudou.
No instante em que meus dedos apertaram levemente aquela curva perfeita, Marta congelou. O beijo, antes tão intenso, parou abruptamente. Ela se afastou de mim, como se tivesse despertado de um sonho do qual não queria fazer parte.
Seus olhos estavam arregalados, as bochechas tingidas de um vermelho profundo. Ela levou a mão aos lábios, como se estivesse tentando apagar o que acabara de acontecer, e deu um passo para trás, a respiração ofegante.
Foi o momento em que percebi: eu tinha ido longe demais. E ela sabia disso tanto quanto eu. Foi o suficiente para quebrar o feitiço.
— Miguel! — A voz dela era baixa, mas carregava um tom de alerta.
Seus olhos estavam arregalados, a respiração ofegante, e ela instintivamente puxou o robe da cama para cobrir o corpo.
— Isso... Isso foi um erro. — As palavras saíram rápidas, mas trêmulas, como se ela estivesse tentando se convencer disso.
— Um erro? — Eu ri, nervoso, tentando quebrar a tensão, mas o som morreu rapidamente quando vi a expressão dela.
— Você sabe que isso não pode acontecer. — Ela apertou o robe contra o corpo, os dedos tremendo levemente.
— Mãe, calma. — Eu dei um passo à frente, mas ela levantou a mão, me parando no lugar.
— Não, Miguel. Isso tem que parar aqui.
— Foi só um beijo...
— Não foi só um beijo. — Ela balançou a cabeça, os olhos cheios de algo que eu não queria ver: tristeza, arrependimento... culpa.
Fiquei em silêncio. O que mais eu poderia dizer? Ela estava certa, e ainda assim, cada fibra do meu ser gritava para não deixá-la ir.
Ela olhou para mim uma última vez, e naquele olhar havia tanto peso que parecia difícil de sustentar.
— Vai para o seu quarto, Miguel.
— Mãe...
— Por favor.
Aquele "por favor" foi como uma porta se fechando antes mesmo dela virar as costas.
E então ela o fez. Deixou-me ali, sozinho no corredor, com a porta do quarto se fechando atrás dela. O gosto dela ainda estava nos meus lábios, e a sensação do seu corpo ainda queimava nas minhas mãos.
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