Eu cheguei cedo ao bar naquele dia.
Um calor de mais de 35 graus pedia uma cerveja gelada, um papo descontraído com os caras, contando as mentiras mais deslavadas que todo bêbado gosta de inventar e enquanto isso, ir jogando uma partida de sinuca.
O boteco mais movimentado aqui da quebrada é de propriedade do próprio dono do morro, o Fred. O sujeito tem moral entre os moradores. Bandido “sangue bom”, que sempre ajudou todos nós com a ocupação, a organização para termos água e luz, e cuida das demais coisas por aqui, como vocês sabem bem que funciona em qualquer comunidade.
Enquanto eu dava uma tacada, meu celular tocou pela primeira vez naquele final de tarde. Eram por volta das 18h e eu tinha fechado minha loja mais cedo, e ao invés de ir para a casa como tinha combinado com minha esposa Nayara, rumei para o bar, o que com certeza iria deixá-la muito irritada.
- Ih... tua mulher já tá atrás de você hein...
Um dos caras caçoou e eu apenas ignorei o toque do celular e me concentrei na minha próxima jogada, aguardando minha vez.
O bar estava com pouco movimento, a sexta-feira só começava.
Eu tomava meu litrão tranquilamente, bebendo um pouco a cada jogada e sem intenção de voltar cedo pra casa.
Nayara não gostava que eu ficasse entrando muito na favela, me misturando com “aquele pessoal” como ela dizia. Por isso, vivia me enchendo o saco quando eu ia no bar do Fred, me ligando sem parar.
O celular tocou novamente e eu o peguei, vendo na tela a chamada de vídeo com a foto dela me encarando e rejeitei.
- Salve, Fred!
Paramos o jogo por um momento para cumprimentá-lo quando o dono entrou no bar e se sentou num banquinho de madeira perto da mesa de sinuca. Fred respondeu com um aceno de cabeça e logo começou a trocar ideia com as meninas do balcão.
Ele sempre foi um homem de poucas palavras, de papo reto. Maduro, quase com 50 anos, um moreno forte, corpulento, mas de estatura mediana, ligeiramente mais baixo do que eu. Naquele dia ele estava bem à vontade, com uma botinha da Oakley, bermudão jeans e uma camiseta folgada. Usando correntes em volta do pescoço e um relógio Casio cromado no pulso.
Os olhos vermelhos denunciavam seu estado alterado.
Eu o conhecia desde pequeno, quando morava na comunidade também e onde conheci a própria Nayara. Eu e ela moramos no Morro do Sapo por mais de 20 anos e faz pouco tempo que saímos de dentro da favela, após nosso casamento. Quando eu abri uma loja de roupas e aluguei uma casa há algumas quadras de distância daqui. Porém, ao contrário da minha esposa, nunca deixei de frequentar a comunidade e manter a amizade com o pessoal.
O celular tocou novamente e dessa vez eu atendi, soltei um “para de me ligar toda hora, cacete!” o mais ríspido que pude e desliguei. Sem chance de resposta.
- Aí sim, hein! Deu uma nela, haha!
Um dos meus manos comentou e os outros deram risada.
- É mano, essa mulher fica maluca quando venho aqui. Toda vez isso!
- Com todo respeito, mas tua mulher é muito metidinha. Saiu daqui da quebrada e nem fala mais com ninguém... Não sobe mais na favela...
Os outros deram um sorrisinho insinuante e eu tive que concordar.
- Pois é, já falei com ela sobre isso, e ainda vem querer embaçar na minha quando venho aqui.
Continuei jogando e torcendo para minha esposa não me ligar novamente e evitar mais comentários, mas, conhecendo Nayara, ela não iria parar de me perturbar. Então, peguei o celular discretamente e desliguei ele de uma vez.
Enfim, sossego.
A noite chegou e bebida após bebida eu ia ficando mais tonto, conversando mais, gargalhando e perdendo todas na sinuca. Cansado, me sentei ao lado do Fred, trocando uma ideia com ele. O cara sempre me tratou bem, sabia da minha índole. Diferente da maioria dos garotos daqui eu não optei em me envolver “na atividade” e me foquei nos estudos e trabalho duro.
Lembro que conversamos um pouco sobre negócios. Fred era dono e patrocinava a abertura de várias lojas ao redor da comunidade, mas se você aceitasse dinheiro dele, ficaria devendo um favor e... enfim, tudo tinha um preço. Eu não aceitei essa ajuda quando ele me ofereceu e mesmo assim ele respeitou minha escolha.
Nayara, pra variar, não gostava do cara. Reclamava que ele era muito grosso, mulherengo, nojento e bruto. Inclusive, a mãe dela teve um relacionamento com Fred e ela conviveu com ele dentro da casa dela por um tempo na sua adolescência, terminando e voltando com a mãe dela. Então poderia saber bem melhor do que eu o tipo de cara que ele é.
Mexer com as mulheres ele mexia, é claro. Fazia alguns comentários indiscretos, uns assovios, mas nada demais. E que ele pegava geral é fato, das coroas até as novinhas. Essa é a vantagem de ser o dono do pedaço, não é? Agora ser violento, eu pessoalmente nunca vi, apenas com outros homens.
Enquanto conversávamos, o telefone do bar tocou.
Só faltava essa. Eu pensei, prevendo quem seria.
Uma das meninas que ficava no caixa atendeu e olhando na minha direção falou bem alto para todos escutarem.
- É a tua esposa, Felipe!
A galera começou a se mijar de rir e eu corei de vergonha. Até o Fred soltou um riso abafado.
- Tua mulher é foda meu... Nem eu sabia que esse bar velho tinha telefone! – Ele comentou e o restante da galera me azucrinou.
Valeu, Nayara!
Naquela noite ela estava atacada.
Fiz sinal para a menina desligar e olhei no relógio, já com a visão turva da bebida e notei que eram quase 22h da noite. Com o bar fervendo e a conversa boa, eu não queria ir embora, e esse foi meu maior erro.
Não se passaram nem vinte minutos e ela chegou como um furacão.
- FELIPE! EU VOU TE MATAR, SEU CARA DE PAU!!!
Nayara veio marchando em minha direção com suas havaianas brancas, o dedo apontado na minha cara e um olhar furioso.
- DESLIGOU O CELULAR NÉ, SEU ARROMBADO! ACHOU QUE EU NÃO TINHA CORAGEM DE VIR AQUI TE BUSCAR?!
Que vergonha...
A galera adorou, é claro. Quem não gosta de uma baixaria.
Minha esposa fez um verdadeiro show da xuxa, me xingando, falando como eu era um safado que vivia indo pro bar e deixava ela em casa cheia de coisas pra fazer...
Sim, ela estava certa. Em partes.
Porém, me fazer passar aquela vergonha toda já era demais né. Afinal, eu nem ia tanto assim no bar quanto ela estava me acusando e claro que eu a ajudava em casa. E ela sabia disso.
A grande implicância de Nayara na verdade, e que eu pensei que ela não teria coragem de falar na frente de todos, era que o bar ficava na favela que ela tanto alegava detestar e se orgulhava de ter saído.
- Nayara, escuta aqui – me levantei e tentei acalmá-la – Deixa pra gente discutir em casa, tá? Eu sei que você tá puta comigo, mas...
- ME ACALMAR?!!!
Enfurecida, ela virou uma mesa próxima que tinha algumas garrafas vazias, fazendo-as espatifarem ao chão e voarem cacos pra todos os cantos.
- VOCÊ FICA VINDO NESSE CHIQUEIRO, TODA SEMANA, SABENDO QUE EU NÃO GOSTO! JÁ DISSE QUE NÃO É PRA VIR AQUI!
- Nayara... segura tua língua! Olha o que você tá falando, cacete!
Tentei a repreender, mas ela estava impossível.
Se virou para o pessoal que já tinha parado de rir e agora apenas assistiam ao show de preconceito dela.
- É isso mesmo... – ela baixou o tom, porém continuou a provocar - Eu dou graças todos os dias por ter saído desse lugar e não ver gente barraqueira e fofoqueira como vocês o tempo todo!
Alguns murmuraram xingamentos e outros começaram a deixar o bar, ofendidos. Fred continuava sentado no banquinho atrás de mim, pacientemente escutando minha mulher falar.
Nayara mesmo muito pistola, não deixava de chamar a atenção e atrair os olhares de todos os homens no salão.
Ela tem 23 anos, é branquinha, cabelão preto e liso quase até o bumbum. Tem um corpinho fitness e bem trabalhado na academia que frequenta todo dia e um belo par de seios, que eu inclusive paguei os silicones. Possui algumas tatuagens pelo corpo e um rosto belíssimo, com olhos pretos e lábios carnudos.
- Eu nem deveria ter vindo aqui nessa espelunca ver a cara de vocês!
Minha esposa parecia não conhecer a palavra “limite” e para meu desespero, a bonita ameaçou ir pra cima de outra mesa.
Foi quando o pior aconteceu.
Fred se levantou num pulo e me empurrando para o lado foi pra cima dela.
Sem dizer uma palavra, ele a puxou pelos cabelos fazendo minha esposa soltar um grito de espanto e a virou de frente pra ele.
Antes que eu, Nayara, e qualquer um no bar pudesse pensar em algo, ele deu dois tapas de mão-aberta no rosto dela que estralaram de tão fortes.
Todo mundo se aquietou e a algazarra parou.
- Chega dessa porra, sua piranha!
Segurando minha mulher pelos cabelos firmemente, Fred a encarava. Intimidando-a e deixando todos apreensivos.
- Amor... – Nay olhou em minha direção assustada, com o lado direito do rosto vermelho – Ele...ele me bateu...
Eu congelei.
Nunca tive “medo” do Fred, mas lógico que o respeitava. Sabendo quem ele é, e o que ele faz. Porém, nunca imaginei que algo assim acontecesse.
- TODO MUNDO PRA FORA! AGORA!
Ele não precisou repetir e em menos de um minuto o bar esvaziou totalmente, restando apenas nós três.
Por alguns segundos, continuei imóvel. Sem saber como agir.
Minha respiração estava ofegante, suava frio e o coração batia acelerado, com a adrenalina percorrendo o corpo todo.
- Fred... Eu, é.... – gaguejei algo que não lembro bem.
Mal comecei a falar e ele me interrompeu. Virando-se na minha direção, ainda mantendo minha esposa perto dele, segurando seus cabelos.
- Você tem que dar um jeito nessa tua mulher, caralho! Fica destratando o pessoal daqui, quebrando coisa. Isso não é certo não, porra!
- Eu sei, Fred. Estamos todos nervosos, cara. Vamos relaxar – caminhei lentamente na direção dele - Eu pago essas garrafas aí que ela quebrou e ela limpa tudo e a gente esquece isso, beleza?
Ele continuava a me fitar, sem expressar reação e eu não sabia o que poderia acontecer em seguida, ainda mais por ele estar visivelmente alterado.
- Você vai deixar por isso mesmo, Felipe? Ele me bateu na sua frente! NA FRENTE DE TODO MUNDO! E você quer sair daqui numa boa! VOCÊ NÃO É HOMEM?!
Caralho... Ela estava só piorando.
Óbvio que minha vontade era quebrar a cara dele, mas eu raramente tinha saído na mão com alguém e Fred era robusto, e esteve envolvido em brigas a vida toda. Não era uma opção cabível enfrentar o dono do morro, no bar dele, dentro da favela.
- Nayara. Por favor. – Respondi pontualmente. - Cala essa boca e vai pegar uma vassoura pra arrumar essa zona que você fez.
Não conseguindo olhar para ela, envergonhado por não ter coragem de tomar alguma atitude contra Fred, a frase saiu mais baixo do que eu planejei.
- Você é um COVARDE mesmo! Ele bateu na minha cara, te humilhou na frente de todos e você não faz nada! Olha... Felipe, eu realmente...
Antes que ela pudesse continuar, Fred se enfezou pra valer.
- Já que você não ensina essa mulher a te respeitar, eu vou ensinar! Puxou novamente o cabelo dela e minha esposa soltou um gemido de dor – Tem que saber lidar com mulher bocuda assim e é na base da porrada que elas aprendem a andar na linha!
Minha esposa ameaçou dar um grito e Fred tapou a boca dela.
- Cala essa sua boca, sua vadia!
Ele a esbofeteou no rosto, numa sequência de tapas deixando-a tonta com as pancadas e fazendo lágrimas escorrerem por sua face. Entre cada um dos tapas ele ia falando que “mulher tem que respeitar o homem” e que “se o marido dela não educava em casa, ela ia aprender com ele” e a xingava de tudo que podia.
Aquilo era um exagero.
Os primeiros tapas eu até estive disposto a deixar de lado, mas agora estava indo longe demais.
Peguei um taco da mesa de sinuca e fui pra cima dele juntando coragem, mas assim que cheguei perto, Fred parou de surrá-la e me encarou resoluto.
- Você não quer fazer isso né, Felipe?
Com uma frieza de um criminoso experiente, continuou segurando Nayara, agora pelo pescoço, com apenas uma mão e com a outra levantou um pouco a camiseta larga, o suficiente para me mostrar o brilho de sua arma na cintura. Eu recuei.
- Fê... Me ajuda! – minha esposa aos prantos suplicou – Não deixa ele fazer isso comigo!
Perdendo a cabeça, fui pra cima e o grandalhão me deu um soco no estômago que me fez cair de joelhos no chão, próximo deles, arfando por ar.
- Falei pra você não fazer nenhuma besteira! Seu filho da puta!
Fred deu um chute forte na lateral das minhas costas que terminou de me jogar de vez no chão, me vencendo por completo.
Sentindo as dores dos golpes percorrendo meu corpo todo, olhei pra cima e vi a expressão no rosto do meu agressor ir mudando de raiva, para algo mais sinistro, perverso.
Agora, com as duas mãos em volta do pescoço da minha esposa, Fred grudou seu corpo no dela e deu uma cheirada nos longos cabelos pretos, sentindo todo o perfume, e lentamente passou a mão que tinha acabado de me socar na barriga por toda extensão do corpo da minha jovem mulher, apalpando-a sem pudor.
- Quer saber, Felipe? Essa tua esposinha é muito gostosa pra você, viu!
Nay voltou a chorar, prevendo o que podia acontecer enquanto eu tentava criar forças pra me levantar.
Fred tirou sua arma da cintura e a apontou para mim.
- Vai ali pro canto seu merda e fica perto do balcão. Vou ensinar uma lição pra essa piranha aprender a nunca mais causar aqui na comunidade.
- Não, Fred. Por... por favor...
Implorei para que ele não fizesse o que eu imaginava que estava por vir, Era o que me restava, apenas suplicar.
- Essa vadia não tem respeito e é casada com um homem frouxo que não saber impor limites nela e só sabe se lamentar...
O maldito apontou a arma para Nayara que chorava copiosamente, pedindo minha ajuda e tentando empurrá-lo.
- Não reage senão eu judio mais de você!
Fred bruscamente virou minha esposa de costas pra ele, a prendendo entre ele a mesa de sinuca, e encostou a arma nas costas dela, deslizando-a pelo corpo dela para que ela soubesse o perigo que corria de levar um tiro se tentasse algo para evitar o abuso.
Minha mulher naquele dia usava um vestido verde de alça, justinho e curto, que ele levantou até acima da bunda dela, revelando sua calcinha branca.
- Tu tem uma mulher tesuda pra caralho! Que bundão!
Cretinamente, passou o cano da arma pela bunda dela, encostando aquele metal gelado contra o corpo dela, deixando-a mais assustada, e em seguida voltou a guardá-la na cintura.
- Fred, para... você me conhece desde pequena... Me solta!
Nayara tentou persuadi-lo a desistir, mas nessa hora o tesão tinha tomando conta do miserável e ele não iria parar. Eu me levantei e me afastei, indo para perto do balcão como Fred mandou, com medo de reagir e torcendo para que tudo acabasse logo.
Num movimento rápido, ele puxou a calcinha dela até estourar, fazendo Nayara soltar um grito abafado e jogou a roupa íntima dela no chão. Minha esposa tentou lutar, mas ele jogou seu peso sobre as costas dela inclinando-a na mesa de sinuca e afastando suas pernas.
O zíper da bermuda de Fred já estava aberto e ele começava a esfregar o pau na bunda da minha mulher, subjugada e sendo fortemente contida com as duas mãos do agressor sobre as costas dela impedindo-a de se mover.
- Abre essa perna pra mim, bebê...Abre se não eu vou te surrar!
Fred deu uma cuspida na cabeça do pau e entrou com tudo, metendo com violência na buceta da minha esposa que gritou de dor e desespero, agitando as pernas em vão, tentando escapar da violação.
Nayara foi minha única namorada, e casei cedo com ela. Ela tinha apenas dezoito anos quando nos casamos e eu vinte e dois. Uma paixão que vinha desde a época de escola e do próprio Morro do Sapo. Eu sei que ela teve alguns outros namorados antes de mim e não perdeu sua virgindade comigo, mas foi ela quem tirou a minha e me ensinou a ser homem na cama.
E agora ela estava sendo estuprada na minha frente e eu não podia reagir.
Assisti aflito aquele ato sórdido se desenrolando na minha frente.
Com o vestido puxado agora até metade das costas, minha esposa gemia, gritava e se debatia enquanto aquele gordo fodia incessantemente a buceta dela. Fred tendo-a totalmente sob seu poder cheirava seu pescoço, beijava seu rosto e a lambia de um jeito nojento. Chamando minha amada esposa de piranha, puta, cachorra e outras coisas piores.
Ameacei me levantar e ele me fitou de uma forma que me arrepiou todo.
O recado era claro, se eu tentasse algo, ele me mataria.
- Vagabunda! Que buceta apertadinha que você tem!
O desgraçado metia tirando todo o pau de dentro dela e enfiando de novo, adorando ouvi-la implorar para que ele parasse com aquilo.
- Nunca deve ter dado esse cu né? Com um marido frouxo desses!
Eu me senti um lixo.
Que tipo de homem sou eu que deixa um cara estuprar o amor da minha vida na minha frente, bater nela, humilhá-la? E que agora ameaçava sodomizar minha mulher.
Realmente, nunca tínhamos feito sexo anal e eu não podia ver ele tirar até isso dela. Acabando com o restante de sua dignidade.
Comecei a pensar em como revidar, reagir de alguma forma.
Neste momento, Fred parecendo escutar meus pensamentos, sacou sua arma da cintura e virou o rosto de Nayara para minha direção. Como se ainda não estivesse satisfeito com toda aquela humilhação, colocou o cano da arma na boca da minha esposa.
- Chupa! – ele ordenou – Chupa senão eu a enfio no seu cu!
Eu comecei a chorar, querendo que tudo aquilo fosse só um pesadelo e que eu abrisse meus olhos e nós estivéssemos em nossa cama, abraçados.
Fred enterrou o pau dentro da minha esposa e ela se tremeu toda, lutando contra a dor do abuso e mesmo assim, chupando a arma dele da forma que melhor podia, temendo algo pior. Que cena horripilante.
Quando se cansou disso, tirou o pênis da buceta dela e começou as agressões novamente, espancando a bunda branquinha da minha mulher até ficar vermelha, agora com a arma contra as suas costas.
- Um bundão desses aguenta uma surra! – ele debochava e se Nayara tentava se mover para escapar o cretino a empurrava sem dó – Fica quieta!!!
Eu não aguentava mais aquilo. Uma pessoa que nos conhecia a tantos anos fazendo-nos passar por algo assim. Só podia estar muito drogado mesmo.
- Vou comer esse cuzinho! E é bom estar limpo, senão você vai chupar o meu pau todo sujo de merda!
Eu engasguei em seco.
Nayara olhou em minha direção com uma expressão de terror estampada no rosto que eu jamais tinha visto. Infelizmente, ela nem teve tempo de protestar.
Enfiando dois dedos no ânus da minha mulher, Fred cuspiu novamente no pau e abriu mais ainda as pernas da minha esposa e a mandou terminar de tirar o vestido e o sutiã, enquanto alargava o cu virgem dela, preparando-o para o que viria em seguida.
- Por favor! Eu te imploro, Fred! - totalmente nua sobre a mesa, Nay olhou para seu abusador, desesperada. – Isso não Fred, não faz isso! NÃO!!!
Sem nenhuma piedade, Fred tirou os dois dedos do ânus dela e deu um tapa em sua boca, que de tão forte, arrancou um filete de sangue dos seus lábios carnudos.
E então, ele a violou por completo.
- NÃO!!! NÃO!!! PUTA MERDA, NÃO!!!
Ignorando seus gritos de protesto, o desgraçado enfiou o pau de uma vez só dentro do cu da minha esposa e começou a sodomizá-la.
O animal virou o rosto dela na minha direção e me fez encarar os olhos desesperados e aflitos dela, completamente entregue eu sem poder.
Nayara berrava, gemia alto. Agora nem chorava mais, havia fechado os olhos e expressava toda a dor que sentia do coito anal e da surra forte com xingamentos e gritos agudos de desespero. Eu não conseguia imaginar o quanto ela estava se sentindo invadida naquele instante.
O estuprador engatou num ritmo selvagem, fodendo minha mulher como se fosse uma puta barata e continuando a bater na bunda dela.
- Geme pra mim sua vaca! Fala de quem é esse cu! Esse cu é meu agora!
Nayara bravamente, preservando o resto de sua dignidade se recusava a falar e continuava gritando de dor. Fred possesso por ser contrariado bateu mais forte nas nádegas dela e minha esposa se rendeu.
- É seu Fred! Meu cu é seu! Eu sou sua Fred! Sua puta!
Fred sorriu vitorioso, fazendo-a repetir diversas baixarias e humilhações enquanto me fitava triunfante.
- Tá vendo como é Felipe? Bate! Bate que elas aprendem! Fode com força que falam até seu nome! Assim que tem que fazer!
Que psicopata.
Eu nunca imaginei que esse cara era capaz disso, que não era flor-que-se-cheire era óbvio, mas esse nível de psicopatia era doentio.
Pra terminar a humilhação, naqueles longos minutos que custavam a acabar ele a obrigou a rebolar.
- Fê... me perdoa...
Nayara, coitada, com a voz embargada ainda chegou a me pedir desculpas antes de rebolar. Fred se deliciou com o rebolado e socou mais fundo nela, num ritmo reduzido, até que urrou de prazer e segurando com força a bunda da minha esposa, gozou dentro do cu dela.
Ficou uns instantes com o corpo pesado dele ainda em cima de Nayara, não a deixando sair debaixo, sujando o cuzinho dela com sua gala e aumentando seu sofrimento.
O filho da puta, quando se deu por satisfeito, tirou seu pau de dentro da minha mulher que saiu todo melado de esperma e merda.
- A putinha se cagou toda no meu pau...
Respirei fundo, eu não podia deixar aquilo piorar mais.
Contrariando todos meus instintos, pedi desculpas para ele por ela ter sujado seu pau, me sentindo o maior covarde que podia existir no mundo.
Fred deixou a tensão no ar por um instante só para nos torturar, mas logo se dirigiu para o banheiro e foi se lavar.
Enquanto ele estava lá dentro, eu fui até Nayara.
Peguei o vestido dela nas mãos e abracei seu corpo nu escorado na beira da mesa de sinuca, segurando suas mãos que não estavam mais tremendo e comecei a chorar feito criança, implorando seu perdão.
- Amor... – Eu consegui falar. - Eu nem sei o que dizer... Como eu pude deixá-lo fazer isso com você...
Ao contrário de mim, Nayara não chorava mais, não tremia e sua expressão de horror tinha desaparecido. Minha esposa não esboçava reação.
- Nayara...
Tentei cobrir seu corpo nu com o vestido, porém ela rejeitou. Me empurrando para o lado. Se recusando a olhar para mim.
Eu abaixei a cabeça, envergonhado.
Ela tinha todo o direito de me tratar assim, eu a vi sendo espancada, estuprada, sodomizada e nada fiz. Deveria ter dado minha vida para protegê-la.
Fred saiu do banheiro e se sentou calmamente no mesmo banquinho onde estava conversando comigo antes de tudo acontecer, nos fitando sorridente. Com um ar sereno no rosto, sem remorso algum.
E então, aconteceu.
Minha esposa se afastou da mesa de sinuca retribuindo o olhar sereno de Fred com um malicioso, sem nem olhar para mim. Um sorriso legítimo e safado surgiu em sua boca, da qual ainda escorria um pouco de sangue da pancada que havia levado.
- Vem aqui, Nay! Vem!
Chamando minha mulher pelo apelido, Fred acenou com a mão.
Completamente chocado e sem entender nada, eu vi minha esposa se colocar de quatro no chão e ir andando nua feito uma cadela adestrada até os pés daquele marginal.
Nayara. Minha esposa. Minha vida.
A mulher que tirou minha virgindade, casou comigo e que eu amava mais do que tudo, parou na frente do homem que havia acabado de estupra-la e abriu o zíper da bermuda dele, tirando o pau do filho da puta que já estava duro novamente pra fora. Fez um coque improvisado em seu longo cabelo, cuspiu na rola de Fred e começou a pagar um boquete.
- MAS QUE PORRA É ESSA! – bradei desacreditando no que via – Nayara! Se afasta dele! Vamos sair daqui agora, amor! Tudo já acabou!
Fred não parava de rir, enquanto minha mulher pagava uma chupeta com vontade pra ele e recebia um carinho em seus cabelos pretos presos no coque.
- Eu já como tua esposa faz tempo seu corno...
Ele forçou a cabeça dela contra o pênis grosso, segurando até que Nay engasgasse com a falta de ar e soltando somente quando ela quase vomitou, fazendo aquele barulhão característico de um boquete dos bons.
Eu tentava processar o que ele havia me dito e comecei a suar frio.
- Na verdade, eu que tirei a virgindade da tua mulher. – Fred me olhava com uma expressão sincera, dava pra ver que não mentia - Quando eu comia a mãe dela, a putinha veio se engraçando comigo - ele deu uma pausa, se deliciando com o sexo oral de Nayara - Entrou na pica bem novinha, viu?
- Nayara, eu não tô acreditando! Que história é essa?! O que é isso?
Inconformado e confuso eu me recusava a acreditar.
Aquilo tudo teria sido uma encenação dos dois apenas pra me humilhar?
Que porra tinha acabado de acontecer naquele maldito bar?
- E é por isso que ela me odeia tanto... e fala tão mal de mim pra você, seu corno. Ela queria ser minha mulher essa danada, mas sempre falei pra ela que pra mim, ela era igual qualquer outra vagabunda. E mesmo assim nunca parou de dar pra mim escondida de você. Quando ela te dá uns perdidos e sai mais cedo da loja, chega mais tarde, você acha que ela tá indo pra onde? – Fred sorria - Por isso que odeia quando você vem aqui na quebrada e te enche o saco. Por que morria de vergonha de que alguém desse com as línguas nos dentes e contasse pro maridinho dela o quanto ele é um baita de um corno!
Puta que pariu.
- Mas dessa vez ela foi longe demais! Fazer barraco no meu bar, não! É bom que agora ela já fica com a certeza de que você é mesmo um frouxo e não precisa mais esconder nada de você.
Atônito, eu relembrei algumas as vezes em que Nayara tinha chegado ou saído mais tarde tanto da loja, quanto de casa, inventando alguma desculpa esfarrapada e chegando tarde da noite, as vezes até com o cabelo molhado.
Como eu não percebi?
Minha esposa acelerou o ritmo da mamada e fez um carinho nas bolas até que Fred fechou os olhos e gozou na boca dela, se relaxando todo no banquinho de madeira e apoiando as costas no balcão de drinks do bar.
Tirou o pau da boca dela e deu um tapinha em sua própria perna.
- Senta no meu colo, Nay.
Minha esposa se levantou, se sentou nua em cima da perna esquerda daquele desgraçado e pela primeira vez voltou a me encarar. Com um sorriso cruel nos lábios melados e com a boca cheia de porra que ela não tinha engolido ainda.
Fred aproveitou para acariciar os seios dela, dar um beijo em cada um deles e depois apontou para sua arma, me mandando me aproximar deles.
Sem alternativas, obedeci.
- Esse silicone que você pagou pra ela ficou bom demais... – eu estava a centímetros daquele maldito e ele nem piscava ao falar assim comigo – Belo investimento... Eu tô aproveitando bem, haha!
- Levanta, garota.
Nayara prontamente obedeceu, me deixando admirado com o quanto ela seguia cada comando dele, passivamente, sem questionar.
Realmente deveria ter tempo que os dois tinham esse envolvimento e ela me enganou direitinho... E agora, depois de ver minha reação ao seu abuso, perdeu totalmente o resto de respeito que tinha por mim e podia ver em seus olhos seu nítido descaso por mim.
- Dá um beijo na sua mulher, Felipe! – ele deu um tapa na bunda dela.
Eu abaixei a cabeça, chorando e pedindo desculpas para Nayara, na situação mais humilhantes que já passei na minha vida. Minha esposa se aproximou de mim e gentilmente levantou meu rosto, me beijando de língua intensamente e me fazendo dividir com ela o gosto azedo da porra daquele folgado do Fred.
Estava claro que nunca mais minha vida seria a mesma, dali em diante.
E para piorar tudo, pela primeira vez na noite, me dei conta que o meu pênis estava duro...