Poker dos Cornos (parte 2)

Da série Poker dos Cornos
Um conto erótico de Lucas
Categoria: Heterossexual
Contém 1419 palavras
Data: 04/07/2024 18:54:11

A primeira vez que eu fui ao clube de poker com o Flávio eu tinha certeza que ele estava tirando uma com a minha cara, e que algum momento ele revelaria que na verdade meu palpite estava certo e ele ganhou dinheiro vendendo drogas.

Eu me recusei a jogar, porque eu estava enferrujado e a entrada do torneio era de 5 mil. Se eu tivesse esse dinheiro, teria que usar para pagar as contas atrasadas, não daria para apostar.

Então, eu só assisti. E confesso, eu fiquei maravilhado. Flávio não havia mentido, todas as decisões que os adversários do meu amigo tomavam não faziam sentido nenhum, parecia que eles não entendiam o básico da matemática por trás do jogo. Rapidamente, Flávio rapelou as fichas de todo mundo da mesa, e saiu dali com o prêmio de trinta mil reais.

Mas aquela exibição me deixou determinado, na próxima sexta-feira, eu tinha que jogar. Eu nunca poderia contar para minha esposa a verdade do porque estava pegando um empréstimo de cinco mil reais no banco, e minha vida poderia desmoronar caso eu saísse de mãos vazias da competição, mas eu precisava tentar.

Quando finalmente chegou a sexta-feira, com as mãos tremendo, eu dei os meus cinco mil reais na mão do caixa e me inscrevi no torneio. Fazia alguns anos que eu não jogava, mas mesmo estando fora de forma, não posso dizer que foi difícil. Em pouco tempo, eu era o “chip leader” da mesa, mas eu acabei apenas em segundo lugar, porque tive um azar danado no “heads-up”. Ainda assim, não podia reclamar. Eu tinha entrado no clube com uma dívida de cinco mil reais e três hora depois estava voltando para casa com dez.

Eu sei que o certo a se fazer seria zerar os boletos do mês, e colocar o que sobrasse em algum investimento. “Mas é para isso que eu trabalho”, eu pensei, as contas seriam pagas com meu dinheiro de vendedor de seguro, já o lucro que tive jogando poker eu queria usar para ter uma experiência mais divertida.

Toda vez que eu perguntava para a Amanda o que ela faria se ganhasse na loteria, ela sempre mencionava passar um dia no hotel-spa chique que abriu na cidade vizinha da nossa. Não existe momento mais perfeito que o presente para realizar nossos sonhos, só se vive uma vez.

Eu fiz um esforço para surpreender Amanda. Enquanto ela ainda dormia, eu fiz a mala dela, e coloquei no porta-malas do carro, tomando cuidado para que ela não notasse nada fora do comum. Quando minha esposa acordou, eu disse com um sorriso despreocupado que haviam reservado uma mesa para almoçar em um restaurante na cidade do hotel. Ela não suspeitou de nada, animada apenas com a perspectiva de sair para comer.

Embora o presente fosse dela, eu também estava ansioso, queria logo que a gente chegasse no hotel para eu ver o brilho nos olhos dela. Achei que ela fosse me abraçar e começar a chorar, que nem uma criança indo para Disney. Mas quando finalmente chegamos lá, a expressão dela se tornou séria. “Para de brincadeira Lucas. É sério isso mesmo? Você gastou a nossa renda do mês inteiro em uma diária de hotel? Que loucura! A gente precisa pedir o dinheiro de volta.”

A gente teve uma discussão ali na recepção do hotel, mas, depois que Amanda se certificou que o valor não era reembolsável, ela parou de argumentar. Não valia a pena chorar pelo leite derramado, mas mesmo assim, sua energia refletia a insatisfação que ela sentia. Pior era que se eu falasse a origem do dinheiro, tinha chance dela terminar comigo ali mesmo.

Claramente, a assimetria informacional levava cada um a viver aquele dia de uma forma bem diferente. Eu já cheguei no quarto estourando uma garrafa de champanhe, que tive que tomar praticamente sozinho, já que minha esposa tinha certeza que eu havia perdido o juízo. Amanda ficou o resto da viagem me lembrando que a gente precisava passar no supermercado para repor a garrafa do frigobar, para não ser obrigado a pagar o preço exorbitante do hotel.

Eu estava ficando cada vez mais puto com aquela situação. Eu podia ter gasto aquele dinheiro como algo para mim como uma moto ou celular caro, mas eu estava usando para realizar um sonho dela, e ela sempre descreveu aquele hotel como o paraíso. Agora que estávamos lá, parecia que nós dois havíamos sido enviados direto para o inferno.

A única coisa que eu consegui que Amanda topasse em fazer era a massagem e o banho de lama, que estavam inclusos no pacote e não teriam cobranças extras. Enquanto era massageada, Amanda finalmente relaxou, chegando até a segurar a minha mão durante a nossa “massagem de casal”.

De noite, eu me arrumei para sair para jantar, e perguntei o que ela queria. “Não quero jantar agora não, amor”, Amanda disse, me fazendo perder a paciência com ela. Estava bem cansado da nóia dela de dinheiro, a gente era pobre, mas não ao ponto de ter que pular refeições. Ela estava claramente exagerando para me punir.

“Eu não aguento mais! Se você está odiando tanto assim a viagem, arruma a mala e vamos para casa.”

Ao meu ver gritar, minha esposa saiu do banheiro totalmente pelado com uma expressão confusa. “Eu tinha pensando que a gente podia aproveitar o quarto”, ela disse decepcionada com a minha explosão de raiva.

Nossa senhora, eu não sabia onde enfiar minha cara. Minha esposa me encarou com os braços na cintura por um tempo, esperando que eu falasse algo, mas o longo silêncio do quarto foi quebrado por ela mesma:“Desculpa amor, fui bem chata hoje e você só queria relaxar.”

Em um período de dois dias eu tinha ganho cinco mil reais em um campeonato de Poker e minha mulher me pediu desculpas. A única explicação para tudo que estava acontecendo era que aquele hotel realmente era o paraíso.

Minha esposa então se aproximou de mim. “Olha só como ele tá animadinho hoje”, disse segurando o volume que se formava na minha calça e iniciando um longo beijo. De fato eu me sentia uma pessoa totalmente diferente daquele rapaz que negou fogo para ela outra noite. Eu sentia o desejo de usar minha esposa de todas as formas possíveis e imagináveis.

Amanda ajoelhada na minha frente enquanto eu tirava todas as minhas roupas. Era a forma mais simbólica possível de mostrar quão culpada ela se sentia. “Aí amor, eu fui muito malvada hoje… o que eu posso fazer para compensar?” ela disse olhando diretamente nos meus olhos, com uma carinha que me fazia acreditar que ela era uma menininha arrependida, enquanto me masturbava de leve, esperando a minha resposta.

Dentro de mim crescia algo que eu nunca senti na vida. Durante a punheta da minha esposa, versos de um poema invadiram meus pensamentos. “Mestre do meu destino, capitão da minha alma.” A raiva e a frustração que eram meu modos operandi, davam lugar ao sentimento de puro poder. Do nada dentro de mim, veio um desejo que eu nunca tive antes na vida. Então, respeitando essa inspiração, eu fiquei de quatro no quarto, segurei a cabeça da minha esposa, e fiz com que ela desse um beijo grego.

Minha esposa não se fez de rogada, totalmente imersa em lamber e me punhetar com o maior vigor que conseguia. Os dois ajoelhados ali no chão naquele quarto, era como uma renovação dos nossos votos. E, as lambidas naquela região não seriam as únicas coisas inéditas que faríamos naquela transa.

Quando estava prestes a gozar, eu levantei e fiquei frente a frente com minha esposa, e me masturbei por uma fração de segundo, liberando todo meu leite diretamente na cara dela. Enquanto eu gozava, ela se protegia com as mãos e tentava fugir, me fazendo ficar arrependido de ter sido levado pelo momento.

Achei até que ela fosse brigar comigo, mas Amanda apenas correu para o banheiro, se limpou e depois voltou para me abraçar.

“Promete que essa é a última vez que você faz esse tipo de besteira?”

Eu supus que ela não estava falando da gozada, e sim de gastar o dinheiro sem consultá-la. Eu jurei que sim, mas eu sabia que eu estava mentindo. Eu não precisava de terapia ou repensar a forma que eu estava vivendo a vida. Todos os meus problemas se resolveriam se apenas eu conseguisse mais dinheiro.

<Continua>

Quem quiser ler a continuação já está no meu blog />


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