O Garoto do Colégio - Capítulo Um

Um conto erótico de BrhunaB
Categoria: Crossdresser
Contém 1277 palavras
Data: 30/05/2024 20:41:21

Oi, meninas? Oi, meninos?

Voltei para contar mais uma historinha minha depois da minha transição de menino para menina. É verdade que depois que me assumi menina, tem aparecido muito mais namorados. Hoje eu tenho dezoito anos. É certo que os garotos querem namorar escondidos por causa daquele tabu que existirá não sei por quantos séculos ainda. Bem, eu tive que mudar de colégio por conta da minha transição que já falei antes. As pessoas não se acostumaram com a garota que agora viam. Ficavam me olhando insistentemente; até mesmo outros professores que deveriam agir de forma mais humana ficavam olhando discretamente. Alguns até propositalmente me chamavam pelo nome de Bruno, e depois, de cara lisa, pediam desculpas com um sorrisinho cínico e deliberado.

No novo colégio eu fui mais feliz. A diretoria já sabia que eu era trans. Senti saudade da minha antiga professora de literatura, uma senhora de meia idade que me respeitara e nunca trocara meu nome. Ela dissera que eu sempre contasse com ela na minha jornada para ser professora de literatura assim como ela. No resto não senti saudade de mais ninguém.

Logo nos primeiros dias comecei a ser cortejada por um garoto branquinho lindo demais. Era uma tentação. Sentava perto de mim e ficava conversando quando não estávamos em aula ou quando a professora saía. Começamos a flertar um com o outro por vários dias. O pior de tudo é que ele tinha uma namorada que não estudava no colégio. Ele tinha um nível social bom. Não era muito aplicado, mas eu o ensinava em algumas coisas. Eu sempre fui muito estudiosa e compenetrada. Embora eu ainda dependa dos meus pais, eu ganho meu próprio dinheiro trabalhando em um salão de beleza. Nas horas vagas estou estudando. Eu não quero viver a minha vida fazendo programa na noite; não quero me submeter aos caprichos de homens inescrupulosos em troca de 50 reais, 30 reais. Eu fico triste ao ver aqueles pontos de prostituição com garotas ainda muito jovens se oferecendo aos homens... talvez algumas gostem; outras estão por necessidade; outras ainda por falta de oportunidade... algumas trans que são humilhadas em troca de uma ninharia... não quero isso para a minha vida. Eu almejo o que houver de melhor para mim e vou lutar por isso.

Voltando ao garoto, estávamos cada vez mais próximos. Ele pagava lanche para mim todos os dias. Quando o pai dele vinha busca-lo de carro, e que carro lindo, ele me dava uma carona até pertinho de casa. Os dias foram passando e outros garotos também me olhavam. Que colégio para ter meninos gatos, meu Deus?! Ele já tomava a frente para não deixar outros meninos chegarem perto de mim. As vezes andávamos de mãos dadas. Eu morria de vontade de beijar aquela boquinha; de abraçar aquele homem. Fiquei sabendo que ele tinha dezoito e que logo iria para o exército. Eu nasci com um “quê” de sedução no olhar. Eu o olhava dentro dos olhos quando estávamos sentados juntos. “Você é muito linda! Tem alguma coisa de diferente das outras meninas.”

- Diferente da beleza da sua namorada? – perguntei, sorrindo. Eu o prendia com o olhar. Nos meus lábios um leve sorriso... uma mordidinha no cantinho da boca...

- Quem te falou, gata? – sua mão quente tocou a minha. A adrenalina de olhar para a professora rapidamente. Era loucura.

- Alguém sempre fala. – eu apertei a mão dele. Meu Deus! Eu estava louca. Eu sabia que eu conseguia encantar os homens. Todos me olhavam quando eu passava. A minha intenção sempre foi seduzir. Uma mulher ela tem que saber seduzir sem ser vulgar.

- Tão linda quanto ela. – Ele quase cochichou no meu ouvido: - Quero muito beijar essa boquinha linda. Posso?

- Tem alguma coisa acontecendo aí que eu precise saber? – era a voz estridente da professora.

Pedimos desculpas e nos recompusemos.

Os dias iam passando e nós ficando cada vez mais íntimos. Ele já me abraçava por trás e dizia que eu tinha uma raba linda! Nós ainda não namorávamos, mas ele já agia como se fosse meu namorado. Tinha ciuminhos; não queria que eu ficasse de bate-papo com um outro gatinho concorrente dele. Ele tentava me beijar sempre, mas eu me esquivava. Ele não estava sabendo que eu era uma garota trans. Isso poderia dar muito problema já que eu tinha percebido piadinhas homofóbicas com outros garotos. Eu tentava consertar ele dizendo que deixasse a pessoa viver a vida dela como ela queria. Ao que uma tarde, enquanto tomávamos um suco, ele me falou:

- Amor, eu não entendo. Depois de ter tanta mulher gostosa dando bobeira, por que ficar com outro homem? Deus fez o homem e a mulher. Esse negócio de homem ser mulher é falta de porrada.

Eu fiquei olhando para ele. Ele era o garoto errado. Ele poderia me bater.

Tentei ficar longe dele. Rejeitei as caronas. Rejeitei os lanches, mas não teve jeito: isso o apaixonou ainda mais. Como se já não estivesse ficando ruim, ele deixou a namorada para ficar comigo. O que tinha havido entre nós eram apenas abraços e beijos no meu rosto.

E ele chegava perguntando o que tinha feito de errado para eu estar evitando-o. o que estava acontecendo? Era outro homem? Era aquele “cara”? O outro era tão lindo quanto ele. A minha situação não estava fácil.

- Bruna, por favor, Bruna, o que tá acontecendo? Eu sou louco por você. Me dá uma chance. Só uma chance.

Quase ele me leva às lágrimas. Ele tentou me beijar na boca e eu quase deixei, mas me saí dele.

- Não vai dar certo entre nós – eu disse. – Volte com sua namoradinha. É melhor para nós dois.

- Não, por favor, Bruna... a gente estava tão bem. Você tava na minha. A nossa vibe é a mesma. Eu tô louco por você.

Era chegada a hora. Meu coração estava acelerado. Eu estava nervosa e com medo. Eu nunca gostei de enganar ninguém. Eu sou amante da verdade. Eu sou o que sou. Ele tentou me beijar. Eu o apertei em meus braços e quando ele me segurou pela nuca e aquela boquinha já vinha de encontro à minha eu botei a mão aberta entre nossas bocas deixando apenas nossos olhos se encontrando.

- Você não sente nada por mim não é, Bruna?

- Não – tive que mentir. Agora meus olhos estavam cheios de lágrimas.

- É mentira. Você é casada?

- Não. Posso ir embora? Você vai me deixar em paz? – Ele continuava me abraçando e fazendo carícias nos meu cabelos.

- Eu não consigo entender. O que tem de errado em mim? Por favor me fala e eu deixo você em paz. Para sempre. Se você quiser eu mudo de colégio. Eu te deixo em paz. Mas me fala, pelo amor de Deus... o que te afastou de mim.

Eu limpei o nariz. Me desvencilhei dele.

- Eu não combino com você.

- Por quê??

Ele segurou nas minhas mãos e me puxou para ele. Eu resisti.

- Eu sou trans.

O sorriso dele foi morrendo aos poucos. Soltou minhas mãos. Eu me afastei um pouco.

- Você o quê??!! Como é que é?! Você é homem??!! – ele olhava para os lados. Se afastou um pouco para trás. Seu olhar sisudo percorreu todo o meu corpo desde o meu cabelo até meus pés e depois voltou para o meu rosto.

Ele limpou a boca como se tivéssemos nos beijado. Ficou passando a mão por todo o corpo como se tivesse tirando poeira aleatória.

- Foi isso que você ouviu. Por isso não beijei você. Depois de suas falas... sabia que ia me odiar.

- Seu desgraçado...

Ele caminhou para mim com cara de ódio; e eu não tive coragem de correr...


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Foto de perfil genéricaBrhunaBContos: 8Seguidores: 7Seguindo: 9Mensagem Eu sou uma garota romântica, amável e futura professora de literatura. Muito prazer, eu sou a Bruna.❤

Comentários

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Olá amiga, adorei muito seus conto e forma que você escreve. Faz a gente viajar na estória. Parabéns querida!!

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AINDA BEM QUE VC NÃO LEVOU ESSE RELACIONAMENTO ADIANTE COM UM CARA HOMOFÓBICO, TRANSFÓBICO SEI LÁ MAIS O QUE. BABACA DEMAIS ELE.

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Vou escrever outro capitulo. Ele so ficou com medinho. Sabe akela koisa q se ker e tem medo de kerer? Eu ainda kebrei mt cabeça cm ele. Leia os próximos capitulos. Deixa estrelinha pra mim.

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