Olá leitor, antes de iniviar recomendo ler primeiro os avisos no final do texto!
Will volta ao colégio e ele não ganha mais o dinheiro de ninguém, rejeita sistematicamente os caras que o procuram antes e após os treinos. Já fazem semanas que ele não ouve o Devorador de Mentes. Jason o visita no Castle Byers duas, as vezes, 3 dias na semana, não mais como cliente, mas como companheiro. Conversam sobre tudo e no final ambos estão satisfeitos, ambos obtém prazer mútuo. Jason se acomodando e preenchendo Will e depois sorvendo o meio das suas pernas ate que o caçula Byers desmonte com as pernas trêmulas enchendo a boca do capitão de basquete.
Will entende que com Jason agora é diferente. Ele beija Will em todos os lugares, o faz flutuar, mãos macias e dedicadas. Eles sorriem e riem e se tocam e pela primeira vez Will acha que entende o que realmente é fazer amor. Ele ainda é apaixonado por Mike, ainda sonha com ele. Mas o rosto que brilha em sua mente quando ele acorda de manhã parece cada vez mais com o de Jason. Talvez um dia o rosto de Mike desapareça completamente.
Ele ainda franze a testa quando vê Mike com Eleven, mas olha para o outro lado da sala e cai em Jason sorrindo para ele e seu coração para de doer. Ele sorri de volta. Mike franze a testa, olha em sua direção e pisca. Ele não entende por que Will está sorrindo para Jason Carver. Ninguém entende, mas eles percebem.
No entanto, um dia Jason não chega no horário em que costumava chegar. Talvez o treino tenha demorado mais do que previsto, tudo bem, pois assim ele estará mais suado e animado, pensa Will. No entanto, quem está no Castle Byers esperando Will é Mike.
Will demora para acreditar, depois de reconstruído Mike nunca esteve ali no Castel Byers, mas ele lembra da última vez que ele é Mike conversaram, foi na festa de aniversário dele, já fazem quase dois meses. Desde então apenas olhares não correspondidos de Will e a distância fria de Mike, mas agora ele estava ali.
— Eu vim aqui pedir desculpas por ter me afastado. — Will não parece se importar.
— Eu já sei de tudo! — Mike emendada, mas na verdade ele sabe o que Will o deixa saber. Ele não sabe exatamente o que tem acontecido.
— Do que você está falando Mike? — Will está confuso com Mike na sua frente parecendo ainda mais confuso, aquilo não faz sentido.
Mike vem tentando não suspeitar do menos terrível. Ele vê o jeito que os caras da escola olham para ele, meio como uma aberração nojenta, meio como um brinquedo que eles podem usar. Mas ele não sabe que ninguém brinca ou usa mais Will. Ele conhecem os rumores, ouvem os caras chamá-lo de puta e prostituta. Ele não quer prestar atenção a nada disso. É nojento e humilhante e Will não pode ser quebrado a ponto de afundar tão baixo. Ele sabe que Will não esqueceu, sabem que ele ainda está tendo pesadelos, sabem que ele não está bem. É isso que Mike acredita.
Ele está tendo uma crise. Todos eles estão. Isso é a idade. Era muito mais fácil quando sua única preocupação era lerem uma história para dormir. Agora é um pouco como o inferno, uma vida cheia de merda. Deveria melhorar, mas Mike não acredita. Ele viu seus pais, viu os adultos ao seu redor. Duro e quebrado, andando contra o vento, olhos fechados e mãos levantadas como escudos. Isso é Will também, ele pensa. Não são apenas os pesadelos. É apenas Will sendo Will. Calado, tímido e assustado, gostando de garotos no armário, nunca falando sobre isso com ele. Ele sabe, claro, e tudo bem. Mike sabe que Will gosta muito dele, mais do que um amigo deveria gostar de seu amigo e tudo bem também. Ele também sabe que nunca será capaz de gostar de Will da mesma forma. Ele não tem certeza se está tudo bem ou não. Ele simplesmente não pode se forçar. Ele tentou. Não é?!
— Lembro da primeira vez que te vi com um cara, vi realmente, antes eu tinha só ouvido coisas. Foi no parque de Hawkins, escondido atrás de uma lixeira transbordando, você estava de joelhos por um veterano que eu nem conheço. Pensei que fosse seu namorado no começo, mas o cara não se comportava assim. Suas mãos pareciam ásperas e seu toque indiferente. Ele estava completamente vestido e olhando para você como um gato olha para um rato meio comido. — Will ri, mas não entende aonde Mike quer chegar. Mike relembra que não consegui me mover, não pode desviar o olhar. Seus olhos ficaram fixos na boca de Will focados em sua tarefa nojenta em suas mãos. É doentio, como assistir a uma execução em câmera lenta.
— Ele entrava na sua boca. Eu tive vontade de vomitar meu almoço. Eu nunca mais vou comer frango assado, eu juro.
— Você veio aqui dizer que não come frango por nojo de mim? — Will distorce e tripudia do discurso de Mike de propósito, mas Mike ignora.
— Você se levantou e pegou algumas notas que o cara te entregou, enfiou no bolso, ignorando a forma como ele bagunçou seu cabelo. Eu escutei ele te chamar de uma boa vadia.
— Então você viu a coisa toda? Desculpe por seus olhos.— A voz de Will é casual e desprovida de emoções. Eles poderiam estar falando sobre o clima.
— Por que você faz isso, Will? — Mike insiste, desesperado para provocar algum tipo de reação de seu amigo apático.
— Eu faço sexo caras por dinheiro no caso de você não ter notado! Mas eu acho que já notou né. — É a primeira vez que Will admite isso em voz alta.
— Não é porque você é gay que você tem que colocar cada pau que você encontra na boca! — Mike contra-ataca vivamente.
— Talvez eu goste disso… — Will dá de ombros com desdém.
— Você gosta de ter paus de estranhos enfiados na sua garganta? — Mike repete lentamente.
Will acena com a cabeça: — Sim, é divertido.
O suor se acumula na testa de Mike. Ele não pode acreditar no que está ouvindo. Seu estômago se revira e ele pensa que vai vomitar ou cair em prantos.
— Oh Will... O que mais você faz com esses caras?
— Tudo, realmente. Não tenho limites. — Will reconhece aquela conversa, reconhece sua resposta idêntica e a expressão desacreditada e curiosa de Mike. As palavras o queimam e de repente ele pensa em todas as vezes que viu Will estremecer ao andar ou sentar, sua pele delicada coberta de hematomas e sua mente invadida por mãos agarrando-o como garras e bocas carrancudas cuspindo fogo envenenado.
— Está tudo bem Mike. Estou bem. Eu realmente sou assim. — Mike caminha até ele e coloca as mãos em seus ombros.
— Não. Você precisa parar de se considerar como um pedaço de carne e encontrar um bom namorado que vai te amar do jeito que você merece ser amado. Pare de se machucar assim... Você já fez isso por amor? — Aquela conversa realmente estava se repetindo e Will se questionava se poderia ser uma ilusão do devorador de mentes. É a segunda vez que Mike faz essa pergunta e dessa vez Will sabe que já fez amor. No meio das pernas de Mike no dia do seu aniversário e todas as vezes desde aquele dia com Jason. No entanto Will não diz nada. Ele pisca e Mike supostamente tem a resposta que temia.
Mike lembra que observava Will de longe continuar seu pequeno show, indo e desaparecendo e seguindo atletas atrás de portas fechadas, emergindo com bochechas vermelhas, olhos vermelhos e uma nova mancha na alma. Mike deseja poder mostrar a Will como ele é bonito, deseja poder amá-lo como ele merece ser amado, adorá-lo como ele merece ser adorado. Seu coração o quer. Seu corpo não. Ele o ama, mas não vai ficar duro para ele. Ele viu isso em primeira mão em sua festa de aniversário.
Como ele ousa julgar aqueles caras quando ele não é diferente? Ele não perguntou nada a Will e ainda não sabe que loucura desesperada o possuiu naquela noite, mas uma parte dele queria amar Will, queria tentar. Ele só piorou as coisas no final e machucou Will ainda mais, usou-o e abusou dele, a memória da boca de Will te sugando, queimando-o, comendo-o como uma praga e ele se sente um pouco enojado.
Após um longo período de silêncio entre os dois Mike repete a pergunta.
— Você já fez isso por amor?
Will não vai contar que acredita que ama Jason, mas que sempre será de Mike, então deixa apenas o silêncio preencher o lugar.
— Você já amou um deles? — Mike parece necessitar da resposta como explicação para tudo.
— Você está obcecado com minha vida romântica, Wheeler!
— Você amou?
Will dá de ombros. — Eu tive bons momentos.
Mike não está satisfeito. Ele precisa saber que Will foi amado e querido, mesmo que apenas um pouco.
— Você nunca se apaixonou? Você nunca teve sonhos com nenhum deles?!
— Você é meu sonho MIKE! — Will fala quase como alguém que está se afogando e finalmente retorna a superfície. Mike sente seu coração sendo esmagado por uma mão invisível.
Will sente o desconforto de Mike que congelou e isso doi:
— Ei, estou brincando, Mike. Eu estava super apaixonado por você por anos, mas eu superei. Eu estou bem agora e em alguns meses, você estará livre de mim! Chega de ter o melhor amigo gay complicado e irremediavelmente fixado em você! — Mike o repreende apenas com o olhar. Will sente que não ajudou mto. Will imagina que se talvez ele souber do Jason facilite as coisas
— Tem um menino — Will de repente confessa em um tom sério e Mike se vira para olhar para ele. — Ele é bom para mim. Ele sempre foi gentil. Ele me fez sentir bem. Eu me importo com ele.
— Estão juntos então?
— Não tenho certeza, nada sério. — Ele sorri tristemente.
Mike franze a testa: — Quem é?
— Não é importante.
— Eu o conheço?
— Sim. Mas não é ninguém.
Mike não insiste. Ele já sabe, ele viu os olhares intensos de Will e Carver, mas ele não confia em Jason. Ele sabe o porque Carver não veio hoje, ele sabe o porque ele está aqui no lugar de Jason.
Mike franze a testa: — Quanto você cobra?
Will arqueia a sobrancelha: — Você realmente quer saber disso? — ele diz com um sorriso.
Mike dá de ombros. Sim, ele realmente quer saber. Ele está horrorizado e fascinado pela vida de Will que ele vem se negando a enxergar. Não há realmente nada de fascinante em ser fodido por dinheiro, reconhece Mike, mas isso faz de Will um homem experiente de alguma forma - um profissional - e isso atinge Mike profundamente. Ele acha nojento e excitante ao mesmo tempo.
Will caminha até ele tão denso quanto sua estrutura permite.
— Depende do que eu fizer.
— E o que você faz?
— Eu já te disse. Tudo.
— O que é tudo?!
Will sorri. — É tudo.
— Sem limites?
— Sem limites. Mike se assusta enquanto Will reconsidera:
— Exceto buceta. Esse é o meu limite. Mesmo por um milhão de dólares eu não comeria buceta. A buceta é nojenta pra caralho.
Mike ri: — Qual foi a pior coisa que você fez? — Ele diz mais sério.
— Definir pior?
— A coisa que mais te afetou.
— Bom ou mau?
— Se é o pior, então é ruim. — Mike ri com um pouco de desespero.
Will sorri enigmaticamente. — Não necessariamente.
Mike engole seco. Essa conversa é surreal. Ele sabe que vai se arrepender.
— Então? — Ele pergunta novamente: — Qual é o pior?
— Por que você quer saber?
— Preciso.
— Você vai se machucar, Wheeler. Você não precisa disso.
Mike trava os olhos com o dele: — Talvez. Qual é o pior?
Will engole. Ele se senta na escada. Mike se junta a ele.
— Toda vez que eu era fodido era um pouco disso. Não é apenas sobre a dor. É a separação entre seu corpo e você mesmo, sentindo coisas que você não pode controlar. Ele gruda em você, fica sob sua pele e quanto mais sujo você se sente, mais você quer fazer isso de novo, para se livrar dos seus monstros. Acho que isso é o pior na verdade, a fuga. A impossibilidade de parar porque você precisa fugir disso repetidamente. Às vezes causa uma satisfação sombria e mórbida. É como uma droga. É assustador e nunca vai embora. Isso é o pior.
— Mesmo agora? O devorador de mentes?
— Sim... eu ainda sinto a agitação dele. Isso me trouxe até aqui.
Mike fica em silêncio por alguns segundos antes de falar novamente.
— Você não respondeu minha pergunta.
— Que pergunta?
— Quanto você cobra?
Will o considera com um sorriso de lado:
— No começo nem cobrava, mas aí virou o básico, então vinte para um boquete e cinquenta para foder. Mas para você, eu sempre farei isso de graça! — Will mente na tentativa estúpida de se
valorizar.
Mike ri: — Você ganha muito?
— Ganhava… — Will deixa escapar que não está mais fazendo, mas Mike não percebe. — Nos meus melhores dias, eu poderia ganhar mais que minha mãe, ou seus pais.
Leva alguns segundos para Mike processar a notícia.
— Você já fez isso com alguém que conhecemos? Alguém próximo?
— Além de todos da escola e de você, você quer dizer?— Mike congela. De repente, ele odeia a implicação por trás dessas palavras. Ele estava com medo disso, com medo de que Will considerasse o que aconteceu entre eles como um programa grátis, mesmo que Will fosse quem propôs. Will se apressa para se esclarecer: — Não estou dizendo que o que aconteceu foi o mesmo. Eu realmente queria.
Mike engole com amargo que se formou em sua garganta, — Além de mim, sim. — Will não responde. Ele olha para baixo, de repente desconfortável e Mike adivinha a resposta: “Isso significa que sim. Quem era?” ele pressiona.
Will suspira: “Há um tempo, fui a uma festa do time de basquete. Fui arrastado por um cara que queria se divertir e qual o melhor candidato do que a puta bicha para isso...” ele engole, procurando suas palavras, “Estava num porão, tinha alguns caras lá, muitos na verdade,” ele faz uma pausa novamente, inseguro, antes de respirar fundo para dê a si mesmo a coragem de continuar, “Lucas fazia parte do grupo,” os olhos de Mike se arregalam de horror, “Ele não sabia que seria eu. Nem sabia que algo assim aconteceria. Eles estavam bêbados e chapados. Ele estava mortificado. Ele resistiu no começo, disse que não queria fazer isso, que iria para casa, que eu era amigo dele e que ele não faria merda com seu amigo” Will abaixa a cabeça novamente “Ele estava confuso, perdido. Assustado. Ele se sentia enojado, mas ele estava excitado. Conheço essas coisas. É típico. Acontece o tempo todo em grupos. Um dos caras me pediu para ser persuasivo. Eu sei como convencer outro cara. E aconteceu. Ele não me fodeu! Não se preocupe. Eu apenas chupei seu pau. Não foi tão ruim. Ganhei quinhentos dólares e um bom banho aquela noite.” As palavras que Will escolhe enganam Mike que acredita que ele fodia com todo mundo e ao mesmo tempo Will omite que foi naquela noite que perdeu a virgindade anal com Jason.
A língua de Mike parece trêmula em sua boca, suja.
— Ele te pagou ?”
— Sim. Vinte dólares.”
— Você disse que ganhou quinhentos. Então os caras não pediram apenas boquetes…
— Os outros? Não! Eles foram um pouco mais criativos do que isso! Muito criativos, e ser criativo custa caro!
— "Criativo?" Mike repete, deixando as palavras afundarem, sentindo-se enjoado quando isso acontece, “E Lucas ficou o tempo todo?!”
Will acena com a cabeça “Ele ficou atordoado. Quase vomitou duas vezes só de olhar para mim ajoelhado com os amigos dele. Eu acho que ele não pode tocar numa garota por semanas depois disso. Também não conseguia me olhar nos olhos!” Mike não diz nada. Ele está chocado, horrorizado. Will está alheio:
— Eu não me importei de fazer isso com Lucas. Ele é bonito e tem um pau maior que o seu!”
Mike diz: “Obrigado pela informação!” Will sorri para ele, "Ainda quero saber sobre a criatividade" Mike o olha de forma curiosa e ainda indignada pela informação desnecessária.
"Você não quer. Aposto que você também tem suas fantasias, seus fetiches, não vai querer se contaminar com os dos outros". Will parece ter sido convincente, Mike desisti. "Como você pode ser tão distante com tudo isso?"
Will dá de ombros, “Eles são apenas caras. Boquetes e bundas são o básico do que eu fiz. Você não tem ideia de todas as coisas bizarras que alguns caras me pediram para fazer... Sexo é estranho, Mike. Chama para a parte mais escura dentro de todos nós. É primitivo, sujo e sórdido.”
Mike olha para ele, seu coração apertando no peito, "Foi sórdido, o que aconteceu entre nós?"
Ele teme a resposta. Will se vira para ele, sua expressão suavizando.
— Não. Foi doce. Eu gostei. — Will mente para si e para Mike, ele queria ao menos que Mike tivesse acariciado seu cabelo, te lançado um olhar ou quem sabe o ajudado no final como Jason fazia.
Mike engole timidamente, "Eu também gostei", ele confessa e Will sorri suavemente.
Jason nunca mais voltou. Will nunca entendeu o porquê, mas também nunca se sentiu no direito de procurá-lo para saber os motivos. No fundo ele tem quase certeza que tinha algo haver com Mike, talvez a sua ida ao Castel Byers e toda conversa que eles tiveram, foi uma bela noite quase tão bela quanto todas que teve com Jason e Will sabia que o belo não tinha espaço na sua vida.
Olá, ATENÇÃO:
1° - Inicialmente quero informar que esta série é uma compilação de contos que achei em língua inglesa na internet, juntei e transformei em uma única história.
2° - Traduzi e minha contribuição foi detalhar algumas cenas e inserir alguns parágrafos para fazer contos diferentes seguirem uma lógica. Todas as fanfics que usei como base para essa série podem ser encontradas no Archive of Our Own.
3° - Por se tratar de uma fanfic com conteúdo erótico, alteramos o tempo de modo que nesta história todos os personagens já são maiores de idade, portanto este conto não infringe regras/leis como os originais.
4° - O texto contém conteúdo considerado “hard” e até mesmo perturbador. Se você não curte temas como: submissão, BDSM, autodepreciação, terror e etc… ou se estes temas são gatilhos para você, aconselho não ler este. Existem ótimos textos mais leves na plataforma, busque por eles.
5° - Temos um grupo no telegram sobre este e outros contos, se for do seu interesse sinta-se convidado: />