Amor & Ódio (parte 10)

Um conto erótico de Daniel
Categoria: Gay
Data: 19/08/2022 16:21:23
Assuntos: Drama, Gay, Romance

Se fazendo de compreensivo, Amaral foi visitar Phillgrin na cadeia e lhe levou flores, pagou sua fiança, a primeira decisão de Sr. Felippe ao deixar a cadeia foi tomar a casa em que eu vivia com meu pai e irmão. Enquanto isso eu continuava visitando Marcelinho pra saber como seu estado de saúde estava progredindo, ele ainda não lembrava de nada do que aconteceu na festa mas estava reagindo bem, quando soube que eu e minha família havíamos sido desapropriados Marcelinho ofereceu uma casa desabitada que ficava no terreno de eu casarão, onde poderíamos viver, eu, meu irmão e meu pai, Marcelo conversa com o pai dele sobre o assunto.

-"Pai, que tal se a gente colocasse o Daniel e a família dele pra viver na casa que tem nos fundos lá atrás?"

-"Mas meu filho aquela casa era destinada ao antigo caseiro"

-"Mas o pai de Daniel pode ser o nosso novo caseiro, o irmão dele o nosso mordomo e o Daniel...bem;.. o Daniel pode fazer alguma coisa por aqui, pode cuidar de mim enquanto estou convalescente"

-"Você gosta mesmo desse menino não é meu filho?"

-"Demais pai, ele é um anjo pra mim"

-"Está bem filho, o que vós mi cê não me pede sorrindo que eu não faço chorando?"

Enquanto isso Felippe já tinha arquitetado todo um plano de vingança contra mim que certamente não pararia apenas na tomada de nossa casa, foi quando soube que eu estava á viver com Marcelo e minha família em sua casa, furioso, Sr. Felippe imediatamente mandou me chamar. Quando cheguei em sua casa encontrei uma realidade totalmente diferente da de quando saí: Amaral agora havia finalmente se tornado senhor daquela casa e encarregado por Phillgrin de mostrar-me o meu trabalho, agora eu não poderia mais dormir na cama, nem no quarto que eu tinha que Sr. Felippe havia preparado especialmente para mim, dormiria na Senzala junto aos escravos, o que não era problema algum pois eu me dava muito bem com eles, que faziam tudo para que minha noite fosse no mínimo divertida, vendo o quão eu não me importara, eu era obrigado por Amaral á limpar sozinho cada um dos cômodos da imensa casa de Sr. Felippe, sem ajuda e com Amaral dificultando cada dia mais minha vida, comia pouco, dormia tarde, acordava cedo, mas o pior era ter que servir á mesa o homem á quem eu amava e o cretino do Amaral, todas essas humilhações se juntaram aos fatos acontecidos no passado e só faziam eu aumentar meu ódio e rancor contra o Sr. Phillgrin, não sabia ainda como, mas queria causar nele muito mais dor e sofrimento do que ele me causou.

-"Se já tomou a casa de meu pai, porquê ainda me mantém aqui como teu prisioneiro?"

-"És o meu estravo, tua dívida comigo é eterna"

-"Pois fique o senhor sabendo que eu prefiro passar o dia lavando o chão á ter de me deitar com o senhor novamente"

É certo que desde o meu retorno, Sr. Phillgrin tem estado abatido, o olhar choroso e distante, e voltou á ter o mesmo tom sério e fechado que tinha no começo, mas permanecia durão, me olhava com raiva e nem se atrevia á chorar na minha frente, mas fazia de tudo para agradar Amaral, o que eu não sabia era que esse suposto carinho de sr. Felippe para com Amaralzinho era apenas disfarce pois quando eu não estava perto o homem tinha verdadeiro repúdio por Amaral.

-"Que diz?! recusa-se á dormir comigo?" - Dizia Amaralzinho abismado ,

-"Vou dormir no quarto que foi de Daniel"

-"Não podes fazer isto comigo"

-"Te botei dentro de casa apenas como gratidão que tenho por teu pai, vai cuidar de minha casa e de meus escravos, mas não pensas tu que terei algum tipo de relação com vós mi cê"

-"Ainda vais te arrepender de me tratar assim" (diz Amaral chorando de raiva)

-"Agradeças tu que te deixo dormir em minha cama, pois o que tu mereces é dormir na senzala com meus outros escravos, não sois mais que eles"

Felippe diz isso e dirige-se á meu quarto, tranca a porta, dá uma olhada nos meus bichinhos de pelúcia que mantinha guardado, e sorri, um sorriso acompanhado de lágrima, abre o guarda-roupas, cheira as roupas que ele comprou pra mim e que eu suei tantas vezes naquela casa, põe-se á chorar mais, deixando as lágrimas molharem todo seu rosto, deita-se no meu travesseiro, que ainda tem meu cheiro nele e sonha comigo, com vontade de ir á senzala e dizer "Meu amor, eu te amo, você é que é o dono não só desta casa, como de meu coração" o orgulho no entanto o impede, ninguém estava feliz, Amaral decepcionado pois acreditava que teria a primeira noite com Felippe, Phillgrin no meu antigo quarto triste, naquela noite eu também chorava sozinho na senzala, com frio, com fome e principalmente com saudades do meu amado, ainda não havia caído a ficha pra mim do que ele havia sido capaz de fazer.

ESSA PARTE É NARRADA PELO SR. FELIPPE

Enfiei o pênis dentro dele com força e virilidade. O pau latejava dentro de Daniel e a cabeça estava tão inchada que meu menino podia sentir o membro duro o tocando de um jeito intenso no seu ponto mais sensível, causando-lhe um arrepio por completo.

Eu por minha vez, sentia um alívio, tendo o pau escorregando prazerosamente dentro do cuzinho de Daniel. Eu podia sentir os lábios dele se abrindo. Podia sentir o cuzinho dele molhado deixando o seu pau úmido. Podia sentir o corpo do meu garoto se contraindo todo e ele se abrindo cada vez mais a mim.

E tudo isso deu-se no intervalo de apenas um segundo. Um único segundo de uma transa maravilhosa... Um único segundo que fazem a vida valer a pena. Não é mesmo? mas que era apenas um sonho meu, um sonho bom, deliciosamente bom com meu neném, acordei assustado, levantei da cama, procurando meu amor, olhei pela janela e vi ao longe a senzala, onde estava meu menino, onde provavelmente ele passava frio pois era uma noite terrivelmente fria.

ESSA PARTE DO CONTO É NARRADA PELO DANIEL

Na senzala, no chão, encolhido no canto da parede, próximo á janela, olhava o luar, o céu estrelado apesar dos ventos frios que deixava aquela linda noite gelada, adormeci ali mesmo, na mesma posição em que estava. No dia seguinte ao amanhecer Sr. Felippe adentra á senzala e me encontra ali, recolhido, próximo á janela, no chão, correu até mim e agachou-se, tocou meu pescoço, estava ardendo em febre, pôs-me nos braços ainda dormindo, praticamente desmaiado, correu comigo para seu quarto.

-"O que significa isso? virou médico de escravos agora?" - Perguntava Amaral

-"Cala a boca Amaral, cala essa sua maldita boca e sai daqui agora" - Diz Felippe choroso e agressivo.

Amaral sai da sala, mas Felippe ainda desesperado, "Calma meu amorzinho, calma, eu vou te salvar" dizia ele ao me ver completamente trêmulo, me aqueceu com lençóis e fez algumas compressas em mim, a febre estava baixando, mas eu não acordava, relaxei e adormeci, dormi mais tranquilamente. Sr. Felippe recolheu-se em uma poltrona no canto do quarto, zelava pelo meu sono, horas depois acordei, na cama de Felippe.

-"Que faço aqui?" (Sr. Felippe me olhava com um sorriso amigável e olhar doce)

-"Passou mal ontem na senzala e o trouxe para cá para descansar"

-"Agradeço-te, mas se pensa que vou deixar que toque em meu corpo novamente engana-te"

(Sr. Felippe perde o ar meigo e gentil e adere á um semblante triste)

-"Já lhe disse que não tive culpa dos cães terem invadido tua festa" - Diz Felippe segurando o choro.

-"Explica-me então como três pessoas disseram que viram-te abrir a porta para que os cães atacassem eu, meus amigos e família? nunca gostaste de meu pai, através de mim quiseste vinga-lo"

-"ISSO É UMA GRANDE MENTIRA" - Grita Sr. Felippe já chorando muito, sem controlar o choro, desfere um tapa forte em meu rosto. E sai do quarto

Sozinhos eles dizem um para o outro...

"Você é o pior homem que já conheci, não quero te ver nunca mais, me parece tão presunçoso e arrogante... a sua simples presença me incomoda, mas eu queria tanto que soubesse...o quanto eu TE AMO"

"Você é o garoto mais lindo que conheci, despertou em mim sentimentos, que jamais pensei que existissem, sua presença me dá força, sem você nada tem sentido, por isso não sabe o quanto eu ODEIO VOCÊ"

...O Amor e o Ódio travando uma dura batalha

CONTINUA...


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