Clube da Brotheragem - Cap 9 - As peças que o destino prega

— Vem Caio — Nathan reiterou o convite de Léo.

Fiquei por alguns instantes sem ação. Com tesão, porém sem saber o que dizer ou fazer. Não sabia como reagir na frente de um cara que quisesse transar comigo, ainda mais com dois ao mesmo tempo.

A mão de Léo pegou a minha e me conduziu para perto dos dois. Minha vontade era mesmo de agarrar aqueles dois corpos seminus e beijar-lhes a boca sem ter hora para acabar, mas ainda não me sentia pronto nem para apenas um deles.

Léo conduziu minha cabeça com a mão em minha nuca e a direcionou até a boca de Nathan. A gente deu um selinho e depois demos oportunidade para nos experimentar em um beijo mais longo e gostoso. Logo em seguida, Léo me puxou para si e foi sua vez de me beijar. Não sei se era o meu tesão que estava a níveis astronômicos ou se os dois dominavam a arte de beijar.

Não sei como aquilo aconteceu, Nathan invadiu nosso beijo e, de repente, nós três estávamos nos beijando. Era meio estranho e desconfortável, mas estava acontecendo. Era diferente, legal e interessante. Eu já contabilizava uma nova experiência para contar aos meus netos.

Os garotos me agarraram e eu pude sentir a rola dura de Léo dentro da cueca roçando em minha coxa. Eu sabia que a intenção deles não era ficarmos só aos beijos e aquilo me deixou um pouco tenso. Depois de mais alguns minutos de beijos e roçadas, Nathan colocou suas duas mãos por dentro de minha camiseta e acariciou meu peito, depois fez menção de tirar minha roupa. Naquela hora eu dei um passo para trás imediatamente.

— Que foi Caio? — perguntou-me Nathan preocupado.

— Eu não sei se quero fazer isso agora.

Eles ficaram em silêncio me olhando. Não fizeram nenhuma cara que me deixasse desconfortável, apenas me deram oportunidade de falar.

— Não que eu não queira fazer com vocês. Eu até acho vocês bonitos e gostosos — a última parte falei com vergonha —, mas não é desse jeito que eu imagino a minha primeira vez.

Eles ficaram em silêncio por mais alguns instantes.

— Tudo bem, Caio — disse Nathan com uma voz compreensiva.

— É. Sem problemas! Mas você disse que acha a gente gostoso, né?

— Sim. Vocês são! — respondi sem aumentar minha entonação.

— Entendi... Então, Caio. Você quer ver eu meter rola no cuzinho dele? — perguntou Léo com uma cara de safado.

Nathan deu uma risada nada vergonhosa.

— Não seria melhor eu ir embora?

A resposta que eu queria dar era "sim". Eu queria ver os dois transando, mas eu estava com certo receio de toda a situação.

— Pode ficar, rapaz. É claro, de você quiser! A gente gosta de companhia — disse Nathan indo até o banheiro. Ele voltou com um rolo de papel higiênico na mão e a jogou para mim, que a agarrei num susto.

— Pra que isso?

— Se você decidir ficar, vai precisar. Não quero que suje o chão da minha casa.

Eu queria esconder a minha cara em algum lugar. Senti meu rosto queimar de vergonha. Eles nem se importaram com minha cara de vergonha e logo voltaram a se agarrar.

Eu não sabia o que fazer. Minha cabeça me dizia para fugir dali porque aqueles dois só podiam ser dois loucos, mas a cabeça de baixo dizia para eu ficar e assistir ao show ao vivo.

Olhei para o papel higiênico e pensei: "eu não vou me masturbar na frente dos dois", mas decidi ficar para assistir.

Léo e Nathan se beijaram com muita intensidade. Eles demonstravam muita experiência e sintonia um com o outro. Nathan abaixou a cueca de Léo e seu pau duro e grande saltou para fora. Nathan agarrou seu membro e o colocou na boca com toda a vontade. Chupou-o por alguns minutos. Depois foi a vez de Léo tirar o resto de rua roupa e abocanhar o mastro de seu namorado. Uma vez ou outra eles trocavam de olhares comigo. Eu respondia sorrindo, meio sem jeito, mas com tesão. Sempre com tesão.

Os garotos se acomodaram na cama de modo que um poderia chupar o outro. Aquela cena era linda e tesuda de se ver. Eles gemiam e se provavam. Ambos gulosos e desejosos um pelo outro.

Léo colocou seu namorado de quatro e começou a chupar sua parte de trás. Nathan se contorcia todo. Eu imaginei que ali poderia ser Ricardo de quatro, recebendo minhas linguadas ou até eu recebendo as linguadas dele. Que merda! Estava pensando naquele traste! Mentalizei que não poderia continuar lembrando dele.

Depois de pegar um lubrificante na cômoda de Nathan e passar nele e em seu membro, Léo pincelou seu pau na entrada de Nathan e começou a colocar a cabeça e a tirar. Ele estava indo devagar para que o outro não sentisse tanta dor no início. Depois de toda a preparação, ele finalmente fincou seu caralho enorme dentro de Nathan, que soltou um grito com todas as suas forças. Senti meu pau melar a cueca na mesma hora. O Grito de Nathan sendo comido era gostoso de se ver. As violentas estocadas de Léo faziam meu pau pulsar.

Nem percebi, mas já estava com a mão dentro de minha cueca me deliciando com a massagem que minha mão fazia em meu pau. Na hora do tesão a gente perde as vergonhas e se deixa dominar por ele.

Abaixei minha roupa para ter acesso mais facilitado ao meu pau.

Enquanto Léo empurrava seu corpo contra o de Nathan, que estava jogado de bruços na cama com uma fisionomia de que não estava aguentando, mas pedindo por mais, eu estava empurrando meu prepúcio para frente e para trás. Aquilo era melhor do que ver pornô na tela do celular.

Quando senti que estava prestes a gozar, fiquei desesperado porque não estava achando o papel higiênico. Desesperado, comecei a ir de um lado para o outro com minha bermuda e cueca na altura do joelho e pau na mão a procura daquele item de higiene.

Droga! Não o encontrava em lugar algum e eu precisava gozar.

— O que foi, Caio? Tá procurando o quê? — perguntou-me Léo sem parar de meter em Nathan, que estava agora de frente e pernas abertas recebendo as metidas do namorado.

— Papel higiênico... sumiu! — respondi arfando e ainda procurando.

— Vem cá, Caio.

— Eu preciso gozar — disse eu.

— Goza em mim — pediu Nathan com a mão esticada para mim como se fosse me pegar.

— Quê? — perguntei sem jeito.

— Goza em mim, porra! Vem, caralho!

Eu me aproximei timidamente a uma distância que Nathan conseguiu me puxar para perto de si. Léo ainda promovia suas estocadas, sua cara era de prazer.

— Goza em mim, Caio. Vem logo! Joga essa porra em minha barriga.

— Posso mesmo?

"Minha nossa! O tesão acaba com a dignidade da gente e ainda nos deixa de calça arriada na frente dos outros. É pior que a bebida". Isso eu pensei depois, na hora só pensei em obedecer a Nathan e mirei meu pau em sua barriga. Estava prestes a gozar nele enquanto seus gritos de prazer aumentaram, assim como os de Léo.

Não demorou nem meio minuto para eu descarregar várias jatadas de porra em sua barriga. Nathan ficou todo melecado e com uma cara de satisfação e surpresa. Eu havia gozado muito.

— Moleque, você gozou pra caralho! — disse Léo rindo.

Ele avisou a Nathan que também iria gozar e o fez em seguida. Derramou-se todo dentro do namorado. Nathan também não aguentou mais se segurar e gozou em sua barriga, que ficou mais encharcada ainda. Léo se jogou em cima dele e o beijou. Logo ambos estavam todos molhados.

Eu estava jogado no chão me recuperando do orgasmo. Aquilo foi surreal e estava começando a ficar estranho de novo depois que o tesão passou.

— Caio, espere a gente. O Léo e eu vamos tomar um banho e já voltamos — Nathan riu contagiando a Léo e a mim.

Minutos depois eles saíram do banheiro. Nathan vestiu um short. Léo ficou só de cueca.

Depois de ficarmos todos calmos e relaxados, começamos a conversar deitados na cama como se nada daquilo tivesse acontecido. Quando dei por mim, estava contando sobre minha vida pessoal para dois estranhos.

— Não acredito que um moleque todo bonitão como você ainda não transou. Tem que usar isso aí, rapá — disse Léo apontando para o meu pau. Ainda bem que eu já estava vestido.

— Amor, você tinha que ver o maluco que estava com ele no shopping. O moleque todo marrentão, mas cheio de ciúmes do Caio.

— Sério?

— Aí Caio, se você conseguir alguma coisa ali, você estará feito.

— Mas ele não quer. Não do jeito que eu quero — desabafei.

— Como assim? — eles perguntaram juntos.

Senti-me, pela primeira vez, à vontade para contar sobre Ricardo para alguém, já que nenhum dos dois o conhecia.

Contei tudo o que havia acontecido entre mim e Ricardo para Nathan e Léo. Eles estavam atentos e interessados. De vez em quando reagiam com espanto.

— Quer dizer que o cara só quer gozar contigo e nem quer dar beijo na boca? — espantou-se Nathan — Esses héteros de Taubaté! Tá na cara que o Ricardo gosta de você. Senão ele não ia fazer aquela cena toda no shopping. Ele só quer promover a imagem dele de macho alfa porque joga no time de futebol da faculdade.

— Você tem uma foto dele aí? —pediu Léo.

Mostrei suas fotos em uma rede social.

— Caralho! Ele é gato mesmo e bem gostoso! — empolgou-se Léo — Essa barbinha rala dele! E tem cara de marrento mesmo. Até nas fotos!

Respirei fundo olhando para as fotos de Ricardo. Como eu queria agarrar aquele filho da puta na porrada e depois arrastá-lo para uma cama e deixar ele me possuir da mesma forma como eu tinha acabado de ver Léo fazer com Nathan! Beijá-lo era o que eu mais queria, ainda mais depois que ele recusou meu beijo. Eu sei. Eu era um trouxa! Mas quem nunca foi?

— Caio, se eu estivesse no seu lugar, morando em um alojamento e tendo a oportunidade de desfrutar desse corpinho eu aproveitaria muito. Não iria me importar se ele quisesse me tratar só como amigo na frente dos outros, o importante era ele me respeitar. E se ele quisesse me usar quando a gente estivesse sozinho no alojamento eu não iria ligar não. — disse Léo.

— Para de ser piranha, moleque! — repreendeu Nathan — Tá ensinando o moleque a se deixar ser usado por macho e ser o lado frágil da relação?

— Eu não to falando para Caio se arrastar aos pés dele. Muito pelo contrário! O Caio pode muito bem ser o lado mais forte da relação. E se esse Ricardo estiver mesmo interessado, ele pode reverter a situação e usar o corpo do boy para o seu prazer. Só não pode deixar o cara crescer pra cima de você — disse ele olhando pra mim — No seu lugar eu ia fingir que não tava nem aí pra ele e iria procurá-lo só na hora do sexo. Eu ia fazer esse Ricardo comer na minha mão.

— Sei! Não era bem na sua mão que ele iria comer não.

Eu só ria daqueles dois, mas as ideias de Léo eram erradas? Eram sim. Mas bem interessantes.

— Nathan, pensa comigo! Onde, na vida eu iria ter a sorte de cair num alojamento com um cara gostoso como esse que queria fazer umas brincadeiras sexuais comigo? Mesmo que escondido, e daí? O importante é que eu iria aproveitar. Ainda iria ter a adrenalina de fazer tudo escondido.

— Seu namorado tem razão. Você é piranho, Léo — brinquei. Eles riram. Léo me deu um tapinha de leve no ombro.

— Ele é mesmo — ratificou Nathan.

— Sou mesmo. A vida é curta!

Fiquei mais alguns minutos conversando com os garotos e quando a hora começou a se avançar, despedi-me. Os dois me convidaram para voltar quando eu quisesse experimentar algo a três. Eu agradeci o convite e disse que, assim que perdesse a virgindade, pensaria com carinho na proposta. Mas eu não estava muito certo que voltaria mesmo, eu ainda sonhava com um relacionamento mais romântico na vida.

Quando cheguei de volta no alojamento já era por volta das oito horas da noite. Abri a porta da entrada e desejei não ver Ricardo. Desejo atendido. Apenas Túlio estava em casa. Pelo visto ele não tinha aula à noite naquele dia da semana.

Túlio estava sentado na mesa com o notebook ligado. Pesquisava algo na internet enquanto fazia anotações em seu caderno. A tevê estava ligada, mas ele não prestava atenção no que passava. Cumprimentei e ele retribuiu.

— Ué, Ricardo não está contigo?

— Não. A gente se separou no shopping. Cada um foi pra seu canto.

Entrei em meu quarto, procurei roupas limpas e fui tomar banho.

Saí do banheiro, já vestido e sem camisa, é claro. O calor estava insuportável, mesmo à noite. Entrei no meu quarto e o fechei. Estava com sono. Pensei em tirar um leve cochilo e coloquei o relógio para despertar após cinquenta minutos de sono, pois ainda não havia jantado.

Eu sempre fui fácil de pegar no sono, então eu capotei, porém meu sono era leve. Tanto que ouvi alguém bater à porta do meu quarto e me chamar algumas vezes. Levantei e fui atender. Quando abri a porta, não vi ninguém. Senti um cheiro delicioso invadir o meu nariz naquela hora. A fome deu sinal de vida.

Procurei pela sala para ver quem me chamava, meus olhos estavam incomodados com a luz acesa.

— Te acordei! Foi mal — disse Túlio — Se soubesse que você estava dormindo nem chamava.

— O que foi? — perguntei querendo matá-lo. Odeio quando me acordam, mas estava curioso.

— Já jantou? — perguntou ele escrevendo alguma coisa no caderno.

— Não.

— Eu comprei pizza e ganhei uma doce menor de brinde. Promoção do dia. Veio coisa pra caralho. Se quiser comer comigo.

Dei um sorriso, Túlio sorriu de volta entendendo que era um "sim".

Pega ali atrás do balcão. Tô terminando só de escrever este último parágrafo e já vou comer também.

— Ah, valeu — disse eu me encaminhando para a cozinha.

— Tem refri na geladeira.

Acenei com a cabeça e sorri.

Túlio voltou a ficar sério concentrado em sua tarefa. Um charme à parte aquela cara de menino sério e estudioso, que para mim era uma novidade.

Não demorou muito para Túlio se juntar a mim na cozinha para dividirmos a pizza que ele havia comprado. Ele teve a ideia de levar toda a comida para a sala para assistirmos a algum filme. Escolhemos um de ação com comédia e, no início deste, estávamos concentrados tentando entender o enredo. Quando ele comentou que uma cena do policial pulando de um prédio e caindo na sala de estar do prédio ao lado após quebrar toda a janela e, mesmo assim, continuar ileso era fake demais, começamos a rir. O filme era ridículo e totalmente carente de verossimilhança. Naquela noite, Túlio e eu descobrimos um hobby em comum: falar mal e rir das cenas absurdas e impossíveis do filme. Passamos o resto do filme naquele clima e a gente ria junto sempre que algo surreal acontecia.

A pizza já havia acabado, mas o filme ainda não, nem nossa animação. Na mesa de centro só restavam as caixas de pizza vazias, os sachês de molhos, alguns ainda cheios, o resto de refrigerante e a louça suja usada. A luz estava apagada. O filme só estava digerível porque a gente estava fazendo graça com ele.

De repente, num momento em que Túlio e eu ríamos muito, de doer a barriga, Ricardo abriu a porta e chegou da rua. Sua feição não era nada muito feliz com a cena que presenciou.

— Eeee festinha! Perdi alguma coisa? — perguntou ele acendendo a luz.

— Apaga a luz aê, seu arrombado! Tá acabando com o clima de cinema aqui — reclamou Túlio.

Voltei a olhar para a tevê. Perdi até a vontade de rir das cenas do filme.

— Clima de cinema? Hum, sei!

Ricardo se sentou entre Túlio e eu e reclamou que a gente não deixou pizza para ele. Perguntou o nome do filme e Túlio o respondeu. Depois quis saber por que a gente ria tanto quanto ele chegou. Eu não dei bola, deixei que Túlio lhe explicasse que a gente estava rindo de toda a falta de realidade do filme.

Esperei o filme terminar por consideração a Túlio. Faltavam só dez minutos, o que passou bem rápido. Assim que o ele terminou, levantei-me de imediato retirando as louças sujas de cima da mesinha de centro.

— Vou lavar as louças — disse eu indo para a cozinha.

Túlio fez menção de protestar que não precisava.

— Você pagou tudo, mano. Não quis nem que eu te reembolsasse. Deixa a louça comigo por hoje.

Ele deu de ombros assentindo.

— Túlio pagando lanche pro Caio? — estranhou Ricardo — Estou perdendo alguma coisa? Estavam se pegando aqui na sala?

— Aham! — respondeu Túlio de imediato — E você atrapalhou tudo!

Eu olhei para Túlio surpreso, que piscou para mim. Não esperava aquela resposta. Bem que seria interessante se aquilo fosse verdade. Túlio era gostoso e não aprecia ser babaca como o Ricardo. Túlio voltou para a sua mesa de estudos.

Terminei de lavar a louça e as coloquei no escorredor. Ricardo apareceu na cozinha, pegou sua garrafa de água na geladeira e deu uma golada.

— E aí, Caio. Veio direto para casa ou foi dar algum outro rolê depois do shopping?

— Por que você quer saber?

— Oxe, calma! Só estou conversando.

— Ricardo, namoral? Não tô a fim de conversar não, mano!

Sequei minhas mãos no pano de prato e passei pela sala em direção ao quarto. Túlio estava com a caneta na mão e olhou para mim desconfiado pelo conteúdo de minha conversa com Ricardo.

Antes de entrar completamente no meu quarto, parei no batente da porta e olhei para ele de volta.

— Túlio, valeu pela pizza!

Ele deu um sorriso leve de canto de boca e acenou com a cabeça.

Entrei no quarto e fui dormir.

No dia seguinte, mal falei com Ricardo no café da manhã. Comi alguma coisa bem rápido para não ter que ficar muito tempo em sua companhia. Queria evitá-lo ao máximo naquele dia. Mas o destino tratou de fazer o contrário comigo; foi o dia em que eu o encontrei mais vezes pelo campus.

Esbarrei por ele no corredor duas vezes entre uma aula e outra. No refeitório, quando fui ver o que seria servido no dia. Eu sou meio fresco para comer algumas coisas e quando não estava muito interessado, ia direto para a cantina. Foi o que aconteceu naquele dia. Meus colegas de sala permaneceram na fila do refeitório, pois eles não se importavam em comer bife de fígado.

Lá estava eu em outra fila: a da cantina. Pelo visto muita gente ali não curtia bife de fígado nem a opção vegana do dia. Quando chegou a minha vez de ser atendido, escolhi três coxinhas e uma lata de refrigerante. Quando fui pegar minha carteira dentro da minha mochila não a encontrei.

— Moço passa no pix, por favor!

— Eu não trabalho com pix, não entendo nada dessas coisas. Só cartão e dinheiro — disse o senhor da cantina, um idoso que parecia ter alcançado seus sessenta anos.

Que situação! Tinha um monte de gente esperando na fila e eu comecei a revirar toda minha mochila na esperança de encontrar minha carteira no meio daquele monte de livros e caderno.

— Ei, Caio. O que houve?

Não falei que o destino resolveu me sacanear naquele dia?

— Nada, só procurando minha carteira — disse eu sacudindo minha mochila.

Quando me chamou, Ricardo estava sentado em uma das mesas com mais três amigos. Ele passava ketchup em um salgado. Após ter ciência de meu sufoco, ele se levantou e se aproximou do balcão.

— Paga o dele aqui, seu Milton! — disse Ricardo para o senhor da cantina. Ele estendia seu cartão de crédito.

Não tinha como recusar, depois de ter feito o pessoal esperar aquele tempo todo na fila, seria humilhante demais devolver os salgados e refrigerante.

— Valeu, Ricardo! No alojamento eu te pago. Ou posso te fazer um pix aqui, agora! Me passa o seu pix.

— Ei — disse ele colocando a mão na minha nuca e fazendo uma leve carícia, o que parecia que ninguém notou ou não viu nada demais naquilo — Calma, Caio! Tamo junto nessa porra!

— Só quero te pagar logo!

— Relaxa! Vamos comer, depois você me paga.

Que ódio de você Ricardo! Eu queria te odiar cada vez mais, mas tinha hora que você não cooperava!

Agradeci mais uma vez e fui comer em outro lugar. A cantina estava lotada e agradeci por todos os lugares da mesa de Ricardo estarem ocupados. Pelo menos aquele refresco o destino havia me dado!

Naquele dia, minhas aulas terminaram depois das seis horas da noite. Estava mentalmente cansado e também com saudades de conversar com meu primo Ian. Fazia uns dias que a gente só conversava por mensagem e eu estava decidido a fazer uma visitinha surpresa para ele. Mas antes, precisava passar no meu, tomar um banho e deixar minhas coisas lá.

Ao abrir a porta, encontro Túlio no mesmo lugar da noite anterior: estudando na mesa com seu notebook, caderno e livros. Ricardo estava sentado no sofá anotando alguma coisa no caderno. Ambos concentrados até eu chegar e responder ao meu cumprimento. Fui direto para o meu quarto e vi que tinha deixado minha carteira em cima de meu colchonete. Alívio!

Outro alívio estaria para chegar no próximo final de semana; data marcada para a empresa de móveis entregar a cama que meu pai havia comprado para mim. Finalmente voltaria a dormir em uma cama decente e com dignidade.

Tomei meu banho e, assim que saí do banheiro, Túlio me chamou.

— Caio, vamos pedir um delivery aqui, você vai querer também?

Ricardo virou-se para ele do sofá interrogativo.

— Vamos pedir delivery? O caio não vai cozinhar hoje não?

Folgado!

— Hoje eu não vou jantar aqui não, vou lá pro alojamento do meu primo.

— Lá vai ele trair a gente e cozinhar pros machos de outro alojamento! — disse Ricardo em tom jocoso.

Eu fechei a cara para Ricardo. Túlio percebeu a minha reação e riu na hora.

— Ei, Caião! Não cai na pilha do Bruno não. Ele parece ser um idiota, mas é gente boa. É um idiota maneiro!

Eu ri com a brincadeira de Túlio e fui para o meu quarto terminar de vestir minha camiseta. Já vestido e saindo pela porta da sala, Túlio me chamou mais uma vez.

— Vai passar a noite toda por lá?

— Sim, vou jantar por lá.

Túlio assentiu com a cabeça e deu um sorriso de canto. Não entendi sua pergunta nem sua reação, mas deixei para lá. Ricardo parecia concentrado em suas anotações, mas se desconcentrou para me zoar.

— Não esqueça a carteira, hein! Não vou estar pelo campus para te salvar de novo — disse ele rindo para mim.

Ele sabia que eu estava evitando-o, por isso fazia mais questão ainda de fazer suas gracinhas comigo.

Quando cheguei no alojamento do meu primo, percebi que a porta estava trancada. Bati e os chamei por algumas vezes. Ninguém atendeu. Peguei a chave que Ian me deu para quando eu precisasse entrar lá e abri a porta. Todas as luzes estavam apagadas e as portas dos quartos abertas. Pude notar que não havia ninguém no alojamento. Enviei mensagem para Ian, que me respondeu de imediato dizendo que ele e os amigos de alojamento saíram para uma festa da turma deles.

Saí de seu bloco e o calor que fazia naquele começo de noite me convidava a tomar uma coca gelada. Para a minha sorte a cantina ainda estava aberta. Sentei e fiquei por um tempo observando alguns alunos da noite passarem. Não estava com vontade de voltar para o alojamento naquele momento. Estava batendo um ventinho fresco que amenizava o calor.

Senti vontade de ir ao banheiro depois de tanto tomar líquido. O banheiro mais próximo dali seria o do meu alojamento. Não tive escolhas. Voltei para o meu bloco. Abri a porta e não vi nem Ricardo nem Túlio sentados na sala. Mesmo com a pressa de me aliviar, notei que na mesa ainda estavam o notebook de Túlio, ainda aberto, assim como seus livros e cadernos.

Fui direto para o banheiro. Ao abrir avistei uma cena que me deixou incrédulo.

O chuveiro estava ligado. Embaixo dele estavam Túlio encostado na parede do box e Ricardo por trás dele. Os dois nus. Ricardo metia em Túlio com vontade e ambos arfavam de prazer.

Ricardo parecia que iria levantar Túlio só com o impulso de seu corpo.

Na mesma hora eles perceberam minha presença e, imediatamente, desfizeram a cena.

— Puta que pariu, Caio! — reclamou Túlio ríspido — Você não sabe bater na porta não, porra?

Eu estava boquiaberto. Coração acelerado.

Ricardo riu como se nada demais tivesse acabado de acontecer.

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Agora é contigo, VOCÊ DECIDE!

O que Caio deve fazer?

A) Ir para o alojamento do primo;

B) Revelar logo para Túlio que é gay.

A enquete com as alternativas acima vai ser aberta em minutos em meu 1nstagram ( vitorfernandezautor ) e vai ficar disponível durante 24 horas.

Para votar na continuação da história, você precisa;

1- Seguir o meu perfil;

2- Solicitar, por mensagem, para que eu te adicione a lista dos amigos. A enquete só fica visível para a lista de amigos.

Venha votar e decidir como essa história continua!

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Comentários

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Vitor, os contos dessa "saga" têm sido muito criativos e bem escritos por você, muito bom mesmo! Claro que a muitos dos seus leitores vão querer ver o "casal" dos personagens principais assumindo a paixão e o namoro logo, os gays são mais românticos que se pensa.. ahaha... Mas cara, o que mais dá tesão mesmo é a brotheragem, e você montou um ambiente que nos próximos 30 episódios podem priorizar exatamente esse caminho, a camaradagem, o prazer, as brincadeiras, o clima sexual entre caras lindos que se curtem, claro, com os atritos, o sentimento de posse, o amor, a questão do passivo/ativo, a liderança em risco com a homossexualidade latente, etc... Espero que a inspiração continue para manter nosso tesão aceso!

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Pelo título do conto, que se inicie o clube...

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Pelo visto Ricardo é o comedor, o resto tds passivos dele. Não acho graça nosso

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Só para inteirar,para Ricardo seria muito vantajoso ter Tulio, Caio e com certeza o outro visitante ( lembro o nome) a disposição para se aliviar. Mas que seria impagável ver Ricardo se rastejando pelo Caio isso seria. A questão que fica é: Caio vai ter maturidade emocional para continuar no alojamento sabendo tudo oque rola é ñ participar? Porque ele pode encontrar alguém interessante, namorar, Ricardo acordar se ver apaixonado por Caio e até esperar por uma oportunidade. Tudo é possível...

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Muito bom !

Acho que Caio pode revelar ser gay, oque vai mudar a visão de Ricardo sobre ele , já que ele curte na moita. Mas aí fica a questão... mudar para alojamento do primo Só vai ser opção se ele ñ quiser ser piranho e aceitar que entre ele e Ricardo realmente ñ vai virar nada além de possíveis amigos , porque é visível o interesse caio por Ricardo mas sendo virgem e romântico ( por se interessar por beijos e carinho)ñ seria legal ele ñ ter A experiência de um relacionamento monogâmico. Acho que algo tão liberal assim só deve acontecer com quem já tem certa bagagem emocional , com quem já teve experiência no sexo e que ñ tenha sentimento por nenhuma parte

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Excelente! Letra A. É muito constrangimento para ainda falar que é gay

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