Minha mãe acabou me enlouquecendo... - Parte 2

Antes de mais nada, minha forma de contar histórias, verdadeiras ou não..., é diferente. Prezo pelos detalhes e calma. Sei que esse tipo de texto não agrada a muita gente, mas é minha forma de contar. Quem gostar, pode esperar que vou postar MUITA coisa ainda.

Vamos lá pra parte 2!

O clima era de total suspense. Não sabíamos o que nos esperava. Repreensão? Uma piadinha? Um conselho? Ela não diria nada? Do quarto até a cozinha foi como se toda minha vida passasse diante dos meus olhos. Meu amigo não falava nada, eu menos. Chegando na cozinha, ela estava em pé perto do fogão com a concha de feijão na mão e o prato na outra.

- "Quem vai primeiro?"

Perguntou ela.

- "Vai, mano."

Disse eu, com a voz meio tremula e envergonhada.

Meu amigo se serviu e foi pra sala. Eu fiz meu prato e fui também. Minha missão era sair dali o mais rápido possível. Ficar no mesmo espaço que ela minutos após o acontecido era assustador. Não sabia como me sentir. Não sabia o que pensar.

Ela chegou uns minutos depois, comemos os 3 juntos e nada sobre o ocorrido foi mencionado. Nenhum risinho de canto de boca ou comentário sobre, o que eu achei ÓTIMO.

Passado o almoço, meu amigo foi colocar o prato na pia e eu fui no seu encalço. Como o leitor pode perceber, eu fazia de TUDO pra evitar ficar no mesmo espaço que a minha mãe. Tinha medo do que podia acontecer. Tentava a todo custo evitar "A CONVERSA."

Meu amigo não dizia nada. Apenas me olhava com aquele olhar de "Nos safamos!". Ele voltou pra sala e eu fiquei na cozinha pegando um pouco mais de suco.

Voltando, no corredor, ouvi minha mãe cochichar pra ele algo parecido com "Eu sei que você e o João devem estar envergonhados, mas ta tudo bem, ok?"

Eu fiquei branco, gelado. ELA REALMENTE VIU!

Pensei muito se deveria voltar mesmo pra sala ou esperar um pouco mais ou...

No "OU..." meu amigo já tinha me visto e disse:

- "Olha ele ai!".

Não tinha mais como escapar! Querendo ou não, eu precisava entrar na sala e ter "aquele momento."

- "Sua mãe tava me dizendo que..."

- "SIM, EU OUVI!"

Falei de forma firme pra dar a entender que eu não queria ter aquela conversa ou prolongar o momento. Meu amigo entendeu mas a minha mãe queria aprofundar aquilo. Como eu disse, minha mãe sentia que ausência do meu pai precisava ser compensada de alguma forma. Na mente dela, era uma conversa que meu pai teria comigo, que ele mostraria interesse e ela não queria "falhar" comigo.

- "Não precisa ficar envergonhado, João. Eu sempre te falei que se quisesse conversar ou tivesse alguma duvida poderia me procurar."

Pedro já foi logo dizendo:

- "Nossa, sua mãe é muito legal, João. A minha é meio chata com isso."

Sendo sincero com vocês, não acredito que meu amigo ao dizer isso tinha alguma segunda intenção. Ninguém naquele momento estava. Como eu disse, minha mãe

- "Tia, o problema é que a minha mãe é muito cabeça dura. Precisa ver. Não tenho nenhuma abertura pra conversar com ela."

- "É normal, Pedrinho. Eu me coloco a disposição do João pra tirar essas duvidas mas existe sim mãe que não gosta de falar sobre."

- "Sei como é, tia..."

Nesse momento a conversa dos dois teve uma pausa. Admito que toda vergonha que eu estava sentindo foi diminuída, porém não sumiu. Eu ainda estava bem desconfortável de estar tendo aquele assunto com a minha mãe e na presença do meu amigo.

Como eu vinha dizendo, minha mãe sentia uma necessidade absurda de compensar a falta de uma presença masculina na minha vida e tentava a todo custo preencher isso.

- "Meninos, vocês possuem alguma duvida, querem perguntar algo?"

Eu apenas balancei a cabeça de forma negativa...

- "Eu tenho, tia.. mas não sei se posso perguntar..."

Disse meu amigo.

Eu admito pra vocês que estava REZANDO pra aquele assunto terminar, eu não já não aguentava.. mas ao mesmo tempo estava envolto numa áurea de curiosidade com a pergunta do meu amigo.

- "Se eu souber como responder, claro..."

Disse mamãe toda atenciosa e solicita...

- "Tia, é normal sentir tesão o tempo todo?"

Nesse momento eu admito que senti uma mistura de raiva com indignação, mas não me opus a pergunta. Apenas continuei ouvindo...

- "Olha, eu acho que sim. Pra homem essas questões são diferentes, homem é diferente da mulher e eu acredito que os hormônios falem mais alto."

- "Sei como é, tia. É complicado porque parece que tudo provoca ou causa tesão."

- "Sim, eu entendo. É normal, Pedrinho. Não tem nada de estranho nisso. Com o tempo deve diminuir e as coisas ficam mais fáceis."

No meio da conversa dos dois, eu admito que pela primeira vez eu comecei a ter pensamentos diferentes pela minha mãe. Enquanto meu amigo conversava com ela, tirava suas duvidas, reparei que mamãe tava sentada no sofá com as pernas cruzadas e de cabelo preso. Ela usava uma saia que ia até um pouquinho só acima do joelho, chinelo havaianas e uma pulseira preta no pulso. Passei a reparar na minha mãe, coisa que até então nunca me causou interesse. Eu já não prestava mais atenção na conversa, nem sabia em que pé estavam, mas do nada...

- "E você, João? Quer perguntar algo?"

- "Nã..Nãaao... Não, mãe. Ta tudo bem."

Eu ainda não tinha coragem pra perguntar nada, mesmo com a brecha.

A conversa já se encaminhava pro fim quando...

- "Meninos, essa conversa é algo novo pra mim, com meu filho e ainda mais com o amigo dele mas não precisam sentir vergonha, ta? Quando forem... éh... cê sabe... podem ficar tranquilos, encostem a porta do quarto que eu prometo passar a bater mais na porta, ta? rsrsrsrs"

Mamãe tinha dado o primeiro risinho a respeito do assunto e a minha vergonha voltou totalmente. Eu já queria desaparecer outra vez...

- "Sua mãe é muito legal, cara. Se a minha descobrir que eu faço essas coisas, ela me MATAAA"

- "Fiquem tranquilos, não vou brigar ou me chatear. Só tomem mais cuidado quando forem fazer isso no quarto, ta bom?"

- "Ta bom, tia. Mas é que a mina era MÓÓÓ GOSTOSAAA KKKKK"

Eu fiquei com ÓDIO desse comentário do meu amigo. Ele estava falando que a mulher que estávamos assistindo no computador era gostosa, E PRA MINHA MÃE. Os pensamentos que começavam a querer surgir, já nem existiam mais. Apenas vergonha e indignação.

jÁ minha mãe, como eu disse, queria a todo custo compensar a falta do meu velho e tentava ser a legalzona, cool, a mãe que fala de tudo, brinca e da brecha pro filho se abrir, mas ela não entendia que aquilo não era confortável pra mim. Bom, não até então...

- "Era alguma bunduda, né? HOMEM ADORA BUNDA, inacreditável kkkkkkk"

- "Tia, cê precisava ver o tamanho do rabo kkkkkk"

Nesse momento, ouvindo a 'mini conversa' dos dois, minha indignação, raiva e vergonha já não existiam tanto. Admito que começava a sentir um leve tesão se formando...

- "Mãe, bunda é bunda, né? É a parada mais bonita nas mulheres kkkkkkkk"

Foi meu primeiro comentário mais "animadinho" sobre o assunto.

- "Ala, não disse. HOMEM ADORA UM RABO kkkkkkkk"

Minha mãe acreditava realmente que esses seriam os comentários que um pai faria vendo seu filho ter interesse em mulheres. Como eu disse, ela não queria falhar. Ela não queria cometer erros comigo. Ela querer ser maneira, queria ser a que da brechas e espaços pra eu me sentir confortável e não ter nenhum trauma futuro na minha vida.

- "Seu pai também amava bunda. Não podia ver um rabo de saia na rua que já virava os olhos. Canalha kkkkkkk"

Meu amigo voltou a se pronunciar...

- "Tia, se minha mãe sonhar que to tendo esses assuntos ela me mata."

Minha mãe se prontificou...

- "Vamos fazer assim. Vocês podem conversar comigo, falar sobre esses assuntos e nada sai daqui, ok? Nem ela nem ninguém pode saber. Eu prometo guardar segredo, e vocês meninos? Até porque, se sair daqui eu to ferrada rsrsrsrs Sua mãe também me mataria kkkkk"

Olhei pro meu amigo, ele me olhou e uníssono dissemos:

- "ÓBVIOOOOOO!"

Bom...

Por agora, fico por aqui. No próximo relato já conto como as coisas mudaram TOTALMENTE. Mamãe em sua tentativa de se tornar mais presente na minha vida, acabou me mostrando um lado que eu jamais imaginei ver...

Vou tentar postar ainda hoje!

Até a parte 3...