Eu me chamo Cris, tenho 35 anos, sou casado com uma mulher há 12 anos. Nós sempre nos damos bem, quando eu a conheci ela era garota mais bonita da faculdade, a que todos queriam ficar, e eu acabei sendo o sortudo escolhido por ela, felizmente.
Entre o 5° para o 6° ano, eu senti nossa relação dando uma esfriada e um desses dias tivemos una briga feia, dois dias depois eu começei a desconfiar um pouco dela, e acabei indo fuçar algo no celular dela sem que percebesse e descobri oque já estava imaginando a dias, ela estava me traindo, conversando com outra pessoa, as horas que demorava pra mandar mensagem, os dias que eu chegava do trabalho e era já estava dormindo, todos estavam explicados pelas mensagens, ela estava de caso e saindo durante meu horário de trabalho com um outro rapaz. Eu não disse nada para ela, porém fiquei muito mal com aquilo. Ela trabalha até as 14 horas e eu até às 22:00, porém ela entrava às 6:00 no trabalho e eu só as 14:00 praticamente nossos horários opostos. Eu passava a manhã toda assistindo televisão, YouTube e Netflix, às vezes jogava alguma jogo no meu PlayStation 3, e foi dois dias após eu descobrir as mensagens que em meio aos vídeos que eu acompanhava no YouTube que ouvi sobre dragqueen, mas exatamente sobre Lorelay Fox.
Primeiramente eu recebi a sugestão do vídeo e ele rolou automaticamente, depois eu olhei e vi que mulher bonita, e quando começou a falar eu notei que na verdade era um homem vestido e maquiado como mulher. Confesso que sempre fui muito ignorante com gêneros (inclusive imaginava que dragqueen era uma mulher trans só que mais velha, por causa do queen que é rainha em português). Enfim mulher trans é um homem que se sente que nasceu no corpo errado e através de procedimentos estéticos ou hormonais se transforma em mulher e dragqueen são homens que se vestem, se maqueam e imitam trejeitos de mulher, só que de uma forma mais profissional, não necessariamente se sente mulher ou se vê mulher.
Depois de entender e assistir um pouco eu ouvi sobre os crossdressers, homens que se vestiam como mulher por simples desejo, fetiche ou gosto. Existiam os que achavam vestir uma calcinha o suficiente e aqueles que se vestiam da cabeça aos pés com unhas feitas, cabelo longo, maquiagem e até peças de silicone ou acolchoado pra simular seios, bumbum, coxas e quadril.
Eu não tinha nunca tido curiosidade ou vontade de trocar de sexo, me sentia bem com minha sexualidade, só que eu estava tão mal comigo e com a minha relação no momento que aquilo bateu na minha cabeça de uma forma que eu disse pra mim mesmo eu preciso experimentar isso e foi assim que o melhor dos dois mundos estava prestes a começar.
Segue a Parte II (Em breve)
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