A Descoberta de Amanda - Segunda parte

Um conto erótico de Maverick
Categoria: Heterossexual
Contém 1970 palavras
Data: 13/07/2020 22:26:38
Assuntos: Heterossexual

— Ah, não! Dormi com a roupa que eu estava ontem a noite… – pensou Amanda quando acordou com uma dor de cabeça tão forte que tinha medo de abrir os olhos – Mamãe vai me matar por ter bebido tanto – continuou ela conversando consigo mesma – Por falar nisso, meu colchão costumava ser mais macio que isso… - foi quando abriu os olhos e viu que não estava em seu quarto.

E em menos de um segundo lembrou de tudo o que acontecera, inclusive das coisas que dissera. Talvez se sua cabeça não doesse tanto ela seria capaz de gritar. Sentou encostada na cabeceira da cama segurando a cabeça entre as mãos como se aquilo fosse aliviar a dor e, literalmente, entrou em desespero.

Sabe aquele momento em que todos, pelo menos uma vez na vida perdemos completamente a capacidade de raciocinar?

Foi exatamente isso o que aconteceu com a pobre moça.

Ela olhava a sua volta sem ver ou sem entender o que via, tão assustada era sua condição, a respiração acelerada, o coração batendo a mil por hora, ela com a mão na boca e de olhos arregalados. E ainda assim, linda. Mas aquilo não poderia durar muito tempo e em algum momento ela começou a se acalmar. A primeira coisa que viu foi a porta aberta, aquilo tinha de significar alguma coisa, olhando em torno viu suas sandálias aos pés da cama, percebeu que o lugar tinha jeito de quarto de menina, com muita coisa rosa, algumas bonecas decorando e um bichinho de pelúcia jogado num canto.

Quando olhou do outro lado da cama, sobre a cômoda um rádio relógio antigo mostrava que ainda não eram sete horas da manhã e depois ela se deparou com o moço ainda com as mesmas roupas com que o conheceu, sentado numa poltrona, dormindo numa posição que não podia ser confortável. Ele não parecia tão velho como era em sua memória e certamente era um homem, se não bonito, interessante. E reconhecer isso, reconhecer a situação em que ela estava na cama e a menos de dois metros de um homem para quem ela pediu, quase implorou na noite anterior que tirasse sua virgindade, trouxe o constrangimento óbvio, mas trouxe também um fogo dentro dela, que começou lento, na verdade, quando ela identificou o estado de excitação em que estava, já passara do ponto em que conseguisse se controlar.

Conduziu as mãos para o vão entre as pernas, mas o bom senso entrou em ação…

— Pelo amor de Deus, Amanda… você acha mesmo que seria uma boa ideia se masturbar na casa de um desconhecido, com ele dormindo numa poltrona ao seu lado? Você está louca?

A situação era absurda demais. Ela nem sabia o nome do cara, como podia querer trepar com ele assim, sem mais nem menos… mas ela reconhecer que queria era uma coisa, ter coragem para fazer alguma coisa a respeito era outra, totalmente diferente. Deitou a cabeça nos travesseiros e fechou os olhos transbordando frustração.

— Está acordada, menina? - a voz de Arthur quase lhe eu uma parada cardíaca.

— Sim… ela respondeu tímida, quando conseguiu achar sua voz novamente, vermelha como um tomate, achando que ele pudesse adivinhar seus pensamentos.

— Desculpe não ter me apresentado antes, meu nome é Arthur – ele pareceu sem graça e Amanda achou aquilo tão meigo que quis abraçá-lo – desculpe também por tê-la trazido para minha casa, no momento achei que fosse a melhor opção. Esse é quarto de minha filha mais nova, ela vem apenas quando quer, mas tem alguns itens dela que imagino você possa usar. No banheiro tem toalhas e tudo o que precisa. Fique à vontade, vou preparar o café e depois te levo para sua casa.

Ele saiu do quarto andando com alguma dificuldade.

— Eu sabia – pensou Amanda enquanto Arthur saia e fechava a porta do quarto – que aquela poltrona não era o melhor lugar para ele dormir.

Ainda sem graça, ela pensou em sair de fininho e descobrir um jeito de ir pra casa, mas precisando urgentemente fazer xixi ela saiu da cama. No banheiro foi convencida pelo cuidado que o anfitrião tivera em preparar tudo para ela, pois além de uma pilha de toalhas de vários tamanhos, tinha escova de dentes na embalagem, shampoo e condicionador de uma marca que normalmente apenas profissionais usam, secador, escova, chapinha, tinha tudo ali, inclusive uma calcinha branca ainda na embalagem, uma camiseta, uma calça legging e um par de havaianas. Tinha também tudo que eu precisava para remover o resto de maquiagem e o chuveiro… meu Deus do céu… quando entrou debaixo dele Amanda não quis sair nunca mais. Era muita água e na temperatura perfeita.

Ela se enxugou, se vestiu – e as roupas ficaram perfeitas nela – secou os cabelos e voltou para o quarto. Estava se sentindo gente de novo. Quando abriu a porta do quarto viu que Arthur tinha pendurado uma sacola na maçaneta pelo lado de fora para que ela guardasse suas coisas.

Sem entender o motivo lágrimas vieram a seus olhos. Crescera apavorada o tempo todo, sentindo que as pessoas a viam apenas como uma menina bonita e depois de mocinha de quem todos queriam tirar a roupa, e sem querer encontrara um desconhecido que não sabia absolutamente nada sobre ela e mesmo assim a tratava com todo cuidado e carinho. Ela nunca conhecera um homem igual.

Se recompondo seguiu a direção de onde vinha o cheiro de comida e encontrou Arthur usando um avental com o desenho de mãozinhas infantis em várias cores e a frase “eu te amo papai” numa letra típica de criança de pré-escola. Na mesa um monte de coisas gostosas. Ele a viu e a convidou a sentar-se.

Amanda ouviu seu estômago roncando de fome e ainda sem conseguiu falar aceitou com um sorriso tímido o convite. Comeram em silêncio, mas quando a menina estava satisfeita ele perguntou.

— Pronta para ir embora, moça?

Só então ela se dera conta de que nem mesmo se apresentara e aquilo trouxe de novo o rubor para suas faces. Uma coisa era ser tímida, outra era ser mal educada.

— Me perdoe, seu Arthur. Eu realmente nunca me vi numa situação como essa. Me desculpe de verdade. – ele apenas sorriu e ela continuou, se sentido acolhida pelo sorriso simpático dele – Meu nome é Amanda. O que aconteceu ontem a noite, as coisas que eu falei…

— Antes de continuarmos, preciso te pedir que não me chame se seu Arthur, ainda não estou pronto para encarar a meia idade. - comentário que, junto com o sorriso na cara dele a fez rir – e sobre ontem… não pense mais nisso, Amanda. Essas coisas acontecem.

— Você não entende. Eu… - ela achou que conseguiria dizer tudo de uma vez, mas travou.

— Você… - disse Arthur tentando incentivá-la.

Nos segundos que ficaram se encarando, tanta coisa passou pela cabeça de Amanda que ela ficou tonta, mas no meio disso tudo algo dizia que ela podia confiar nele, que ele a tratara com respeito e carinho sem ter obrigação e aparentemente sem esperar nada em troca, então, se não pudesse falar com ele, dificilmente falaria com outra pessoa.

— Eu estou cansada de ser tão tímida, Arthur. Olha pra mim… eu sei que sou uma mulher bonita, mas nem beijar na boca eu beijei!!!

Ele ficou olhando para ela por um tempo e depois levantou e pediu a mão dela. Mesmo que no modo automático ele pensasse em não aceitar o convite, se esforçou para segurar a mão dele e foram para a sala. No meio dela a decoração denunciava que aquele homem tinha muito bom gosto e dinheiro, em silêncio ele a conduziu então até uma janela imensa de onde se via boa parte da cidade ele parou atrás dela e colocou as mãos em sua cintura. Amanda estava tensa imaginando o que aconteceria, mas ele não fez mais nada, apenas ficou ali, o corpo afastado, apenas com as mãos em sua cintura. Quando falou, sua voz estava rouca e baixa.

— Se você me permitir, gostaria de te ajudar…

A voz de Arthur fazia estragos na capacidade de raciocinar de Amanda, que quase sem perceber se moveu para trás, até senti-lo enlaçar sua cintura com os braços. Logo sentiu lábios em sua nuca depositando beijos suaves que faziam seu corpo todo se arrepiar. Ainda com muita suavidade ele a virou de frente para si e abraçou-a juntando seus corpos de forma tão íntima como nunca um abraço pareceu a ela. E mais uma vez ele não fez nada além de abraçá-la e ela se sentiu tão confortável ali que voltou a chorar.

Arthur esperou que o choro acabasse e afastou o corpo o suficiente para olhar para ela sem desfazer de todo o abraço.

— Seus pais devem estar preocupados com você. Mas antes de sairmos, gostaria que me permitisse começar a corrigir as coisas. Tudo bem?

Amanda ao mesmo tempo entendeu e não entendeu, então, apenas disse que sim com um gesto de cabeça. E ele subiu as mãos lentamente como se contornasse o corpo da menina, até estar com uma das mãos na nuca dela, onde fez um carinho leve e a outra mão subiu para uma das faces e com o polegar ele desenhou o contorno dos lábios dela.

Ela tinha certeza que estava morrendo, seu coração martelava em suas têmporas e por mais que fizesse força parecia não haver ar suficiente para sua respiração. Mas a mão que estava em sua nuca fazia uma espécie de massagem misturada com carinho e aquilo era tão bom que ela esqueceu que estava na eminência de morrer. Os olhos arregalados aos poucos foram se fechando, as sensações foram se acendendo e em poucos minutos sentia seu corpo arder em chamas. Quando percebeu que ele se aproximava queria que fosse mais rápido, que ele a beijasse e fizesse sexo com ela ali mesmo, em pé no meio da sala.

Mas Arthur não tinha pressa e sabia o que estava fazendo. Ao perceber que as resistências da menina caiam, ciente que estava de que qualquer gesto brusco poderia piorar as coisas, esperou. E foi agraciado com um gesto de Amanda que queimando de desejo e impaciente como todos os jovens são, tomou a iniciativa e segurando-o pelo pescoço levou seus lábios até os dele.

Ela não sabia o que esperar. Fantasiara tanto aquele momento e agora que estava a centímetros de realizar, sua cabeça ficou completamente vazia, como se só existisse Arthur e ela no mundo. E quando seus lábios se encontraram foi como se estivesse provando um sabor que conhecera há muito tempo e que lhe trazia a sensação de estar em casa. Mas quando entreabriu seus lábios e Arthur de fato a beijou, foi uma explosão de sensações tão forte que seus joelhos cederam e um gemido escapou de sua boca. Ele a pegou de novo no colo e sentou no sofá com ela em seus braços e continuaram se beijando.

Amanda achava que seria capaz de gozar só com aqueles beijos e sentindo a ereção dele em sua bunda, mas lembrou que tinha uma família que certamente estava louca sem saber seu paradeiro. Com esforço que não imaginava possível ela se afastou dele, que não ofereceu resistência. Ela encostou sua testa na dele e sussurrou.

— Obrigado…

Na porta do condomínio onde ela morava eles pararam e novamente envolvida pela timidez, achando que Arthur a tinha beijado como uma forma de esmola, não conseguia olhar para ele. Quando ela pôs a mão na maçaneta para sair ele a impediu, ela se virou ainda sem olhar para ele.

— Almoça comigo? - ouviu a pergunta e rapidamente levantou a cabeça para perceber a ansiedade em seus olhos e a confirmação de que Arthur não estava brincando com ela, que ele também gostara do beijo.

— Hoje? - perguntou Amanda.

— Se seus pais não te deixarem de castigo… - brincou ele e ela riu.


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NAO ENTENDE NADA DESSE CONTO

PESSIMO CONTO NAO VIR NADA DE ROMANTICO

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