Colégio Militar - Cap 27: Confronto
Se na semana anterior eu estava ansioso, nesta eu me encontrava ainda mais. Eu não sabia o que esperar daquilo. Na verdade, não sabia o que esperar de nada. Eu havia encarado muito bem tudo o que era novidade do relacionamento humano do Pracinhas até então, mas tinha minhas dúvidas se saberia administrar tão bem as questões envolvidas naquela simples tarefa de passar um fim de semana com Siqueira e conhecer sua mãe.
- Eh amigo, parece que a coisa ficou séria - Elias disse, quando contei pra eles - Como está se sentindo?
- Como se tivesse com falta de ar - confidenciei.
- Ah, que maravilha. Se vocês dois ficarem juntos, podemos marcar uma saída de casais - Pedro ficou ansioso.
- Calma, Pedro. Por favor. Não me deixa mais em Pânico.
- Own, que bonitinho. O Fábio tá ficando vermelho. - Elias me zoou.
- Ai que lindo - Pedro foi na onda e depois completou - Até que é divertido quando se está do outro lado - constatou, e rimos muito.
Praticamente todos do nosso ciclo mais íntimo já estavam sabendo. Com exceção de Pinheiro. Até meus pais já sabiam, embora eu tenha sido muito econômico nos detalhes. Falei pra eles apenas que passaria o fim de semana na casa de um amigo, sem especificar quem. Não era uma mentira, afinal.
Antes do fim de semana chegar, teve um acontecimento inusitado. Foi quando fui devolver para Elias o livro de matemática, que tinha pego emprestado pois o meu estava esquecido em casa naquela semana. Fui informado que ele estava com Pinheiro, na quadra dos fundos, jogando tênis. Então fui lá.
Eu poderia deixar na cama dele, mas não gosto. Sempre prefiro entregar em mãos quando pego algo emprestado.
Acontece que cheguei na quadra e não havia ninguém. Chutei que estariam na ducha e me dirigi.
Saber que Elias e Pinheiro curtiam uma amizade colorida não era nenhuma novidade, mas o que encontrei ali, era. De costas, escondido atrás dos armários, encontrei Valente, espiando o que ocorria nos fundos na área do chuveiro
Dei uma olhada e vi Elias contra a parede, de costas para Pinheiro, tendo seu corpo banhado pelo chuveiro enquanto o major cuidava de sua retaguarda.
Pinheiro lhe dava boas estocadas, marca registrada dele. Fazia largos movimentos, que nos permitia ver a grande estensão de seu órgão entrar e sair do corpo pequeno de Elias.
Eles gemiam sem pudores. Eu pensei em sair dali e lhes dar privacidade, mas a presença voyverista de Valente me deixou curioso. Ele olhava tudo, hipnotizado, sem se tocar nem nada, só curtindo o show. Ele sequer tinha me notado ali.
Pinheiro metia com mais força, provavelmente chegando ao orgasmo. Elias se empinava todo, pedindo mais.
Quando Pinheiro gozou, encravou fundo, fazendo meu pequeno amigo ficar na ponta dos pés, quase sendo erguido do chão pelo seu potente pau.
Valente então se virou para sair. Foi quando deu de cara comigo. Levou um susto e quase gritou. Ficou me olhando com cara assustado, mas eu apenas sorri pra ele e assenti. O que ele me olhou agradecido e saiu.
Então, escuto a voz de Elias.
- Fábio? Você também está ai?
- Oi? Ah, desculpe. Vim te devolver isso e não sabia que... Pera ai. Vocês sabiam que o Valente estava vendo?
Pinheiro deu uma risadinha.
- Ele costuma vir me ver tomar uma ducha depois do meu treino de tênis. - contou. - Não sei se ele sabe. Já pensei em chamar ele pra uma brincadeira, mas achei divertido ver ele me espiando. E fiquei curioso pra saber quanto tempo ele ia ficar só olhando.
- E há quanto tempo tem isso? - perguntei.
- Bem... - e foi vasculhando a memória - A primeira vez que me lembro, foi quando estivemos eu e você aqui. Foi a primeira vez que percebi ele.
- Pera aí? Ele estava aqui naquele dia... Em que eu te... - e fiz mímica para simbolizar o sexo oral.
- Aham. - Pinheiro riu, travesso.
- Eu tambem não o tinha percebido. O cara não fez um barulho sequer - Elias confessou - O major que me alertou e perguntou se eu topava fazer um showzinho privê. Aí eu topei - deu de ombros.
Eu não tinha o que argumentar, então apenas aceitei.
- Onde posso deixar seu livro? - mudei o assunto.
- Vou para o dormitório agora. Se quiser esperar, vamos juntos
Eles foram se enxugando. Pinheiro chegou até mim e me deu um selinho. Carinhoso e sapeca.
- E aí, Mendes. Qual a boa do fim de semana?
- Você também já sabe? - achei que ele fosse me zoar.
- Sei? De que? - ele estava visivelmente inocente na história.
Elias riu.
- O Fábio vai passar um fim de semana romântico com o Siqueira - zoou, enquanto se desviava do chinelo que eu arremessei nele.
- Ah, não diga. Que maravilha. Finalmente meu amigão se declarou - e me abraçou.
- Ele não falou nada, na verdade - expliquei.
- Claro que falou. - Pinheiro me corrigiu - Você não esperava que ele fosse usar palavras, né? - e riu - Mas que maravilha.
E me apertou.
Senti uma reação em seu pau. E ele mesmo me largou.
- Opa. Deixa eu me afastar. Não posso ficar excitado com o amor do meu parceiro.
Ele e Elias riram a vontade e eu aceitei a zoação. Até porquê não tinha muito o que eu fazer.
Então, o fim de semana chegou. Sábado, fui cedo para minha casa para arrumar umas coisas e já levei a mala que eu usaria na semana seguinte no colégio.
Minha mãe me olhou bem nos olhos. Eu senti que ela ia dizer algo, mas se limitou a sorrir, me abraçar e desejar que eu me divertisse
Agradeci muito aquele gesto, pois meu rosto estava queimando. Não era acostumado a me sentir tão vulnerável. E ainda não sabia bem como me comportar a respeito.
Meu pai me ofereceu carona. Mas ela achou melhor eu ir de uber. Outro gesto que eu agradeci imensamente.
Fui, ainda perdido. Siqueira me recebeu de braços abertos e eu adentrei sua casa.
Mas toda a minha apreensão sumiu, quando conheci a senhora Paula Siqueira, mãe de Gabriel. Uma mulher extremamente agradável.
Serena, carinhosa, ela tinha os olhos claros e os cabelos em um castanho escuro. Bastante lisos e finos. Seus cabelos eram novos, recém nascidos após a queda causada pela quimioterapia. A relação dela com Gabriel era uma coisa linda de se ver. Ele era simplesmente outra pessoa perto dela.
O garoto que eu via apenas em vislumbres, era assim por inteiro quando estava com sua mãe.
Paula era como uma praia calma e deserta. Daquele tipo de pessoa que tranquilizava o ambiente onde estava. Não era a toa que ela era o alicerce que sustentava aquela familia, dada a relação de Siqueira com seu pai.
Passamos uma tarde agradabilíssima, cheguei até mesmo a ficar triste quando tivemos de a levar para a casa da irmã, onde o marido iria buscar para viajarem.
Descobri que Gabriel também já tinha carteira de motorista, só não era tão aficionado por isso tal como Soares ou praticamente qualquer garoto de sua idade. Apenas a usa a em horas de necessidade
Voltamos em silêncio da casa dos seus tios. Ele estacionou o carro na garagem e olhou pra mim
Engoli em seco. Fiquei sem reação.
- Parece que a casa é só nossa agora - informou.
- Eh mesmo - respondi ansioso.
Siqueira então se inclinou até mim e me beijou . Um beijo carinhoso, suave. Retribuí.
Nos olhamos e ele sorriu.
Entramos na casa, ele fechou a porta e pediu que eu esperasse na sala, pois queria fazer uma coisa
Subiu correndo e eu fiquei curioso. Mas esperei. Andei de um lado para o outro, observando a decoração do lugar. Tudo muito limpo e arrumado. Quando ouvi os passos dele descendo as escadas, me surpreendi.
Siqueira vestia uma farda de gala, diferente das que costumeiramente usamos no colégio. O tecido azul marinho estava brilhando de novo, e os detalhes impecáveis.
O material melhorava o porte do seu corpo já musculoso e em seu peito estavam os brasões da República de um lado e do Pracinhas em outro.
- Nossa - exclamei.
- Gostou? Essa é minha farda para a formatura. Daqui há pouco mais de um mês.
- O tempo voou. - Observei
- Verdade. Parece que foi ontem que eu conheci um garoto marrento que ia me dar muita dor de cabeça.
Eu ri.
- E quem diria que esse mesmo garoto marrento ia me dobrar, afinal - completou, batendo continência pra mim - A seus serviços, capitão Mendes.
A postura, a roupa, a servidão. Esses elementos juntos me encheram de desejo. Lambi os lábios e andei até ele. Postura impecável, porte majestoso.
- Mas não foi só você que foi dobrado, Major. Afinal, você venceu ao fim - e sorri - Tenho de admitir. Ninguém em todo aquele colégio, nem em toda a vida, me fez gozar como o senhor fez.
Seu sorriso satisfeito foi contido. Seus olhos brilharam, mas ele manteve a posição.
- Por isso mesmo, merece uma recompensa.
E fui o circulando, avaliando o todo.
Parei em sua frente e fui desabotoando sua gandola. Com cuidado, calmamente, revelando a camisa branca que ele tinha por baixo. Deixei assim. Afinal, a farda fazia parte da fantasia. Então desabotoei sua calça. Abrindo e a deixando descer. Amparada apenas pelo volume de suas coxas.
Caminhei lentamente até suas costas e arriei um pouquinho da cueca, mostrando apenas parte das nádegas.
Então, sem dizer nada, o conduzi até o sofá. O pus de quatro. Ele, dócil e obediente, esperou calmamente enquanto eu arriava sua cueca, desnudando sua bunda.
Tirei meu chinelo e alisei em minha mão. Parei ao seu lado e ele olhou para trás, fitando-me com olhos em brasa.
Veio a primeira chinelada. Ele mordeu o lábio, um meio sorriso brotando em seu rosto.
- Estamos só nós dois agora, Gabriel. Não precisa se conter.
Segunda chinelada. Dessa vez ele ganiu. Elevou o rosto e respirou fundo, se abrindo mais e empinando a bunda para trás. Seu pau já estava duro.
Mais uma. E outra. Ele gemeu, fechando os olhos como quem degusta uma iguaria.
- Você tá ficando mole, Mendes. - atiçou.
Eu sorri e dei uma mais forte. O estalo foi alto e ele gemeu mais. Toquei sua bunda e intruduzi o dedo. Seu ânus já estava dilatado, desejoso por ser penetrado. Mas eu não ia fazer aquilo agora. Ainda tinha muito o que aproveitar.
Pelo menos foi o que eu pensei. Pois nesse instante, escutamos o som de um carro estacionar e o portão abrir
- Merda - ele praguejou, tratando de vestir as calças.
Conseguimos nos recompor a tempo da porta se abrir e o Almirante entrar.
- Sua mãe esqueceu os remédios e...
O almirante se calou a nos ver. Ver o filho em trajes do exercito, mais a culpa estampando em nossa cara, foi o bastante para ele concluír o que acontecia. Acho que teria o mesmo efeito nele se ele tivesse nos pego no flagra.
Esperei um esporro, uma bronca, uma chamada. Mas o que ele fez foi pior que isso. Pois seu olhar de desprezo para nós dois valeu mais que uma bofetada na cara.
Em silêncio, ele subiu atrás do remédio. Eu e Siqueira ficamos de cabeça baixa. Eu tremia. Era incrível como aquele homem era capaz de fazer os outros se sentirem pequenos perto dele. Se a mãe de Siqueira era como uma praia calma, Ivo era uma tempestade.
Siqueira também tremia, olhando fixo para o chão. Eu queria dizer algo para ele, mas fui incapaz. Não sabia o que falar.
Mas ao fim, Siqueira não ficou quieto. Olhou pra mim, olhos cheios de convicção e mandou eu ficar ali.
E foi atrás do pai no andar de cima
As vozes foram altas a partir dali. Eu queria ter ido embora. Para lhes dar privacidade. Mas fazer aquilo, naquela altura, seria um ato de covardia e de traição, o qual eu jamais faria. O pior é que dava para ouvir toda a conversa.
- Por favor, fala alguma coisa - pediu
Siqueira - Sei que está desapontado. Apenas fala. Por favor.
A voz do Almirante foi calma, porém seu tom de voz imponente era audível de onde eu estava.
- Não tenho o que falar. Já estou acostumado a me decepcionar com você.
Silêncio. Depois de um tempo, Siqueira voltou a falar. Sua voz era triste, porém determinada. Como um animal ferido, que não se deixaria abater sem lutar
- Entendo. Mas o senhor podia me explicar bem o que de fato te decepciona em mim? Sou um mal filho? Não cuido bem da mamãe? Sou um mal aluno? Não tiro boas notas? Cometi algum crime?
Silêncio. Eu já estava ficando
sem ar na sala. Mas era melhor eu não ir lá em cima. Só iria atrapalhar.
- Não faça drama, Gabriel. Não me venha com essa. Olha o respeito que você demonstra por sua farda.
- O que tem a farda? Eu a desonrei? - e riu - Talvez eu não a esteja usando da forma correta no momento. Verdade. Como se o senhor nunca tivesse feito algo assim para mamãe.
- Olha a boca - O almirante o advertiu.
- Por quê? Falei alguma mentira? Me diga, pai. Se eu estivesse com uma mulher hoje. O senhor sentiria decepção? Teria sido melhor?
Silêncio.
- Diga - ele insistiu
Mais silêncio.
- Diga! - Sua voz estava mais enérgica.
Mas ainda assim não foi respondido.
- DIGA!!!
Seu grito ecoou pela casa. Eu dei um pulo do sofá, tamanho o susto
A resposta do Almirante, entretanto, saiu num tom tranquilo.
- Sim. Se fosse uma mulher, não me causaria nenhum desgosto.
As vozes pararam, parecendo que os dois nem mais estavam no andar de cima.
- Obrigado - Siqueira falou enfim - Obrigado por deixar bem claro que o problema não sou eu.
Siqueira riu. Um riso contido, doloroso, mas também carregado de alívio.
- Eu me esforço tanto... Mas não vai adiantar. Eu posso ser um militar modelo. Posso ser um herói de guerra. Posso salvar a pátria. Posso SALVAR A MERDA DO MUNDO. Que não ia adiantar. Você ainda sentiria vergonha.
Siqueira teve uma crise de riso. Se não o conhecesse, julgaria que tinha enlouquecido.
- Sorte sua mãe não estar aqui para ver essa vergonha.
O almirante falou cheio de repulsa.
- Sorte a mamãe existir - Siqueira o corrigiu - Pois somente ela pra me fazer aguentar o senhor por tanto tempo. Mas sabe... Pelo menos todo meu esforço valeu a pena. Passei na prova pra engenheiro naval. Ano que vem, sairei daqui. Meu esforço para agradar o senhor me valeu. Pois realizei um sonho. Mas essa conquista não será mais sua. Não será mais por você. Será por mim. Por mim e pela mamãe.
- Se prefere assim. Tudo bem. Pode não acreditar, mas fico orgulhoso. Não é a área que eu queria pra você, mas...
- Mas você não decide sobre minha vida - Siqueira o cortou - Talvez eu nunca seja Almirante. Talvez nunca seja um militar melhor que você. Mas serei muito bom. E serei muitas coisas melhor que você. Serei melhor ser humano que você. Serei melhor pai que você.
Nesse momento, foi a vez de seu pai soltar o riso. Era uma pena, mas a primeira vez que ele demonstrava algum sentimento, era apenas desdém.
- E como pretende ser pai? - falou com aquela frieza capaz de cortar mais fino do que uma lâmina
Mas a resposta de Siqueira foi no tom a altura.
- Bem vindo ao século XXI, almirante. Sim, eu posso ser pai. Se não biológico, de coração. Mesmo que o senhor não goste. Sim, posso amar um homem. Quer o senhor goste, ou não. Posso inclusivé me casar com as honras militares com o homem que eu escolher, mesmo que o senhor faça essa cara. - parou. E quando voltou, sua voz era quase um sussurro - mas eu sinceramente preferiria que você gostasse. Pois apesar de tudo, o senhor ainda é meu pai. E eu ainda o amo.
Silêncio novamente. Dava para ouvir o som do vento do lado de fora.
- Agora vá - Siqueira disse por fim - não vou mais te prender. Mamãe te aguarda. Você cuida muito bem dela. Pra isso pelo menos o senhor ainda serve.
Escutei o som das escadas e me voltei a prontidão. Mas o almirante passou por mim como se eu não existisse. Entrou no carro e saiu.
Logo em seguida, escuto os passos de Siqueira. O vejo descer decidido, olhos vermelhos, respirando como um touro.
- Siqueira, eu... - tentei falar, mas ele me cortou.
- Cala a boca - ordenou, me envolveu em um abraço forte e me beijou - Cala a boca pelo menos uma vez, Fábio.
Foi jogando seu peso contra mim, enquanto me beijava. Aos poucos, fui sendo subjugado pela sua força e pelo prazer que ele me proporcionava. Seus beijos ávidos, suas mãos atrevidas, apertando minha carne e me agarrando com precisão.
Fui caindo, sendo amparado por ele e posto deitado no chão. Puxou minha blusa, atirando-a para um lado. Desafivelou meu sinto, e em três puxões arrancou minha calça. Depois minha cueca.
Tentei ajudar, mas não pude, pois ele mesmo não parecia ter precisão em seus atos, tantas as emoções conflitando em seu corpo.
Ele se ergueu e foi tirando as próprias roupas, atirando-as pela sala. Quando nu, deitou novamente por cima de mim, abriu minhas pernas, atirando-as por sob seus ombros, e encravou fundo em mim.
Nem tive tempo de sentir qualquer desconforto, tamanha sua obstinação. Fiquei hipinotizado por seus olhos fixos em mim.
Rosto centímetros do meu, soltando baforadas quentes enquanto metia como um animal no cio. Seu pau entrava com violência e eu me agarrava a ele, sentindo o órgão escorregar para dentro e sair. Escapuliu algumas vezes, deixando aquele vazio que logo era preenchido por mais uma encaixada potente e precisa.
Gemi muito. Gemi alto. E ele gostava de ouvir. Queria que eu fizesse barulho. A casa era nossa. O prazer também. Seria nosso recado para aquelas paredes de que não sentiamos vergonha do que tinhamos. E não seria a presença autoritária do Almirante que castraria isso.
Soltei meus gemidos que se assemelhavam o de uma pessoa sendo apunhalada. Pois era isso que Siqueira estava fazendo comigo. Enfiando seu pau como uma lâmina dentro de mim. Brutal, forte, mas muito eficiente. De uma maneira que qualquer forma de dor ou desconforto era completamente eclipsada pelo prazer de ser subjugado no chão por um homem daqueles. Forte, decidido e muito bonito.
- Te amo, Fabio - falou entre umas estocadas e outras, me olhando daquela forma brutal e repleta de desejo.
- Eu... - mas ele me beijou de novo. Não me deixando falar.
- Cala a boca. - mandou de novo. - Pelo menos uma vez, fica quieto e deixa eu me expressar. Eu te amo. E é isso que me importa. Não tenho mais medo de dizer.
Continuei recebendo suas metidas, com meu corpo envergado para trás, minhas pernas em seus ombros.
Ainda bem que fui desobrigado de falar, pois sinceramente não sabia o que dizer. Então apenas gemi. Agarrei seus ombros e gemi, sentindo seu pau entrar cada vez mais.
Seu saco bater contra minha bunda e o peso de seu corpo me esmagar contra o chão.
- Te amo. Como é bom ouvir você gemer assim.
E me beijou de novo e, dessa vez, seu corpo apertou meu pau. Comecei a gozar sem controle
Siqueira olhou maravilhado e foi metendo mais rápido.
- Isso. Goza. Prova pra mim que ninguém nessa merda de mundo te faz gozar mais do que eu.
Eu já não responderia, mesmo que quisesse. Estava caído no chão, braços abertos. Siqueira ergueu o tronco, mantendo minha cintura bem segura em suas mãos e metendo mais.
Eu estava ali, entregue, cintura erguida sendo comida com voracidade. Tendo o tronco caído no chão. Olhava o teto, anestesiado. Sentindo seu pau entrar em sair enquanto meu corpo ainda sofria com os espasmos do orgasmo.
Foi sua vez. Trincou os dentes, rosto vermelho, me agarrou e gozou dentro. Vi seus músculos enrigescerem tão forte, que pude perceber uma veia saltando na altura do bíceps direito.
Siqueira soltou o ar, olhando o teto, parecendo que sua alma havia saído do corpo por alfuns segundos.
Então voltou a deitar, cabeça no meu peito, corpo de lado.
Naquele instante, ele deixou de ser o homem valente que encarou o Almirante e me dominou no chão, e tinha voltado a ser o garoto que precisava de um abraço
O abracei, afagando seus cabelos molhados. Apertei seu corpo contra o meu e fiquei em silêncio.
Pois sabia que era tudo o que ele precisava naquele momento.