K- Primo ogro do interior casou com a noiva, mas a noite de núpcias foi comigo!

(ps: essa é uma história grande. não gosta, não lê!)

___

Cheguei no quarto pra conversar com a minha mãe, mal começamos a falar e eis que vem a surpresa: ela passou a tarde conversando com a Filó, noiva do meu primo Chicão, e descobriu um monte de coisas das quais nós jamais suspeitaríamos. De acordo com minha mãe, a Filó desabafou com ela por horas, falando que a vida com o Chico era boa, mas que ele era muito ruim de sexo, que era bruto na cama e que gozava super rápido. Ao ouvir essas coisas sendo ditas, primeiro pensei que fossem de brincadeira, porém minha mãe nunca foi do tipo de pessoa que faria piadas com coisas tão sérias.

- Mãe, isso é sério? Tipo, sério mesmo?

- É mais do que sério, meu filho! Tudo que ela contou é muito grave, você nem imagina o quanto!

- Mas por que ela te contou essas coisas? Eu achava que esse tipo de detalhe fosse íntimo do relacionamento da pessoa, não algo que ela devesse sair por aí contando pros outros!

- E eu lá sei o porquê dela ter me contado isso, Laurinho?! Parando pra pensar, eu acho que ela tá vendo a hora do casamento chegar e quis fazer um desabafo, sabe? Só pode, porque a gente nem é tão íntima assim, pro tanto que ela desabafou!

De acordo com minha mãe, Filó contou que nunca quis se casar com meu primo, mas que acabou aceitando o pedido dele, porque tinha medo de ficar sozinha ali no interior e não se via mudando pra cidade. Ela confessou que até gostava do Chicão e que achava ele um homem bom e que era atraente e charmoso no começo, mas que só ficou com ele porque não tinha outro plano na vida, por isso o tempo foi passando e ela enjoando da relação. Por fim, Filó ainda disse pra minha mãe que, apesar de muito trabalhador, Francisco bebia muita cachaça pura todos os dias, cheirava pó e se transformava em outra pessoa.

- O QUE?!! - eu não acreditei, pra mim foi o BASTA. - ISSO É SÉRIO?! NÉ POSSÍVEL QUE SEJA VERDADE!!

- Não sei, meu filho, eu infelizmente não sei se é verdade. Mas que é muito sério, é! Por isso te devo desculpas, por não ter deixado você ficar em casa e longe disso tudo, Lauro! Antes eu tivesse deixado!

- Não! Que nada, mãe, para de graça! Só não consigo acreditar nisso tudo, é muita informação em pouco tempo! O Francisco é cheirador e viciado em pó?! É um alcoólatra bruto e ruim de cama? A Filó não ama ele e esse casamento é armado, tipo uma farsa!?! Tô perdido, mãe!!

- Shhhh! - ela pediu silêncio. - Fala baixo, Lauro, que ninguém pode nem desconfiar disso por aqui!

- Meu Deus! - botei as mãos na cabeça e comecei a andar pelo quarto, inquieto. - Como pode!?

Minha mente ficou uma bagunça, tentando processar tudo aquilo. Mas quando achei que a coisa tinha acabado, minha mãe voltou a contar mais coisas que a Filó desabafou com ela durante a tarde.

- Eu perguntei pra Filó se o Chico já bateu nela alguma vez e ela disse que não, que ele nunca faria isso. Que é mais fácil ela dar uma surra nele do que ele levantar um dedo pra ela. Falou que ele dá uma vida de rainha pra ela, mas que quer porque quer ter um filho, e que por isso quer transar com ela toda hora!

Quando ela contou isso, eu logo lembrei da conversa que tive com Chicão no riacho, na qual ele confessou que sempre procurava Filó quando ficava excitado, na intenção de fazer um filho. Ou seja, tudo aquilo batia e só podia ser verdade, sendo que estávamos há poucas horas do casamento e da festa.

- Mas se ela só ficou com ele porque não tinha outro plano pra vida e ele quer foder toda hora.. - fui pensando e formulando a pergunta. - Isso significa que eles não se dão bem na cama?

Fiz esse questionamento e automaticamente me lembrei do Chico na beira do riacho comigo, contando que a noiva não gostava de sexo oral e nem de anal, quando na realidade ela não gostava era dele. Fiquei com muita vontade de abraçar meu primo nesse momento, ao mesmo tempo que não quis ter pena dele, por achar essa sensação dolorosa.

- Não, eles não se dão bem na cama! Eles quase não fazem sexo, ela disse que só faz às vezes, quando tá bêbada, e que deixa ele ficar só na portinha, nada de entrar nela! Só que a cretina não quer ir embora da vida do coitado, que é pra não ficar sozinha, entendeu agora? A vaca sabe bem o quanto teu primo é apaixonado por ela, tá entendendo o tamanho do problema? Pra você ter noção, ela disse que toma anticoncepcional e que ele nem desconfia, Lauro! Olha que maluca!? Ridícula!

Parando pra pensar, se a noiva só deixava ele brincar na portinha da pepeca, então isso significava que o cowboy parrudo era praticamente virgem, talvez por isso ele tenha ficado todo desconsertado quando sentiu a agasalhada macia e quente da minha boca, e também por essa razão gozou tão rápido. Tudo que eu tava escutando da minha mãe parecia até trama de novela das nove, de tão inacreditável, mas fazia sentido!

- Ou seja, essa mulher tá usando o Chicão esse tempo todo, é isso!? Mas que desgraçada!!

- É por aí, Laurinho! Situação horrível, né?! Se eu soubesse, não tínhamos vindo pra essa farsa desse casamento! Tô muito puta!

Eu que fiquei foi muito puto, puto pra caralho!! Quem a Filó pensava que era pra fazer isso com meu primo? O pior é que, além de ingênuo, o Francisco era apaixonado por ela, resultando no tipo de cara que facilmente se deixa levar pela noiva oportunista. Isso por enquanto, já que nas próximas horas eles se tornariam marido e mulher.

- E o que a gente vai fazer, mãe!? Contar tudo isso pra ele e acabar com os planos dessa maldita dessa Filó?! Tacar fogo nesse casamento e destruir tudo?! Qual a opção?

- Tá doido, Lauro!? Do jeito que ele é cego de paixão por ela, com certeza não vai acreditar na gente e ainda vai ficar contra a própria família, tudo em nome dessa vagabunda! Já pensou na merda que ia dar?! Olha que presentão de casamento?! Não existe essa opção de contar pra ele, Laurinho! Não perde a noção, meu filho!

Eu querendo ou não, ela tinha razão.

Ao longo da noite, senti muita vontade de jogar a merda toda no ventilador e libertar Chicão de vez daquele fardo sentimental e da sensação de fracasso, porém fui acometido por um medo enorme dele não me entender e ainda ficar contra mim, já que era cego de amores pela Filó. Por mais que a razão fosse minha e da minha mãe e que nós soubéssemos qual era a coisa certa a ser feita, uma briga dessas proporções estragaria a relação com os parentes do interior, porque dificilmente qualquer um deles acreditaria que eu, um viadinho da cidade que não pisava ali há anos, sabia de alguma coisa pra me meter no meio da fofoca. Eu fiquei tão emburrado e com tanta raiva de tudo que tava rolando, que comecei a beber e essa não foi uma boa ideia. Num determinado momento da festa na roça, tomei coragem, assumi todos os riscos e decidi que a melhor coisa era contar tudo pro Francisco, independente do rumo que nossos laços tomassem depois disso. Sendo assim, respirei fundo, avistei Chicão dançando quadrilha com a Filó e muitos outros parentes no meio do sítio e fui andando até eles em passos decididos, pesados e cheios na grama, com a maior cara fechada possível. Assim que me viu chegando, o primão, todo feliz e alto, já foi me abraçando e me chamando pra dança.

- Não, não, Chico! Não vim aqui pra isso, vim falar uma coisa séria com você! - tentei explicar, mas ele nem quis ouvir.

Francisco largou a noiva, entrelaçou os dedos nos meus e, sem mais nem menos, me tirou pra dançar juntinho com ele, com direito a passar um mãozão enorme por trás da minha cintura, bem perto da minha bunda, e ainda cruzar a coxa grossa na minha, pra me fazer colar ainda mais em seu corpo.

- Para, Chico! Para, eu tô falando sério, cara!

- Deixa de bobeira, homem! Só solto se tu disser que veio me dar o meu presente de casamento, Laurinho!

Por mais que a atitude do meu primo tenha feito o pessoal à nossa volta olhar pra gente e achar graça, ninguém mais prestava atenção em nós, nem mesmo a Filó. Tava todo mundo dançando quadrilha, bebendo e cantando bem animado, então eu e Chicão tivemos tempo e espaço de sobra pra falar.

- Presente de casamento? - perguntei. - Você tava esperando que eu fosse te dar um presente de casamento, Chico?

- Claro, puto! Tu fica mais de ano sem vir aqui, esquece do teu primão e volta no meu casamento sem trazer nem um presente? Aí é mancada, orra!

Meio bêbado, escutei as palavras quentes do cowboy chegando na pele do meu pescoço, senti o hálito de cachaça dele e também percebi o volume do pilantra roçando de leve contra minha perna, no meio de todo aquele embalo de dançar quadrilha coladinho.

- E que tipo de presente você quer de mim, primo?

Confesso que, dadas as circunstâncias do nosso contato físico, fiz a pergunta pensando em muita putaria, sem me importar que a Filó visse.

- Pra começar, tu bem que podia passar uns dias aqui, ein? Eu sinto a falta dos meus primos aqui na fazenda comigo, tá ligado? Que nem antigamente?

- Você quer.. que eu fique uns dias aqui?

- Por que não, homem!? Ia ser massa trabalhar enquanto batemo um papo, Laurinho! E de noite a gente pode ir de cavalo mergulhar na laguna, visse? Tipo, peladão, só nós dois. Hheheheheeh! Tu não curtiu?

- Eu passar uns dias na fazenda contigo? Te vendo trabalhar, Chico? Depois ir pra laguna, tem certeza disso?

- Tu não gostou da ideia?

Ele nem me deu tempo pra pensar, só permaneceu me olhando, esperando pela resposta. Eu adorava muito meu primão, mas ficar ali, vendo toda aquela farsa orquestrada pela Filó, não estava na minha lista de obrigações.

- Gostei, gostei, é que eu sou da cidade, você sabe. - inventei qualquer razão. - Vou pensar na ideia e te falo quando a festa acabar, pode ser? Que aí dá tempo de falar com a minha mãe e tal.

- Fechou, homem! Pensa na gente indo pra laguna sozinho à noite.

A insistência do galalau na ida ao riacho me deixou muito mole, confesso. Lembrar do que fizemos à beira do rio mexeu muito comigo, ao ponto de, mesmo não querendo, eu quase acabar dizendo sim ali mesmo, sem nem ter comentado com a minha mãe antes.

- Você tá bem animado hoje, né, primo?

Ele riu ao responder.

- É por causa do que te falei no riacho, Laurinho. Do meu sonho, tá ligado? Hoje vou levar Filó pra cama vestida de noiva, visse? Amanhã de manhã já vai ter filho meu brotando na barriga dela, por isso que eu tô é galudo! Hehehehe!

- Ah, saquei! - minha cara ficou logo séria de novo. - Entendi, faz sentido mesmo.

Minha intenção era contar tudo pro Francisco, mas fui completamente desarmado por ele e não tinha uma gota sequer de coragem pra começar a falar da Filó. Eu absolutamente não quis ser a pessoa que tiraria o sorriso enorme que o caipira tava ostentando naquele momento, por mais que soubesse que a noiva dele era a maior jararaca do interior.

Eu não tinha coragem de ver tudo aquilo acontecendo, na mesma proporção que também não tive a coragem necessária pra contar pro meu primo tudo que a Filó falava dele pros outros. Poucos minutos depois que todo mundo se organizou pra ver a cerimônia iniciando e que os noivos chegaram ao altar, achei melhor sair dali de fininho e ficar na minha. A família até podia estar feliz pelo Chicão, mas eu não tinha como, só se sofresse amnésia. Como me sentir esperançoso, sabendo que meu primo estava se casando com a mais pilantra das mulheres que já conheci? Só que nada saiu como planejado, devo dizer: quando achei que finalmente ia conseguir fugir da cerimônia sem ser visto, eis que o Chico me chamou pra ficar lá na frente, perto do altar, porque me escolheu pra ser um dos padrinhos do casamento. No instante em que escutei isso, todo mundo me olhou, minha barriga bateu violentamente e eu automaticamente virei pro lado e comecei a vomitar na grama.

- Meu filho, o que foi? - minha mãe entendeu e veio logo correndo pra me ajudar. - Calma, calma! Eu falei pra você não beber tanto, Laurinho, poxa vida, ein!

Eu não tinha estômago, literalmente, e ela com certeza se deu conta disso, tratando de tranquilizar todo mundo que viu essa cena. No fim de tudo, minha mãe me levou pra dentro do casarão, me ajudou a lavar o rosto, a boca e ficou comigo por um tempo no quarto de hóspedes.

- Filho, tá tudo bem?

Não consegui responder, a vontade era de chorar, sabendo que do lado de fora um pacto demoníaco estava sendo selado. Ela nem precisou da minha resposta pra saber.

- Calma, Lauro. Não deixa isso afetar a sua saúde, tá bom?

Diante do meu silêncio e da minha cara fechada, minha mãe alisou meu rosto e me fez um carinho.

- Você passou o dia com o Chico, né? Tô entendendo..

Deu-me um abraço, como se quisesse me consolar, e eu continuei sem ter o que dizer, o que pensar, só sentindo meu estômago querendo explodir. Até que escutamos alguma movimentação anormal do lado de fora do casarão, vindo do sítio, percebemos que a música havia parado e ela logo se levantou.

- Aposto que é o Chicão preocupado contigo, Lauro. É melhor eu voltar pra lá e avisar que você tá bem, senão é capaz dele parar o casamento e vir aqui te ver, de tão bicho do mato que ele é!

- Vai lá, vai lá. - foi a única coisa que consegui responder. - Não deixa meu primo ficar triste, tá?

Eu só conseguia segurar o choro. Não podia desabar na frente da minha mãe e tampouco queria que o Francisco entrasse ali e me visse daquele jeito, pois aí sim eu não ia ter como fingir.

- Hoje é o dia mais feliz da vida dele, nada pode atrapalhar isso. - virei pro lado, me cobri, e aí a cachoeira foi demais.

Ela foi embora antes de me ouvir chorando, e isso foi bom, porque o casamento voltou a acontecer e eu caí no sono, então nem tive muito tempo pra ficar acordado remoendo o trágico fim da noite. Quando você fecha os olhos e dorme, o mundo ao redor some, mesmo que temporariamente.

O fim da noite pra mim foi a cena do Chicão, todo bêbado e alegre, carregando a falsa da Filó pra dentro do quarto, feliz e preparado pra aproveitar a noite de núpcias e a lua de mel. Eu não vi nada disso, porque cochilei no quarto de hóspedes, mas acordei pouco tempo depois e ainda consegui ouvir bastante coisa. Lembrei dele dizendo que seu único fetiche era justamente aquele, levar a esposa vestida de noiva pra dentro do quarto, em seu colo, e fazer amor até ela engravidar, ambos com as alianças nos dedos. Pior do que o casamento em si foi eu ter acordado, porque o quarto onde eu estava era EXATAMENTE do lado do quarto do mais novo casal do interior: Francisco e Filomena. Se eu não tive estômago pra cerimônia do casório, imagina pra testemunhar a noite de núpcias e o começo da lua de mel da jararaca com meu primão? Mal levantei da cama pra sair do meu quarto, escutei o barulho de um tapa violento e de algo batendo contra a parede deles. Meu corpo paralisou, eu gelei completamente.

- Ai, ai! Que isso, mulher?! Já vai começar?! Para de me bater, Filó!

Quase dei um soco contra a parede, de tão revoltado que me senti. Quem aquela maldita pensava que era?

- É isso mesmo, teu corno manso! Vê se cai fora do meu quarto, que eu não vou passar minha noite de núpcias contigo, cachaceiro do quinto dos infernos!

Era a voz da mulher quase berrando com ele, confirmando tudo que minha mãe havia contado antes. Aquela era a verdade nua, amarga e crua, difícil de digerir.

- Não tô mais suportando essa vida, não, Filomena! Tô mais aguentando você não! Eu tento, mas tu é muito difícil, mulher!

- Não vou dar pra você, não, teu corno! Se não me aguenta, pra que me casou? Vai pro inferno, Chico! Eu vou deitar e dormir, e você se quiser vai cheirar seu pó longe do meu quarto, teu fodido!! Vai tocar uma bronha, viciado!

Fiquei sem saber o que fazer, parado e de pé no quarto de hóspedes, enquanto o casal recém casado discutia pesadamente no cômodo ao lado. Até que escutei a porta deles abrindo e depois batendo forte. Não esperei mais, saí do meu quarto e só vi o vulto da sombra correndo pros fundos do casarão.

- Deve ser o Francisco! - pensei. - E se eu não estiver enganado, agora deve ser a hora que ele vai fazer aquilo..

Acelerei o passo, comecei a andar na mesma direção e percebi que já era de madrugada, porque tava tudo apagado e vazio, ou seja, a festa acabou e todo mundo já devia estar dormindo. Assim que ganhei a visão do campo externo da fazenda, só vi aquela silhueta enorme andando toda torta no meio da grama, debaixo da luz da lua e fugindo de tudo.

- CHICO! - gritei.

Só depois me dei conta de que gritar não ia adiantar e ainda acordaria alguém, que era o que eu não queria, então comecei a correr e saí voado na direção do meu primo.

- CHICO, ESPERA!

Ele me escutou gritar e não parou, sequer olhou pra trás, pelo contrário, saiu disparado pra dentro da plantação de girassóis da minha tia e nem se preocupou se destruiria várias flores pelo caminho, só quis se esconder de mim.

- PRIMO, ME ESPERA, PORRA! - tirei fôlego do cu pra correr, gritar e xingar ao mesmo tempo, pulando flor por flor e tentando não perder a visão do peão brutamontes no meio da plantação. - SOU EU, O LAURINHO!! ESPERA, FRANCISCO!!

Quando ele pensou que ia dar um pulo pela cerca, eu levantei e pulei junto com ele, me agarrando no corpo do cowboy e caindo pro outro lado da plantação junto com ele.

- Porra, seu filho da mãe!! Me espera, caralho!!

- Afff, Lauro! O que tu quer, seu puto?!

Chicão tentou levantar e sair, mas eu me prendi na perna dele e fiz o peso necessário pra impedir. Foi aí que vi a garrafa de cachaça caída de um lado da grama e um saquinho plástico todo branco do outro.

- Eu quero ficar do teu lado, porra! - segurei o rosto dele e o olhei cara à cara. - A gente é primo ou não é, caralho?! Você não disse que queria que eu ficasse aqui contigo!? Então deixa eu ficar, primo!

Os olhos de Francisco estavam escuros e mínimos, parecendo dois pontinhos pretos no meio da face bruta, marcada e suada. Ele estava todo vestido de noivo, com a calça escura desarrumada, os pés descalços, a blusa social pra fora da calça e o paletó aberto, com o peitoral exposto e a marca vermelha de uma mão bem no meio. O cabelo bagunçado e o ar de bêbado e triste, como se tivesse de ressaca, porém sem chorar, sem lágrimas.

- É melhor tu me deixar em paz, homem! Me deixa em paz, pra eu não acabar sendo grosso contigo, se ligou?!

- Você tá estressado, primo! Tá de cabeça quente, vai ser grosso até com o ar que tá respirando. Eu não me importo, acredito no que você tá passando!

Falei isso e ele ficou me olhando, respirando profundamente e com a mancha branca na ponta do nariz. Levantei a mão e alisei o rosto do marmanjo, depois botei a cabeça no peito dele e comecei a ouvir o coração acelerado, junto do cheiro de suor começando a aflorar da pele.

- Tem certeza que tu quer ficar perto de um cheirador viciado, piá? Porque é isso que eu sou. É disso que minha mulher me chama!

- Não tô aqui pra te julgar Chicão. Na real ninguém pode falar de ninguém, né?

Esperei um pouco e entendi que aquele momento era mais dele do que meu, então achei melhor segurar as perguntas e só ouvir, escutar.

- Eu só.. Te falei, piá. Do meu sonho. De levar a Filomena pro quarto vestida de noiva e fazer um filho com ela. Te contei tudo isso, num contei?

- Sim, sim. O que aconteceu depois?

O bruto suspirou e prosseguiu. Nós sentamos na grama, bem atrás da plantação de girassóis da minha tia, e ficamos conversando e tentando aliviar um pouco da tensão daquela longa noite.

- A Filó não curte que eu beba. Depois que a gente entrou no quarto e eu tirei ela do meu colo, ela tirou o vestido de noiva, tomou um calmante e foi dormir. Não quis noite de núpcias, me chamou de bêbado, de corno manso, me bateu! Só porque eu disse que queria ter um filho com ela!

Ele desabafou brevemente, mas logo se cansou e deu um suspiro duradouro.

- Mas, chega! Não quero mais falar o nome dessa mulher hoje! Tu disse que queria ficar aqui comigo, né, piá? Tu se importa se eu der um teco aqui?

Quem era eu pra dizer que meu primo não podia se drogar dentro da fazenda que era dele? Fiz que não com a cabeça, ele entendeu minha resposta e voltou a falar.

- Tu já cheirou alguma vez, Laurinho?

- Não, mas tô tranquilo. Só quero ficar aqui contigo, até ver que você tá de boas.

Ele ficou me olhando, depois colocou um pouco do pó branco nos dedos mesmo e enfiou pelas narinas. Em seguida, pigarreou algumas vezes, deu um cuspidão na grama longe da gente e virou dois goles seguidos da cachaça pura, fazendo tudo isso como se fosse uma espécie de ritual de expurgo, de exorcismo. Por fim, passou o braço enorme nos meus ombros e ficou abraçado comigo, bem forte, só nós dois debaixo da luz prata da lua, eu entre suas pernas.

- Você quer.. realizar o sonho de ser pai, né? - perguntei.

Do meio de todo o caos instaurado após o casamento, senti os lábios grossos do Francisco se arrastando na pele do meu pescoço, com os beiços dele deixando saliva na minha carne, deslizando no meu ombro e procurando por abrigo no meu cangote, no meu cheiro.

- Quero. É o que eu mais quero, piá.

Ele me deu outra roçada com a barba na minha pele, beijou minha nuca e me apertou ainda mais contra si.

- Você queria fazer amor com ela depois do casamento, na lua de mel, e deixar ela grávida, né? - fui perguntando e me lembrando de tudo que o peão tinha me contado anteriormente. - Era isso que você queria pra hoje com ela?

- É isso. - ele falou e me deu outro beijo no ombro. - Vamo lá pro riacho tomar um banho, vamo? É o teu presente pro meu casamento de merda.

Eu o olhei, vi aquele jeito todo grandalhão de me fazer algum pedido e não tive como negar. Meu primo mais velho, o cara mais bobalhão e ao mesmo tempo mais rústico que eu conhecia, me chamando pra passar a noite de núpcias com ele, sozinhos na laguna. Tinha como negar? Aceitei o pedido, pedi a ele cinco minutos e disse que ele podia ir na frente, que logo eu estaria lá. Ele aceitou e assim o fizemos.

Cinco minutos depois. quando cheguei no local marcado, Francisco estava sozinho, ainda vestido com as roupas de casamento bagunçadas no corpo e sentado sobre uma enorme pedra que existia na beira do rio. Acima dele, uma enorme clareira que permitia a entrada direta da luz da lua, livre no céu do interior, com um milhão de estrelas contemplando a gente.

- Chico? - chamei, baixinho.

Sem pressa, ele olhou pra trás e me viu saindo do meio das árvores. Ao me ver, sua reação foi imediata. Os olhos arregalados, a boca aberta e a cara de quem não conseguia acreditar naquela visão inédita e inimaginável.

- Laurinho? Tu.. O que tu.. É tu mesmo, piá? O que tu fez?

Parecia até magia o efeito da luz da lua batendo nas águas da laguna e refletindo no olhar de ressaca do meu primo, que ficou curioso de repente. Ele até se levantou nas pedras e ficou de pé, incapaz de parar de me olhar.

- Tentei pensar num jeito de fazer você se sentir realizado, saciado. Não sei se minha ideia foi das melhores, porque de repente pode ser gatilho e tal, mas foi tudo que consegui no momento. Espero que tenha gostado!

Saí completamente do breu e mostrei o resultado da minha ida ao casarão: eu estava completamente trajado no vestido de noiva que a naja da Filó usou pra trocar alianças com meu primo. Até de véu e grinalda, mas tudo colocado muito na pressa, já que só tive cinco minutos pra me produzir.

- Esse é o vestido da..

- Sim! Ela tá dormindo que nem pedra, nem me ouviu entrando no quarto. Relaxa.

Fui falando e subindo parte do vestido branco sem pressa, bem lentamente, só pra mostrar a ele que até de meias brancas eu estava, indo até o alto das coxas grossas, no maior estilo cinta liga sugestiva.

- Caralho, tu ficou parecendo uma mulherzinha com essa roupa, piá! Ó só pra isso?

- Gostou, primo? Fiz isso pensando em você!

No fim do movimento de subir o vestido, comecei a mostrar meu lombo enorme, no tamanho avantajado que tanto fez o Chicão não conseguir parar de ficar do meu lado ao longo do extenso dia de preparação e festa. Deixei o rabão grotesco de gordo e de pesado aparecer e só consegui sentir um cheiro forte de suor.

- Pensando em mim? Como que tu veste a roupa de casamento da minha mulher e diz que foi pensando em mim, moleque? É doido, é?

- Mas é aí que tá, Chico! - comecei a me explicar. - Fiz tudo isso na intenção de fingir que sou a sua mulher. Você já tá vestido de noivo, eu de noiva, agora é só a gente fazer a noite de núpcias.

Queria ser eu a pessoa quem se deitaria com ele na noite de núpcias, por mais que não fosse eu a sua esposa, então ali estávamos nós.

- Noite de núpcias contigo, Laurinho? Mas tu é homem, orra!

- Você é mesmo um bobalhão, né, primo? Hehehehehe!

Bruto que só ele, Chicão me apertou pelo braço, olhou firme na minha fuça e pareceu que não acreditou na minha atitude, na minha ousadia, na minha petulância de ter me vestido como sua mulher.

- Tá me tirando de inocente, é, seu piazinho abusado do caralho!? Quem disse que tu podia se vestir assim pra mim, sua peste?! Tá parecendo uma mulherzinha mesmo!

Foi ouvir isso que meu corpo se arrepiou todo. Sem medo de me mostrar do que era feito, o puto do peão deixou a cintura cantar todinha na minha coxa exposta, permitindo que o calibre grosso da caceta me rabiscasse do começo ao fim, todo duro, todo possessivo e me apertando, bem do jeito que eu queria que fosse.

- Tô parecendo uma mulherzinha ou tô parecendo a SUA mulherzinha, primo? - falei. - Tô parecendo uma mulher qualquer que você vê passando na rua ou tô mais parecido com uma que você casaria?

O brutamontes apertou ainda mais meu braço, me virou por cima das pedras e me colocou de quatro, todo empinado pra si. Encaixou com o corpaço trajado de noivo atrás da minha raba, desceu o peitoral por cima das minhas costas e colou comigo. Em seguida, Chico veio no pé do ouvido e começou a grunhir, visivelmente nervoso e descompassado.

- Casar, piá? Tu sabe o que eu faço com mulher que casa comigo? Tu sabe o que eu faço na noite de núpcias, seu puto!?

Virei o rosto de lado, dei uma chupada na boca dele e o puto enfiou a língua na minha sem medo. Era evidente que ele estava bem aflito, como se não soubesse exatamente como fazer tudo aquilo, mas ainda assim o fazia, muito certo de si.

- O que você faz? Me mostra, primão! SsSSS!

- Eu vô te montar, sua cabra! Tu disse que na cidade só tem namoradinho, né? Então vamo ver se um desses rato já te deu um tranco assim, moleque! Vamo ver se um deles já fez contigo o que eu vou fazer agora com a minha mulher aqui! Hehehehehe!

Francisco pulsou a piroca inchada na portinha do meu rabo, nem se importando com toda a roupa que havia entre nós. Senti aquela potência e soube que não seria fácil, porém eu estava entregue, de quatro pro macho e o provocando.

- Isso, porra! Monta em mim, vem?! FFFFF, fode comigo! Trepa comigo até me engravidar, vai, primão?!

- Tu nem tem buceta, Laurinho. Como que eu vou te emprenhar?

Senti a rola dura esfregando no cuzinho e comecei a rebolar, só pro peão encaixar e estacionar ainda mais no contato comigo.

- Eu tenho cuzinho especialmente pra você, seu puto! Pode me comer, é mais apertado, mas você pode comer como se fosse uma buceta! - arrebitei o lombo, suspendi a roupa e mostrei pra ele a rabiola piscando, com as pregas pulsando e o convidando. - Bota aqui, ó! Bota e fica leve dentro de mim, até eu embuchar do teu filho, primo! Era isso que você queria, não era? ArrsSSHH!

Dizer isso me rendeu o primeiro tapa desorientado que o Chico deu, certeiro no músculo da rabeta empinada.

- Affff, tu quer ficar buchudo pelo cuzinho, quer? Puta que pariu, piá abusado do caralho! Quer ser a minha mulherzinha, quer? FFfFFF! - se esfregou outra vez por cima de mim e pareceu até um predador querendo acasalar, olhando pra baixo e se certificando de que estava devidamente posicionado sobre minha traseira. - SSsSSS, bem que eu vi que tu tem umas manias de mulher mesmo, não tem? Chupa piru, toma leite na cara.. Só nunca parei pra pensar que tu deixava fazer o cu de xota, homem! Bom saber, orra!

Eu não me aguentava mais. Levantei a parte de trás do vestido, ouvi o barulho do marmanjo abaixando o zíper da calça social escura e a próxima sensação foi do trabuco estacionando na portinha do meu cu, que eu tratei de relaxar e de abrir ao máximo possível, só pra deixar Chico caber.

- Me chama de viado, Chicão! Me come, me bate, me morde e me chama de viado, de viadinho! Fala que eu sou a tua mulher, faz o que você quiser comigo! Você é meu primo, você pode tudo! fFFFfFF!

- Quer ser chamado de viadinho, é, piá? Hehehehe! Então tá bom, tu é O Meu Viadinho! Que nem veado mesmo, que fica de quatro pro marido na lua de mel, que toma no cuzinho e que pede mais? SSssS!

Quando o grandalhão sentiu que minha cuceta ia começar a agasalhar seu caralho grosso e preto, o cachorro só faltou uivar no meu ouvido, de tão mole que seu corpo ficou, completamente derretido sobre o meu. Até prendi a respiração pra me concentrar e facilitar a entrada, mas nada disso foi suficiente pra desfazer o incêndio e a ardência que começaram a se alastrar pelas minhas pregas sendo arregaçadas.

- FFFFFF, SSSSSSS! Porra, Chicão, você é grande mesmo, ein? AArgHHHH, SSSS! Caralho, seu puto!

Mas de tão à flor da pele que Francisco ficou, ele não conseguiu responder, só passou a grunhir e a se conter com a deliciosa sensação de atrito macio, aveludado, quente e aconchegante que passei a proporcioná-lo, via minha carne. Ele sentiu minhas entranhas, latejou ainda mais e se tornou maior e mais incontrolável na cintura, quase se torcendo pra não me massacrar ali mesmo.

- FFFFF, SSSsSSSS! Muito grande, porra! SSsSSS!

- GGGGHRRFFff! Que sensação gostosa do caralho, piá! Puta que pariu, se tu falar pra eu parar agora eu juro pra tu que começo a chorar, papo reto! Nunca senti um bagulho sinistro desse, orra! SSSss, arrgFFF!

Ouvi isso, senti o fogo me consumindo e a viga incandescente escorregando deliciosamente pra dentro, me dando um prazer violento, massivo e muito, MUITO INTENSO.

- AAArgHHHH, fFFF! Nem pensa em parar, Francisco! Nem brinca de tirar isso de mim, só tira se for pra botar de novo, porra! AAihnfFFF!

- Como, assim? - o DESGRAÇADO tirou a estaca e SOCOU de novo, revirando meus olhos e me explodindo de tesão, sendo que nem ele mesmo se aguentou no que fez. - FFFFFF, affff! SSsSSS!

Foi como se o cu enchesse, engordasse e alargasse na base do preenchimento causado por uma parte do corpo másculo do meu primo mais velho. Era o coito, a cópula, a reprodução dele comigo, por mais que soubéssemos que não tinha como eu engravidar: nossa graça era exatamente essa, trepar até conseguir.

- Vô gozar, piá! FFFFFf, vô te embuchar, priminho! SSSS!

- Não, pera, pera! Calma! - botei a mão pra trás e o fiz parar de se mover. - Você tá só começando, safado!

Lembrei da minha mãe contando sobre as coisas que Filó disse à ela, de não deixar o Chico penetrá-la e permitir apenas que ele brincasse na porta da buceta, e aí entendi a pressa do Francisco em ejacular.

- Que parar o que, orra! Tu não quer embuchar da minha gala, viadinho? FFffF, deixa eu te encher de porra, piá?! SSsSS, deixa eu te dar meus filhote, caralho! Tu não quer ser minha mulherzinha, Laurinho? FFf!

- Eu quero, e por isso mesmo que a gente vai fazer tudo sem pressa, Chicão! SSsS, para um pouco, para? Mas pode continuar dentro, só para um pouco, vai? AAhn, ffFF!

Ele nem sabia que era possível, mas parou e ficou só inchando no talo do meu cu, brincando de alargar meu esfíncter e de me acostumar com a nossa penetração anal.

- SSsSS, puta que pariu, piá! Até parado eu tô nervoso pra te costurar, caralho! FfFFFF! - o jeito rústico e sincero de falar comigo me deixou muito relaxado, muito saciado com tudo aquilo. - Ó só? Parece até que minha pica já sabe que é pra comer cu, ó? AArghHHsSSS!

O ogro disse isso e voltou a se mexer, mas eu fui logo virando o rosto e tacando outro beijo em cheio na boca grossa dele, só pra ajudar a preencher o momento e impedi-lo de acabar gozando tão rapidamente. Ele cedeu, voltou a dançar com a língua apressada e desesperada na minha e fui sentindo a barba me pinicando, me deixando todo entregue a ele.

- Tá gostando, Chico?

- Orra, tá falando sério?! Má que porra de pergunta, moleque!

Tecnicamente, meu primo cowboy era quase virgem, por isso devia ser totalmente desacostumado com transa, resultando no tipo de macho que goza rápido. Mas eu era um viado muito precavido, então me preparei pra essa falta de experiência e me dediquei a fazer aquele momento durar.

- SSsS, só me sente, primo! FFff, tá sentindo?

Pisquei o cuzinho várias vezes e tentei comprimi-lo, mas era impossível alojar, hospedar e agasalhar um pedaço de carne tão grande, roliço e corpulento quanto aquele.

- Só tô sentindo, Laurinho! OrrsHH, será que dá pra controlar? Orra, homem, tu tá muito apertadinho pra mim, FFF! SSsFFF!

Era como se uma enorme e preguiçosa jibóia rastejasse lentamente na quentura do meu interior, enquanto eu prendia o rabo e deixava ela bem pressurizada, mastigada lá dentro, sendo que existia um brutamontes pesado em cima de mim, se contorcendo pra não me moer em dois e no máximo do controle pra não me emprenhar ali mesmo.

- Consegue, claro que consegue, Chico! SSsS, tá conseguindo, porra! FfFF, tá uma delícia, caralho! AAnnhff, paradinho, coladinho!

Todo o tempo parado foi pra fazê-lo se acostumar comigo e pra eu também me adaptar à tanta massa de rola batendo por dentro. Estávamos tão unificados que era como se a minha carne fosse a camisinha em volta do tronco de pica do Francisco, de tão presos, unidos e fixados que ficamos. Eu morrendo de piscar no troço e ele rebolando comigo, acompanhando meu suingue pecaminoso.

- Isso, porra! SSsS, isso, Chicão! FFffF, tá vendo como você sabe foder? OrgSSs, já tá se acostumando com o atrito e conseguindo segurar muito mais!

- HHmmfff, então é assim que tu quer, piá? É, piazinho? OrrFFFff! - o puto enterrou o nariz no meu cangote e começou a me cheirar enquanto trepava, que nem um predador alfa e protetor da matilha. - É assim, meu viado? AArgghsSS, meu viadinho! FffFFssS!

- Isso, Chicão! Me come devagarzinho, seu safado! SsSS, vai comendo com jeitinho, vai? Aaihn, isso! AAhnssS! Porra, que delícia! OhhnfffFF! Meu homem! Você é o meu homem, primo! SSsS!

- Eu sou o teu homem e tu é a minha mulher, Laurinho! FFfFf, a minha esposa é tu! Meu viado, meu puto, meu amante! SSSss, arrrffff!

No suingue da nossa reprodução, o brutamontes do meu primo mais velho se debruçou ainda mais na minha traseira, deixou o quadril livre e pôs as mãos ao redor do meu corpo, com os braços esticados, como se fosse um macho alfa me protegendo enquanto cruzávamos. Isso deu espaço suficiente pro Francisco me sentir por inteiro, ao mesmo tempo em que pôde me empurrar do começo ao fim com a bengala armada dentro de mim.

- FFFff, aaarghh! SSSss, arrrfFFF! Caralho, Laurinho! Orra, moleque! FFfF!

- AAihnnn, Chicão! Isso, seu puto! Seu pilantra, vai botando tudo, vai? Soca, Chicão! Isso, porra! AAahnfFFFF!

Adquirindo espaço, o marmanjo pisou firme nas pedras e ganhou meu lombo na posição de um sapo, me mantendo de quatro e tendo que se prender com as mãos no meu ventre, pra me impedir de recuar dos trancos contra minha bunda.

- SSSS, FFFF! Isso que tu quer, é? Pode maltratar, pode? FFf!

- Maltrata, Chico! Me fode, me rasga, porra! SSSsS! - quase arranhei as pedras, de tanto tesão que tava sentindo naquele momento de ser deflorado. - Isso, seu puto! Mete, porra! AAhnsSS!

Eu só tava me fazendo, rebolando e aguentando, sustentando todo o palmo de pica dentro da minha carne, no fundo das entranhas, na maior intimidade com meu primão. Feliz de transar com ele, de mergulharmos tão intimamente juntos naquele momento de sexo intenso e tão carnal, tão real.

- FFFFf, assim tu vai sair buchudo mermo, piá! FFfFFF, assim vou meter logo quatro, cinco moleque em tu! SSsSSS! Já pensô, porra?! GGGhrrR!

- Soca quantos você quiser, Chicão! AAAhnmffFFF!

Empinei o corpo pra trás e fiquei arrebitadinho, com o lombo pra cima e a coluna quase dobrada, que nem uma cadela mesmo, só pra sentir a caceta do cowboy dobrando dentro de mim. Ele sentiu confiança, prendeu as mãos nos meus ombros e começou a me envergar, entrando com tudo e arrancando só o barulho do choque dos nossos corpos.

- FFFFFF, SSSSsSSS! ISSO, CHICÃO! CARALHO, SEU FILHO DA PUTA!

- É isso que tu quer, é, cabra?! - o ogro grunhiu no meu ombro, escondeu a cabeça no meu cangote e só tratou de cantar a cintura na minha raba. - SSSSSs, é isso que tu quer que eu te dê, meu viado? FFfFFF! Tão toma, meu puto! Toma pica, toma? SssSSFFFF!

- Isso, porra! GGGhrrrr, SSSSsSS!

Francisco começou a gemer feito um leão acasalando, ao ponto de meter em mim e olhar pro céu, com os olhos fechados e grunhindo livremente, quase rugindo, quase uivando pra lua branca sobre nós.

- Pode socar tudo, pode? SSss, será que tu aguenta uma espiga dessa, piá?

- Soca tudo, porra! Já era pra ter socado a porra toda, seu pilantra! - implorei por rola e lembrei novamente de que meu primão não era acostumado a penetrar completamente, já que a mulher só deixava ele curtir na porta da pepeca. - FFFFf, soca tudo logo de uma vez, porra!

- Vou gozar, porra! SSssssSS, vou esporrar, priminho!

Senti o cu quase rasgando de desejo, comecei a esporrar que nem maluco e isso só acabou apertando ainda mais o cacete do Francisco penetrado na minha carne quente.

- SSSSSS! Caralho, Chicão! FFFFF, que delícia, cara! Afffff, mmmffff!

Gozar com ele conectado no meu ânus foi a sensação mais indescritível que já senti até aquele momento. Mas nem tive tempo que desfrutar SÓ disso, porque o ogro do meu primo peão esticou o corpo, se prendeu no meu tórax e explodiu dentro de mim.

- AAARGGGGH, SSSSSSS! FFFFFFF, CARALHO! SSSSSSS, PORRA!

Meu cu derreteu e lá se foram várias e várias jatadas pesadas, carregadas, concentradas e bem quentes de muito esperma direto do saco. Senti as bolas dele estacionadas na parte traseira das minhas, de tão colados que ficamos, ao mesmo tempo que meu cu se fechou completamente no leite e minha pele arrepiou dos pés à cabeça.

- Fffffff, puta merda! sSSSSS!

- GGGrrrrrr, ssss! - ele afundou a cabeça no meu cangote e se entregou ao orgasmo. - Caralho, piá! FFFF!

Nossos dedos entrelaçaram de novo, a conexão foi extrema e senti nossos tesões se misturando e se juntando num só sentir, numa só sensibilidade.

- Que sensação boa, Laurinho! MMMffff! - pareceu um despreguiçar sincero e à vontade em mim. - FFfff, affff!

- AAAhnffff, essa ardência é uma delícia, cara!

O primo mais velho pulsou e latejou a tromba em mim, eu olhei pra trás e notei seu físico todo estufado, inchado, suado e arfando pesado, na mais deliciosa respiração que já vi alguém ter.

- Gostou?

- Tá falando sério, orra!? Tô é morto, Laurinho! Ó só? Hehehehe!

Em seguida, o peão ogro passou o braço massudo e suado no meu pescoço, me puxou pra si e começou a beijar minha pele suada e úmida, sem qualquer tipo de nojo. Só nós dois deitados na pedra, ele ainda dentro de mim e a luz da lua banhando nossa nudez, nossa entrega sincera um ao outro.

- Também tô cansado, primo. Acho que não consigo nem levantar, hihihiihi!

- Te dei uma canseira, ahn? Hahahahaa!

Eu sentia minhas pernas bambas, meu cu quente e oco feito uma couve flor recheada de queijo, toda gratinada e temperada no leite de um macho parrudo, casado, carente e viciado, caralhudo por si só, abandonado pela mulher e agora deitado comigo, seu priminho atencioso e solicito.

Ficamos ali quase até o amanhecer, um deitado no peitoral do outro, os dois nus e sem precisar falar muito mais coisas, conversando só pelas respirações se acalmando em sintonia, em plena comunhão com a passagem das horas e dos movimentos dos astros no céu noturno. Quando a luz inicial da manhã surgiu no horizonte, o Francisco levantou, com o olhar um pouco cansado, e me chamou pra voltar pro casarão. Era a primeira vez que nos víamos na claridade do dia e depois de todos os eventos que ocorreram no casamento, e finalmente meu primo pareceu um pouco menos irritado e de ressaca, pelo menos pra mim.

- Tá bem? - eu perguntei.

Ele ouviu minha dúvida e não conseguiu não sorrir, me dando um beijo em seguida.

- Tá respondido, piá?

Fiz que sim com a cabeça, nos vestimos, lavamos nossos rostos pra despertar e fomos andando lado a lado pra fazenda, eu com o cu tampado do leite grosso do Chicão quase escorrendo pelas pernas, me sentindo exausto, fisicamente moído, mas mentalmente satisfeito.

Sem querer, voltamos pelo mesmo caminho que usamos pra chegar ali, então acabamos passando novamente pelo jardim de girassóis da minha tia e nos deparando com o despertar matinal de todas aquelas flores viradas na mesma direção. Era como se estar abraçado pelo braço enorme do meu primo fizesse a paz da natureza ficar aos nossos pés, na maior sensação de Adão e Ivo, existindo só a gente no resto do paraíso.

- Boa noite, moleque! - o Chico me levou até à porta do meu quarto. - Obrigado pela.. força! Hehehehe!

- Tamo junto, primo!

Só quando chegamos ali que ele removeu a mão grossa e calejada da minha cintura. E mesmo assim fez questão de olhar pros lados, não viu ninguém e aí meteu um beijaço cheio na minha boca, terminando por me dar um abraço e me apertar firme contra o seu corpo, tudo isso com aquele jeito bruto que só ele sabia ter e sem o menor medo de ser pego por alguém acordado.

- Vai ficar mesmo uns dias aqui comigo? Já sabe que se ficar..

Roçou o corpo no meu e mostrou que ainda tinha muito tesão sobrando. Eu tinha escolha, diante dessas circunstâncias?

- Claro que eu fico! Fico com carinho! - me empinei, o abracei e falei no pé do ouvido. - Mas só por um tempo, só até virar a sua amante e engravidar, combinado? Hehehehe!

- Por mim tá fechado. Todo dia tu vai acordar com piru e leite, piá! Pode me esperar!

Ele deu a última apertada no meu lombo e se sentiu orgulhoso, sabendo que era tudo seu, pelo menos durante o tempo dos dias em que eu ficasse ali, dormindo no quarto do lado do dele e à mercê de qualquer escapada noturna que o primo peão quisesse dar comigo. Por fim, o cowboy entrou de fininho pro próprio quarto, parou na porta e me jogou outro beijo. Eu retribuí e fiz a mesma coisa, entrando no quarto de hóspedes para onde fui levado quando passei mal durante o casamento.

A minha intenção inicial era de passar uma semana direto na fazenda dos meus tios, só pra me envolver mais e mais com meu primo, por quem acabei me descobrindo apaixonado muito tempo depois. No entanto, logo nesse primeiro dia após a festa de casamento, horas depois de nós termos transado, eis que uma reviravolta inesperada tomou lugar entre nós. Quando eu finalmente me convenci de que ia ficar ali por um tempo, a Filó inesperadamente descobriu que estava grávida.

- É SÉRIO, FILOMENA!? EU VOU SER PAI!!? EU VOU SER PAI!! MÃE, EU VOU SER PAI, ORRA! MEU DEUS, EU VOU SER PAI, CACETE!

Da porta do quarto, vi o Chico se ajoelhando no chão e chorando de emoção, agarrado no ventre da mulher dele e dando beijos e mais beijos na barriga dela. Descontrolado e bruto nos sentimentos, ele levantou, jogou Filó pro alto e eles se beijaram ternamente, muito apaixonados outra vez.

- EU TE AMO, FILOMENA! OBRIGADO POR ME DAR UM FILHO, OBRIGADO POR TUDO!

Eu acho que não preciso dizer mais nada, não é mesmo? Não fiz alardes, tampouco cerimônias, muito menos despedidas na hora de ir embora. Aproveitei que tava todo mundo naquela animação geral pela descoberta da notícia, fiz as malas em silêncio e com a mente girando, dando muitas voltas. Foi muito foda e divertido enquanto rolou, mas agora era definitivamente a hora de segurar a onda e não tirar os pés do chão, não deixar a onda bater. Acabou.

Fui embora com minha mãe sem ninguém perceber. Confesso que os olhos ficaram ressecados, ao mesmo tempo feliz e também muito triste pela vida do meu primo, tudo isso graças à sensação que a mulher dele me causava. Nada mudaria o fato de que ela não gostava dele, o usava e ainda o agredia, e, pra mim, nem mesmo a notícia de um filho mudava isso. O filho, é claro, era a notícia boa! Mas a mãe não. Fui embora pedindo que tudo desse certo pro Francisco e pra família dele, me sentindo um pouco triste e nostálgico pela rapidez e por toda a intimidade que nós tivemos, mas também com aquela sensação de que muita coisa boa tinha acontecido. Um bom pedaço de mim ele ia levar pro resto da vida: a malícia de trepar até o talo, de preencher um rabo e mostrar do que era feito. Se nas próximas transas ele botasse pra foder, isso só aconteceria por causa de mim. A minha impressão agora estaria pra sempre com o Chicão e todas as vezes que ele transasse com alguém seria remetido a mim e à toda obra que eu fiz nele. De repente, só de repente, é assim que eu goste de levar as coisas, pelo menos durante os próximos anos, até voltar na fazenda dos meus tios e reencontrar com toda a família novamente. Quem sabe como estará o peão até lá? Fico no aguardo. Enquanto isso, saudades da laguna e do tempo intenso e sincero que passei com meu primo Francisco lá! Bons tempos que não voltam mais!

____________

Parte 2. Existe uma versão MAIOR e MAIS COMPLETA desse conto, mas vocês só encontram lá no meu blog. Link: />

REDES SOCIAIS:

twitter:

instagram:

Estou publicando e vendendo novas histórias no blog. Confira em: />


Este conto recebeu 21 estrelas.
Incentive André Martins a escrever mais dando dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Entre em contato direto com o autor. Escreva uma mensagem privada!
Falar diretamente com o autor

Comentários

Comente!

  • Desejo receber um e-mail quando um novo comentario for feito neste conto.
12/07/2020 03:38:53
Esse precisa de uma continuação, não é possível que vai terminar desse jeito. Chicão merece saber a verdade e ser feliz com alguém que goste mesmo dele
07/07/2020 01:23:15
oush esse filho ñ é dele tadinho
01/07/2020 09:47:29
01/07/2020 09:34:49
Quero saber quando a verdade aparecer
01/07/2020 06:20:32
Perai esse filho não é do chico não né? Filomena deve ter traído ele com certeza, agora que me toquei MANO QUE ÓDIO
01/07/2020 06:17:50
Fico feliz pelo chico que finalmente vai ser pai, só espero que a Filomena não faça ele ficar mal aff kkkkkkk muito bom o conto cara

Listas em que este conto está presente



Sitio moto sobrinho conto eroticoconto erótico velho vizinho me arromboucoletania de negao socando ate o saco nas esposas gringas com vestidos pornoxvideo coroa vovó brasileira fazendo fio terra e meia nove e gemendo na pica*pode estora bolinhas que parecem espinhas na bunda?*viu os peitos da enteada nifestinha no corredor levatou a bluza chupou avontade xvideo.comvideos porno irnao irna do xxvideoseu minha prima e.seu poni dirou meu cabaço contoscontos eroticos minha esposa desencaminhada pelas amigaseu já perguntei onde tu tava ontem Live sexo vídeo pornô deixa que eu adoro vai bater igual a Shakiramim obrigaram a comer minha mae contos eroticoContos eroticos senti minha buceta rasgarmae ajuda seu finho sem calcinha pornoos melhores vídeos de sexo de cachadaçoContos eróticos: se vingando do tiopriminha de shortinho roxo deitada na camacontos eroticos privatecontos eroticos escritos de lactofilianovinha 18 aninhos foje pra cama do papai pra trepa/tema/filha%20da%20namorada/melhoresmulher muito gostosa deixado ocavalo mete tudo nabuceta delacontos eiroticos leilaporncontos de negro roludo e novinha/texto/201012436esposa novinhalevei minha mulher para engravidar do caminhoneiroSou mulher casada meu compadre me fodeucontos eroticos meu dono me comia sempre que quisesse a força nifetacontos erotico de puta querendo rolasacanadas vidios fodasassistir vídeo pornô anal de sogra com genro gravado em Ribeirão preto d*********porn contos eroticos negao foi entregador fudeu minha esposaxvideos incesto filha abracando maliciaGaysinho afeminado conto eróticas dando mendigovi a bucetinha virgem da minha amiga conto eroticonegro enraba minha mulher contosadoro ser encoxada no trem contos eroticosmulher deu a buceta para o cara q foi ajeita sua maquina de lava roupacontos eroticos uma doce de cunhadaesfregando so na portinha deixando ela toda mijadinha xvidiocontos eiroticos leilaporncontos eroticos ferias no sitio com meu corno depravadomulhe tomando banho no banheiro pelada motrando só a buceta regasadacontos paulao so novinhasfugio da aula para da buceda e leva gozada tendrosissy de fio rosa contosporno gey contos eroticos priminho inosentemini saia xvideosfamilia sacanaxvideo frestinhocontos eroticos filha gordinha perdendo as pregascasos amad fragra irm gosand ponh casa favela cariocamulher madura e muito carente dando a xota a seu filho taradocontos eróticos menina se abrigou da chuva e foi fudida pelo cãocontos estrupada por agiota minha filhaXVídeo pornô das Panteras trepando só com os irmãos ocupar esse corpinho dabuceta das gostosa da novela das 9:00humilhando pau pequenocomedo aentiada dorminocontos podolatriaconto erótico mulher casada f****** com cunhado YouTubenegão com a rola da grossura de uma cerveja enfiando todinho no c* da mulata ela chora muito de dor pede para pararxvidio ponor esposa traindo marido porque noa da conta de satifaze elaela soquer chupa pau super groso xvideo.casa dos.contos eroticos irma bundeirasogra faminta por sexoleitinho do papai contosconto aerotico perdendo a virgindade com meu professor negro na casa deleencoxei minha tia peituda (contos).mulheres de perna nua com a buceta esgassadaVanessa queria brincar mais não imaginava que ia encontrar pela a frente um monte de safadinhos taradosconto gay dotado e virei meninacontos eiroticos leilapornxxxvideo pai fica na sala nu a espera da filha ir buscar roupaconto erotico esposa chupando molequeContos eroticos comi minha sobrinha novinha/texto/201801276conto erotico funk peladaPorno dua menina fraga menino puhetacontos heroticos cao doidao para chupar a dona