Um Everest que passou na minha vida - XII

BOA NOITE!

Ai está, hoje foi na hora, até um pouquinho antes. Obrigado pelos comentários, sempre, sempre um incentivo para continuar publicando a cada dia.

Uma boa leitura a todos!

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O café não desceu muito bem, culpa do Montanha. Eu ter acordado algumas vezes durante o resto da madrugada também foi culpa dele. E principalmente, ficar pensando nele enquanto a jararaca da Jamile, sua amiga faz um discurso com voz de google, também está na conta dele. A seu favor, pesam todos os seus favores para mim, e ao mesmo tempo são o motivo da minha raiva insidiosa, como ele pôde armar essa psicose toda? Entretanto sua figura se timbra cada vez mais na minha cabeça. Eu quero perdoa-lo, e ao mesmo tempo quero trazer de volta seu rosto deformado com minhas próprias mãos. Soco após soco...

Jamile consegue completar quarenta e cinco minutos falando, sem pausa, sem água ou piscadela. E quando para, consigo enfim:

- Eu só ainda não entendi muito bem – digo e paro para pensar e pesar bem minhas palavras – como em um dia eu estou com o aviso prévio em mãos, assinado por você e por dona Eulália e agora...

- Foi um equivoco, encontramos os responsáveis pelo furto – Jamile respondeu cordial e doce como uma flauta – é claro que em nome da empresa pedimos desculpas pelo inconveniente.

Os olhos dela dizem outra coisa. Ela não queria ter ido à delegacia. Se fosse a seu gosto tudo terminaria ali mesmo, entre as paredes da loja. Fico um tempo olhando seu rosto, e lembrando a virada de olhos, quando ela passou por mim na delegacia na noite passada. Aliás, sem a presença de Cristina. Sorrio para ela e espero por mais alguma coisa, como ela apenas move os ombros sem dizer nada, eu levanto. Vou até a porta e seguro a maçaneta, aí me lembro da humilhação. Meu sangue ferve um pouco e até minhas bochechas queimam.

Olho de esgueira para ela, abro a porta e saio. Não tenho mesmo mais nada a dizer, ela muito menos. Só não lhe desprezo mais porque teve a hombridade de um gesto digno. Deu entrada também no boletim de ocorrência por furto, tanto a Clarisse quanto ao coiso.

A rescisão, assinada por ela, está no meu bolso ainda. Não vou devolver, e tenho planos bem maiores para ela. Caminho pela loja até a seção de Cristina, encontro ela agachada entre um bolo de roupas montando looks para as manequins.

- Não te vi ontem na delegacia – irrompo me apoiando em um dos cabideiros – o que foi que houve?

- Você não faz nem ideia? – ela arqueia uma das sobrancelhas – ela me ameaçou, não ela exatamente, mas a dona disso aqui, e você sabe como eu preciso desse emprego né? Então... Desculpe amigo, tive que apagar os vídeos...

Arregalo os olhos e a boca ao mesmo tempo, apesar de lembrar nitidamente do vídeo no meu celular. Não o da briga quando eu ataco a lacraia, o outro observando ele desfilando com um pertence de outra pessoa pela festa. Só poso deixar o ar sair completamente dos meus pulmões. Cristina é uma grande amiga, e não merece de jeito nenhum o meu desprezo, ao contrário de Montanha. Apenas mordo meu lábio inferior e aperto o ombro dela, em sinal de compreensão e apoio. Só me surge uma dúvida, e eu a guardo comigo, posso dizer a Cristina sobre o processo trabalhista?

Pela carrinha dela, decido não dizer nada por hora. Umas clientes chegam pedindo informações e como ela está ocupada, eu mesmo atendo até Cristina poder assumir. Volto para minha seção tranquilamente. Ou nem tão tranquilo assim, Gustavo não tinha nada... Espera, tenho de parar com isso de ficar pensando nele como se ele tivesse salvado a minha vida... Apesar de não esquecer o bem feito não devo perdoar o mal causado... Ou devo?

A chegada dos clientes interrompe meus pensamentos... Agora além da seção de jeans masculinos ainda tenho responsabilidade sobre a seção de camisas, pelo menos até eles colocarem outra pessoa no lugar da lacraia, ou eu meter meu processo trabalhista. Manhã e tarde passam voando, e sem exagero, dez pessoas clientes diferentes durante o dia, perguntam a mesma coisa:

- Ah o Rafinha não está mais? Que dó, ele era uma graça de garoto... – e eu apenas confirmo com a cabeça.

Vou ao estoque vezes sem conta, pegar outras peças com estampas diferentes, tamanhos, golas, a seção da lacraia é bem mais movimentada, admito. E se não for maldade da minha parte, julgo que o faturamento dele em furtos deva ter sido bem alto a julgar pelo tanto de coisa que as pessoas deixam cair, ou esquecem. Pelo menos três mulheres, deixam o celular no provador. E se ele fazia isso, não tenho como saber, eu no seu lugar corro atrás das pessoas para devolver os objetos.

Ao final do expediente, tenho a única certeza possível, Jamile está tentando me castigar. Em nenhum departamento da loja, uma pessoa fica com duas seções tão grandes, então só pode ser pirraça dela pra cima de mim. Se eu pretendesse ficar na loja, continuar trabalhando aqui, sim, ia protestar, ou tentar dar conta das duas seções. Não é mais o caso, sorrio para mim mesmo bato meu ponto e saio.

- Estava te esperando, a gente tem que comemorar né? – Cristina eufórica vem até mim.

- Eh seria legal, - lembro do meu compromisso, olho para a academia – mas eu tenho que trabalhar ainda esquece da academia?

- O que? Montanha ainda não te contou? – ela faz uma cara de espanto, e eu outra – aquelas gudes no escapamento amigo, eu só não te contei antes porque ele disse que era só pra te zoar, aquelas gudes nem provocaram problemas no carro...

- Ele me contou ontem, então... – sorrio cerrando os dentes – então quer me dizer que você sabia esse tempo todo e mesmo assim? Puxa vida...!

Cris tenta um sorriso, eu dou apenas um legal com o polegar e me viro para entrar na academia. Mixa dorme com metade do corpo em cima do balcão. Entro pelo corredor para o quartinho o cheiro de tinta já está quase rarefeito. A porta entreaberta e as janelinhas bem escancaradas apesar de pequenas. Eu deixo a luz apagada mesmo, e fico caminhando pelo espaço vazio por um tempo.

Subo até uma das janelinhas e me dependuro nela para tentar descobrir para onde dá aquela abertura. Um beco, ou um tipo de deposito em aberto. A luz se ascende de uma vez só, e eu sem conseguir dar um salto perfeito a tempo, caio com o bumbum no chão.

- Foi mal aí – Victor vem para me ajudar a levantar e oferece uma mão – eu vi lá de dentro você chegando, não estava no vestiário... Vim para cobrar a sua dívida comigo... Sabe do que estou falando né?

A dor no meu bumbum, faz eu abstrair metade das coisas ditas por ele. E eu teria feito isso com qualquer um, muita informação em pouco tempo, não tem ser humano que não fique meio leso. Ergo uma das minhas sobrancelhas sem entender bem onde ele pretende chegar com o papo.

- Desculpe? Estou é? – consigo dizer no fim. Victor sorri, e as bochechas dele até ficam vermelhinhas. – Estou só brincando... Você quer dizer da vez que eu te chupei e você me negou um beijo? Ou tá falando da carona pra minha casa quando eu te deixei excitado?

O rosto dele fica pegando fogo, e ele olha para a porta ainda aberta, como se estivesse pensando em fazer alguma coisa. Seu corpo abruptamente vem de encontro ao meu, e ele me recosta na parede. Sua pelve roça em minha coxa esquerda, e a mão dele prende o meu pescoço, apesar do gesto Victor sorri para mim.

- Eu não gosto de joguinhos – ele murmura bem no meu ouvido. Desço minha mão até o meu de suas pernas, ele segura meu braço, eu forço um pouco, sempre com os olhos presos uns nos outros, sua cabeça um pouco erguida.

- Tem que dizer isso é para seu amigo aqui embaixo – sorrio de forma bem sacana, - ele parece que ainda não entendeu isso...

Massageio suas bolas por entre a roupa, e o vejo entregue em minhas mãos, jogando a cabeça para trás e suspirando pela boca. Por sobre o ombro esquerdo dele, a figura de Montanha cresce logo na porta. Ele está ali nos observando, Victor com os olhos fechados, e com uma das mãos apoiadas a parede e a outra segurando meu braço, diz no meu ouvido:

- Quanto você quer? É dinheiro? – sua voz cansada de homem entregue, mexe com meu sexo, e eu começo a fica excitado com a situação. Mesmo sob os olhos de Monatnha ali a alguns passos. Eu o encaro, e ele engole em seco, aproximo meus lábios do ouvido de Victor e de forma muito provocativa, aperto seu pênis com força. – Ah caralho, para de me provocar e caí de boca logo...

- O preço é um beijo, - digo falando em alto e bom som – se estivéssemos transando, para cada estocada eu ia cobrar de você um beijo. – Subo minhas mãos até o rosto dele, e o seguro. – Então está disposto a pagar?

Desprendo meus olhos dos de Montanha, indecifráveis e olho no olho o encaro Victor a minha frente. Seus lábios, entreabertos, ele olha para a minha boca, segura a minha nuca e me puxa com força para si. Seu pênis dentro da roupa há muito cutuca minha ereção, menos densa que a dele. Ele parece tanto um adolescente ainda, não no rosto nem no corpo, já desenvolvidos, mas nas atitudes. Ficar tão duro com tão pouco, eu penso, e tenho a boca sugada pela dele.

Montanha sai de onde está na mesma hora e some de vista, eu recebo a língua de Victor com todo o prazer do mundo. Desço minha mão para a sua calça e aperto-o ainda mais, fecho os olhos por alguns segundos enquanto aproveito sua língua na minha boca. Ele arfa pressionando seu corpo no meu.

- Se você tivesse me dito que sabia beijar como uma... – semicerro os olhos para o que ele vai dizer – pessoa tão experiente, e tão bem, isso não tinha sido um problema.

Não dou a mínima atenção para as suas palavras de adolescente, ou “adulto ainda em adolescência”, só avanço para a sua boca e tiro uma casquinha dos seus braços, e costas. Ficamos nos pegando por mais um tempo, e eu não cedo à mão dele forçando meu ombro para abaixar, ainda lembro onde estamos. Por isso também interrompo o beijo, e segurando a cabeça dele, com os lábios vermelhinhos.

- Você não parece com medo de alguém nos pegar juntos aqui? – pergunto desviando meus olhos para a porta aberta, só como desculpa para ver se ele ainda está por ali. Meu estomago chega a dobrar um pouco por minha idiotice.

- Não estou mesmo. – Ele rasga um belo sorriso para mim. – Eu vou para o Canadá, em dezembro próximo, e sério, estou nem aí para o que estão pensando... Quando eu disse que não beijava... Homens... Gays...Eu só estava querendo dizer...

Não o deixo terminar de falar nada, Victor é bem melhor beijando e se sarando em mim. As batidas de palmas secas ecoam na sala e nós separa imediatamente, Montanha entra no quartinho com ar de amigo. Não demonstra qualquer raiva, ou expressa sentimento parecido. Não tem mais nos olhos a coisa indizível de minutos antes, está com o quimono e todo suado. Ele sorri para a gente, e fica ali parado com as mãos na cintura como se estivesse posando para uma foto. Eu olho para ele e abro um pequeno sorriso, Victor também sorri.

- Desculpe Gustavo, - eu começo – se eu roubei seu aluno por alguns minutos, Victor já é um amigo, estava mostrando pra ele o lugar onde eu vou viver a partir de semana que vem. Aliás, vou precisar de ajuda para a mudança... – digo e encaro Victor mais uma vez – nesse final de semana seria perfeito pra mim...

- Montanha... – Victor começa todo vermelho – o Fabinho estava aqui me mostrando as acomodações, tudo muito bacana viu...

- É, é, bacana – Montanha finalmente diz, com os dentes ainda cerrados no sorriso estranho dele. – É eu só vim dizer... Que aqui, não gosto de certas atitudes...

- Que atitudes? - dou um passo a frente. Ele me encara e suspira, depois desarma o sorriso e abaixa a cabeça. – Ah estou desviando a atenção do seu aluno né? Bom, eu já pedi desculpas, Victor pode ir viu, e obrigado pela visita...

Victor bate no ombro de Montanha e este olha do ombro para Victor e sorri mais uma vez erguendo uma das sobrancelhas. Quando Victor finalmente sai do quartinho, ele cruza os braços na minha frente. Como se eu fosse um de seus alunos e tivesse feito um movimento errado. Também o encaro de queixo erguido, e ficamos nesse jogo de quem pisca primeiro por um bom tempo. Na minha mente fico pensando, ridículo, traidor, mentiroso, safado, psicopata. E nem me dou conta do quando nos dois estamos perto um do outro.


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Comentários

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18/10/2019 06:48:31
Fabinho muito infantil.
18/10/2019 01:26:40
MEU DEUS DO CÉU, COMO FABINHO É BABACA E RETARDADO. MONTANHA PODE ARRANJAR OUTRO A QUALQUER MOMENTO E VC FICARIA COM O HOMOFÓBICO DO VICTOR. ACHO QUE VC MERECE SOFRER MESMO. CRESCE FABINHO, PARA DE SER CRIANÇA, INFANTIL E MIMADO. VAI SE DAR MAL COMO SE DEU MAL TODAS AS VEZES. SINCERAMENTE NÃO GOSTEI DA ATITUDE DE CRISTINA. ELA É TRAÍRA, CUIDADO COM ELA. SE ELA APAGOU O FILME, AJUDOU A JAMILE E TE PREJUDICOU. QUEM SABE A JAMILE NÃO CONVENCE ELA A TE PREJUDICAR MAIS AINDA. VC TEM QUE DEIXAR DE SER BABACA. QUEM TE AJUDA VC FERRA E QUEM TE FERRA VC SE DERRETE. ME POUPE.
18/10/2019 01:20:05
Demais
18/10/2019 00:01:53
Ah ah heim... Que tensão sexual é essa que está no ar heim kkkkkkkkk... Amando tudo isso
17/10/2019 22:40:42
Eu fazia ele sofrer mais um pouco, pra parar de ser idiota!
17/10/2019 20:52:15
Aaaaaaaaaaaaaaah Fabinho, tu ta torturando a gente manoooo


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