- Seu anel é lindo filho, bom gosto do Felipe.
- Obrigado pai. Eu acho. - Eu estava no apartamento do meu pai, nunca mais pensei em colocar os pés aqui,mas ele havia me convidado,disse que tinha uma coisa para me dizer. - E então pai. Qual é a surpresa que o senhor queria me dar?
- Não é bem uma surpresa,é mais uma notícia. - Ele se levantou do sofá quando alguém bateu na porta. Uma mulher que aparentava ter trinta anos passou pela porta,ela era muito bela,usava um vestido curto até o joelho,seus cabelos eram longos e preto. O que me deixou um pouco sem jeito foi quando ela se inclinou e beijou meu pai. - Bem filho essa é Leticia. Minha namorada. - Me levantei para comprimentar a tal mulher.
- Quase noiva. - Ela beijou minhas buchechas educadamente. - Você é um rapaz muito bonito, claro puxou seu pai.
- Obrigado, você também é muito bonita. - Nos sentamos para podermos nos conhecer melhor, foi oque meu pai ordenou.
- Lorenzo disse que você vai se casar, e por julgar o tamanho dessa pedra no anel,ele deve ser alguém muito rico.
- É sim,ele é muito bem de vida. - Sorri sem jeito.
- E quando esse casamento sai? Eu vim lá da França só pra esse casamento. - Ela sorriu. Fiquei surpreso.
- Não tem uma data marcada ainda,mas meu noivo está arrumando tudo. França? Uau.
- Oh sim,lá é um espetáculo,luzes,moda,gente bonita andando por todos os lados,uma cidade muito chique. Mas não vamos falar da França. Você fala do seu casamento sem muita segurança, não se preocupe, eu também tenho um filho gay,e ele é maravilhoso. - Agora eu estava surpreso. Um filho?
- Então você já é mãe?
- Quase avó querido, meu filho vai adotar uma criança, e ela é tão meiga.
- E meu pai sabe disso? Tipo, um filho. - Eu ainda estava incrédulo.
- Sabe, é claro,eu não ia esconder algo assim dele.
- E o Patrick é um garoto de ouro. - Meu pai voltou pra sala.
- Patrick? Conhece ele?
- Mas é claro filho, tive que viager a negócios para a França e fiquei na casa de Leticia.
- Ah que legal. - Disse sem nenhum interrese. - Tenho que ir, Felipe vai chegar em casa daqui a pouco.
- Você não deixa ele sozinho nenhum minuto não é? - Meu pai me acompanhou até a porta.
- Nenhum minuto. - Sorri e o abraçei. Eu estava tão mais próximo dele nesses dias,descobri que ele é um grande homem. E tem um coração puro. Me sentia cada vez mais orgulho de ter ele como pai.
°°°
Cheguei em casa uma hora depois, escuto vozes vindo da área de lazer nos fundos da própriedade,não tive nenhum interrese se ver oque estava acontecendo,tinha música alta,isso é tão a cara do Vítor.
- Oh senhor Ewerton, já voltou? - Maria apareceu me recebendo calorosamente. Ela era a governanta da cara. Do contrário que todos imaginam,Maria não era uma governanta maquiavélica. Ela era uma senhora de sessenta anos,doce e amavél, adotei ela como uma avó.
- Já Maria. O que meu noivo e seus amigos birutas estão fazendo?
- Comemorando oque mais. - ela sorriu. - Você devia ir ver Felipe, ele ficou tão zangado quando disse que você não estava. - Revirei os olhos.
- Felipe e sua alto proteção, ele nunca vai relaxar? - Eu sorri.
- Eu sei que ele é assim porque te ama demais,e quem ama cuida. - Deixei ela voltar para os afazeres dela e fui atrás de Felipe. Estava tocando uma música alta, eletrônica.
Encontrei ele deitado ao sol apenas com uma sunga azul escura,eu mordi o lábio,adoro ver ele assim quase sem nenhuma roupa. Pablo e Vítor estavam brincando na água e nem me notaram.
- Vai se queimar todo. - Me sentei perto dele. Felipe tirou o óculos escuro que estava usando.
- Onde estava?
- Com meu pai,ele me apresentou a nova mulher. - Falei desanimado.
- Ah que bom.
- E porque dessa festa aqui?
- Estamos comemorando. Eu consegui Ewerton, marquei a data do nosso casamento. - Não me lembro a última vez que eu estive tão surpreso.
- É pra quando?
- Duas semanas,em duas semanas você vai se tornar o senhor Ramos. - Eu sorri e fiquei vermelho. Tudo estava voltando a caminhar. Duas semanas,em duas semanas eu vou estar casado com o homem da minha vida.
°°°
Fomos visitar os pais de Felipe para dar a notícia do nosso casamento, ideia que eu achei muito errada,esse casamento vai deixar Brenda irritada demais. Ela nunca conseguiu me aceitar como eu sou, pobre.
- Eles vão aceitar, aliás, eu só vou avisar, não estou pedindo permissão pra ninguém. - Felipe sorriu e tocou meu rosto.
- Sinto muito por sua mãe não gostar de mim.
- Quem perde é ela,não é mesmo? Até porque você é maravilhoso. - Ele me beijou delicadamente,eu me senti mais seguro.
- E então, o que fazem aqui? - Brenda estava no topo da escada,usava um vestido curto azul,ela sempre com a imagem de mulher elegante.
- Da forma que a senhora fala mamãe, até parece que você não quer me ver. - Ela deu de ombros.
- Claro que eu gosto de ver você, não ele. - Ela apantou para mim. Eu revirei os olhos,ela era tão irritante.
- Oi Brenda. - Minha voz caiu dramaticamente.
- Vim só avisar que o nosso casamento já foi marcado. - Ela arqueeou uma das sombrancelhas e ficou surpresa.
- Então você ainda não desistiu dessa ideia idiota? Vai se casar com esse ai?
- Esse ai tem nome, e eu me chamo Ewerton da Silva,agradeceria se a senhora parace de me tratar como se eu não fosse nada. Aliás, eu sou muito mais do que a senhora. - Eu estava perto dela. Ela não esboçava nenhum sentimento. - Olha pra você, quem é Brenda Ramos Lakart sem suas jóias,seus vestidos de grife e seus saltos? Nada,não tem ninguém vivendo no seu corpo. - Me virei para sair da casa. - E outra coisa,não é obrigada a me aceitar,mas é obrigada a me respeitar,com licença.
Eu estava tremendo, queria voltar lá e dar na cara dela,mas acho que isso não ia fazer muito bem para Felipe, porque apesar de ser um monstro,ela ainda é mãe dele.
Felipe apareceu em seguida, eu não esperei para ele abrir a porta pra mim, entrei sozinho, com isso quebrei seu ritual.
- Muito corajosos. - Falou ele. - Um pouco estressado,mas corajoso. Se eu falasse com ela daquela forma, eu já tinha levado na cara.
- Ela que se atreva,eu não sou filho dela pra apanhar, eu esqueço que ela é mulher e sua mãe e quebro aquele nariz empinado que ela tem.
- Se acalme,uma hora ela vai ter que aceitar, como meu pai aceitou. Minha mãe só acha que o dinheiro é o mais importante. E o nome da família vai ficar mal falado. Imagine filho de milionários se casa com homem desconhecido. O problema nem é que estou me casando com você, o problema é que você não tem sobrenome.
- Odeia isso,não devia ter distincão afinal,vamos todos ir pra baixo da terra quando morrermos.
- Eu sei. Só de um tempo pra ela. - Felipe colocou sua mão na minha coxa e sorriu. Eu não estava com humor para deixar isso pra lá, Brenda consegui deixar o dia que estava sendo feliz,em um verdadeiro desastre.
- Temos que pensar no nosso casamento. - Ele riu. - Eu quero uma grande festa.
- Eu não sei,festas de casamento sempre tem intriga. - Eu estava um pouco sério.
- Nada disso,vamos ter festa. Se você não quer por você, então pense em mim. - Revirei os olhos, não tinha como dizer não pra ele.
- Vai ser como você quiser. Mas você já sabe sobre o que eu penso sobre isso,um casamento não vai provar que eu te amo ou não, é só um pedaço de papel.
- Ewerton, não seja chato. - Eu sorri olhando para fora. - Isso é uma desculpa pra não se casar?
- Nem pense nisso,eu vou me casar com você. Eu estou preso a você por alguma força inesplicável.
- Isso é lindo. - Ele estava muito vermelho.
Mesmo que esse casamento traga problemas para Felipe e para mim, pra mim mais, por causa de Brenda. Vou me casar com Felipe,nem que eu tenha que passar por cima de todos.
Felipe estava olhando para mim.
- Tenho que de dar uma notícia.
- Não gostei da forma que você falou.
- O problema com Hugo, vamos ter que depor. - Eu engoli em seco.
- Você acha que isso pode dar algum problema pra mim?
- Não, você só se defendeu. Ninguém vai te prender por ter batido nele.
- Eu espero mesmo. - Falei pensativo.
- E vai ser amanhã!
- Tão perto? Nossa.
- Vai dar tudo certo, ele é o único que vai sair perdendo.
Sorri sem jeito,eu não estava tão certo de que vamos sair bem desse julgamento.