Dominada
Paula estava de pernas cruzadas, sentada no chão, o notebook sobre o colo, os olhos fitos na tela e um pequena ruga entre as sobrancelhas. Os cabelos ruivos presos num rabo de cavalo desleixado e uma caneta atrás da orelha. Do notebook onde a jovem, de pele clara e sardenta digitava, um cabo se ligava a um switch em um rack que assomava ao seu lado. A morena era técnica em redes e agora estava fazendo ciências da computação à noite, enquanto de dia trabalhava numa pequena firma de TI.
A jovem estava tão concentrada na configuração do switch que não notou a aproximação de Carina, pele morena, cabelos cacheados, óculos quadrados e um jeitinho inocente. Dois anos mais velha, Carina era colega de Paula no trabalho e veterana dela na faculdade. Naquela tarde de sexta-feira, as duas estavam, junto com mais um colega da firma, terminando os últimos ajustes na rede de um edifício empresarial. Porém havia mais um elo entre as duas: Paula era submissa de Carina. No caso da morena, era bem verdade o que se falava sobre as quietinhas. Enquanto sua relação, dentro do trabalho era bem profissional, entre quatro paredes as coisas eram totalmente diferentes.
Carina se agachou ao lado de Paula, que finalmente notou sua presença, e estendeu uma garrafinha de água mineral, dessas de 350 ml, para a ruiva.
– Beba, Paulinha, você precisa se manter hidratada – a voz de Carina era doce, mas havia qualquer coisa ígnea no seu olhar.
– Obrigada, Cacá – Paula sorriu, agradecendo a gentileza e tomando um gole d’água.
– Acabei lá no térreo, vou subir pra ajudar o Camilo lá em cima. – avisou a morena, referindo-se ao colega de equipe.
– Certinho, assim que finalizar aqui nesse rack eu subo e dou uma força lá também – concordou Paula.
– Perfeito. – disse Carina, levantando-se, quando acrescentou – Olhe o seu celular, ruivinha.
– Ah, tá! Já vou olhar – respondeu Paula, enquanto Carina saia da sala.
A ruiva estivera tão concentrada no trabalho, o dia todo, que nem parara para olhar o celular. Ao destravá-lo, lá estava, uma mensagem de Carina no aplicativo de mensagens instantâneas.
“Olá, minha ruivinha, a partir de agora e até segunda ordem, você está proibida de usar o banheiro.”
Paula sentiu um frêmito de excitação. Nenhuma das duas tinha aula naquela noite e claro que Carina tinha planejado alguma diversão. A dominadora gostava de, de vez em quando, controlar a bexiga dela. E Paula já sabia, por experiência própria, que orgasmos com a bexiga cheia eram sempre mais intensos. Então ela notou o horário da mensagem: nove da manhã. Naquele momento já eram duas e pouco da tarde. Ela levou a mão à boca: como não tinha visto a mensagem ela acabara descumprindo a ordem, mesmo que sem intenção, pois aproveitara o intervalo do almoço para ir ao toalete esvaziar a bexiga.
Conhecendo sua dominadora, a melhor solução era falar logo a verdade:
“Minha Senhora, peço perdão, pois só vi a mensagem agora e fui ao banheiro no almoço”
A ruiva voltou a atenção ao trabalho até que, um minuto depois, o telefone se iluminou com a resposta:
“Eu sei. Por isso vamos corrigir as coisas: quero que beba toda a garrafa que lhe dei e, a cada hora, encha-a no bebedouro e beba tudo. No fim da tarde você vai comigo direto pro meu AP.”
Paula mordeu o lábio inferior, enquanto uma sensação de quente percorria seu corpo. A ruiva tratou de beber mais um gole e voltar, mais uma vez, ao trabalho, agora com ânimo renovado.
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O trabalho fluiu bem, e com Paula subindo para ajudar os dois colegas, o serviço estava concluído antes das seis da tarde. Enquanto Carina conversava com o responsável do edifício, Paula e Camilo organizaram suas ferramentas e cuidaram apenas das últimas limpezas e organizações nas salas dos racks e no CPD do prédio. Eles terminaram tudo meia hora mais tarde. Os três se cumprimentaram e se despediram, Camilo foi embora em sua moto e as duas jovens no velho Gol quadrado da morena.
Nesse meio tempo Paula havia seguido fielmente a ordem de Carina e bebera quatro vezes a garrafa, tendo, assim, ingerido por volta de 1,4 litros de água. Ela começara a sentir uma leve vontade de fazer xixi, por volta das cinco da tarde, que evoluíra constantemente e, agora, no banco do carona do Gol de Carina, Paula sentia um desconforto moderado na bexiga. Se ela estivesse em casa, aquele era o ponto em que ela normalmente ia ao banheiro.
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Ao chegarem no pequeno apartamento que Carina alugava, a morena logo abandonou o ar tímido que envergava quando não estava a sós com Paula e logo ordenou.
– De joelhos, agora!
Paula prontamente se ajoelhou, no chão da sala do apartamento da morena, as mãos apoiadas no joelhos, a cabeça baixa, como uma boa submissa que era.
– Muito bem, ruivinha, eu vou tomar um banho e você espera aqui.
Sem levantar os olhos, Paula ouviu sua dominadora se despir, buscar algo no quarto e entrar no banheiro. Logo ela ouviu o som do chuveiro sendo ligado e a água caindo, enquanto Carina tomava um longo banho.
O som de água só fez piorar o aperto que Paula sentia. Ela apertou as coxas com mais firmeza, rebolando levemente, para suportar os sinais que sua bexiga cada vez mais cheia lhe mandava.
Após mais alguns minutos, Carina saiu do banheiro, foi ao quarto e quando voltou, seus passos eram determinados pelos cliques dos sapatos de salto alto que calçara.
A morena pressionou um chicote de montaria no queixo de Paula, fazendo com que a ruiva olhasse para cima. A submissa não pode conter um suspiro de admiração: Carina estava muito sexy. Sapatos de salto alto, uma lingerie rendada negra com cinta liga e espartilho, a vestimenta de uma perfeita dominadora que lhe ressaltavam os seios volumosos e os quadris bem feitos.
– Tire a roupa – ordenou.
– Imediatamente, Minha Senhora – Paula ficou mais do que feliz em obedecer. Ela dobrou suas roupas e se ajoelhou novamente.
Carina rodeou a submissa, observando o corpo da ruiva, a pele clara salpicada de sardas. A dominadora tocava levemente o corpo da outra com o chicote de montaria, fazendo com que Paula se arrepiasse.
– Você tem três minutos para se lavar – comandou Carina, virando de costas para Paula, se dirigindo ao quarto, e lhe dando uma visão privilegiada daquela bunda morena emoldurada pela lingerie – e nem pense em fazer xixi, senão eu ficarei muito brava – Ela olhou de lado, para Paula, com ameaça nos olhos – Estarei esperando no quarto.
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Paula se apressou a tomar um banho rápido para tirar a sujeira do dia de trabalho do corpo. A água corrente escorrendo sobre si pirou sua vontade de urinar, e ela teve que pressionar a mão entre as pernas para ajudar a conter o ímpeto de sua bexiga. O aperto alcançara um patamar onde ela, normalmente, interromperia o que estivesse fazendo para ir ao banheiro.
Ainda assim, a ruiva resistiu bravamente e terminou o banho, secando-se o mais rápido que pode e se dirigindo ao quarto de Carina.
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A dominadora acendera algumas velas, criando uma iluminação sensual, composta com os dois abajures, um em cada lado da cama, deixando o quarto imerso numa penumbra quente.
A submissa foi colocada de joelhos novamente e Carina passou um chicote de montaria por todo o corpo de Paula, ocasionalmente dando chicotadas leves no bundinha pequena e nas coxas da ruiva. Todo o tempo fazendo comentários que enlouqueciam Paula:
– Você é uma delícia, ruivinha, olha como essa sua pele clarinha fica vermelha fácil – e deu uma chicotada na coxa esquerda de Paula. A ruiva se encolheu levemente e respondeu.
– Sim, Minha Senhora.
– Você gosta quando eu bato em você, não gosta, ruivinha?
– Sim, Minha Senhora, gosto muito.
– Sabe por quê? Por que você é uma vadiazinha – ela brincou com o mamilo direito de Paula, que já estava durinho, usando a ponta do chicote de montaria –, uma vadiazinha que gosta de apanhar, não é verdade?
– É verdade, Minha Senhora.
Carina deu uma leve chicotada no seio da ruiva, que arfou mais pelo susto do que pelo golpe.
– Coloque um dedinho dentro de você, ruivinha – Paula obedeceu, inserindo um dedo na própria intimidade. – Agora pode tirar.
Carina examinou e exclamou:
– Você está ficando molhadinha, é? Você é uma vadiazinha que fica com tesão quando apanha, é?
– Sim, Minha Senhora.
A dominadora, então chicoteou novamente a submissa, nas coxas e na bunda, agora com mais força, fazendo Paula soltar alguns gritinhos, quando sentia a ferroada ardente do chicote.
Em seguida, Carina conduziu a ruiva para a cama e começou a lhe acariciar e beijar, seguindo a trilha das marcas do chicote.
– Olha como você fica toda marcada! – exclamou beijando as coxas e subindo para os quadris de Paula – Deixar você cheia de marcas vermelhas me excita muito! – Continuou subindo até os seios da ruiva, que se contorcia de desejo, debaixo dos beijos e carícias lascivas da sua dominadora.
Carina rodeou os seios pequenos de Paula, beijando a lateral deles, e o espaço entre eles, criando expectativa, antes de atacar os mamilos, massageando-os com sua língua e sugando-os.
A morena então se afastou caminhando sensualmente retirou os sapatos de salto altos e, então foi abaixando a calcinha, fazendo seu showzinho para Paula. Carina se sentou no lado oposto da cama e esticou seu pé, que Paula prontamente começou a beijar. Quando a morena não conseguiu mais resistir àquela ruivinha nua, toda marcada, à sua frente, ela pegou a submissa pelos cabelos guiou a boca dela para entre sua feminilidade.
Paula não se fez de rogada e, enquanto Carina alternava elogios e ofensas, a ruiva beijava e lambia dedicadamente a intimidade perfeitamente depilada da morena. Paula sabia o que agradava sua dominadora, e começou pelo púbis e pela virilha, antes de beijar aqueles lábios deliciosos, estimulando lenta e progressivamente a morena.
Naquela altura Paula estava realmente apertada para fazer xixi, mas sabia que, com certeza, não receberia autorização para se aliviar antes de dar prazer à sua dominadora, por isso procurou desempenhar bem aquele oral. Ainda assim, a pressão intensa em sua bexiga ficava tirando sua atenção, e ela ocasionalmente tinha de apertar as coxas e se rebolar para conter todo o líquido acumulado que desejava escapar por sua uretra.
Quando ela vacilava no ritmo, Carina prontamente dava um puxão nos cabelos da ruiva, que entendia o recado. A ruiva inseriu dois dedos na intimidade da dominadora, enquanto usava a língua para estimular o clitóris da morena, que suspirava e arfava, se retorcendo de tesão com a submissa entre suas pernas.
Notando a respiração cada vez mais ofegante da morena, Paula aumentou a velocidade das carícias e logo os suspiros se converteram num gemido rouco, enquanto Carina arqueava as costas, com uma mão gadunhava as cobertas da cama e com a outra puxava o cabelo de Paula para que ela continuasse. A morena gemeu e se retorceu de prazer, os olhos fechados a testa contraída, enquanto o êxtase atravessava seu corpo, atingindo-a como um incêndio que irradiava cada vez que a língua e os dedos de Paula se moviam dentro dela. A morena se deixou devorar pela sensação até que o fogo se tornasse em brasas e ela afastasse Paula com um gesto fraco.
A submissa se pôs de joelhos, ali mesmo na cama, entre as pernas de Carina, olhando com expectativa e um sorriso safado no rosto.
Carina ficou ali, esperando sua respiração desacelerar antes de abrir os olhos.
– Agora é a sua vez, ruivinha. – A morena se levantou, determinada – De quatro.
– Minha Senhora – chamou a submissa, ainda de joelhos, esfregando as coxas e quicando levemente.
– O que foi, ruivinha? – falou Carina, de costas para a outra, abrindo uma gaveta.
– Preciso fazer xixi, Minha Senhora – ela pediu baixinho. Carina se aproximou da ruiva, com uma venda preta numa mão, e segurou a submissa pelo queixo com a outra.
– Você está apertadinha, é? – havia algo de perigoso e muito sexy na voz dela, que deixou Paula ainda mais excitada, à despeito dos protestos de sua bexiga.
– Sim, Minha Senhora. – a morena desceu a mão pelo corpo da submissa e pressionou o abdome dela, onde um volume arredondado denunciava a quão cheia estava a bexiga da ruiva. Paula arfou e se contraiu com a pressão adicional em sua bexiga.
– Ótimo, a idéia é essa – retrucou Carina, com um sorriso malvado. Ela vendou os olhos da ruiva e, em seguida, pegou a própria calcinha que retirar mais cedo e amordaçou Paula com a peça rendada – Agora, de quatro.
Paula obedeceu cuidadosamente, sem poder responder, a boca preenchida pela mordaça de tecido. Privada da visão pela venda, ela ouviu a dominadora se mover buscando mais coisas na gaveta e depois se aproximando, mas foi pega de surpresa ao sentir uma violenta palmada na nádega direita.
A jovem submissa se encolheu com o sobressalto, e em seguida recebeu outra palmada, fazendo aquele misto de excitação e adrenalina percorrer seu corpo.
– Você gosta, não é, sua vadiazinha? Olha só como você está excitada – debochou a morena, enfiando um dedo na intimidade úmida e quente de Paula, fazendo movimentos de vai e vem.
Paula, apesar da urgente vontade de urinar, sentiu seu tesão atingir o teto, o fogo em sua feminilidade suplantando os protestos de sua bexiga. Ela afastou mais as coxas e começou a mexer o quadril, convidando o dedo de Carina.
– Olha, que vadia, você, ruivinha. Parece uma eguinha no cio.
A submissa ouviu um clique e sentiu o cheiro artificial de lubrificante.
Enquanto estimulava Paula com uma mão, Carina espalhou lubrificante íntimo em um plug anal e o colocou, apenas encostando sua ponta, na entrada dos fundos da ruiva, que gemeu com o contato, antecipando o que viria a seguir.
– Você gosta que levar no seu cuzinho, não é, ruivinha? – Paula grunhiu algo ininteligível através da mordaça.
– Gosta, você gosta sim que eu coma o seu cuzinho! – Carina continuava estimulando a feminilidade da submissa com uma mão e esfregando o plug, enfiando apenas a ponta e recuando.
– Você é uma vadia, ruivinha, vou foder você, vou foder essa sua bucetinha gostosa e esse cuzinho apertadinho – a dominadora finalmente enfiou o plug até o fim, de modo que que o brinquedo ficou acomodado dentro da ruiva, apenas com a base circular para o lado de fora. Paula gemeu com vontade através da mordaça improvisada, enquanto sentia o objeto preenchendo-a.
– Deite de costas, agora – Comandou a morena, retirando os dedos úmidos dos fluídos íntimos de Paula.
Ainda vendada, Paula fez o melhor que pode para obedecer e quando se deitou, sentiu Carina tomar seus pulsos e levá-los para cima de sua cabeça. Com um frio metálico em seus pulsos e uma série de cliques a ruiva se viu algemada à cabeceira da cama. Ela gemeu de tesão, enquanto rebolava o quadril levemente por conta da pressão intensa da urina retida fazendo força contra sua uretra. Carina testou as algemas e, satisfeita se afastou.
Paula aguçou os ouvidos e reconheceu os sons que indicavam que sua dominadora estava vestindo uma cinta peniana.
Logo a submissa sentiu que a dominadora subia novamente na cama, e afastava seus joelhos. Ela sentiu o falo de plástico roçar sua intimidade, acariciando seu clitóris e começou a mover os quadris com expectativa. Sentiu, então um forte tapa na coxa e deu um gritinho abafado de surpresa.
– Olha que delícia, ficou certinho as marcas dos meus dedos nessa sua coxa branquinha. – comentou Carina, esfregando levemente o consolo, preso à sua cintura por uma cinta de couro, na feminilidade encharcada de sua submissa. – Mas você quer mesmo é ser fodida, não é, ruivinha?
Paula resmungou algo que lembrava vagamente “Sim, Minha Senhora!”. A morena riu, esticou o braço e alcançou o chicote de montaria.
A ruiva gemeu e estremeceu quando sentiu uma chicotada na altura da costela. O golpe forte o suficiente para ficar ardendo. A respiração dela ficou mais rasa, pois não conseguia antecipar o que aconteceria a seguir e aquilo a excitava incrivelmente. Uma segunda chicotada atingiu o quadril e, em sequência, uma terceira aterrissou em seu seio. Dessa vez Paula efetivamente gritou, contra a mordaça e, no instante seguinte, ela sentiu Carina se debruçar sobre ela. Sua intimidade foi finalmente penetrada pelo consolo e a boca da morena fez contato com o seio que acabara de ser golpeado. Grito se transformou num gemido de prazer intenso.
Carina beijava, lambia e sugava os seios, os ombros, o pescoço, o queijo e as orelhas de Paula, fazendo ela se contorcer e gemer a cada toque, cada arrepio que lhe percorria. A ruiva sentia sua intimidade sendo adentrada a intervalos regulares pelo consolo. Ela sentia o reflexo da penetração no seu traseiro, deliciosamente preenchido pelo plug, e na sua bexiga, que mandava sinais de desespero a cada estocada. E a urgência para fazer xixi só piorava pelo fato de ela não poder cruzar as pernas ou se segurar. Ocasionalmente, Carina se apoiava sobre a submissa para lhe alcançar o pescoço com a boca, colocando ainda mais pressão na sua bexiga. Ela sentia seus músculos travando uma batalha dura para impedir a urina de escapar pela uretra dela. Se tivesse tempo para pensar, Paula estaria preocupada em perder o controle e fazer xixi ali mesmo, mas vendada e indefesa como estava, a ruiva estava cercada por estímulos, arrepios que percorriam o corpo, lambidas, mordidas e ela não tinha como saber o que vinha a seguir. Sua intimidade ia do céu ao inferno e ao céu novamente a cada estocada experiente que a atingia em todos os pontos certos.
A respiração da submissa ia ficando mais ofegante e entrecortada por gemidos e, incapaz de vez, não tinha como imaginar o sorriso malvado que se estampava no rosto de Carina. A dominadora estava plenamente atenta aos sinais daquele corpo de pele branquinha que se estremecia e se agitava debaixo dela.
Quando percebeu que Paula estava prestes a gozar, a dominadora interrompeu a penetração e se afastou.
A ruiva gemeu desejosa, movendo os quadris, esperando aquele empurrão final que a jogaria num mar de prazer. Mas houve apenas um momento de espera, antes de ela ouvir o estalo agudo.
Paula gritou contra a mordaça e se agitou contra as algemas, quando sentiu a ferrada feroz do chicote de sua dominadora.
Mais quatro golpes, muito mais violentos que qualquer um até ali, naquela noite, atingiram as coxas e o quadril da ruiva antes que Carina lhe tirasse a venda e começasse a falar.
– Você achou que ia gozar é? Tava querendo gozar, ruivinha? Tava pertinho, é? Você me desobedeceu, sua vadiazinha – O olhar da morena era duro, o sorriso era vingativo. Paula tentou falar algo através da mordaça improvisada, mas recebeu uma chicotada no seio e as palavras viraram um gritinho – Eu mandei você não ir ao banheiro até que eu autorizasse e qual foi a primeira coisa que eu vi na hora do almoço? Você entrando no banheiro, indo mijar, sua vadiazinha desobediente! – a ruiva novamente tentou articular alguma coisa. – Ah, “você não tinha visto a mensagem”, não é? Só piora sua situação, ruivinha, você devia estar atenta à todas às minhas ordens – Outra chicotada, agora diretamente sobre a intimidade da ruiva, que se encolheu e ganiu. Uma lágrima de dor surgiu nos olhos dela – Agora eu vou ter de punir você, pra você aprender!
Carina virou a ruiva de lado, dando acesso às nádegas dela, e distribuiu uma série de chicotadas, deixando a bunda e as pernas da ruiva todas lanhadas.
Após umas vinte chicotadas, cada uma pontuada por um som de protesto emitido por Paula, Carina se manifestou novamente.
– E agora, eu vou deixar você aí, presa, durante a noite.
A ruiva arregalou os olhos e começou a protestar.
– O quê, você quer fazer xixi, ruivinha? Está apertada? – desdenhou a dominadora, passando o chicote pelo corpo da outra – O que foi, você acha que vai fazer xixi na cama, é? Você é uma menininha por acaso? Não, você é grandinha o suficiente para se controlar. Aliás, você é uma vadia desobediente e, vadias desobedientes como você não tem permissão para ir ao banheiro fazer xixi. – Ela mordeu o lábio, cruel e se aproximou do rosto de Paula – Por isso, é melhor você se segurar, pois se você mijar na minha cama, você será severamente punida por isso, entendida?
Carina retirou a mordaça de Paula, a calcinha rendada totalmente molhada de saliva.
– Mas Cacá e.. – Paula começou a protestar, mas a morena colocou um dedo sobre os lábios dela e ergueu o chicote de montaria.
– Boca fechada, ruivinha – ela recomendou, apagando os abajures. E se afastou – E agora, vou deixar você aí, durma bem, ruivinha.
E fechou a porta do quarto atrás de si.
Paula se viu abandonada no quarto, apenas algumas das velas ainda estavam acesas proporcionando uma iluminação tênue. Todo o corpo da ruiva ardia, o fogo do tesão que lhe incendiara a pouco, substituído pela sensação ferreteante onde os golpes causticantes do chicote a tinham atingido como um ferro em brasa. Ela tentou, apenas por desencargo de consciência, forçar as algemas, mas não tinha jeito, estava irremediavelmente presa à cama, até que Carina viesse libertá-la. A súbita virada de eventos a fez ter vontade de chorar. Ela procurou se acalmar e pensar.
Enquanto sentia as marcas do chicote latejarem ela decidiu que era melhor não chamar por Carina, pois, sem dúvida, seria punida. Após, avaliar as poucas opções, a ruiva concluiu que não tinha opção, senão, cumprir o que lhe fora ordenado.
Ela duvidava, contudo, que fosse capaz de pegar no sono.
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Devia passar da meia noite e Paula ainda não conseguia conciliar o sono. Estava completamente imersa na escuridão, pois as velas haviam se esgotado há muito tempo. Agora a ardência das chicotadas e o calor desejo haviam sido totalmente suplantados pela desesperada vontade de urinar.
Paula se contorcia, esfregava as coxas juntas, rebolava e batia os pés, contraindo toda a musculatura abaixo do umbigo. Ela estava terrivelmente apertada. A jovem fora ao banheiro na hora do almoço e depois fora obrigada a beber mais água do que de costume – além de que lhe fora negada permissão de fazer xixi ao chegar em casa. E, a essa hora da madrugada, chamar sua mestra estava fora de questão. A ruiva teria de ser valente e aguentar a pressão na bexiga.
Até quando? Até de manhã? Parecia impossível.
Aliás, parecia impossível que ela prendesse a urina por mais seis minutos, quanto mais seis horas.
A bexiga dela se destacava no abdômen, de tão cheia, enviando sinais de desconforto opressivo. O líquido quente exercia uma pressão atroz nos músculos dela, forçando-os a se expandir além de sua capacidade normal. Sua uretra doía com o esforço e, ainda assim, com o máximo de sua concentração, Paula continuava retendo o xixi.
Mas aquela, ela percebeu, era uma batalha perdida.
Dali a meia hora, quando a dor ficou insuportável, sua bexiga se contraiu involuntariamente, soltando um pequeno jato de urina quente, que escorreu entre suas coxas contraídas, formando uma pequena mancha no lençol sob a jovem.
Desesperada para fazer xixi, Paula redobrou seus esforços. Ela estava tremendo, tentando conter a inevitável desgraça que se abateria sobre ela. Dali a pouco, mais algumas gotas escaparam de sua uretra. A jovem cruzava as pernas e se retorcia, com lágrimas nos olhos, tentando de todas as formas resistir.
Após, mais alguns torturantes minutos, pressão em sua bexiga atingiu um novo patamar excruciante e, mesmo contra sua vontade, mais um pouco de líquido fugiu de seu já fragilizado controle, quando um espasmo contraiu seu abdômen. O lençol da cama agora estava perceptivelmente úmido ao redor de seu bumbum. Ela arfava de esforço, lágrimas surgindo nos olhos, dor e humilhação irradiando de sua bexiga sobrecarregada.
Finalmente, após o quarto esguicho involuntário, Paula não conseguiu mais se conter: afrouxou os músculos e o xixi retido por mais de doze horas fluiu, quente, clarinho pelo tanto de água que ela tomara, ensopando a cama, fazendo um som líquido característico. Paula conteve o fluxo assim que foi capaz, todavia o estrago já era irreparável. Ainda assim, ela não pode deixar de deleitar-se com o alívio poderoso que percorreu seu corpo como um arrepio, ao esvaziar a bexiga. Quando ela finalmente conteve novamente sua uretra, Paula estava ofegante.
Aliviada e levemente humilhada. E agora temerosa, pois, pela manhã, a punição viria.
Paula não pode deixar de experimentar mais algumas lágrimas silenciosas até adormecer, esgotada, física e emocionalmente.
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Carina havia esperado ao lado da porta, assim que deixara a sua submissa presa à cama, ouvindo atentamente. Quando se certificou que tudo estava bem, ela arrumou o sofá para se deitar nele.
Dominar alguém exigia alguns sacrifícios.
A morena estava tão excitada com aquilo que, quando se deitou, acabou tendo de se masturbar debaixo das cobertas: ela adorava controlador a bexiga de Paula e dessa vez arquitetara tudo direitinho, inclusive colocara uma manta a prova d’água sob as cobertas da cama e sabia que a ruiva não conseguiria se segurar por muito tempo e acabaria fazendo xixi. Tudo aquilo a deixava extremamente excitada e, além disso, ela mal podia esperar pela manhã seguinte.
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Carina acordou algumas vezes durante a noite para conferir discretamente se estava tudo bem com Paula, já que ela nunca fizera algo parecido antes com sua submissa.
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Por fim, ela levantou, na manhã de sábado, antes do sol nascer e tomou um banho, se arrumou com outra lingerie sensual, branca desta vez, e preparou o café da manhã para as duas.
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O sol riscando a janela despertou Paula. Ainda algemada à cabeceira, ainda com um plug anal dentro de si e ainda deitada numa cama molhada pelo próprio xixi. Seu corpo estava dolorido, cheio de marcas e, além disso, ela precisava urinar novamente.
Ela fechou os olhos por um momento, angustiada com a própria situação. Não que ela estivesse desgostosa ou chateada com Carina, ao contrário. Em retrospecto fora bem sexy que a morena a lhe tivesse negado o orgasmo e que a tivesse chicoteado, além de ser obrigada a segurar a bexiga. Ela, Paula, realmente se deleitava com a submissão, todas as sensações, a adrenalina, a dor, a urgência, a sensação de estar indefesa, aquilo tudo a fazia sentir-se muito viva. Sua preocupação era outra, pois, embora tivesse certeza que Carina tivesse planejado para que ela falhasse em cumprir a ordem de segurar o xixi, ela tinha certeza de que a morena cumpriria a promessa de uma punição severa.
Então, a ruiva ouviu o som da porta se abrindo e abriu novamente os olhos.
Emoldurada pela porta estava Carina, com seus cabelos cacheados, deslumbrante como uma deusa do sexo em sua lingerie branca, um sorrido comedido no rosto que relembrava aquele ar de timidez que ela envergava frequentemente.
– Bom dia, minha ruivinha. – a morena trazia uma bandeja com comida. De repente Paula notou que estava com fome.
– Bom dia, Minha Senhora.
Carina ajudou Paula a se sentar, sem tirar as algemas, de modo que agora a ruiva estava com as mãos presas às costas, e começou a lhe dar comida na boca. A duas comeram maçã e torradas com manteiga.
Após isso, morena fez com que Paula tomasse um copo de suco de laranja, levando gentilmente o copo até a boca da submissa, e, apesar de a ruiva estar mesmo com sede, ela ficou, novamente, consciente da renovada vontade de fazer xixi que sentia. Ela sabia que sua bexiga estava exagerando, pois seus músculos estavam cansados e estressados pelo esforço desumano ao qual haviam sido submetidos. De fato, não tinha como estar com a bexiga assim tão cheia, visto que não bebera nada durante a noite. Dentro de si estava apenas a urina que ela conseguira reter, quando recuperou o controle, e o quanto de líquido seus rins haviam produzido durante o sono. Ainda assim, o desconforto estava num patamar onde, embora suportável, era intenso o suficiente para que ela, em uma situação normal, procurasse o banheiro para se aliviar.
– Então você está alimentada, minha ruivinha? – perguntou Carina, com um tom dócil, o olhar percorrendo o corpo nu de Paula, desfrutando a vista e apreciando as marcas e lanhos resultantes da noite passada.
– Sim, Minha Senhora, obrigada. – respondeu Paula, dirigindo um sorriso à mestra, que acariciou seu rosto.
– Estava gostoso?
– Sim, Minha Senhora, estou satisfeita – a ruiva respondeu, ao que Carina abriu um sorriso malicioso e estreitou os olhos.
– Ótimo – disse segurando o queixo da submissa com firmeza. Paula sentiu seu coração acelerar – Vamos ao que interessa, agora. Você me desobedeceu, novamente. – Ela deu um tapinha suave no rosto da ruiva – Você não cumpriu a minha ordem, não é?
– Não, Minha Senhora – Paula abaixou os olhos.
– Você não se aguentou e fez xixi na cama, não foi? – Carina passava o polegar lentamente pelo maxilar da submissa.
– Sim, Minha Senhora.
– Você, por acaso é uma garotinha mijona para molha a cama durante a noite?
– Não, Minha Senhora. – Paula mantinha os olhos baixos, o pulso acelerando, na expectativa do que aconteceria com ela.
– Não, não é, você é uma vadiazinha crescida, que já devia ter aprendido a se segurar, já devia ter aprendido que eu sou sua dona! E se eu quiser chicotear você, você vai ser chicoteada, se eu quiser foder você, você vai ser fodida, e se eu quiser que você sofra com a bexiga cheia, você vai prender a bexiga até estar estourando! Mas você, sua vadia, não fez o que eu mandei, e assim, vai ser punida por me desobedecer, – esbravejou a morena, o perigo no olhar – vai ser punida por não segurar a porra da sua bexiga quando eu mandei, vai ser punida por mijar na minha cama, quando eu lhe proibi de fazer xixi! – Paula estremeceu. – Mas não se preocupe, eu não vou te espancar, não agora pelo menos.
A morena começou a retirar a calcinha, lentamente, seduzindo e fazendo com que Paula ficasse levemente ofegante. Após a peça de baixo da lingerie atingir o chão, Carina alcançou um copo vazio que estava bandeja.
– Eu, ao contrário de você, sei me controlar muito bem e estou sem fazer xixi desde ontem à noite – com um sorriso perverso, a morena se agachou e apoio o copo no chão, com um leve som vítreo – E acho que agora é uma boa hora para me aliviar.
Dizendo isto, ela posicionou o copo debaixo da própria intimidade e após um instante de concentração, começou a urinar no copo. De fato, Carina estava moderadamente apertada para fazer xixi. Uma vez que ela aproveitara para esvaziar a bexiga durante o banho, na noite anterior, sentindo, naquele momento, apenas aquela urgência que sentia, normalmente, ao acordar.
A urina, quente e dourada, fluiu num jato intenso, com um barulhinho característico. Paula olhava boquiaberta, excitada e temerosa pelo que lhe aguardava. A dominadora manteve o fluxo até que o copo estivesse quase cheio e, então, cortou o xixi, com algum esforço, pois ainda havia líquido em sua bexiga e o órgão queria continuar bombeando o líquido para fora, mas a morena usou sua força de vontade para vencer aquele impulso.
Ela se levantou com o copo na mão e se aproximou lentamente de Paula.
– Agora, como punição por mijar na minha cama, por desobedecer uma ordem minha, você vai beber o meu xixi matinal.
Com um misto de medo e excitação, sem nem pensar em resistir, Paula acompanhou sua dominadora aproximar o copo, como antes fizera com o suco, e lhe dar na boca um gole da urina. Era morna e salgada e tinha o aroma característico do primeiro xixi da manhã. Paula respirou fundo e engoliu, com uma leve careta.
– Muito bem, sua vadiazinha – elogiou Carina, dando outro gole para a ruiva – Olha só, você é uma vadiazinha bebedora de xixi. – Outro gole, que Paula engoliu mais rapidamente – Você vai beber o meu mijo todinho, sua vadia, para ver se aprende a ser obediente.
Paula bebeu, gole após gole, todo o conteúdo do copo e, para a própria surpresa, percebeu que estava excitada. O xixi, em si, não tinha um gosto bom, mas, também, não lhe causava nojo e, o fato de estar sendo obrigada a beber a urina de sua dominadora, enquanto permanecia algemada e com um plug anal, presa à cama onde fora açoitada, fodida e na qual perdera o controle da própria bexiga, durante a noite, estava causando muito tesão a ela.
– Gostou de tomar meu xixi, vadia? – indagou a dominadora. Paula abriu a boca para responder e deu uma pausa. Ela tinha gostado? – Gostou, sua vadiazinha desobediente?
– Sim, Minha Senhora – e, de repente, percebeu que a resposta era sincera.
Enquanto a submissa tomava consciência disto, Carina puxou-a pelas pernas, deitando-a, novamente, sobre a região úmida da cama. A morena subiu sobre Paula e, segurando-a pelos cabelos ruivos, se colocou quase sentada sobre o rosto da jovem submissa, sua feminilidade a centímetros da boca da ruiva.
– Você gostou, foi, sua vadiazinha pervertida? – ela tinha um sorriso maldoso – Então vou fazer você beber meu xixi todinho! – A morena aproximou a intimidade da boca da submissa, forçando-a com a pegada firme nos cabelos dela. A boca de Paula abarcou a feminilidade da dominadora, que sentiu uma eletricidade correr seu corpo – E trate de não deixar escorrer uma gota sequer!
E, assim, com um pouco de concentração, Carina relaxou os músculos e sentiu a urina fluir pela sua uretra. Ela tinha de usar toda sua vontade para interromper o fluxo de pouco em pouco, deixando sair um tanto e, em seguida, cortando o xixi, para que Paula pudesse engolir o líquido quente que estivera armazenado em sua bexiga.
Paula, por sua vez, se esforçou para beber o mais rápido possível toda a urina que jorrava da intimidade de sua dominadora. Enquanto bebia o xixi salgado, ela ficava cada vez mais consciente da própria vontade de urinar, mas tentou ignorar o desconforto da própria bexiga para poder tomar o líquido de sua mestra.
Quando finalmente Carina expeliu as últimas gotas de dentro de si e sentiu o alívio percorrer seu corpo, ela sorriu e elogiou:
– Muito bem, ruivinha, gostei de ver, bebeu tudinho e nem fez cara feia. Agora lambe a minha boceta todinha, lambe minha boceta mijada e me deixa limpinha.
Excitada além da conta e desejosa de mostrar serviço, Paula começou imediatamente a lamber a intimidade de sua dominadora, alternando entre lambidas longas e lentas e outras rápidas e rasas, trabalhando seu caminho dedicadamente até atingir o clitóris da morena.
Carina gemia e se agitava, cavalgando a boca da ruiva, sentindo a língua dela massagear sua feminilidade de todas as formas corretas. Ela puxava os cabelos da submissa que entendia a deixa e aprimorava seus esforços.
E conforme o ritmo e o toque da boca da submissa de Carina iam atingindo a perfeição, a dominadora ia ficando cada vez mais inebriada de prazer. Inebriada com o próprio poder e autoridade sobre aquela ruivinha arrebatadora, que fora açoitada e humilhada, que estava amarrada à cama molhada do próprio xixi e que acabara de ser obrigada a beber a urina dela... A morena foi abalroada pelo clímax, atirada em direção ao céu, conforme seu corpo se arqueava e sua respiração rasa era cortada por gemidos de puro deleite, que pontuavam os espasmos de prazer que percorriam todo o corpo dela. Não havia espaço para pensamento, apenas a brancura celeste do júbilo.
Quando Carina finalmente abriu os olhos, com o coração ainda martelando aceleradamente em seu peito, ela soltou os cabelos da submissa, e desmontou de cima dela.
– Uau – suspirou, ainda sem fôlego, o vocabulário varrido de seu cérebro pela intensidade do orgasmo. O sorriso de satisfação indelével estampado nos lábios iluminava o rosto moreno – Bom trabalho, ruivinha. Esse foi – Uau – Fantástico.
– Obrigada, Minha Senhora, nossa função é agradar – respondeu Paula, com um sorriso convencido, apesar das palavras humildes. A própria ruiva estava com a respiração suavemente mais rasa, e o coração acelerado, mais excitada com tudo aquilo do que era capaz de descrever. Adicionalmente, o desejo de urinar se intensificara levemente, fazendo com que ela apertasse as coxas e rebolasse os quadris ocasionalmente, contraindo o melhor que podia os músculos do baixo ventre, para resistir à pressão acumulada no topo de sua uretra, o que, naquele momento, só contribuía para a excitação da ruiva, somando com o delicioso espectro de sensações em torno de sua intimidade.
Carina estreitou os olhos para a submissa, que abaixou os olhos, tentando por uma aparência mais humilde. A morena examinou-a: a pele alva cheia de pequenas marcas e lanhos, especialmente nas pernas, coxas, nádegas, quadris, costelas e seios, amarrada à cama, totalmente indefesa, totalmente à sua mercê, e, pela forma como contraía as pernas e rebolava discretamente, estava novamente com vontade de fazer xixi. Ah, não tinha jeito: aquela ruiva era uma delícia, e Carina e pegar ela de jeito, ia fazê-la gozar tanto que ia perder a voz de tanto gritar!
Decidida, a morena se levantou, abriu a gaveta e pegou dois vibradores, um maior de formato fálico e outo menor, oviforme. Subiu na cama, sentindo nos joelhos a umidade do lençol, sem se importar com isso.
– Agora vamos cuidar de você ruivinha – falou Carina, massageando as coxas da submissa, alternando toques leves com as pontas dos dedos, e firmes com as palmas, enquanto beijava um caminho do joelho da ruiva, até o osso do quadril, onde Paula era particularmente sensível, ali a morena beijou, lambeu e mordeu, enquanto a companheira se agitava, arfava e gemia, incapaz de escapar.
Carina subiu os beijos, atingindo o umbigo, as costelas e o espaço entre os seios, enquanto se encaixava entre as pernas de Paula e usava uma mão para acariciar a feminilidade da ruiva, criando expectativa, atiçando-o, evitando contatos diretos, tornando a respiração de Paula mais ofegante.
– Tá excitada, ruivinha? – atiçou Carina, enquanto atacava os mamilos durinhos da ruiva com a boca.
– Aaah, sim, Minha uuhn! Minha Senhora! – Paula estremecia, arfava e mordia os lábios, sob o toque preciso da dominadora.
– Você gosta de ser tocada, não é? – a morena passava um dedo na entrada da intimidade da outra.
– Uuhn! Sim!
Com uma risadinha entretida, Carina traçou o caminho de volta, beijando até atingir a intimidade da ruiva, e, tomando o consolo, começou a penetrar a submissa com o brinquedo ainda desligado.
Paula tinha os olhos fechados, a testa contraída, alternando entre morder o lábio inferior e emitir gemidos baixos. Mais excitada do que imaginava ser possível, ela sentia a miríade de estímulos em seu baixo ventre. O plug anal estava lá, preenchendo-a, fazendo volume e reverberando todas as outras sensações. Carina a penetrava com maestria, tomando-a e massageando as paredes de sua feminilidade, atingindo todas as fontes de deleite. Ao mesmo tempo, alternando um par de dedos e a pontinha da língua, a morena lhe acariciava o clitóris, atiçando o fogo do prazer, que irradiava por todo o seu ser. Além disso, o volume de sua bexiga cheia comprimia tudo, exercendo pressão nas ramificações internas de seu clitóris e recebendo as investidas do vibrador. Ela estava desesperadamente apertada para fazer xixi, a cada penetração, sua bexiga doía e ela sentia ecoar um pulso de pressão urgente em sua uretra. Se estivesse pensando direito, Paula estaria preocupada em perder o controle e urinar ali mesmo, mas sua mente estava tomada pela névoa quente e animal do prazer.
Quando percebeu que a respiração ofegante e os gemidos da submissa denunciaram a proximidade do orgasmo, Carina ligou o vibrador que penetrava a ruiva, arrancando dela um gemido prolongado, e alcançou o outro brinquedo, fazendo-o vibrar sobre o clitóris da submissa.
Estremecendo, gemendo, arfando. Paula estava em chamas, todo um espectro de sensações envolvendo-a por completo, dor, urgência, atrito, pressão, estímulo, prazer, muito prazer! Tudo vibrando, incendiando-a, tudo se contraindo, buscando, resistindo, o fôlego ficando curto, o coração disparado...
Com a elegância de uma maestra que regia a orquestra do prazer de sua submissa, Carina, no momento exato, puxou o plug anal de dentro da ruiva. O estímulo intenso foi o palito de fósforo aceso jogado sobre a trilha de gasolina. Paula foi tragada pelo incêndio violento do êxtase, as labaredas rugindo para consumir seus sentidos.
Olhos cerrados, costas arqueadas, dedos dos pés contraídos, os punhos fechados, ela sentir o calor abrasador daquele orgasmo delicioso queimando em cada músculo do corpo. A sensação era tão intensa, tão maravilhosa, tão celestial, que deixava pouco espaço para qualquer outra coisa.
A submissa gemia de forma primitiva, enquanto se deliciava no ritmo das vibrações em seu clitóris e do vai e vem fremente que preenchia sua feminilidade com prazer em forma movimento. Em algum momento, naquele mar de chamas que a possuía, ela sentiu que perdia o controle da bexiga, o xixi fluindo, cedendo, finalmente, a vitória à desesperada urgência, mas, logo em seguida, a ruiva sentiu uma ferroada de pressão em sua uretra e o fluxo se estancou, sem nenhum alívio para sua bexiga maltratada.
Quando percebeu o breve jato de xixi fugindo pelo diminuto furinho na intimidade da submissa, Carina agiu prontamente, mantendo o vibrador oval no local com dois dedos, ela apertou com força o polegar contra a abertura da uretra da ruiva, impedindo que a bexiga dela se esvaziasse.
– Ainda não, ruivinha, nada de fazer xixi agora – falou, a morena, sem muita certeza de que Paula entendera algo, mas, mesmo assim, enlevada em testemunhar o clímax da submissa.
A dor se harmonizava com o prazer intenso, e a jovem ruiva só pode se deixar queimar pelo gozo.
Foi um daqueles orgasmos tão intensos e longos que deixa a pessoa exausta, com aquele cansaço delicioso e realizado de quem concluiu uma maratona.
Carina afastou os brinquedos vibrantes, mantendo apenas o dedo pressionado na uretra da ruiva, enquanto os últimos estertores de prazer agitavam o corpo de Paula, até que ela ficou ali, simplesmente jazendo com os olhos fechados e uma expressão de júbilo e satisfação, como uma beata que tivesse tido uma experiência espiritual. A morena se deitou ao lado da submissa, permitindo que a ruiva fechasse as pernas suavemente ao redor da mão que permanecia na feminilidade dela. A respiração da submissa lentamente voltando ao normal.
Paula, por sua vez, não saberia dizer quanto tempo ficou assim, até criar forças para abrir os olhos.
– Preciso fazer xixi – ela articulou com voz fraca. Sua bexiga estava desesperada por alívio, e sua uretra doía com a pressão do xixi que tentara escapar e ficara retido pelo dedo da dominadora.
Carina apenas sorriu, safadeza e satisfação em uma mistura totalmente erótica.
– Sério mesmo, estou muito apertada – insistiu a submissa – minha bexiga está estourando.
– Implore, então, ruivinha – o sorriso da morena era um veneno doce, que a despeito do terrível desconforto, fez uma corrente elétrica percorrer a espinha de Paula. Ela voltou ao jogo.
– Por favor, Minha Senhora, tenha misericórdia, por favor, deixa eu fazer xixi – a ruiva tinha uma carinha adorável de aperto. Ela remexia o quadril, inquieta, ao redor da mão de Carina.
– Ora, ora, mas você é uma ruivinha pidona – desdenhou a dominadora, fazendo um sinal negativo com cabeça – Eu não acabei de permitir que você gozasse?
– Sim, Minha Senhora, mas eu...
– Você gostou que eu deixasse você gozar?
– Sim, Minha Senhora, é que...
– Então pra quê eu vou deixar você esvaziar a bexiga?
– Por favor, Minha Senhora, eu estou muito, muito apertada, minha bexiga está doendo, preciso mesmo fazer xixi – implorou Paula e, algo em ter de se humilhar para obter permissão para urinar estava deixando-a novamente excitada – Eu faço qualquer coisa, eu prometo que nunca mais vou lhe desobedecer, Minha Senhora, só, por favor, me deixa fazer xixi.
– Então se eu deixar você aliviar a bexiga, você vai fazer qualquer coisa? – havia perigo na voz dela, mas Paula estava apertada demais para se preocupar.
– Sim, Minha Senhora, por favor!
– Certo, o que vai acontecer, agora, é o seguinte – Carina olhava nos olhos de Paula – Eu vou tirar o dedo de cima do seu xixi e você vai segurar mais um pouquinho, enquanto eu te solto, entendeu?
– Sim, Minha Senhora – a ruiva anuiu, se retorcendo de desespero.
– Quando eu soltar você – a dominadora alcançou um copo na bandeja que repousava no criado-mudo – você vai fazer xixi nesse copo. Você vai fazer xixi até ele ficar bem cheio e vai segurar o resto, entendeu? E você vai beber tudinho! – ela notou uma relance de hesitação no olhar da ruiva – Ou você prefere continuar aí, do jeito que está?
– Não, Minha Senhora – se apressou em responder Paula – por favor, deixa eu beber meu xixi.
– Boa garota. Vou tirar a mão, se você começar a mijar na minha cama de novo... – ela não precisou concluir a ameaça para se fazer entender.
Paula sentiu o xixi que ficara preso entre o esfíncter da bexiga e a saída da uretra deixar o pequeno canal, e teve que se esforçar para se conter. Seus músculos estavam cansados, em agonia, mas ela resistiu bravamente enquanto Carina lhe soltava os braços.
Normalmente ela teria massageado os pulsos doloridos e os ombros enrijecidos pela posição desconfortável, mas, naquele momento, Paula enfiou ambas as mãos entre as pernas para pressionar sua intimidade e ajudar a conter a avassaladora vontade de urinar, enquanto trazia os joelhos para cima e juntava as coxas tão junto quanto era humanamente possível.
Com ajuda da morena, a submissa se levantou e, tão agachada quanto a musculatura de alguém que ficara amarrada e fora açoitada lhe permitia, ela apoiou o copo contra sua feminilidade e, finalmente, permitiu que sua bexiga deixasse seu conteúdo sair.
O fluxo quente, de um dourado suave, veio forte ao encontro da superfície de vidro, Paula quase teve outro orgasmo, quando aquele alívio delicioso percorreu seu corpo. O xixi ia preenchendo o copo, e logo, bem antes do que gostaria, a ruiva teve de concentrar toda sua força de vontade para interromper o xixi, antes que a urina extravasasse o copo. Ao interromper o fluxo ela teve que combater o pulso de urgência de sua bexiga, insatisfeita por não estar completamente aliviada. Aquilo ali não drenara nem metade do conteúdo de dentro dela, mas Paula sabia que, assim, conseguiria sobreviver mais algum tempo. Alguns momentos depois a urgência abrandou para um nível suportável e ela se endireitou.
Carina olhava com expectativa para a submissa.
A ruiva não se fez de rogada, respirou fundo uma vez, e começou a beber. A urina, talvez um pouco mais aguada que a de sua mestra, mas ainda assim, era salgada e morna. O gosto não era bom, mas, saber que estava sendo obrigada a fazer aquilo por sua dominadora, em uma barganha para poder aliviar a bexiga que estivera estourando de tão cheia.
– Muito bem, – aprovou a morena, quando a outra terminou o conteúdo do copo – você tinha outros planos para o fim de semana, ruivinha?
– Eu... Não, nada – respondeu Paula, pega de surpresa.
– Ótimo, você vai ficar aqui comigo, então – respondeu Carina, num tom flamejantemente sensual – temos um longo fim de semana pela frente.
Algo no olhar perverso da morena fez Paula sentir um arrepio de excitação. Ela tinha a forte sensação que ira demorar bastante, até que recebesse permissão para esvaziar completamente a bexiga.