Se eu sou gay? Sou. XVII
Capitulo XVII
- Eu não quero te perder Caco. – ele tava chorando –
- Edu eu não sei o que te dizer.
- Eu... Caco, eu gosto tanto de ti, e ao mesmo tempo tenho tanto medo de tudo, eu sei que não deveria ser assim.
- Edu cada coisa no seu tempo, a primeira questão é saber o que tu quer? Depois quais teus limites? E por fim até onde tu vai? – eu já tava de saco cheio de tanta indecisão eu não pedi pra estar ali. Tava ficando louco.
- Mas eu sei que quero ficar contigo. – ele segurou minha mão.
- Tu já disse isso, várias vezes, e não foi o que eu perguntei, quero saber até onde tu quer Edu, ir com essa relação, quer morar comigo? Vai mudar pra Porto Alegre? – ele ficou quieto me ouvindo -
- Edu tu já pensou o que vai fazer? Vai continuar aqui na fazenda? Vai contar para os teus pais, e filhos quer ter?
São perguntas que vai ter que responder mais dia menos dia.
- Mas é tão cedo pra saber isso tudo Caco.
- Pois então, lembra que eu disse? Que não precisava vir pra cá, e o que tu fez, ficou brabo lembra?
Ele baixou a cabeça.
- Eu nem queria ter vindo lembra, foi tu que pediu. Foi tu que apressou as coisas, e eu queria que tu tivesse todo o tempo do mundo pra pensar. – Tudo bem eu tava gritando, sei que não precisava, mas se não é no grito ele não entende merda -
- A questão Edu, é o que tu quer?
Ta eu fui grosso eu sei, podem me xingar amigas, mas ficar nesse chove não molha não adianta, sou ansioso, bipolar demais pra isso, se não tem respostas não me trás pra cá, não me mostra tua vida por que eu não queria saber, mas já que vim, quero respostas agora, a sorte dele é que eu tinha prometido pra mim mesmo aguentar o fim de semana.
Fiquei olhando pra ele, o Edu tava completamente perdido
- Edu vamos deixar pra amanhã, é muito drama eu tô cansado.
Ele segurou meu rosto.
- Só não cansa de mim Caco. – e me beijou –
Acordei com batidas na porta, olhei pro lado, o Edu não tava na cama.
- Ricardo tá acordado?
Era a mãe do Edu, cara nem sabia que horas eram, cara eu tava pelado
- Já vou dona Inês.
- Vem tomar café querido, te esperamos.
Eu e o Edu transamos muito aquela noite eu tava todo ardido, precisava de um banho, encontrei todos na mesa, gente era nove da manhã, quem acorda esse horário no fim de semana, depois de sair, depois de transar na madrugada, isso mesmo amigas, ninguém.
A mãe do Edu me olhou de cima a baixo e depois olhou pro Edu.
Menino porque tá tão bonito assim, vocês vão sair ou almoçar fora?
Me olhei, bermuda cargo Jeans, camiseta polo branca e tênis, quem ta arrumado??
- Não mãe ele se arruma sempre
Oi, eu!!!! To básico, simplinho.
- Não Dona Inês é roupa de andar em casa mesmo.
- Sei guri, tu não me engana, deve ter rabo de saia no meio. Cuida Ricardo, essas meninas aqui estão loucas pra arranjar um bom partido.
- E tu Edu, saiu com a Vanessa?? – era o pai dele que perguntava.
Essa vaca de novo, o pior não era isso o Edu ficou inventando pro pai uma grande noite que ele NÃO teve com ela, fiquei furioso com isso, pra que inventar algo, essas coisas é que me irritam.
O Carlos e o Fernando iam vir pra almoçar, eu subi pro quarto pra não ficar ouvindo aquela palhaçada toda do Edu.
Quando cheguei na cozinha encontrei os guris conversando com dona Inês, a cara do Carlos estava péssima, o Fernando
só me olhava de canto de olho.
Apesar de tudo fui obrigado a admitir que o Fernando era gostoso pra caralho e o Carlos era lindinho, acho que eu ia gostar de pegar os dois, para bicha que tu tá de rolo como Edu, mas vou admitir, o Edu tava me cansando, gosto dele, ok gosto dele, mas....
Tá bom né, não sou cego, sei muito bem que vocês me entendem, dois caras gostosos, pensar pode gente.
- Que bom que tu chegou Ricardo, faz companhia pros meninos vou subir pra me arrumar
- Pode deixar dona Inês.
- Então meninos como foi a noite, sexo selvagem??
Silencio geral,
- Bom deve ter sido ótima pelo clima entre vocês dois, o que não entendo é..... – pausa dramática -
Os dois ficaram me olhando
- Se vocês não estão bem porque vieram juntos, e não separados, ou melhor por que ainda estão juntos.
Os dois se olharam
- Por que ele foi lá em casa e me empurrou dentro do carro disse que não ia vir sozinho. – o Carlos ficou olhando furioso
- Medo de vir sozinho? Por que Fernando medo de mim? – e coloquei a mão na coxa dele perto da virilha, gente preciso me divertir um pouco, e o Fernando era gostoso mesmo, ele ficou roxo de vergonha.
- Não é isso, - ele me olhou = ,
- É porque o Carlos ficou furioso comigo ontem, ai achei legal trazer ele pra ver se ele se acalma – ok ele falou tudo isso mas não tirou minha mão da coxa dele –
O que tá acontecendo? – era o Edu entrando na cozinha e olhando minha mão na coxa do Fernando –
- Nada os meninos estavam me explicando por que estão brabos um com o outro – o Edu pegou um cafezinho e sentou do lado do Carlos, e ficou me olhando, tá bom vou tirar a mão,
Claro subi um pouco mais na hora de tirar a mão, gente o volume era bem bom viu, o Fernando ficou mais vermelho ainda.
- Não foi nada, o Carlos só teve um ataque, nem sei por que??
- Nem sabe por que? Tu ficou te agarrando com a metade das gurias do posto ontem a noite. – o Carlos ficou olhando pro Fernando, acho que ele ta brabo -
- Tá mas e o que tem isso de mais, sempre fiz isso, o que mudou agora? – o pior é que o Fernando achava mesmo que não tinha nada demais. -
Eu fiquei olhando pro Carlos, ele tinha que reagir, fazer alguma coisa.
O Carlos levantou e saiu pra rua, cara sem falar nada, fiquei louco, as vezes acho que o Carlos merece o Fernando sabe.
- Cara por que tu faz isso com ele?? – o Fernando ficou me olhando, como se não estivesse entendendo o que eu tava falando. –
- Fiz o que? - Ele ficou olhando pra mim e o Edu –
- Cara tu é muito palhaço, pra fuder o guri tu quer, mas pra ficar com ele nada, vê se cresce –
- Eu não sei o que ele falou pra ti mas eu não...- ele olhou pro Edu, tava tentando esconder o que? de quem? Gente, de mim e do Edu, vai se fuder.
- Ele ta mentindo pra mim é isso??
O Fernando só baixou a cabeça.
- Então para de ser babaca e largo o guri de mão, ou assume de vez, eu não sei o que acontece nessa terra de vocês,
sejam homens e assumam as merdas de vocês, caralho que gente mais confusa.
Sai dali pra ver o Carlos, só consegui ouvir.
- Cara ele é sempre assim?? – Fernando perguntou -
- Bem vindo ao meu mundo. – era a voz do Edu. -
Depois daquela cena lamentável no almoço, conversei com o Carlos e passamos uma tarde pelo menos agradável, isso não significa que eu tava feliz, eu não tava mesmo, o Fernando nem me olhava no rosto. Isso não significava que eu ia deixar as coisas assim,
Fomos dar uma volta pelo campo, tava um clima ruim, e eu ia deixar pior, já que estamos na merda mesmo, vamos afundar.
- Então Carlos até hoje tu só saiu como Fernando ou já teve outros namorados?
Bem se eu queria causar impacto acho que eu consegui, o Fernando não conseguia respirar, e o Edu ficou me olhando como se eu estivesse louco.
- Eu...eu...Caco..
- Carlos para de gaguejar, fala ai estamos entre AMIGOS. – frisei o amigos e olhei pros dois que estavam de boca aberta, ok eu pego pesado as vezes –
- Só o Fernando – o Carlos ficou olhando para baixo –
- Bem então assim que tu vier me visitar, vamos sair e arranjar uns homens pra nós nos divertirmos. Tu precisa conhecer outros caras pra avaliar as ofertas que tem, acho que consegue um homem que goste de ti e fique contigo.
E voltei pra casa com Carlos, aqueles dois que decidissem o que eles queriam da vida. Gente eu tentei, tive paciência agora chega, to louca caralho.
Resolvi que ia sair de noite, pelo menos eu e o Carlos, os outros dois tavam que nem respiravam na nossa volta.
Claro que eles não nos deixaram sozinhos, e se tivessem podem ter certeza, que eu encontrava um bofes pra agarrar naquela cidade.
Sentamos num bar, sei lá qual, e estava tudo correndo bem até então. Os dois estavam sentadinhos, conversando como gente civilizada até o Carlos estava mais feliz, infelizmente o que é bom acaba.
Digo isso porque chegaram os amigos do Edu e do Fernando.
Era um cara que ele me apresentou no posto, a Hiena, digo Jairo será que era esse o nome e, sim claro, a baranga Mor.
Vou traduzir
Sabe aqueles caras que se acham, chegam no carro rebaixado, gritando na entrada, conhecem o tipo, cara não vou
negar que eram uns gostosos,
Tudo bem eram,
Mas de boca fechada, o Fernando virou outra pessoa e o Edu nem respirava, aquilo parecia um circo.
Parecia que nunca tinham visto mulher na vida, sabe aquele tipo que passa uma mulher coça o saco, chama de gostosa, cara acho de última, mas até ai eu tava preparado.
Agora a baranga MorOi Caco, que bom te ver de novo – e me estendeu a mão – Gelei, o Edu tava vermelho -
Cara fiz a fina, e fechei a cara acho que a um quilômetro o povo sabia que eu não tava gostando.
A puta sentou do lado do Edu e colocou aquelas garras, sim porque eram umas unhas postiças e mal colocadas, no ombro dele. Gente pintada de vermelho. Ai ninguém merece.
A coisa que não tava boa, ficou pior e fechou o tempo.
O Carlos pelo menos era a salvação nessa merda toda. Tentei focar o meu assunto com ele.
- Amor tenho que falar contigo depois em particular. – ela falou me olhando -
Só olhei pro Edu. Amor!!, que amor é esse que eu não tô sabendo. Ele não fazia nada, nem parece que conversamos gente.
- Tá depois falamos. – Como assim falamos -
Sabe aquele olhar pedindo paciência
Nem fudendo, a minha já não existia mais.
O Edu tentou descontrair conversar com os amigos e eu cada vez mais calado.
Ta vão dizer que eu podia ter tentado ser simpático,
Nem por cima do meu cadáver. – Ok sou exagerado mesmo -
Comecei a beber, eles também, ai ficou pior.
Já eram chatos sem álcool, com bebida fudeo.
Tapinha na bunda das gurias, e cara vou falar a verdade, eram umas putas e ainda gostavam dos caras passando a mão, eu já tava louco com isso, e o Fernando era o pior, ria e falava piadinhas pra mulherada, eu só olhava pro Carlos, que mundo é esse. O Carlos estava tão constrangido como eu.
Tava ali na contagem regressiva pra mandar todos pro inferno e ir embora, quando entram dois caras, bemmm bonitos, juntos.
O Edu só me olhou, a vaca não desgrudava dele, e ele deixava, aquilo acontecer, me subiu o sangue, eu olhei pro casal, e já tava pensando numa coisa a três pra salvar essa merda de viagem, pensei em convidar os dois pra dar uma volta.
Deu um silencio na mesa, achei estranho.
- Cara os viadinhos não se controlam, agora querem vir no nosso bar. – um dos amigos do Edu me larga essa, fechei a mão -
O Edu só me olhou, tava vermelho já, ele me conhece. O Carlos só baixou a cabeça.
A vaca da Vanessa, até rimou, começou a rir, cara era uma galinha cacarejando,
Desculpa ai galinhas.
O Sangue subiu,
01 – contagem
- Cara eles não deviam nem sair pra rua, essas bichas tem que ficar trancadas em casa. – a hiena se achou no direito de falar, gente quem deu permissão pra essa hiena falar.
E começaram rir, na minha cara, só o Edu e o Carlos estavam sérios.
02 - contagem
O Edu baixou o rosto, cara ele não ia fazer nada, não ia dizer nada pra essas merdas de amigos deles.
- Esses viadinhos tinham que morrer tudo...- Quando o Fernando disse isso, RINDO, -
03
Não deu tempo dele terminar já tava no chão com ele, dois socos e ele tava sangrando. Não aguenta a brincadeira não desce pro play.
Cara maior gritaria, gente correndo, eu tava cego de ódio. A hiena tentou me dar um soco, com uma rasteira deixei no chão e chutei a costela.
A gente meio que entra num modo automático, sei lá, claro eu estava consciente sabia o que fazia, causar a maior dor com o mínimo esforço, a gente aprende muito na vida sabe, tudo bem eu sei que vocês vão dizer.....
Violência gera violência, não recomento, tirem as crianças da sala, blá blá blá.
Esqueci tenho que continuar.
Apareceu um segurança tentando me segurar quando chegou perto levou um chute no peito deve estar sem respirar até agora. O Marcos me olhou virou de costas e saiu do Bar.
- Caco para – o Edu até tentou, mas nem morta era tu mesmo que eu queria –
Só vi o Edu cair como soco que levou de mim.
- Tu não levanta, se não te arrebento a cara. – apontei pra ele -
Ele ficou me olhando segurando o queixo.
- Babaca, fudido, deixa esse bando de trouxas ficar zoando com as pessoas, os caras não fizeram nada pra ninguém, e olha ai no chão. - Olhei na volta –
- Tudo caidinho no chão, é só banca mesmo, pra homem falta muito pra esses ai, ficam falando dos viados, - apontei pra eles caídos no chão se retorcendo de dor. -
- Fica ai com teus amiguinhos, bando de merda. – Cuspi no chão, ok desceu uma entidade masculina na hora -
- E tu Eduardo, não chega perto de mim cara, nunca mais, ou eu termino o que comecei, tu e essas merdas não honram o pau que tem no meio das pernas, se isso é homem, cara quero ser viado o resto da vida.
Tá sei, dramática, mas eu tava LOUCCAAAAA, do meu cu caralho.
Sai ventando dali, chutando tudo, o pessoal só abriu caminho.
- Caco pra, espera – era o Edu gritando -
Entrei dentro do carro e sai voando dali, direto.
Pra minha casa é claro, não queria ver essa gente nem pintada de ouro, vagabundos de merda, desgraçados, filhas da
puta.
Tá bom chega, olha as rugas
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Thay - desculpe a demora
Geomateus - ja eu curto uma porrada mesmo - rsrsrs
Valter só assista as cenas dos próximos capítulos...abcs
sssul - oieee acabou a paciencia...abcs
garafao - olha querido isso é o de menos...rsrsrs
Sweetluck - Já não to esperando...rsrsrs
ze carlos - brigadduuuuu ... abcs
Chria - Isso ai brigadduuuu
Souza 23 - brigaduuu guri....abcs
Darla - rsrsrsr....sogra sempre é um problema....bjks
Mattiazzo - brigadduuuu, mas tudo muda o tempo todo....bjks
RodrigoT - Vale cara, ainda bem que me entende...rsrsrs
Greader - brigaddu...bem minha paciencia tem limite, e é bem curto,,,,bjks
Suara - Pra outra toda vida ---bjks